DEIXANDO A ZONA DE CONFORTO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Todos nós temos certa noção do que seja a “zona de conforto”, entretanto, decidi contribuir um pouco mais, dado que é um tema que irá determinar o sucesso ou o fracasso de uma pessoa, a liberdade ou a prisão dos hábitos e costumes, a satisfação ou angústia com a vida, etc. Quem não sai da zona de conforto parece estar sempre ouvindo uma voz falando ao “pé ouvido”: “É arriscado demais! Você não é capaz! É difícil pra mim!”. Então o que fazer para suprimir esta voz e sair dela?

A zona de conforto é uma condição em que a pessoa realiza comportamentos que lhe dão um desempenho constante, porém limitado, e com uma falsa sensação de segurança. Como sua atuação é limitada, os resultados na vida também o são. A zona de conforto pode ser entendida como uma série de comportamentos que adotamos por costume ou hábito.

Ninguém passa a vida inteira sem encontrar dificuldades, portanto, se você, caro leitor, acha que as dificuldades que a vida nos impõe serão debeladas por estar em sua zona de conforto, está muito enganado. Não podemos simplesmente optar por uma vida calma, sem nenhuma turbulência. Algum dia ou em algum lugar passaremos por um teste para o qual não estaremos preparados e que gostaríamos não ter de enfrentar. São enormes os benefícios em sair da zona de conforto, dentre esses podemos citar:

  • melhoria na satisfação pessoal e na qualidade de vida;
  • superação dos próprios limites;
  • o labor torna-se mais prazeroso;
  • ganhos exponenciais no trabalho e na vida pessoal.

Pessoas bem-sucedidas sabem que a segurança é uma ilusão. Passar um tempo fora de sua zona de conforto fará você se sentir vivo novamente. Inicie sua saída dessa zona reavaliando sua vida. Você está satisfeito com ela? Há espaço para melhorar? Identifique o que te incomoda e siga com as mudanças propostas. Saia da rotina e vá fazer coisas novas (tocar um instrumento, falar uma nova língua…). Reduza também o período de ver TV e mexer nas redes sociais e use esse tempo para algo novo – algo que lhe interessa. De igual forma proponha algo novo no trabalho. Participe mais e dê sua opinião. Não tenha medo de errar. Se não der certo, você saberá qual caminho que não deverá seguir. Faça diferente. Mude sua rotina. Sair da rotina é a palavra de ordem. Vá a lugares que não tenha costume. Experimente o diferente.

Viajar é importante. Viaje para a cidade vizinha ou pela Europa. O passeio é uma das melhores maneiras de sair de sua zona de conforto. Você conhecerá novas pessoas, novos hábitos, outras culturas e novos paladares. Viajar, certamente, deixará sua criatividade mais aguçada. Aumente seu “networking”. Encontrar mais colegas e trocar mais experiências profissionais melhora sua autoconfiança. De igual forma, seja mais sedutor, pois isso está diretamente ligado com autoestima.

Sabemos que os indivíduos mais bem-sucedidos operam, com muita frequência, fora da zona de conforto, expandindo cada vez mais o número de dificuldades que consegue superar, pois vão se tornando cada vez mais resilientes. Para chegar onde a maioria não chega, é necessário fazer o que a maioria não faz.

Nota: obra de Di Cavalcanti destruída no incêndio do Rio de Janeiro.

Um comentário em “DEIXANDO A ZONA DE CONFORTO

  1. Edward Chaddad

    Prezado Doutor

    De fato, não podemos restar tão somente na tal “zona de conforto”. Tenho 75 anos de idade e sei que é importante não buscar a falsa segurança que pensamos existir. Lembro-me que, quando me formei em Direito, pretendia exercer a profissão de advogado. Eu estava em um emprego em um banco, ganhando bem – a tal zona de conforto – e fui aconselhado pelo meu saudoso pai a não sair, pois isto seria uma aventura. Brincado, disse-lhe que confiava mais em minha pessoa do que no banco, onde trabalhava.

    Larguei o emprego “seguro” e fui tentar a vida na profissão que sonhava exercer, assumindo os risco do futuro. Afinal, eu havia, durante anos, mesmo trabalhando, frequentado a faculdade em outra cidade e viajava diariamente para assistir às aulas à noite. Para poder chegar até o final do curso, dormia tão somente quatro a cinco horas por dia. Consegui, ao longo de anos de esforço, exercer a profissão que abracei e melhorar minha condição de vida e, por ironia do destino, o Banco, em que trabalhava, onde havia a tal de “zona de conforto”, depois de vinte anos que de lá saí, foi para falência.

    Finalmente, fechando este meu comentário, penso que um dos maiores entraves é a timidez. A timidez pode não ser boa coisa, pois é um represamento do potencial que cada um de nós possui, como nossas melhores habilidades, dotes, valores, arte e sentimentos. Nossa riqueza maior permanece encastelada em nosso interior, sem se exteriorizar, deixando, assim, tristemente de ser demonstrada. Por aí se vê que não existe segurança. Devemos lutar, sempre e sempre, em nosso dia a dia.

    É muito sábio este artigo, máxime quando diz:

    “Sabemos que os indivíduos mais bem-sucedidos operam, com muita frequência, fora da zona de conforto, expandindo cada vez mais o número de dificuldades que consegue superar, pois vão se tornando cada vez mais resilientes. Para chegar onde a maioria não chega, é necessário fazer o que a maioria não faz.”

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