ANSIEDADE X CAMINHO DO MEIO

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

Autoria de Lu Dias Carvalho

De uma forma geral, a ansiedade é um sentimento incômodo e projetado para o futuro. A pessoa aflitiva vive num estado de alerta constante por causa de uma situação que ainda pode acontecer e causar-lhe sofrimento. (Flávia Maria Scigliano)
 
Cada vez mais pessoas estão chegando aos consultórios médicos queixando-se de uma aflição que não passa, de uma perturbação que anuvia sua mente e de uma grande incerteza quanto ao futuro. Elas pedem ajuda porque não sabem lidar com essas emoções que acabam transformando a vida num labirinto sem saída, retirando-lhes a alegria de viver. Embora a ansiedade esteja presente no cotidiano de todo ser humano, o que a difere de algo mais grave é a intensidade com que se abate sobre a pessoa.

Muitos de nós desconhecemos o quão sábio é o próprio corpo. Ele pode aguentar um determinado estresse por um tempo, mas não por todo o tempo. No caso da ansiedade – quando o medo, as incertezas e a expectativa extravasam seus limites – o corpo humano sofre uma alteração emocional – reação natural que corresponde a um pedido de ajuda. O seu grito de dor é uma forma de alerta, sem o qual correria o risco de somente buscar socorro quando já se encontrasse em frangalhos. Ele dá o sinal, como se dissesse: “Depois não venha dizer que não avisei!”.

O organismo humano reage à sensação de aflição, ao receio ou à agonia que acomete a pessoa, quando não diz respeito a um tempo determinado, mas que se prolonga indefinidamente. A inquietação, a impaciência e o descontrole sem causa aparente nada mais são que um sinal para que se tome cuidado, pois algo está desandando, fugindo ao controle da mente. É preciso compreender a linguagem de nosso corpo, levar em conta seus mecanismos de defesa e buscar ajuda, antes que a ansiedade possa se transformar num severo distúrbio (Transtorno da Ansiedade Generalizada – TAG), impedindo o indivíduo de exercer até mesmo suas atividades rotineiras.

Conhecer as diferenças entre a ansiedade tida como normal e aquela que é considerada uma patologia da mente é muito importante para buscar ajuda quando necessária. A primeira aparece quando a pessoa encontra-se prestes a passar por uma situação de desconforto (entrevistas, concursos, mudanças, etc). A segunda caracteriza-se por uma preocupação fora dos limites ou por uma expectativa com grande apreensão que foge ao controle e que perdura por no mínimo seis meses, vindo acompanhada de irritabilidade, inquietação, fadiga, tensão muscular, dificuldade de concentração e perturbação do sono. Neste último caso, quanto mais cedo buscar ajuda médica menor será o sofrimento.

Nota: obra de Edvard Munch

Fonte de pesquisa
Guia minha Saúde/ Editora On Line

9 comentaram em “ANSIEDADE X CAMINHO DO MEIO

  1. José

    Lu
    Conheci o Blog hoje, pesquisando sobre antidepressivos. Fui diagnosticado com distimia. Estou tomando Reconter 10 mg há 15 dias e não senti melhora nem piora, único efeito colateral foi aumento de suor, de resto me sinto o mesmo. Dou tempo ao tratamento ou devo retornar para possível troca de medicação?

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      José

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, a distimia é um transtorno depressivo persistente, trata-se de um transtorno do humor que consiste nos mesmos problemas cognitivos e físicos presentes na depressão, com sintomas menos severos, porém mais duradouros. O conceito é um substituto para o termo “personalidade depressiva”.

      Todo antidepressivo precisa de um tempo para fazer efeito, normalmente em torno de três semanas. Não há como avaliar se o seu organismo está se dando bem com o medicamento antes que seu organismo passe a aceitá-lo. Os efeitos adversos não são iguais para todas as pessoas. Algumas têm pouquíssimos ou até mesmo não os t~em. Você deve dar tempo para que o antidepressivo surta efeito. Nesse período é importante que seja POP (paciente, otimista e persistente). Leia os textos que irei lhe enviar e mantenha contato conosco.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  2. Murilo Reis Autor do post

    Enviado do meu iPhone

    Lu

    Fui diagnosticado com ansiedade social e depressão – mas dizem q é tudo uma coisa só. Já estou no meu terceiro medicamento diferente. Antes do oxalato de escitalipran – reconter – eu tomei o pondera. Parei com ele por uma efeito colateral meio incomum, olho seco, uma queimação insuportável ou ardência. Estou faz 20 dias com o reconter. Está me fazendo bem, porém começou o mesmo sintoma. Inclusive neste exato momento estou passando um perrengue com isso.

    Gostaria de saber se já viu esse sintoma em alguém, se é usual e se com o tempo, quando meu organismo se adaptar ele deixe de existir. Obrigado, Lu. O seu site é muito interessante. Ajuda muito mesmo. Você é uma pessoa abençoada. Continue nos ajudando.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Murilo

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, a ansiedade e a depressão sempre existiram, mas agora vêm tomando conta da humanidade. Segundo pesquisas, tendem a ser as principais doenças em 2030. O que precisamos fazer é buscar tratamento assim que aparecem e, além disso, procurar viver com mais tranquilidade. O modo como vivemos o nosso dia a dia é fundamental no combate a essas doenças mentais.

      Os efeitos adversos ocasionados pelos antidepressivos são os mais diferentes possíveis. Alguns deles devem ser levados ao conhecimento do médico, para ele ver se não se trata de uma alergia ao medicamento. Como voltou a sentir os mesmos sintomas, sugiro que busque o parecer de seu médico. Pode ser que se trate apenas de um efeito colateral, mas também pode se tratar de uma alergia ao medicamento. Somente seu médico, ao vê-lo, poderá avaliar com precisão. Se se tratar de alergia, ele certamente irá mudar para uma nova substância. Saiba que o início do tratamento é meio difícil, mesmo, mas quando acertar no medicamento, verá como levará uma vida imensamente melhor. Quanto a diferença entre depressão e TAG eu vou lhe enviar o link de alguns textos que poderão ajudá-lo.

      Continue me contando como anda seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  3. Maria Claudia

    Larissa

    Tudo o que está sentindo vai passar! Muitos de nós aqui já passaram por isso, inclusive eu. Perdemos as esperanças, nós nos encontrávamos perdidos e extremamente cansados de tudo. Mas resistimos, porque essa fase ruim passa, tenha certeza disso!

    Não deixe os medicamentos por mais que no início tudo pareça piorar, pois são os efeitos adversos da fase inicial. Tenha calma, paciência com você mesma, e saiba que estamos aqui para ajudá-la! Você não está sozinha! Somos uma família! Continue nos dando notícias, estamos aqui para te apoiar!

    Fique bem!

    Responder
  4. Larissa

    Amigos,

    peço encarecidamente por ajuda. Forças para continuar, porque parece que isso não vai passar nunca. Não tenho conseguido viver, levar minha vida normal. Não tenho mais esperanças.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Larissa

      Avalio muito bem o que você está passando, ainda mais por ser muito jovem. Quando vamos nos envelhecendo, passamos a ter mais bagagem para superar os momentos difíceis da vida. Muitos aqui chegaram como você se encontra agora, desesperados com os efeitos adversos do antidepressivo e hoje se encontram muito bem. Portanto, minha amiguinha, tenha paciência. Peça a seu médico (ou a um clínico geral) a prescrição de um ansiolítico para superar essa fase ruim.

      Amiguinha, o sofrimento ocasionado pelo antidepressivo é passageiro. Esse medicamento irá lhe possibilitar viver com tranquilidade, mas se abrir mão dele sua vida irá ficar cada vez mais difícil, pois as crises tendem a ser cada vez mais fortes e mais constantes. Há depoimentos (em um dos textos) de um garoto de 16 anos que também sofreu como você está sofrendo hoje, mas ele conseguiu superar e diz que se encontra muito bem. Está há um ano tomando o medicamento. Pense que você é capaz de passar por isso. Se estiver muito difícil, volte ao seu médico e converse com ele.

      Larissa, tudo isso irá passar. Nessa fase é justificável que não esteja conseguindo levar sua vida com normalidade. Peça licença do trabalho ou falte às aulas para ficar mais tranquila em casa. Seu médico lhe dará licença. Não se preocupe. A partir de sua melhora suas esperanças serão cada vez maiores. Não mais terá preocupação com as crises que sentia, pois o medicamento irá ajudá-la a viver com equilíbrio. É para isso que existem os antidepressivos. Milhões e milhões de pessoas em todo o mundo fazem uso deles. Você é uma guerreirinha e irá conseguir passar por isso. Faltam-lhe apenas duas semanas. Coragem, amiguinha! Estou aguardando ansiosamente um comentário seu, dizendo-me que tudo ficou para trás.

      Beijos,

      Lu

      Responder
  5. Maria Claudia

    Lu

    Estou achando muito bom e proveitoso todos os artigos sobre ansiedade. Quanto mais se abordar o tema, mais conscientes nos tornamos e menos sofrimento haverá!

    Abraços

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Cláudia

      Você tem toda a razão, pois conhecimento é poder. Outros textos abordarão esta mesma temática.

      Beijos,

      Lu

      Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *