MEDITAÇÃO E BEM-ESTAR

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Autoria de Lu Dias Carvalho

                       

A meditação fortalece nossa capacidade de concentração, aumenta a atividade em áreas relacionadas afeto positivo e equilibra nosso sistema imunológico. Promove uma mudança na plasticidade cerebral que nos favorece. (Denize de Castro Menezes)

A meditação promove alterações químicas de grande impacto. Neurotransmissores desejados, como é o caso da serotonina, o chamado hormônio da felicidade, têm sua liberação aumentada; outros, menos desejados, como o cortisol, têm sua produção diminuída. (Martin Porter)

Ao praticar a meditação, a pessoa atém-se ao momento presente. Ao desligar-se das preocupações, normalmente direcionadas ao passado e ao futuro,  ela sente uma sensação de relaxamento e prazer, resultantes de um rearranjo das sinapses dos neurônios.

Passos para a meditação:

1 – O momento certo

Deve-se procurar um momento propício para a prática, lembrando-se de que não é necessário muito tempo. Segundo Roberto Debski: “Para conseguir meditar ao menos 10 minutos por dia, precisamos de disciplina: fazer da prática uma obrigação com nossa saúde, agendar um horário definido e comprometer-se em usar este tempo para meditar”. O psicólogo e médico especialista em medicina integrativa também aconselha o uso de um despertador “para tocar suavemente ao término do tempo que você determinou; assim não há preocupação nem uma pausa a cada momento para observar o relógio”.

2 – Ambientes Variados

O ambiente deve ser o mais tranquilo possível, sem objetos que possam gerar distrações (celular, tevê, pessoas transitando, música alta, etc.). Contudo, pode-se aproveitar até mesmo a fila do Banco ou do supermercado para ficar atento à respiração. Locais em que haja contato com a natureza favorecem uma boa meditação.

3 – Posição

Pode se usar a “Postura de Lótus” ou de “Meia-Lótus” (ver imagens acima), mas não é necessário fazer uso de tais posições, pois deve-se levar em conta o conforto, embora a coluna deva sempre permanecer ereta. As mãos podem ficar no colo. Os olhos, porém, só podem ficar fechados se a pessoa não tiver facilidade para dormir. Caso contrário, deverão ficar entreabertos com o olhar fixo em algum objeto, como uma chama de vela, uma lâmpada fraca, um quadro, etc.

4 – Roupas Confortáveis

Devem ser usadas roupas que ofereçam o máximo de comodidade, sendo necessário retirar tudo que possa dificultar a circulação do sangue, incomodar ou causar qualquer distração (joias, cintos, relógios etc.).

5 – Respiração

A concentração é primordial para a meditação. No início é natural que algumas pessoas sintam dificuldades em manter a mente focada, sendo necessário concentrar na respiração, o que ajuda a aquietar a mente, ou seja, sair do nível “beta” (em que todos os órgãos dos sentidos estão ativados), para o “alfa” (em que o foco é a respiração). Assim, as ondas cerebrais desaceleram. Segundo a terapeuta Nara Louzada “Não existe meditação sem concentração”. Ela também ensina como fazer: “Respire lentamente, contando seis tempos (inspirar e expirar em seis tempos). Essa técnica, além de induzir a um relaxamento, libera as toxinas do corpo que geram tensões e ansiedade”.

6 – Tempo

A meditação deve ser um processo diário. Os efeitos da prática nem sempre são imediatos, pois algumas pessoas, no início, sentem dificuldades para treinar a mente. Mas isso não é motivo para desânimo. Neste caso, volte sempre para a respiração ou para a contagem ou para a música. Uma alternativa para quem tem dificuldades para meditar é ligar tal atividade à caminhada, como ensina o doutor Roberto Debski: “É uma meditação ativa. Devemos perceber os passos, o movimento das pernas, a respiração, os pés tocando o chão e se alternando nas passadas. Todos estes são chamados de âncoras e facilitam a atenção e a concentração. A junção das duas atividades favorece os que não conseguem ficar parados, aprimora o condicionamento físico e melhora a capacidade respiratória”.

O doutor Roberto Debski adverte que: “Para conseguir meditar ao menos 10 minutos por dia, precisamos de disciplina: fazer da prática uma obrigação com nossa saúde, agendar um horário definido e comprometer-se em usar este tempo para meditar”.

Meditação – Músicas e Mantras

Não resta dúvidas de que, entre os nossos cinco sentidos, a audição é aquele que mais nos chama a atenção. A resposta para isso encontra-se na história da humanidade, pois, em seus primórdios, os ouvidos humanos estavam sempre em alerta, treinados para identificar os sons que representassem perigo. É por isso que eles desviam a nossa atenção com tanta facilidade.

A meditação exige concentração e essa exige focar a mente, por isso, os sons desordenados que chegam aos nossos ouvidos constituem um grande empecilho para tal prática. Uma alternativa é buscar estímulos auditivos propícios à prática, como afirma o neurocientista Aristide Brito: “A música faz com que a pessoa se concentre, porque atrai a atenção para a audição, trabalhando no córtex cerebral de forma a anestesiá-lo. Além disso, também dá ritmo e, quanto mais lenta, mais se alinha ao batimento cardíaco e acalma. A mesma coisa para os mantras (e as orações) que fazem a mente focar em um ponto e desligar, caracterizando um estágio de relaxamento mais adequado”.

A prática da meditação, quando aliada à música e aos mantras, torna os resultados ainda mais eficientes, pois, segundo o Dr. Aristides Brito, traz os seguintes benefícios:

  • estimula a circulação
  • melhorar a oxigenação
  • libera dopamina (substância responsável pelo prazer)
  • desperta a memória (pois aciona o hipocampo)

O ritmo está ligado ao movimento e envolve circuitos do cérebro relacionados ao tempo e à ordenação motora. A harmonia também ativa o cerebelo e o tronco cerebral que despertam a cognição. Ademais, a repetição de mantras ou letras de música incitam área de broca e  Wernicke relacionados com a linguagem”. A escolha dos mantras e das músicas é de acordo com cada pessoa.

Fonte de pesquisa:
Revista Segredos da Mente, Cérebro e Meditação – nº 1

Nota: imagens copiadas de br.syvum.com

4 comentaram em “MEDITAÇÃO E BEM-ESTAR

  1. Bruno

    Venho tratando de ansiedade e fobia social há um ano com oxalato de excitalopram. Após um ano de tratamento, a análise que fiz com meu psiquiatra é que houve avanços, a ansiedade diminuiu e alguns sintomas de fobia social melhoraram muito. Venho praticando exercícios físicos regularmente (corrida), mas o que tem ajudado muito é a prática contínua de tai chi chuan, uma arte marcial chinesa milenar, conhecida também como meditação em movimento, os movimentos são suaves e contínuos, tem me ajudado no equilíbrio, autocontrole, motivação e empoderamento. Recomendo a todos, abraços.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Bruno

      Que bom encontrá-lo novamente neste cantinho e saber que está indo bem. O “tai chi chuan” é realmente uma maravilha. Em muitas cidades é praticado gratuitamente em praças e parques.

      Abraços,

      Lu

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  2. Márcio Silva

    Bem lembrada esta matéria! Fiz curso de Hata Yoga por quase 5 (cinco) anos! Pratico em casa quando posso e quando me sobra um tempo. A Yoga é muito mais usada em segmentos esotéricos/místicos (sociedades secretas), religiões orientais…

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Márcio

      A meditação tem sido reconhecida pela Ciência como muito benéfica à saúde. Continue com a Yoga que hoje é muito usada em todo o mundo, sem ligação com sociedades secretas ou religiões orientais.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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