EDUCAÇÃO E LIBERDADE

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Autoria de Edward Chaddad

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Mesmo que seja um sentimento inserido na essência do ser humano, a liberdade é uma busca, uma conquista interminável e incessante. Mas qual é o caminho que teremos que trilhar para conseguirmos e conservarmos tão importante condição? É evidente que é a educação.

Não somos livres por sermos livres. Temos que ter a conscientização de que todos os seres humanos nascem livres perante a lei, ou pelo menos assim deveria ser. Todavia, é importante o amadurecimento que nos possibilita ter noção e conscientização de nossas ações. E aí, neste caminho, está a educação. É ela que nos norteia e nos faz participantes e responsáveis, juntos com os outros, na direção tomada pela nossa humanidade.

É a educação que nos permite avaliarmos o nosso modo de agir no meio em que vivemos. Através dela nos aperfeiçoamos. Ela nos transforma, permitindo-nos a condição de melhor decidirmos. Através dela não só conseguimos absorver conhecimentos, mas, principalmente, valores. Com ela percebemos que a liberdade é essencial na vida humana e que nosso espaço não pertence somente a alguns. A natureza do ser humano anseia por liberdade, mas somente aquele que se utiliza da educação pode se qualificar para atuar no mundo e, simultaneamente, ter a noção correta de como agir, para nele sobreviver e se sentir livre.

A liberdade tem como fundamento a educação. São indissociáveis. Faltando uma, a outra não subsiste.  Ninguém recebe gratuitamente a liberdade. Ela é obtida à custa de esforços e de luta no amadurecer do ser humano, quando ele toma consciência de que é livre na sua essência. É a educação que lhe proporciona esta percepção. Não pode haver qualquer importância na educação, se ela não for a chave, a porta de entrada para a liberdade, e vice-versa.

Devemos nos educar para sermos livres. Não podemos nos deixar doutrinar, aceitando como verdades fatos que nos são oferecidos como dogmas indiscutíveis. O ser educado tem condições de discernir, obtendo habilidades para encontrar o rumo mais correto de sua vida e melhor participação no mundo. A educação é o pressuposto indispensável, portanto, para a liberdade. Sem aquela, esta não existe. Através dela, o homem chega ao seu apogeu, ao clímax de todo o seu potencial, pois, com os valores que conseguimos através dela teremos condições para enfrentar a vida.

Onde há opressão, a educação é usada como doutrinação. Aí reside o perigo, pois nos induz ao julgamento precipitado e equivocado. Mas, cedo ou tarde, a educação, como ato de coragem, desmascara o poder tirânico, enfrenta-o e o destrói, como já ocorreu em várias passagens de nossa história, levando-nos à liberdade, pois, um povo educado não transige com nada que dê espaço ou suporte para o autoritarismo e a arbitrariedade, graves empecilhos para a liberdade plena.

A educação é o preço da liberdade!

3 comentaram em “EDUCAÇÃO E LIBERDADE

  1. Edward Chaddad

    LuDias

    Infelizmente, a educação, sobretudo, a fundamental, está sofrível. Sei que há, por parte dos governos, (aqui temos que entender município, Estado e União), muitas falhas, mau emprego do dinheiro público, máxime pagando muito mal aos professores, etc.
    No entanto, é com tristeza que reconheço que o fundamento maior da educação está nesta situação devido ao próprio povo brasileiro. Infelizmente, a grande maioria de nosso povo não tem na educação sua prioridade. E o pior: milhares mandam seus filhos para a escola para deles “se livrarem”, ou seja, transferem aos professores e à direção da escola toda a responsabilidade pela educação. A criança vai até a escola como alguém que caminha em direção a um presídio, uma cadeia, onde as portas são fechadas e ela não pode ter seu mundo infantil, os desejos que a idade lhe proporciona. Ela não entende o que significará na sua vida ter tido o privilégio de ter à disposição uma escola.

    Veja o exemplo da Finlândia, onde o povo, nos idos de 1960, desejou uma educação de qualidade para o país. Partiu dele a vontade de se educar, de que os filhos estudassem e tivessem um futuro melhor, com reflexo, claro, evidente, no sucesso do próprio país. Atualmente, um professor na Finlândia tem um status maravilhoso na sociedade. Ser professor lá é um triunfo pessoal, sendo respeitado por sua cultura e ganhando muito bem. Poucos conseguem vaga para lecionar, pois esta profissão é muito procurada e são as melhores cabeças do país que conseguem.

    Vejo protestos nas ruas, mas sinto muito: não concordo. Não há milagres. Hoje o Estado tem dado milhares de oportunidades para o povo se educar. Mas repare bem: não querem. Há escolas para todos, mas ainda existe grande evasão escolar. Hoje, aqueles que desejam, tem muitas oportunidades para se educar, seja em escolas de nível superior dos Estados e da União, seja através de bolsa de estudos e ou financiamento em escolas particulares. Mas não querem. Digo isto porque observo atentamente, máxime a escola fundamental, onde o fracasso é tão perceptível, quando lembro que em meu ginasial (hoje 6ª a 9ª séries do fundamental) aprendi inglês, francês, latim e evidentemente o Português (com letra maiúscula), pois era um ensino extraordinário. Hoje, muitos alunos que terminam o ensino fundamental (9ª série), equivalente ao 4º ano ginasial de meu tempo, não sabem ler, nem escrever e sequer fazer as contas aritméticas básicas. Um fracasso total.

    Nunca houve tantas oportunidades como agora. Sei disto porque, quando estudei em nível superior, no período de 1965 a 1969 – cinco anos para se formar advogado – todas as despesas eu as paguei. Pagava o transporte de trem de minha cidade a Bauru, o transporte urbano, todas as despesas com as mensalidades escolares (o preço era salgado, bem caro mesmo) e estudava à noite e trabalhava de dia. Não havia nenhuma ajuda do Estado. Nadinha de nada.

    É evidente que há exceções, mas a imensa maioria de nosso povo sequer pensa na Educação como a porta que pode se abrir para a grande melhoria de vida da família.

    Não sou contra os protestos, buscando soluções junto ao Estado, mas eles não deveriam se esquecer dos pais de alunos irresponsáveis, que sequer se interessam pelos filhos, que inclusive chegam até a brigar com professores, que exigem melhor desempenho, e apoiam as atitudes indisciplinares dos filhos, deixando para elas a responsabilidade pela educação de seus filhos. A imprensa brasileira também, infelizmente, deixa de mostrar, condenar e censurar a atitude das famílias em relação a seus filhos, ficando apenas nas críticas às escolas, aos professores e aos políticos.

    Perdoe-me o desabafo, mas poucas hoje são as escolas que podem honrar o nome de ESCOLA.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Ed

      Concordo plenamente com o que expôs.
      Você nos deu uma aula de cidadania, ao mostrar o que está faltando nos nossos educandos: interesse.
      Também me encanto com a educação que é dada na Coreia do Sul que vem ganhando todos os rankings.
      Não se pode dar nada a quem não quer receber.
      É trabalho em vão.

      Abraços,

      Lu

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  2. LuDiasBH Autor do post

    Ed

    Você tem toda a razão.
    A educação é o passaporte para a liberdade.
    É impossível pensar em uma sem pensar na outra.
    Bom seria que o seu texto atingisse todas as escolas.
    Abraços,

    Lu

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