GRANDES FILMES DA ERA DE OURO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

paradiso I

Os anos 70 foram a primeira vez em que as restrições de idade foram abolidas, e jovens tiveram permissão para tomar tudo de assalto com toda a sua ingenuidade e toda a sua sabedoria e todos os privilégios da juventude. Foi uma avalanche de ideias ousadas e, por isso, os anos 70 tornaram-se um marco. (Steven Spielberg)

Os filmes dos anos 70 mantêm intato seu poder de perturbar; o tempo não lhes tirou o gume, e são tão provocadores hoje quanto eram no dia em que foram lançados. (Peter Biskind)

O final dos anos 60 e o início dos anos 70 são considerados como o apogeu da sétima arte, quando uma geração de cineastas inteligentes e experimentadores quebrou o gelo do conformismo que pavimentava os anos 50, tempo dos grandes estúdios. Também foi a época da luta pelos direitos civis, dos Beatles, da pílula, do Vietnã e das drogas. Esse coquetel de acontecimentos abalou seriamente os grandes estúdios cinematográficos, cujo compromisso único era com a rentabilidade das bilheterias. Mas Hollywood só foi cair na real, em relação às outras artes populares que se situavam à frente, meia década depois.

O movimento liderado por uma nova geração de diretores foi batizado de Nova Hollywood pela impressa da época. E essa nova leva de diretores, num curto espaço de tempo, tornou-se admirada, prestigiada, poderosa e rica. Ao contrário dos grandes diretores da época dos poderosos estúdios, como John Ford e Howard Hawks, que tinham como meta apenas serem bem pagos para contar as tradicionais histórias e não correrem riscos, os novos diretores buscavam inovações e assumiam, sem receio, seus estilos pessoais. Faziam filmes arriscados e de excelente qualidade, quebrando vários tabus de Hollywood. Filmes que quebravam a tradição da linguagem e do comportamento, muitas vezes sem heróis, sem romance e sem final feliz. Não se tratava de uma ou outra obra-prima, como vemos hoje, mas de uma quantidade expressiva delas.

A primeira geração desses novos diretores havia nascido do meio para o final da década de 30: Peter Bogdanovich, Francis Coppola, Warren Beatty, Stanley Kubrick, Dennis Hopper, Mike Nichols, Woody Allen, Bob Fosse, Robert Benton, Arthur Penn, John Cassavetes, Alan Pakula, Paul Mazursky, Bob Rafaelson, Hal Ashby, William Friendklin, Robert Altman e Richard Lester. A segunda geração era composta por diretores nascidos durante ou após a Segunda Guerra Mundial: Martin Scorsese, John Milius, Paul Schrader, Brian de Palma e Terrence Malick.

No final dos anos 60 e no início dos anos 70, Hollywood transformou-se na Terra Prometida para jovens ambiciosos e talentosos, que não tinha medo de inovar. Nessa época nasceram os grandes filmes do cinema, tais como:

1967 – Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas; A Primeira Noite de um Homem
1968 – 2001 – Uma Odisseia no Espaço; O Bebê de Rosimary
1969 – Meu Ódio Será tua Herança; Perdidos na Noite; Sem Destino
1970 – M*A*S*H*; Cada um Vive como Quer
1971 – Operação França; Ânsia de Amar; A Última Sessão de Cinema; Quando os Homens São Homens
1972 – O Poderoso Chefão

O conjunto dessas duas gerações, além dos filmes citados acima, também fez obras-primas como: A Última Missa; Nashville; Faces; Shampoo; Laranja Mecânica; Reds; Lua de Papel; O Exorcista; O Poderoso Chefão – Parte II; Caminhos Perigosos, Terra de Ninguém; A Conversação; Taxi Driver; Touro Indomável, Apocalypse Now; Tubarão; Cabarte; Klute – O Passado Condena; Loucuras de Verão, Cinzas no Paraíso; Vivendo na Corda Bamba; All That Jaz – O Show Deve Continuar; Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, Manhattan; Carrei, a Estranha; Todos os Homens do Presidente; Amargo Regresso, Sombras, Lolita, Doutor Fantástico, O Homem de Prego, Quem Tem Medo de Vigínia Woolf, Star Wars.

E outros considerados não tão bons, à época, do ponto de vista artístico ou comercial, mas que são excelentes: O Espantalho, O Último Acerto; Um Lance no Escuro; O Dia dos Loucos; Próxima Parada; Bairro Boêmio; Liberdade Condicional; Quando nem um Amante Resolve; Corrida Silenciosa; Má Companhia; Tracks; Performance, O Vento e o Leão, etc.

Diretores veteranos, livres das amarras dos estúdios, também fizeram excelentes filmes: Perseguidor Implacável; Sob o Domínio do Medo; Pat Garret e Billy The Kid; O Homem que Queria Ser Rei, Cidade das Ilusões, A Noite dos Desesperados; Serpico; Um Dia de Cão.

Os bons ventos da época também trouxeram excelentes filmes britânicos: Perdidos na Noite; Amargo Pesadel; Mulheres Apaixonadas; Inverno de Sangue em Veneza. E europeus: Um Estranho no Ninho; O Bebê de Rosimary; Chinatown; O Último Tango em Paris; Pretty Baby – Menina Bonita; Atlantic City; Três Homens em Conflito; Era uma Vez no Oeste.

Em outras partes do mundo – Polônia, Japão, América Latina, Suécia, Tchecoslováquia – diretores criativos e ousados como Ingmar Bergmar, Akira Kurosawa, Michelanlego Antonioni, Federico Felllini, entre outros, produziam bons filmes.

Infelizmente, a Nova Hollywood durou pouco mais de uma década, que vai de Bonnie e Clyde (1967) até O Portal do Paraíso (1980). Por que isso aconteceu?

Fonte de Pesquisa
Como a Geração Sexo-Drogas-e-Rock`N`Roll Salvou Hollywood/ Peter Biskind Editora Intrínseca Ltda.

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