ARTE DE RUA – BASK

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Bask é um artista tcheco que, aos oito anos de idade, conseguiu fugir do regime comunista de seu país, então Tchecoslováquia, juntamente com sua família, composta por seus pais, ele e uma irmã, e se refugiar nos Estados Unidos, em 1984. Segundo conta, sua família viveu num campo austríaco de refugiados, durante seis meses, antes de obter ajuda para emigrar. E o dia em que a família escapou, a tia, irmã do pai, foi assassinada. E tudo isso foi muito traumático para ele. Somente na sua adolescência foi ler o livro 1984, de George Orwell, que mudou a sua vida. Também ama A Revolução dos Bichos, do mesmo autor. Tem predileção pelos autores: Orwell, claro, Joseph Campbell, Allan Watts, Noam Chomsky, Howard Zinn, Charles Bukowski, e até mesmo por Sun Tzu (A Arte da Guerra).

Os desenhos de Bask, que se inspirou em culturas e paisagens urbanas, para criar o seu estilo de pós-grafite, trazem sempre um cunho social ou político, com o objetivo de levar o observador a ter uma atitude crítica. Ele usa respingos de tintas, texturas espessas e estênceis para criar seus personagens e outras formas de desenho, bem parecidos com rascunhos infantis. A estética de seus desenhos parece sempre inacabada ou imperfeita. Mas o fato de as imagens parecerem inacabadas tem como objetivo fazer com que o observador concentre seu olhar ali e, mentalmente, preencha as linhas ausentes, numa interação mais profunda. Quase nunca faz um esboço daquilo que vai fazer, mas possui uma visão geral da obra, um layout, na cabeça, antes de começar a pintar. Mas acontece de mudar, acrescentando ou subtraindo algum elemento, de acordo com seu impulso criativo. Ele se diz autodidata e, por isso, está sempre aberto às novas experiências.

Bask diz-se cético em relação a cada “nova grande coisa” lançada pelo mercado consumidor, pois isso o faz lembrar-se da mesma propaganda de lavagem cerebral que sofreu em seu país. É preciso não se submeter à pressão da sociedade, alimentada pelo marketing, de viver uma determinada maneira, ainda que isso não tenha um real benefício para a nossa vida cotidiana. Segundo o artista, ele possui uma relação de amor e ódio com os anunciantes. Ele odeia o controle e a influência que eles exercem sobre a sociedade, mas também admira as propagandas inteligentes e eficazes. É fato que a publicidade está em toda parte, mas a maioria dela é um lixo, uma poluição visual.

O tcheco afirma que o artista de rua continua se escondendo da polícia e que sua arte não pode se tornar muito comercial para não perder sua juventude e rebeldia. Ele gosta de trabalhar em murais, com permissão, onde faz experimentações de imagens e técnicas. Mesmo assim, por pura nostalgia, vez ou outra faz uma pintura proibida. Ele diz gostar de incorporar marcas e imagens em sua arte, pois, para ele, a cultura popular é tudo que nos rodeia, mas de um modo que não se torna plágio, sempre acrescentando algo mais, tornando-as originais.

Ultimamente, segundo Bask, tem aparecido uma grande quantidade de artistas incríveis que fazem arte de rua, com Barry McGee, Revok, Os Gemeos, Roa, Rime, Retna, e muitos outros.

Fontes de pesquisa:
O mundo do grafite/ Nicholas Ganz
http://tampareviewonline.org/art/the-art-of-bask

2 comentaram em “ARTE DE RUA – BASK

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      Eu sou fã desses pintores de arte urbana. Acho que tornam a cidade muito mais bela, além de trabalharem causas sociais, chamando a atenção dos governantes em todo o mundo.

      Abraços,

      Lu

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