Mestres da Pintura – DELACROIX

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Autoria de Lu Dias Carvalho del

O que faz o homem extraordinário é, radicalmente, seu modo de ver as coisas. (Delacroix)

O medo de ser interrompido, quando estou sozinho em casa, decorre normalmente pelo fato de estar ocupado em minha tarefa, que é a pintura. Não tenho nenhum outro que seja importante. (Delacroix)

O pintor francês Ferdinand-Victor Eugène Delacroix (1798-1863) nasceu numa família rica. Seu pai, Charles Delacroix, homem culto e de formação iluminista, fazia parte da alta burguesia, tendo sido embaixador da França, na Holanda, e a mãe, Victoire Oeben, era filha de um importante artesão que trabalhara para o rei Luís XV. Delacroix era o caçula dos quatro irmãos e, portanto, pertencia a um ambiente culto e aristocrático.

Assim como o pai, os irmãos Charles-Henri e Henriette e também o tio pintor, Henri Riesner, tiveram uma grande influência na vida de Delacroix, sempre o apoiando em suas aspirações, sendo que, desde criança, ele já demonstrava uma grande inclinação pelo desenho.

Quando seu pai faleceu, Delacroix estava com sete anos de idade. Sua mãe mudou-se para Paris, onde ele ingressou no Liceu Imperial, recebendo uma importante formação humanista. Ali, ele se muniu de todos os conhecimentos possíveis relativos às artes. Tomou conhecimento de grandes mestres da pintura como Ticiano, Veronese, Rafael, Tintoretto e Rubens, entre outros, além de se exercitar copiando obras-primas no Louvre e visitar ateliês de pintores.

Delacroix perdeu sua mãe quando tinha 16 anos de idade, fato que o deixou numa crise psicológica e financeira, pois ela não soube conservar a fortuna deixada pelo marido. O adolescente teve que morar com sua irmã Henriette e o esposo. Passou a ter febres constantes, além de se mostrar depressivo. Para aliviar a tristeza, ele escrevia cartas para os amigos e traduzia Virgílio do latim para o francês.

O futuro artista, depois de um tempo, passou a viver sob a proteção de seu tio, o pintor Henri Riesner, vindo a ingressar no ateliê de Pierre Guérin, de quem recebeu uma formação neoclássica, inscrevendo-se depois na Escola de Belas-Artes de Paris.

O mestre Pierre Guérin era aberto a novas ideias, de modo que não impunha aos alunos o seu estilo. Permitia que eles se expressassem de acordo com a potencialidade de cada um. No ateliê, Delacroix conheceu o artista Théodore Géricault, pintor romântico, de quem viria a frequentar o ateliê por vários anos.

Delacroix era um erudito, que apreciava todas as artes, tendo muito contato com a literatura e o teatro, ricas fontes de inspiração para o seu trabalho. No campo afetivo, ao que se sabe, teve apenas uma relação com a sua prima Josephine de Forget, responsável por inseri-lo nos Salões do Segundo Império, e de quem se tornou amante, sem ter deixado filhos. O pintor também se tornou um grande amigo da escritora feminista George Sand (Aurore Dupin) e do pianista Fréderic Chopin.

O artista francês morreu aos 49 anos, em 1863, vitimado por uma laringite tuberculosa que o debilitou durante vários anos. No dia de sua morte, quem estava a seu lado era Jenny, a governanta que o acompanhou durante vários anos.

Nota: autorretrato do pintor.

 Fontes de pesquisa
Delacroix/ Coleção Folha
Delacroix/ Abril Coleções
A História da Arte/ E. H. Gombrich
Tudo sobre Arte/ Editora Sextante

4 comentaram em “Mestres da Pintura – DELACROIX

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      A vida dos grandes gênios da arte, em sua maioria, foi muito difícil.
      Dentre eles, para mim, o mais sofrido foi Van Gogh.
      Parece até que a genialidade atrai o sofrimento.

      Abraços,

      Lu

      Responder
      1. Mário Mendonça

        Lu Dias

        Acho que a arte desses gênios expressa suas solidão e depressão.
        São do tipo que odeiam tudo e a todos e talvez pensam que não pertencem ao ambiente em que se encontram (Terra), e deveriam estar em outro plano ou dimensão.
        O ser humano não é tão racional como pensamos.

        Abração

        Mário Mendonça

        Responder
        1. LuDiasBH Autor do post

          Mário

          A maioria dos gênios é composta por pessoas temperamentais, é verdade.
          Parece que a genialidade é muitas vezes um peso difícil de ser carregado.

          Abraços,

          Lu

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