IRRITAÇÃO PODE SER DOENÇA

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Normalmente, uma pessoa constantemente irritada esconde algum grau de frustração. Uma pessoa do tipo “estopim curto” é incapaz de se controlar em situações adversas. São indivíduos que acordam de mau humor e vão dormir pior ainda. Tudo está ruim. Nada que acontece está bom. Em dias de “céu de brigadeiro”, o sujeito olha pra cima e diz: “hoje certamente vai chover”. São pessoas com pensamentos constantemente negativos e com alta irritabilidade mental. Boa parcela deste grupo pode revelar problemas ocultos a serem tratados, como doenças físicas ou psíquicas.

Entre os sintomas mais comuns relacionados à irritabilidade, temos baixo controle dos impulsos e descontrole emocional. A pessoa tende a reagir de modo exagerado a determinados estímulos que outras conseguem tolerar melhor. Há um desgaste pessoal, uma sensação de intolerância e de que, por pequenos motivos, ela pode explodir. A pessoa tende a tornar-se ranzinza e a afastar-se dos outros.

Frequentemente, o mau humor não é algo momentâneo, mas se estende por semanas, meses e até anos. O esperado é que a gente se controle frente aos problemas, sem explosões de fúria e irritabilidade. Entretanto, a irritação vai se transformando em uma coisa “normal” no dia a dia e o transtorno torna-se um ciclo vicioso. A irritação não está direcionada contra uma pessoa ou uma situação em particular. O sujeito simplesmente sente impaciência o tempo todo, gerando intolerância, aborrecimento, vazio e tédio. Há dias em que não se aguenta.

Pessoas assim compartilham alguns comportamentos em comum, como:

  • gritar e/ou permanecer inquietas;
  • normalmente estão sempre tensas;
  • frequentemente têm comentários críticos a fazer;
  • cursam com problemas digestivos e têm dificuldades com um sono reparador.

É preciso investigar um pouco mais a fundo as emoções e reações frente às adversidades. Possivelmente acordar de mau humor depois de uma boa noite de sono tem de ter algum significado. A irritação pode estar relacionada a vários fatores clínicos e/ou psicológicos como:

  • abstinência a substâncias químicas, como tabaco ou álcool;
  • intestino preso (constipação);
  • enxaqueca ou dor de cabeça crônica;
  • anemias por deficiência de ferro;
  • doenças da tireoide;
  • tensão pré-menstrual (TPM);
  • insônia;
  • infecções;
  • transtorno de humor (distimia);
  • transtorno de ansiedade;
  • depressão;
  • Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH);
  • fadiga crônica, etc.

A irritabilidade pode estar relacionada a um acontecimento limitado, por exemplo, com uma frustração. Entretanto, quando é persistente e quase uma constante no dia a dia da pessoa, ou quando custa a passar, perdurando dias e até meses, é o momento de pensar em pedir ajuda médica e/ou psicológica. Por isso, o mau humor crônico com irritabilidade extrema deve ser investigado, diagnosticado e tratado.

Para expressar mau humor, uma pessoa precisa movimentar 102 músculos da face; para sorrir, apenas seis. Portanto tente exercitar a lei do menor esforço. A vida pode e deve ficar mais colorida.

 Nota: O Combate, obra de Vicente do Rego Monteiro

16 comentaram em “IRRITAÇÃO PODE SER DOENÇA

  1. Patricia

    Oi, Lu!

    Adorei o texto do Dr. Telmo. Hoje é tão comum pessoas irritadas com tudo e todos. Interessante saber que fatores aparentemente comuns podem ser causa deste transtorno. Que os irritados sejam informados e procurem tratamento. Todos merecemos qualidade de vida e nada melhor que rir, rir muito, mesmo porque o passado passou e o futuro a Deus pertence.

    Um grande abraço

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Pat

      Os textos do Dr. Telmo são sempre muito especiais. Ele sempre nos ensina algo. Realmente é muito difícil viver ao lado de pessoas que andam sempre de mal com a vida. Elas nos roubam energia. Também acho que devemos sempre remar para a frente.

      Já estava com saudades. Beijos,

      Lu

      Responder
  2. Sarah

    Nossa, acho que minha mãe sofre disso. São raros os dias em que ela não está irritada com alguma coisa. Tadinha. Eu já sugeri que ela fizesse alguma coisa de que gosta, pra ver se diminui essa irritação, ou ir ao psicólogo, mas ela não gosta de psicólogos.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Sarah

      Na dúvida, a pessoa deve sempre buscar um especialista para ver a causa de sua irritação. Todo mundo possui seus dias de mau humor, mas ficar assim constantemente é mesmo preocupante.

      Obrigada por sua visita e comentário.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  3. Terezinha Pereira

    Realmente! Viver perto de azedos é pagar todos os pecados de umas cinco gerações. Que canseira! Ah, os grosseiros! Não há remédios que os cure.
    Abraço,

    Terezinha

    Responder
  4. Celina Telma Hohmann

    Dr.Telmo e seus adoráveis textos!
    Nem há que discordar que uma pessoa irritada constantemente esteja enfrentando um distúrbio, seja mesmo, doente. E ainda, como portadora de um vírus, contagia quem se aproxima!

    Passo por dificuldades, como todos, mas minhas frustrações, que existem, claro, não me fizeram ficar ranzinza, por pura sorte. Tenho os sintomas clássicos como insônia, a que mais atormenta, dias inteiros e longos de depressão, que mesmo com o uso de medicação faz-se presente. A insônia, uma parceira das horas terríveis da solidão absoluta, onde grande parte do mundo dorme,e eu, sem peso de consciência, estou ali, estática, sem que o sono venha. E isso há anos! Digamos que é o suplício que se torna amigo. Ou será parente? Esse, nem sempre escolhemos. Eu e a insônia! Meu termômetro do quanto há que ser liberto. E a tal dor de cabeça? Eta bichinha que maltrata! Dói tanto que meu tamanho físico diminui. Vou na tentativa de encontrar a melhor posição, encolhendo-me, encurtando pernas, entortando pescoço, parecendo um bodoque que estica, estica, mas como não tem pedra ou isca na ponta, só estica. E o alvo, parabéns pra ele, nunca é atingido!

    Como sou meio às avessas, não fico ranzinza, azeda, e o mau humor se resume a ficar chateada e na dependência dos alongamentos, doses superiores a 1000 mg de dipirona, cloridrato de naratriptana e que tais (e aí os rins, que já nem filtram, também padecem) e aquela sensação de azar, ou a propagada maldição dos antepassados, sei lá… Não gosto muito de exteriorizar a dor e, acredito, daí provenham todos os problemas. Sou contida – com as dores – porque de resto pareço um paraquedas, abrindo-se a cada sobrevoo, mesmo sabendo que posso dar de encontro com um belo paredão de pedras e rachar os ossos. Mas vou…

    A gente aprende. Eu maltrato são os médicos! Nunca descobrem o que tenho. Vou às consultas, torta, quase engatinhando, mas o papo e o sorriso estão sempre prontos. Um belo engodo! Acho que me esquivo de mostrar as lamúrias, ou, quem sabe, expor as feridas. Isso também é um transtorno: a negativa de admitir que preciso de socorro! E sei que muitos fazem o mesmo! Nós e nossos mistérios! Mas, se fizermos da doença o motivo para o azedume ,acrescemos à vida um outro problema e a doença, se antes pequena, vira um gigante, aquele biscoitão que deu errado e com muito fermento e excesso de forno, cresceu, cresceu… Saindo do forno: duro, feio, queimado! Dá errado se não soubermos dosar. Tento a dosagem correta, mas ainda tenho acertos com meus queixumes, que são vários e os pestinhas se solidificam, enraizando-se mais e mais.

    Nossa sociedade atual coopera ativamente para a irritabilidade constante. Vem enxurrada de desgostos, desgraças, desvarios e pouca ou quase nenhuma motivação para o bem-estar, mas, como sou adepta da lei do menor esforço, vou de exercitar só 6 músculos. Barato, rápido e eficaz (mas traidor, que só!).

    Abraços!

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Miss Celi

      Você deve mesmo enlouquecer os médicos, pois, mesmo eu, ao ler seu comentário, supostamente sério, não consigo conter o riso. E me ponho a imaginar se você repassa aos profissionais seus queixumes, assim como os descreve. Isso, minha querida amiga, deve-se ao dom maravilhoso que carrega, de fazer de um limão uma delicosa limonada. Se a dor de cabeça e a insônia incomodam-na tão tenazmente, seu bom humor reduz-as a uma insignificância tal, como se tudo não passasse de uma ilusão… risos. Você é simplesmente o máximo, mesmo quando fala de suas “pestinhas que se solidificam, enraizando-se mais e mais.”. Vida longa para você, amiga.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  5. Rozaviana

    Oi, Lu, bom dia!

    Gostei do texto do Dr. Telmo. Ando meio irritada ultimamente, mas nada parecido com o que está no texto. Tenho transtorno de ansiedade, já tomei até medicamento, mas parei, porque ficava meio embotada, ainda assim, defendo o uso de medicação para pessoas com ansiedade, depressão, síndrome do pânico.

    Mudando de assunto, eu também frequentava o blog do Nassif, e na época tinha uma família russa, brilhante, que estava sempre por lá. Tinha uma moça que se denominava louraburra, rs, mas era superinteligente, a família toda era (é) inteligente. Você pode me dizer o que foi feito daquelas pessoas?
    Abraços

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Rozaviana

      Não deveria ter parado seu tratamento, pois a ansiedade, se não controlada, descamba para a Síndrome do Pânico. Existem novos medicamentos no mercado com menos efeitos colaterais.

      Aquela família russa era um embuste criado por aquela moça de nome Silvana. Tudo era criação de sua mente complexa, segundo fui informada por uma participante do site em questão. Ainda vou por lá, mas são poucas as pessoas daquela fase.

      Abraços,

      Lu

      Responder
      1. Rozaviana

        Sério? Mas ela chegou a postar fotos daquela família. Mãe, irmã (que também entrava no site), sobrinhos, umas crianças bem louras. Não é possível que ela inventou tudo aquilo, estou surpresa. Tinha até um sobrinho de uns 12 anos, geniozinho, rs.

        Responder
        1. LuDiasBH Autor do post

          Rozaviana

          O ser humano é muito complexo. Muitas vezes não sabemos com quem estamos lidando. E o mundo virtual permite que a pessoa esconda-se debaixo das mais inusitadas máscaras, deixando encoberto o seu desvio de caráter. Ela era realmente um gênio, para elaborar um disfarce tão criativo. Mas é realmente um fato muito curioso… risos. Acho que a informação é verdadeira, pois ao fim ela estava arranjando uma doença na mão para a prima, a viagem para a Rússia para a família, a morte do avó, etc. Penso que estava se cansando, ao fazer tantos papeis.

          Abraços,

          Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      Vai depender da problemática de cada um. Há casos em que a irritação não passa de “grossura”, mesmo. Aí tem que ser um bom cacete… risos.

      Abraços,

      Lu

      Responder
      1. Celina Telma Hohmann

        Lu(zinha), concordo que há casos em que pessoas nascem irritadas. Como cita o Dr.Telmo, pois mesmo com um céu de brigadeiro, o tal irritadiço chuta o que estiver à frente. Nesse caso, um bom cacete e uma bela virada de costas, resolve! E vemos tantos que se irritam até com eles próprios. Esses, me parece, precisam urgentemente TER UM PROBLEMA! Tenham dores físicas ou psíquicas, falta total do básico para sobrevivência, e aí descobrirão o valor de um sorriso, do exercício dos 6 músculos!

        Responder
        1. LuDiasBH Autor do post

          Miss Celi

          Concordo plenamente com você, pois não aguento gente com cara de &*#. Viver perto de indivíduos assim é pagar todos os pecados. Aos pobres não é dada tal pretensão, pois não têm tempo para isso. Normalmente é postura de quem se acha especial e não precisa de fazer nada para ganhar o pão de cada dia. Benditas sejam as pessoas que têm o coração cheio de alegria, apesar dos contratempos da vida.

          Não deixe de ler a outra resposta.

          Abraços,

          Lu

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