Botticelli – MADONA DA ROMÃ

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição Madona da Romã é uma obra do pintor italiano Sandro Botticelli (1445-1510), que aos 17 anos de idade tornou-se aluno do prestigiado artista frade Filippo Lippi, mas não demorou muito para que o aluno superasse o mestre, com suas figuras suaves, rostos sérios e expressões contemplativas, buscando apresentar a realidade interior de seus personagens. Os artistas Antonio del Pollaiuolo, Andrea del Verrochio, Ghirlandaio e Perugino também exerceram influência na arte de Botticelli.

Esta obra tem o formato arredondado (tondo). Também é circular o disco de raios dourados acima da cabeça da Virgem. Os anjos, por sua vez, formam um semicírculo. A mesma forma repete-se na romã. A pintura foi feita para ornar a sala de audiência do Magistrado dei Massai, no Palazzo della Signora. Seguindo a tradição da Idade Média, Botticelli pintou a Virgem com seu Menino numa dimensão maior do que as figuras dos anjos.

A Virgem encontra-se, em primeiro plano, de frente para o observador, com seu Menino ao colo. Ela usa um manto azul sobre o vestido vermelho. Traz na cabeça um véu transparente, que cobre seus cabelos dourados e anelados. Acima dele está outro véu que, junto com o primeiro, cinge-lhe ombros e peito. Um tênue halo circular, prova de sua divindade, adorna a cabeça. Maria, com o rosto levemente inclinado para sua esquerda, mostra-se pensativa, com o olhar perdido, como se imaginasse o sofrimento pelo qual passará a criança inocente em seus braços. Ela segura uma romã com a mão esquerda, encostada ao corpo do Filho. Sua grande dimensão atrai os olhos do observador, que descem pelo Menino e fixam-se na romã.

O Menino Jesus usa uma túnica transparente que deixa seu corpinho à vista. Assim como os da mãe, seus cabelos são dourados e cheios de cachos. Sua cabeça está inclinada para a direita, com o queixo encostado no ombro. Uma transparente auréola adorna-a. Ele mira o observador com seus olhos tristes Sua mãozinha esquerda descansa sobre a romã partida, enquanto abençoa com a direita.

Seis gracisosos anjos, três de cada lado, ligados por um festão de rosas, ladeiam a Virgem e seu Menino. Dois deles trazem um ramo de lírio, simbolizando a pureza e a virgindade de Maria. Dois outros seguram um livro aberto nas mãos, simbolizando a sabedoria da Virgem. Três dos anjos olham para fora da tela. Apenas um deles apresenta o semblante alegre. Os outros exalam grande tristeza, como se também antevissem a morte de Jesus. O primeiro anjo, à esquerda, traz duas faixas entrecruzadas na frente, onde está escrita uma saudação à Virgem: “AVE GRAZIA PLENA”.

As rosas são também um símbolo da Virgem. A romã, responsável pelo título da composição, significa que Cristo, através de seu sangue, morte e ressurreição, renascerá, assim como cada semente dela produzirá nova planta. A romã tem também outros significados, tais como: as inúmeras virtudes da Virgem Maria, a unidade da Igreja, a fertilidade, a realeza e o trabalho.

Ficha técnica
Ano: c. 1487
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 143,5 cm de diâmetro
Localização: Galleria deglu Uffizi, Florença, Itália

Fontes de pesquisa
A Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
http://poweroftheomegranate.weebly.com/art.html

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