COMO TRATAR A CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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A constipação intestinal ou a popular “prisão de ventre” é queixa frequente no consultório médico, em especial, nas mulheres. Considera-se, para efeitos didáticos, que a prisão de ventre ocorre quando a pessoa evacua, no máximo, três vezes por semana. Porém, também podemos considerar como pessoas constipadas aquelas que têm evacuação dolorosa com fezes ressecadas.

Recebo no consultório pessoas que relatam a ida ao banheiro somente uma vez por semana, com a “ajuda” de medicações, e ainda acham isso normal. Um intestino que não funciona diariamente pode trazer sérios problemas no médio e longo prazo.

É através do trato digestivo que ocorrem os processos de digestão e absorção dos nutrientes. Uma pessoa com constipação intestinal geralmente apresenta alteração destes processos e, por consequência, alteração em sua saúde. Se formos dissecar o intestino de um adulto, sua área de absorção é comparável ao tamanho de uma quadra de tênis. Portanto, tudo que ingerimos passa por ele. Devemos, pois, saber como cuidar dele.

Consequências

Uma pessoa com intestino preso de forma crônica, geralmente tem alterações do humor (daí a palavra enfezada ou cheia de fezes) com irritabilidade, falta de disposição física, quadros alérgicos inespecíficos, tendência à formação de acne do adulto, piora do sistema imunológico devido à alteração da flora bacteriana local, doença diverticular, colites, ganho de peso ou dificuldade para perdê-lo, entre outras.

A pessoa com queixa de constipação deve ser avaliada em seus hábitos de vida. A alimentação é preponderante, pois o baixo consumo de fibras reduz o trânsito intestinal. A hidratação é outro importante fator. As pessoas se esquecem de beber água durante a sua rotina diária. O sedentarismo é outra causa que reduz a motilidade do intestino. Já o uso de inúmeros medicamentos pode causar constipação intestinal e doenças neuropsiquiátricas, como ansiedade, depressão e estresse, também colaboram para piora do problema.

Hábitos

De posse de um histórico completo da pessoa, podemos trilhar qual o melhor tratamento. E não necessariamente ele deve ser medicamentoso. Simples alterações de hábitos geralmente corrigem o problema, sem ter necessidade de lançarmos mão de medicamentos laxantes. Portanto, o aumento no consumo de fibras é essencial (mamão, bagaço da laranja, granola, farelo de trigo, linhaça, etc.), pois são elas que vão reter mais água no bolo fecal, facilitando o trânsito intestinal. Passe a ter o hábito de tomar mais líquidos (ponha o copo de água na sua frente, peça para a “moça do cafezinho” servir-lhe água a cada hora ou ponha o celular para lembrá-la. Procure o seu jeito!).

Inicie uma atividade física, em especial aquela de que você gosta. Uma drenagem linfática pode ser de grande utilidade. Há casos em que a reposição de lactobacilos pode ser necessária. Como colocado anteriormente, o uso de laxantes ficará restrito a casos mais sérios e com acompanhamento médico. Não entre na farmácia para ir ao banheiro. Mude seus hábitos e procure orientação médica e nutricional.

(*) Imagem copiada de silvana-matos.blogspot.com

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