CONHECENDO A DOENÇA DIVERTICULAR

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

A doença diverticular é mais prevalente e tem uma maior incidência em pessoas de mais idade, ou seja, está estimada em 33% nas pessoas acima de 45 anos, 50% em indivíduos com mais de 70 anos, podendo atingir 80% da população da chamada quarta idade – com mais de 80 anos. Cerca de 20% destes vão evoluir para os quadros de diverticulite, complicação mais grave que deve ser prontamente diagnosticada e tratada, dada aos episódios de maior mortalidade na população. No texto de hoje, vamos ver que dá para conviver bem com o problema e quais as formas de minimizá-lo.

Divertículo é uma saliência ou uma reentrância na parede do intestino, notadamente no intestino grosso. Em outras palavras, são vários “saquinhos” no intestino representando uma fragilidade naquele local – de onde advém o nome diverticulose. No divertículo, podem penetrar e ficar retidas pequenas quantidades de restos alimentares, o que pode ocasionar sua inflamação e ou infecção. Se este divertículo inflamado se romper, ocorre evolução para um quadro de peritonite, podendo culminar com óbito por infecção generalizada. Dada à gravidade do quadro, é importante percebermos quais são os sintomas para evitar uma evolução para cenários mais dramáticos.

Para o leitor ter uma ideia de quem está predisposto a ter doença diverticular, vamos às dicas:

  • pessoas de mais idade, por perda da elasticidade da musculatura intestinal, são as mais predispostas;
  • pessoas que se alimentam com poucas fibras e com baixa hidratação podem seguir para o mesmo caminho;
  • os indivíduos com predisposição genética a apresentar esta fragilidade da parede intestinal.

Como já citado, a doença diverticular cursa de forma assintomática na maioria dos casos, sendo diagnosticada em um achado de exame, como ocorre nas colonoscopias. Porém, cerca de 20% da população com este problema podem ter sintomas relacionados à diverticulite como: dor abdominal abaixo do umbigo, notadamente do lado esquerdo; constipação ou diarreia, sangue nas fezes, febre, náuseas, vômitos, etc.

Se não houver sinais de gravidade, o tratamento inicial pode ser feito no domicílio com dieta leve e líquida associada à prescrição de analgésicos e antibióticos. Em geral, em 72 horas, 80% dos casos evoluem para sua resolução. Se a resposta não for satisfatória, o tratamento deverá ocorrer no hospital sob a supervisão médica direta. Para finalizar, as recomendações gerais para as pessoas com doença diverticular são:

  • incluir alimentos com alto teor de fibras na sua dieta habitual (frutas, vegetais, cereais integrais e grãos são importantes para o processo digestivo saudável);
  • não ingerir sementes de difícil digestão (como por exemplo, a semente do gergelim);
  • beber pelo menos 2 litros de líquidos por dia para facilitar a formação do bolo fecal;
  • não tomar laxantes por conta própria;
  • fazer atividades físicas, o que melhora enormemente o trânsito intestinal.

Nota: imagem copiada de [Foco] Magazine

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