Cinema – A SÉTIMA ARTE

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

Autoria de Lu Dias Carvalho

Paradiso

Esta é a maravilha do cinema, é uma arte democrática, uma arte para todas as raças. Aqui as massas da humanidade entram através do movimento vibrante na luz que voa e na beleza que invoca o espírito da raça. (American Magazine/ 1913)

 Ao contrário das demais artes, o Cinema é ainda um bebê, que possui pouco mais de um século de vida. A maioria dos estudiosos acata a ideia de que ele surgiu em 1895, com os irmãos Lumière, quando projetaram A Saída dos Operários da Fábrica Lumière.

 O Cinema é a arte que mais tem se beneficiado com o efeito da tecnologia. Dentre as muitas novidades, está a possibilidade de congelar a imagem, para uma análise mais detalhada de uma cena, por exemplo. Foi por isso, que alguns deslizes, antes despercebidos, tornaram se visíveis. Hoje é possível ao espectador observar que em Casablanca, Ilsa usa um terninho em vez de um vestido no flashback de Paris; em Os Dez Mandamentos, um cego usa um relógio; em Spartakus, vários soldados também estão usando relógios: em No Tempo das Diligências, é possível ver marcas de pneus modernas; em Doutor Jivago, pode-se ver o reflexo do diretor David Lean e sua equipe, e assim por diante.

 É possível que nenhuma arte tenha se espalhado com tanta rapidez e se tornado tão universal quanto o Cinema. Quando tinha apenas 20 anos de existência, grandes plateias espalhadas pelo mundo, já se curvavam a seus encantos.

 Filmes Mudos

 Embora possa parecer um paradoxo, o fato de os filmes do início da história do Cinema terem sido mudos, o que configurava uma limitação da nova arte, trouxe uma grande vantagem para sua universalização. Mas como assim? – inquirirá o leitor.

 Vejamos:
1 – os filmes mudos eram acessíveis a qualquer tipo de público;
2 – seus custos eram muito baixos e por isso eram produzidos em maior escala;
3 – a simples colocação de alguns entretítulos, traduzidos para a língua local, permitia a um filme ser compreendido em qualquer lugar do mundo;
4 – o filme mudo não constituía um problema para o alto número de analfabetos existentes à época;
5 – era muito comum que os espectadores, com domínio da leitura, lessem os intertítulos para os vizinhos em apuros;
6 – os japoneses chegaram a criar a figura do benshi, que tinha como objetivo ficar ao lado da tela, e recontar a história para os espectadores;
7 – quando os filmes falados chegaram, a paixão pelo Cinema já estava enraizada, de modo que as pessoas não se sentiram desencorajadas com as barreiras impostas pela linguagem.

 Na opinião de alguns críticos, se o Cinema tivesse nascido já no modo falado, é bem provável que a sua popularização não tivesse sido tão rápida em todo o mundo.

 Gêneros do Cinema

 Os principais gêneros cinematográficos não tardaram a emergir após a criação do Cinema. Georges Miélès, o ex-ilusionista, logo após as projeções dos irmãos Lumière, já apresentava para as plateias filmes de fantasia, terror e ficção científica.

 O documentário praticamente já nasceu com o Cinema. Foi o primeiro a existir, pois bastava apontar as câmaras para o mundo em derredor e já se configurava o gênero.

 A comédia veio logo após e, depois, vieram os dramas de época, os romances, os filmes de ação, o drama psicológico, os filmes de guerra, a farsa, os épicos da antiguidade e a pornografia. Embora alguns gêneros ainda engatinhassem, em 1910 já existiam quase todos os que estão presentes nos dias de hoje.

 Em menos de meio século, o Cinema percorreu o longo caminho que vai do primitivismo ao pós-modernismo. Apesar de bem mais jovem, tornou-se a mais dinâmica e a mais democrática das formas de arte.

 É interessante saber que antes da Primeira Guerra Mundial, era o Cinema europeu que dominava o mercado internacional. França, Itália e Dinamarca eram os países possuidores de importantes indústrias cinematográficas. Os Estados Unidos, por sua vez, eram muito mais importadores do que produtores. Porém, com a chegada da guerra as coisas tomaram um novo rumo, deslocando o eixo da sétima arte.

 Como o conflito desenrolava-se na Europa, as indústrias cinematográficas europeias foram extremamente afetadas, sendo obrigadas a reduzirem a produção. Como a tristeza de uns acaba sempre redundando em alegria para outros, a emergente indústria cinematográfica norte-americana, que tinha muito dinheiro, aproveitou a deixa para se firmar no mercado mundial. Já em 1920, Hollywood assegurava para si o primeiro lugar no pódio. Além disso, com os recursos financeiros e técnicos imbatíveis, tornou-se irresistível para os cineastas talentosos europeus. Fato que ainda acontece nos dias de hoje.

 Numeração das Artes

 Esta é a numeração mais consensual sobre as artes, sendo, no entanto, apenas indicativa, onde cada uma das artes é caracterizada pelos elementos básicos que formatam a sua linguagem:

 1ª Arte – Música (som)
2ª Arte – Dança/ Coreografia (movimento)
3ª Arte – Pintura (cor)
4ª Arte – Escultura (volume)
5ª Arte – Teatro (representação)
6ª Arte – Literatura (palavra)
7ª Arte – Cinema (integra os elementos das artes anteriores mais a 8ª arte)
8ª Arte – Fotografia (imagem)
9ª Arte – Banda desenhada (cor, palavra, imagem)
10ª Arte – Jogos de Computador e Vídeo (alguns jogos integram elementos de todas as artes anteriores somado a 11ª, porém no mínimo, ele integra as 1ª, 3ª, 4ª, 6ª, 9ª arte somadas a 11ª desde a Terceira Geração de Videogames)
11ª Arte – Arte digital (integra artes gráficas computorizadas 2D, 3D e programação).

Nota: Cena de Cinema Paradiso

 Fontes de Pesquisa:
Tudo sobre Cinema/ Editora Sextante
Wikipédia

2 comentaram em “Cinema – A SÉTIMA ARTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *