CHINA – COSTUMES CHINESES

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Autoria deLu Dias Carvalho china

Os chineses estão agora no ano 4711 que representa o Ano da Serpente. Embora pensemos que seja esse o calendário pelo qual eles se guiam, não é bem assim. Pelo menos nas grandes cidades, o calendário usado é o gregoriano. Eles não comemoram o Natal, pois a quantidade de cristãos é ínfima.

O grande feriado chinês acontece no final de janeiro, quando é comemorado o Ano Novo Chinês. O país paralisa por um período de sete dias. Os fogos de artifício varam as noites e durma quem for capaz. A queima de fogos na entrada do novo ano tem por objetivo espantar os espíritos ruins, conforme reza a tradição chinesa. O barulho intenso, que dura mais de uma semana, deve escorraçar até o mais corajoso dos espíritos. O Ano Novo Chinês tem início na lua nova, no Festival da Primavera, e finda na lua cheia, no Festival das Lanternas. Ao contrário de nós ocidentais, que usamos branco ou amarelo na entrada do novo ano, os chineses vestem vermelho e dourado.

Para os ocidentais, a China parece ser o fim do mundo. Na verdade, esse país situa-se no meio da Ásia, tanto é que seu nome significa Reino do Meio. Mesmo dentro da China, não é fácil para um estrangeiro chegar ao destino escolhido: os taxistas não entendem o alfabeto arábico e os turistas internacionais nada divisam do mandarim. Resta ao viajante precavido encher-se de cartões de visita em mandarim, apresentando-os aos taxistas. Atrás, deve escrever as informações na sua língua para saber o que está pedindo.

Assim como na Índia, o trânsito nas grandes cidades chinesas é uma coisa de louco. As buzinas formam uma orquestra enlouquecida de sons intermináveis. Faz parte do código do trânsito buzinar sempre.

Muitos costumes deixados pela Revolução Cultural ainda perduram até os dias de hoje, principalmente entre as pessoas idosas. À época, o ato de escovar os dentes era considerado coisa de burguês, por isso, muitos chineses ainda seguem tal orientação que deixa os dentes amarelos e cariados. A alimentação forte em alho e soja também deixa nas pessoas um cheiro peculiar. Outra coisa interessante é o fato de os chineses adorarem um pijama. E quem não gosta? Podem ser encontrados com tal indumentária nas ruas, dentro dos carros e até mesmo nos aeroportos.

As palavrinhas mágicas (Desculpe-me!, Por favor!, Com licença!, Obrigado!) parecem não existir na China. Empurrões, cotoveladas e pisadas fazem parte do dia a dia. E tomar a frente do outro para enxergar melhor numa exposição, por exemplo, é mais do que normal. Não é costume entre os chineses o ato de se organizarem em fila, e tampouco dar a vez para outras pessoas passarem. Ali é no vale tudo. O jeito é entrar no bolo e tentar sair são e salvo da aglomeração.

O turista observador fica surpreso com os grandes vãos que existem em muitos prédios, perguntando-se o porquê de não terem aproveitado tanto espaço. Mas tais vãos têm uma finalidade definida: servir de passagem para os dragões (fictícios, é claro). Não é à toa que a China é também chamada de o Dragão Chinês. Há também pontes em zigue-zague e empecilhos para os espíritos do mal não chegarem às casas. Apesar de maus, eles são bem tolos, pois não sabem fazer curvas ou pular obstáculos.

O comunismo considera a religião o ópio da humanidade, que só serve para aumentar o servilismo dos pobres. Portanto, o povo chinês não tem uma religião oficial, embora grande parte dele professe o budismo. Vai-se ao templo budista para fazer pedidos de felicidade, fortuna, saúde e prosperidade. E como os chineses pedem a Buda!

O número 9 (e seus múltiplos) é considerado especial. O número 4, cujo som parece com a palavra morte, é indesejado, assim como o 13 é no ocidente para muitas pessoas. Para os chineses, são normais certos comportamentos que os ocidentais consideram falta de educação, se feitos em público. Arrotos e peidos não são guardados para depois. As crianças defecam em público. Os homens cospem e urinam em qualquer lugar, como fazem os indianos. E, sem preconceito algum, um mesmo pano de limpeza possui múltiplas funções, passando da cozinha ao banheiro. Não há constrangimentos.

Embora o uso de branco pelas noivas venha se tornando cada vez mais comum entre as chinesas, o dourado e o vermelho ainda predominam. Para as pessoas especiais, o convite de casamento vai com a fotografia dos noivos. Não há especificação de trajes para comparecer ao casório. Cada um se veste como quiser. E nada de o convidado ficar queimando os miolos, preocupando-se com o presente. Ele deve ser em yuan (money) mesmo. O Ano do Cachorro é propício para se casar, pois possui duas primaveras, enquanto no seguinte, Ano do Porco, não há nenhuma. Os casamentos não possuem um sentido religioso, sendo realizado em locais específicos para eventos.

A idade para namorar, casar e ter filhos é estipulada pelo governo. Não é permitido namorar na rua, ou mesmo em casa, antes dos 18 anos. E o casamento só é permitido após os 20 anos para as moças e 22 anos para os rapazes, idades a partir das quais podem ter filhos. Se uma criança nasce fora dos parâmetros preestabelecidos, ela perde o direito à certidão de nascimento, ou seja, como consequência perde o direito à saúde e à educação pública, vivendo como clandestina dentro de seu próprio país.

O Ano do Porco, que sucede o Ano do Cachorro, é próprio para a chegada dos rebentos. O mais interessante é que a idade do bebê começa a ser contada a partir da gestação. Quando o filhote completa um ano de nascido, já está com dois anos de idade. Achamos estranho, pois, por aqui as pessoas costumam tirar vários anos de sua passagem pela Terra, principalmente as mulheres.

O governo chinês não permite mães solteiras. O filho só pode nascer do casamento legal. Tampouco se revela o sexo da criança antes de seu nascimento, para evitar o aborto de bebês do sexo feminino, pois o país ainda privilegia, como em quase toda a Ásia, o nascimento do filho homem, responsável por cuidar dos pais na velhice. Como o aborto é permitido no país, a situação tornou-se trágica, uma vez que o número de homens é cada vez maior, em relação ao de mulheres.

Junto à fumaça das fábricas, que poluem tudo, está a fumaça do cigarro. Os chineses são fumantes contumazes.  Em festas, é comum encontrar maços de cigarros nas mesas para uso dos convidados.

Cobra é uma das iguarias dos chineses, além dos poderes místicos que eles julgam que o réptil possui. Por se tratar de um animal frio, além de fazer maravilhas à pele, segundo eles, traz também calma e tranquilidade. Então é de cobra que a humanidade precisa.

Nos vilarejos chineses é muito comum, encontrar caixões funerários nas casas. Segundo a crença local, o idoso precisa se acostumar com a ideia de morrer. Muitos deles confeccionam o próprio caixão. Que mundo estranho, para nós ocidentais!

Fonte de pesquisa:
Auroras Orientais/ Gianna Carvalheira

8 comentaram em “CHINA – COSTUMES CHINESES

    1. LuDiasBH Autor do post

      Kelly

      Agradeço muitíssimo a sua opinião.
      É um grande prazer recebê-la aqui no blog.
      Volte sempre.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  1. Mário Mendonça

    Lu Dias

    Assim tu me desaconselhas a conhecer este país milenar.
    Não é isso que vemos em filmes e afins…..sei que o regime é duro, mas o que a Gianna expôs é dureza de conviver, sendo ocidental…..

    Valeu

    Mário Mendonça

    Responder
      1. LuDiasBH Autor do post

        Mário

        Devo ter escrito e esquecido de clicar… velhice… risos.
        Vou responder de novo.

        Abraços,

        Lu

        Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      Só de comerem cachorro, eu já fico com um pé atrás.
      Aliás, eles comem tudo que se move, exceto gente, penso eu.

      Todos os livros sobre o país, que tenho lido, não me deixam vontade de conhecê-lo.
      A exploração dos operários é de dar dó.
      Chegam a dormir 12 num minúsculo quarto, em dois turnos.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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