A TORTURANTE SÍNDROME DO PÂNICO

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Autoria de Elaine Santos

É uma pena não ter encontrado este cantinho antes!

Minha história começa como a de tantos outros. Há três meses estava eu lavando a minha louça, para começar a preparar o almoço e senti um formigamento subir pelas minhas pernas. A partir daí minha vida mudou. Depois do formigamento meu coração acelerou e não conseguia respirar. O medo tomou conta de mim. Pensei que estivesse tendo um ataque cardíaco e pedi socorro ao meu marido. Ele correu comigo para o médico.

Depois de quase um mês com uma dor nas costas que não passava de um início de pneumonia, passei uma semana tratando e fiquei bem, mas no final da semana em que me encontrava medicada, tudo voltou. Fui piorando muito. Sentia tonturas e a sensação de que eu ia morrer. Um medo terrível tomava conta de mim, toda vez que meu coração disparava. Já não conseguia nem limpar a casa devido ao cansaço. Passei uma noite em claro tendo taquicardia de tempo em tempo, mesmo depois de medicada. Foi terrível! O que me deixava angustiada é que nenhum exame dava em nada.

Após muitas idas ao hospital, um médico me disse que eu estava com crises de ansiedade e que deveria procurar um psiquiatra. De início chorei muito, pois não conseguia aceitar, mas para o meu bem fui a busca de tratamento. Como tudo demora neste país, passei 20 dias tomando floral pra controlar as crises. Ficava pensando que não havia nada para conseguir me manter calma. Passei mal todos os dias desses dois meses e meio, até ter o diagnóstico fechado de Síndrome do Pânico (SP).

Iniciei meu tratamento na semana passada. Passei pela psicóloga e pela psiquiatra que me passou um antidepressivo. O medo era tanto que só comecei a tomar no sábado, 5 mg, na segunda semana começo a tomar 10 mg. Nos dois primeiros dias só tive enjoo e as crises que me acompanham, mas estavam mais fracas. Hoje nem consegui sair da cama. Sinto um vazio na cabeça e um mal-estar terrível, quase nem consegui almoçar de tão enjoada. Espero que amanhã o dia seja melhor.

O problema desta doença é que por ser desconhecida, as pessoas pensam que é frescura. Já ouvi tanta coisa, que sou “louca”, que tenho que “pensar positivo”, que tenho que me “apegar a Deus”… Isso tudo só deixa a gente pior. Já tranquei três matérias na faculdade, pois já tinha estourado em falta de tanto passar mal. Minha vida parou, meu marido e filhos não sabem como lidar com isso. Minha pequena de três anos é quem está mais sofrendo, pois não tenho conseguido cuidar dela direito. Ela gruda em mim o dia todo, parece que percebe que não estou bem. Fico angustiada com isso, pois eu só queria voltar a ser eu mesma. Parece que saí de mim, estou tão cansada que não tenho ânimo pra nada, mas mesmo assim me forço a fazer as coisas para não ficar pior. Não sinto tristeza, a não ser pela situação, mas esse medo me consome e não vejo a hora em que possa ir embora.

Só quero voltar a viver. Ler aqui que outras pessoas passam pelo mesmo que eu, já me conforta, porque me sentia sozinha demais. Sobre os florais queria perguntar, se faz mal usá-los, enquanto se toma a medicação.

Nota: composição ilustrativa do pintor Edvard Munch

25 comentaram em “A TORTURANTE SÍNDROME DO PÂNICO

  1. Joice Cristina

    Oi, Lu!

    Eu estou sofrendo muito com a síndrome do pânico! Tomo Reconter e Clonasepan. Mas há dias em que estou bem e dias em que estou muito mal. Estou no 10º dia da medicação. Mas é tenso, parece que vou morrer é um desespero, mas vou conseguir superar, tenho certeza.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Joice

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, você se encontra na fase inicial do tratamento, quando os efeitos adversos são muito ruins, mas fique tranquila, pois tudo isso irá passar em torno de três semanas. O importante é ser POP (paciente, otimista e persistente). Vou lhe enviar uns links de textos que irão ajudá-la muito. O oxalato de escitalopram é um excelente antidepressivo. Eu também faço uso dele.

      Continue sempre em contato comigo contando como está indo o seu tratamento.

      Beijos,

      Lu

      Responder
  2. Carmen Barcelos

    Querida Lu!
    Que atenção e carinho! Estou encantada com este espaço aqui! Obrigada por compartilhar conosco estas palavras de força.

    Beijo grande!

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Carmen

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.
      Amiguinha, é um grande prazer receber pessoas como você neste espaço. Tenho aprendido muito com todos vocês. Continue conosco.

      Grande abraço,

      Lu

      Responder
  3. Jaciara

    Lu

    Sou uma pessoa que está passando pelo pânico, estou tomando remédios, mas ainda não me adaptei a nenhum, ainda. Tenho pensamentos de que estou morrendo e quase todas as vezes é de madrugada. Não gosto da noite, é um tormento quando começa a escurecer. Não sei muito me expressar mas aqui neste cantinho encontrei muitas pessoas iguais a mim, isso me faz entender um pouco do que estou vivendo.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Jaciara

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, você se expressa muito bem e será sempre um prazer receber seus comentários. Quanto à Síndrome do Pânico, ela é um “porre” mesmo, pois nos traz a sensação de que estamos morrendo. A primeira coisa a aprender é que não está morrendo. A segunda é respirar o mais calmamente possível. A terceira é não oferecer resistência durante a crise. Deite-se, deixe o corpo bem estendido (sem pressão), procure relaxá-lo bem e vá acompanhando a sua respiração, acalmando-se mais e mais… Quanto menor for a resistência, mais fraca é a crise.

      O horário das crises variam de uma pessoa para outra, mas o mais comum é à noite ou durante a madrugada, quando se acorda assustada. É por isso que sente esse medo, assim que o dia vai se transformando em noite. Não se preocupe, pois, com o uso do medicamento, tudo isso irá desaparecer, ficando suas noites tranquilas e agradáveis.

      Jaciara (lindo nome indígena), este cantinho é deveras agradável, pois todos nós nos encontramos no mesmo barco, indiferentemente de qual seja o nosso transtorno. As pessoas que aqui vêm são muito fofas, umas procurando ajudar as outras. Gostaria de saber que medicamento está tomando, dosagem e faz quanto tempo. Após tais respostas irei lhe enviar alguns links que a ajudarão.

      Abraços,

      Lu

      Responder
      1. Jaciara

        Lu
        Obrigada pela atenção, estou muito feliz por me responder. É muito bom saber que ainda existem pessoas como você.

        Estou tomando revoc 50mg , mas já tomei Lexapro seis meses e dei uma parada, mas agora estou com esse revoc, mas meu maior problema são esses pensamentos ruins e a insônia que está acabando comigo, até hoje não achei nenhum remédio que realmente me ajudasse, todos só tiram um pouco as crises e mais nada. Estou voltando pra academia pra ver se me ajuda.

        Responder
        1. LuDiasBH Autor do post

          Jaciara

          Espero que a sua parada com o oxalato de escitalopram não tenha sido por conta própria, mas de acordo com seu médico. Parar antes do tempo só faz aumentar os problemas. Quanto à insônia, peça a seu médico um calmante para ajudá-la a dormir nessa fase aguda. Procure também usar (3x ao dia) chá de camomila, de melissa e de erva-cidreira. São ótimos. Antes de dormir tome um copo de leite morno. Um banho morno antes de deitar-se também ajuda. A volta para a academia será muito boa, pois exercícios físicos são excelentes. No mais, busque ser POP (paciente, otimista e persistente), vivendo apenas um dia de cada vez. Preocupe-se apenas com o hoje. A cada dia a sua quota. Vá jogando fora as preocupações de sua mente. Quando vierem os pensamentos ruins, jogue os fora.

          Amiguinha, você irá ficar bem. Tenha a certeza disso. Vou lhe enviar uns links que irão ajudá-la.

          Abraços,

          Lu

  4. Maria Izabel

    Lu,
    achei esse cantinho maravilhoso!

    Fui diagnosticada com síndrome do pânico e ansiedade. Estou em tratamento há 36 dias com Lexapro e Rivotril pra relaxar à noite e assim eu durmo. O médico disse que quando o Lexapro fizer o efeito esperado eu deixarei de tomar o ansiolítico. Só que eu sempre fui uma pessoa muito ativa, gosto muito de passear, festas, cantar na minha igreja e hoje me vejo com medo de sair de casa. Estou afastada do trabalho e um pouco desanimada. Em casa procuro sempre estar ocupada, mas essa coisa de não sair de casa tem me preocupado bastante. Queria saber de quem já está com o tratamento avançado se isso tende a desaparecer.

    Obrigada, Lu, e que Deus continue a te abençoar e a todos que são guerreiras e guerreiros neste momento.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Izabel

      Seja bem-vinda a este catinho. Sinta-se como parte de nossa família.

      Amiguinha o transtorno de ansiedade sempre acaba resvalando para a SP (Síndrome do Pânico), por isso, assim que a pessoa sente que sua ansiedade está extrapolando os limites, deve buscar ajuda médica para que não venha a passar pelas terríveis crises de pânico. Após 36 dias de uso do oxalato de escitalopram já era para não sentir tantos efeitos adversos. Se sentir que eles não estão diminuindo, converse com seu médico, pois pode ser que a dosagem do medicamento esteja insuficiente. Não fique sofrendo sem necessidade. A SP amedronta tanto a pessoa que a impede de sair de casa. Isso é normal, acontece com todos. Você irá se ver livre dela. Há mais de quatro anos que não tenho nenhuma crise.

      Maria Izabel, em seu comentário você diz que era uma pessoa alegre e muito ativa, acontece, porém, minha amiga, que a SP não faz escolhas em relação às pessoas. Qualquer um está sujeito a ela. Tenha a certeza, porém, que assim que a medicação começar a atuar plenamente, tudo isso irá passar e você voltará a ser a pessoa de antes. Tudo é questão de tempo. Por isso digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Quanto ao ansiolítico, tome-o somente quando sentir necessidade. Assim que melhorar, pare com seu uso.

      Amiguinha, para maiores informações eu lhe enviarei o link de alguns textos. Leia-os com atenção. E não se sinta sozinha, pois aqui também se encontra sua família.

      Obs.: Não costumo responder a comentários com o e-mail errado, mas abri uma exceção para você. Peço-lhe que o conserte da próxima vez.
      Leia também:

      INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM

      SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO

      SÍNDROME DO PÂNICO E OPINIÃO ALHEIA

      DEPRESSÃO – ESPERANÇA, AINDA QUE TARDIA!

      A DEPRESSÃO PRECISA DE TRATAMENTO

      A DEPRESSÃO NÃO ACEITA OU DÁ AMOR

      Abraços,

      Lu

      Responder
  5. LuDiasBH Autor do post

    Caros amigos e amigas

    Tem sido muito comum algumas pessoas não se darem bem com um determinado antidepressivo, mudando para outro. Muitas vezes ficam com o medicamento numa gaveta, sem saber o que fazer com ele. Resolvi pedir-lhes que, quando tiverem uma caixa de antidepressivo em casa e do qual não mais farão uso, falem comigo sobre isso (via e-mail), pois temos muitas pessoas com reais necessidades desses, pois ora elas se encontram desempregadas. Como sabemos, esses remédios são bem caros. Conto com a ajuda de todos, quando possível for.

    Abraços,

    Lu

    Responder
  6. LuDiasBH Autor do post

    Elaine

    A Celina fez um maravilhoso comentário para você, mas só publiquei parte, pois vou transformá-lo num texto, como fiz com o seu. Tudo o que ela escreve é por demais importante. Fico catando aqui e ali, pois a Miss Celi é de ímpetos…

    Beijos,

    Lu

    Responder
    1. Celina Telma Hohmann

      Usando meu direito de resposta:

      Ando às voltas com algumas raivas contidas e isso não faz parte do meu temperamento. Nunca deixo para amanhã o que posso dizer hoje, e o que digo é a expressão fiel do que julgo verdade, que na verdade é verdade coisa alguma.

      Sou uma dessas sortudas que, ao nascer, aquela estrela que ilumina tal instante, ou a lua aparece bem na hora do nascimento. Uma ou outra sorriu para meu bumbum que devia ser bem bonitinho e determinou que lá pela idade adulta minha sina seria a de sempre ocupar uma sala cirúrgica! Não morreria dentro de uma delas, pois meu passamento será tranquilo e justo. Dinheiro nunca teria em excesso, nem me faltaria de forma que me deixesse mal, mas não o teria facilmente e ao tê-lo, estaria ocupada em cuidar do físico, pois o psicológico… Não vou aqui contar minha idade, mas já posso viajar de ônibus interestadual sem pagar. Ainda não fui à busca, mas alertaram-me que obedecendo algumas exigências, posso usar desse benefício. Com a sorte que tenho e com o preço do combustível lá nas alturas, vai que agora cortam o que seria um presente!

      Aos sete anos queimei-me. Como os pais acham que creme dental resolve, lá fui eu ser cuidada com uma queimadura enorme, profunda e dolorida que marcou uma de minhas pernas e bumbum com o mapa do Brasil inteirinho, mostrando até as áreas ocupadas por índios que aqui habitavam quando da descoberta de nosso país. Foi minha primeira experiência hospitalar de que tenho lembrança. Traumática, lógico!
      Comecei a trabalhar muito cedo, considerando que hoje jovens de 34 anos ainda comem o que o pai põe na mesa. Eu já me bastava aos 13 anos, e bem antes, já plantando minha horta, vendendo meus pastéis (feitos por mim da massa ao recheio) ganhava minha graninha, que muito rendia. Eu tinha energia de sobra, Mas o querer estar sempre à frente fez-me visitar psiquiatras ainda antes dos 15 anos. Descobri os remédios mágicos. Quando não faziam efeito, eu tomava todos os que existiam à disposição e lá ia para o hospital. Taxavam-me de louca. Diziam que era tentativa de suicídio, sempre associada a briga com namorados. Não, não era! Era o erro na dosagem. Não ia à sala cirúrgica, mas enfiavam aquela sonda que tira até alegria e ficava em observação, por vezes em estado de choque. Diziam que eu me mataria! Não, não vou tirar a minha vida nunca!

      Tenho rins, ainda. E estes, ah, detonados! Da formação de cálculos contínuos – faço parte de uma pequena parcela da humanidade que fabrica os tais – na verdade, sou uma “pedreira ambulante”, que por vezes não consegue andar tamanha é a dor – e aí, hospital e cirurgias. Ao total 12, mais os duplo J, que é um “canão” horrível que arde, machuca, dói e torra a paciência e não resolve nada. Não sou das abençoadas que a litotripsia livra dos cálculos. Nada! Pedras brutas, inquebráveis! Dizem que pessoas que não perdoam as fabricam. Não sei se perdoei ou se não perdoei, só sei que sofro horrores com a dor que nem dá tempo de não perdoar…

      Nódulos? Acho que os tenho até nos pensamentos. Tireoide já operada, após sessões chatas de investigação, onde nos enfiam uma agulha de uns 5 metros para punção. Brincadeira, eles são, ao que percebi, de uns 30 mm. Resultados sempre inconclusivos, até que numa dessas, o primeiro susto e a consequente extração de alguns nódulos. Agora, recheada com dores de cabeça terríveis, descubro que meu probleminha é na verdade na coluna. A cervical virou floresta e a lombar virou cratera. Prognóstico: cirurgia! Não sem antes, após uma nova descoberta, os nódulos da tireoide terem que sofrer nova remoção, sem tireoide definitiva e rapidamente. O pequeno rosário já não é mais um casinho é um caso sério e assustador. Paralisei! Estou com raiva, pois junto, o adenoma renal sofreu alterações, as pedrinhas estão saltitantes e lá vamos para cirurgias! Como num caso lindo de amor entre a dor e a raiva, em que uma só quer ferrar a outra, na questão colocada, EUZINHA!

      E aí coloco na mala o pânico, controlado por medicação, a raiva por uma sorte que não pedi, os gastos e os rasgos, afinal, a cada cirurgia é um sinal a mais, mais um retalho tirado. Meu belo tapete lá do passado raleando, raleando. Se chegar à velhice com pele, beleza! Sei não… Mas explico, os surtos emocionais, o medo real são casos à parte. Independem das entubadas, agulhadas e que tais, eles me sacaneiam e derrubam e eu, que sempre gostei do palco, fugi para a coxia. Presente mas sem aparecer. O show continua, mas não quero mostrar a cara!
      Não quis escrever uma tragédia contada. Só justificar o sumiço. E sumirei por alguns dias, não sei quantos, mas a procissão está de casa ao hospital continuamente. Meus santos hoje são dr. lourinho lindo, montão de doutores barbudos e de braços fortes – residentes e estudantes – todos lindos e eu à mostra. Nunca fui tão apalpada quanto nos últimos anos. Pena que sinta dor!

      Beijão!

      Responder
      1. LuDiasBH Autor do post

        Miss Celi

        Mesmo quando escreve falando de seus percalços, leva-nos a rir. Você possui o dom maravilhoso de fazer as pessoas sorrirem, ainda que se mostre doída. Bendito seja este seu talento. Não se preocupe, dizem que Deus resolveu deixar no mundo, como eternas sementes, somente as pessoas que possuem o dom de fazer desabrochar no outro o sorriso. Elas são tão poucas! Sou sua mais ardorosa fã.

        Beijos,

        Lu

        Responder
    2. Rui

      Elaine

      Pensando eu que estava muito doente,quando li o seu texto vi que o meu problema de saúde é pequenino.

      Um grande abraço

      Responder
      1. Elaine

        Rui

        Todos nós temos problemas, mas quando ele é dessa natureza as coisas ficam complicadas, tenho notado melhoras mas até a medicação estabilizar, um dia estou muito bem e no outro péssima, mas já sei que tenho que ser firme. Não sei o que você tem exatamente, mas digo que seja forte e nunca desista, a vida é muito curta pra nos deixarmos vencer diante dos obstáculos. Que Deus te abençoe e obrigado pelo comentário que sempre ajuda muito.

        Abraço!

        Responder
  7. Celina Telma Hohmann

    Elaine, linda!

    Parece que o nosso cantinho é mesmo aqui. Também o descobri em meio à crises, buscando respostas e fiquei.

    Torço do fundo do coração, para que você, como eu e o restante do “time”, logo se dê aquele abraço merecido e diga: passou e participei muito para que acabasse! Passará, menina! Não se assuste! Tudo o que você cita é o que se ouve dos que passam pelo problema. Desnecessário dizer que passei por tudo isso. De repente lá vem a sensação de menos valia, a paralisia total em determinados lugares e frente à determinadas situações. Ou abro-me em leque ou fecho-me em um mundo só meu. Prefiro a primeira opção: não estou legal, mas vou ficar legal outra vez! O mesmo acontecerá com você!

    Um abraço bem apertado e a torcida sincera para que logo escreva nos dizendo: GENTE! Estou mega feliz, pois saí daquela fase chata e não a quero de volta!

    Responder
    1. Elaine

      Oi, Celina,
      realmente creio que foi uma bênção descobrir esse cantinho, sei que foi Deus que me mostrou ele, estava em pânico sem saber com quem falar, o que fazer e entre uma crise e outra comecei a ler sobre o assunto. Numa noite tive uma crise muito forte e não conseguia controlar e procurando algo na internet caí aqui. Cada comentário que eu lia me acalmava mais, até que a crise passou. Depois disso comecei a ler os textos e todos os comentários, pois me ajudam muito. Hoje, quando passo mal, sei que vai passar e me preocupo menos, às vezes choro por ficar triste em estar assim, mas logo passa. Tenho fé que todos ficaremos bem e ter a companhia de vocês faz com que o fardo fique mais leve. Agradeço pelo carinho, abraço.

      Responder
      1. Celina Telma Hohmann

        Elaine

        Quando achamos que estamos perdidos, descobrimos um “cantinho” que nos dá a direção. Há uma Mão cheia de poder e conhecimento que nos encaminha para que tenhamos a resposta para nossas dúvidas e medos. Seu fardo será mais suave ao perceber que sempre haverá uma porta que a aguarda para passar e essa porta é larga e leva ao mágico mundo do sentir-se segura. Conte com o “time” e não se sinta, nunca, culpada por passar por esse momento complexo e que por vezes, parece não acabar. Ele acaba e terá motivos de sobra para sorrir e não sentir-se tão mal. Creia, Confie, siga e tenha a certeza de que tudo ficará bem. Ventos passam. Se derrubam árvores, causam estragos, ainda assim, são ventos fortes, mas rápidos e passam…Confiança, menina!

        Um grande abraço!

        Responder
        1. Elaine

          Celina

          Obrigada pelas suas palavras, elas são de muita sabedoria. Que Deus a abençoe e obrigada pelo carinho.

  8. Lana

    Boa-tarde, Elaine!

    Também resisti em tomar o remédio, porém foi o melhor que fiz por mim e pela minha família. O começo é difícil, mas depois você se pergunta porque não começou antes. Uma certeza te dou logo: você terá sua vida de volta, sim. Eu não tinha coragem de ir em lugar algum sozinha, vivia trancada em casa e hoje estou fazendo outra faculdade. Muitas pessoas acabam não compreendendo nosso problema, porque este transtorno é invisível e só quem passa consegue entender. Mas fique segura, logo estará ótima. Não pare o remédio por nada.

    Beijos

    Responder
    1. Elaine

      Lana
      Obrigada pelas palavras, pois é muito bom saber que existem outras pessoas que sabem o que você sente e já passaram pelo mesmo que você está passando, com isso a caminhada fica mais fácil. Logo todos estaremos bem.

      Responder
  9. LuDiasBH Autor do post

    Elaine

    Sinto-me feliz por você ter encontrado este cantinho e por ele ter servido de alento para você. Não se preocupe mais, pois daqui para a frente tudo será bem mais fácil.

    Amiguinha, é uma pena que tenha passado por tudo isso, sem saber ao certo o que lhe acontecia. A tortura de desconhecer o que se tem é ainda mais apavorante. O bom é que o diangóstico de SP (Síndrome do Pânico) tem sido cada vez mais fácil de obter, pois a Ciência vem avançando com rapidez no que diz respeito aos transtornos mentais. Uma vez detectada a doença, e tendo buscado ajuda médica, logo terá as suas crises controladas. O importante agora é ser POP (paciente, otimista e persistente). E olhe que lhe falo de cadeira, pois fui acometida por tal síndrome ainda na minha adolescência. Hoje tenho uma vida normalíssima. Ela não mais me apavora. Quando dá ares de aparecer, logo sei que o medicamento encontra-se fraco. Retorno ao psiquiatra que aumenta a dosagem, ou muda para outro antidepressivo. Já se vão cinco anos sem a visita dessa indesejável senhora. Portanto, fique tranquila, pois logo estará ótima.

    Elaine, infelizmente ainda existe muito preconceito em relação às doenças mentais. Os ignorantes no assunto não sabem que a mente faz parte do corpo sendo, portanto, capaz de adoecer, assim como acontece com o coração, com o fígados, com os rins, etc. A Síndrome do Pânico não se trata de uma doença inventada, mas de um mal químico, em razão do mau funcionamento dos neurônios. Você não se encontra “louca” ou precisa apegar-se com Deus, mas, sim, fazer o tratamento médico. É claro que o pensamento positivo irá ajudar na sua recuperação, assim como a sua fé. Mas ainda que tivesse os dois últimos em altíssimo grau, sem o tratamento médico continuaria péssima.

    Amiguinha, é normal que se sinta mal no início do tratamento, pois existem os efeitos adversos que se apresentam na fase inicial. Quando esses forem embora, terá sua vida de volta, podendo viver como antes ao lado de sua família. Explique a seus entes queridos o momento que passa, peça a ajuda de todos e siga em frente com otimismo. Procure viver apenas um dia de cada vez. Apenas isso! Poderá tomar os florais sem problema algum.

    Elaine, você não se encontra só. Nós somos agora parte de sua família. Sempre que necessitar, venha conversar conosco. Será um prazer tê-la juntinho a nós.

    Abraços,

    Lu

    Responder
    1. Elaine

      Lu

      Obrigada pelo carinho. Antes de comentar li todas as postagens e vi sua dedicação em responder cada uma. Isso ajuda tanto a gente e a você. Espero mesmo melhorar, porque depois de passar tanto tempo passando mal, todos os dias, estou exausta. Hoje consegui sair de casa um pouquinho, me senti mal duas vezes mas consegui me controlar.

      Às vezes estou bem e do nada começo a sentir uma pontada no peito ou abaixo da costela esquerda ou acima da direita, perto do ombro. Isso me deixa com medo, será que é da doença? Porque no começo já se iniciava com a taquicardia e depois comecei a ter pontadas, fico até mole de medo, às vezes daí se inicia a crise. Mas nos exames que fiz do coração não deu nada. Como é difícil isso, tenho fé que Deus vai me ajudar e vou conseguir superar com toda a ajuda possível.

      Agradeço mais uma vez pela ajuda, foi muito bom encontrar este cantinho. Amanhã aumento a dose para 10 mg como a médica mandou, esto pensando positivamente que não irei ficar pior do que estou com os efeitos colaterais. Espero poder voltar aqui pra dizer que estou melhor. Vamos ter fé que tudo passa.

      Abraço, querida.

      Responder
      1. LuDiasBH Autor do post

        Elaine

        Você não tem nada de errado no coração. Não é preciso fazer exames. Tudo diz respeito às reações adversas do medicamento. Aguente firme, pois tudo isso irá passar e terá melhor qualidade de vida.

        Abraços,

        Lu

        Responder

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