IDOSOS: POLIFARMÁCIA E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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A polimedicação ou polifarmácia é conhecida pelo uso de cinco ou mais medicamentos ao mesmo tempo. Quanto mais medicamentos um paciente utilizar, maior é o risco de haver efeitos adversos e interações entre eles. E esta preocupação é especialmente importante na terceira idade.

A polifarmácia pode gerar prescrições inapropriadas, que se associam com o aparecimento de efeitos adversos, hospitalizações frequentes, além do mau uso dos recursos públicos e privados. Neste sentido, esforços para aprimorar a seleção, prescrição, a dispensação e a utilização das medicações devem constituir prioridade nos programas de atenção ao idoso. De todos os fatores de risco que ocasionam reações adversas em idosos, a polifarmácia é o mais preponderante.

Cascata de prescrições

Um outro tipo de polifarmácia inclui o uso de medicamentos sem necessidade. De forma semelhante, o uso de uma medicação para tratar o efeito colateral de outro fármaco também pode ser considerado polifarmácia, como por exemplo, o caso de um paciente usando anti-inflamatório para uma artrite, e, que passa a usar antiácido para minimizar o risco de irritação gástrica. O antiácido, por sua vez, pode levar a constipação intestinal, e daí, o paciente passa a usar também um laxativo, e assim por diante. Este processo é conhecido como “cascata de prescrições” ou “cascata iatrogênica”.

Especialmente nos idosos, a cascata de prescrições é muito preocupante. Existem estudos que demonstram existir uma maior frequência de efeitos adversos, induzidos por remédios, nessa categoria de pacientes, que tem uma diminuição da capacidade funcional dos órgãos, em particular do rim e do fígado, maximizando os efeitos no organismo. Desta forma, há provas contundentes de que a polimedicação, associada à maior susceptibilidade dos indivíduos idosos, aumenta o risco de interações medicamentosas, o que leva a um aumento da morbidade e mortalidade.

Contudo, a identificação das reações adversas e efeitos secundários resultantes da polimedicação e da interação entre as medicações é bastante complexa, inclusive entre os profissionais da saúde. Podem ocorrer diversos sintomas inespecíficos relacionados a estas interações, como cansaço, sonolência, tristeza, confusão mental, quedas frequentes, sensação de fraqueza, tremores, agitação, perda de apetite, perda de memória, entre outros.

Médico de confiança

Em síntese, a polimedicação pode se tornar um grave problema com consequências nefastas para a saúde do idoso, se não for acompanhada de perto. Por isso, o médico assistente deve ser um só. Observo, no nosso cotidiano, polifarmácia em idosos que passaram por diversos profissionais de saúde. E, para isso, vale aquela máxima de que: “quem tem vários médicos, não tem nenhum”. Familiares de idosos mais vulneráveis e, que usam diversos medicamentos, devem ficar atentos ao tema. Na dúvida, consulte seu médico de confiança, para que a prescrição seja revista e atualizada.

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