Guido Reni – LUCRÉCIA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Guido Reni (1575 – 1642) foi aluno do artista holandês Denis Calvaert que vivia próximo a Bolonha, vindo depois a trabalhar com seu mestre. Também frequentou a Academia dos Carracci, em Bolonha, onde viveu o resto de sua vida, embora tenha feito viagens a Roma, Ravena e Nápoles. Após a morte de Annibale Carracci, ele veio a tornar-se mestre da pintura barroca em Bolonha. Sua obra é composta por afrescos, narrativas mitológicas, retábulos e retratos.

A composição denominada Lucrécia, também conhecida como O Suicídio de Lucrécia, é uma obra do artista. Durante os séculos XVI e XVII esta temática foi altamente recorrente no campo das artes. Ao contrário das inúmeras telas do pintor com este mesmo tema, esta Lucrécia apresenta-se abatida, terna e sentimental, sem a coragem que demonstra em outros de seus trabalhos. Ela está mais parecida com a imagem de uma santa martirizada.

A jovem Lucrécia, numa representação de meio corpo, encontra-se sentada, seminua, com os pequenos seios à vista, diante de um cortinado e ao lado de um móvel. Como adorno, ela traz apenas brincos e um enfeite nos cabelos. A maior parte de seu corpo, que se inclina para a esquerda, ocupa o lado direito da tela. Sua pele branca está marcada por um pequeno corte abaixo dos seios e algumas gotas de sangue. A cabeça, voltada para cima sugere que esteja a fitar algo.

Uma túnica branca envolve a parte esquerda do corpo de Lucrécia, transpassando-lhe a cintura e colocando em destaque seu ferimento. Sua mão esquerda segura a túnica, como se ela quisesse dar mais visibilidade à ferida. Na mão direita, assentada sobre o colo coberto com um tecido azul, está a adaga responsável pelo ferimento.

Esta obra encontra-se em solo brasileiro, tendo sido doada ao MASP, em 1958, pelo príncipe Lubomirski e sua esposa.

 Nota: Lucrécia foi uma dama romana, filha de um dos prefeitos de Roma (Espúrio Lucrécio) e mulher de Lúcio Tarquínio Colatino. Segundo os historiadores da época, ela foi abusada sexualmente por Sexto, filho de Tarquínio, o Soberbo, suicidando-se após contar ao pai e ao marido o que lhe acontecera e pedir vingança.

 Ficha técnica
Ano: c.1625/1640
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 113 x 90 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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