Mit. – AS QUATRO IDADES DA TERRA (V)

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Recontado por Lu Dias Carvalho

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Os deuses criaram a Terra, os animais e a humanidade. Aqui embaixo tudo transcorria na mais perfeita paz e harmonia. Embora não houvesse leis determinadas, reinava a inocência, a verdade e a justiça. O homem era tido como animal superior, zelando pela flora, fauna, águas e de tudo que fazia parte desse novo mundo. Em troca, a Terra, que vivia numa eterna primavera, acumulava-o de bens, suprindo todas as suas necessidades, sem que tivesse necessidade de trabalhar. Ela era tão dadivosa, que nem era preciso plantar sementes para a produção de alimentos. Os rios, em vez de água, eram cheios de leite e de vinho. As árvores vertiam mel abundantemente. Vivia-se a Idade de Ouro.

Transformações aconteceram com a humanidade que passou a desviar-se da retidão. O poderoso deus Júpiter optou por fazer mudanças na organização terrena. A primavera deixou de ser eterna e subdividiu-se em quatro estações. E com elas vieram a severidade do frio e a rudeza do calor. Para proteger-se, a humanidade teve que buscar abrigo, a princípio nas cavernas e depois em cabanas. A Terra não mais dava tudo de mão beijada. Tornou-se necessário plantar para colher. O homem conheceu o suor de seu corpo. Ainda assim, ele levava uma vida muito boa, apenas inferior à idade passada. Vivia-se a Idade de Prata.

Mesmo com as mudanças proporcionadas por Júpiter, a humanidade não aprendeu que era preciso retomar a vida de inocência, verdade e justiça. Ao contrário, mostrava-se indiferente às lições de Júpiter. Parte dela já vivia sob o poder de certas armas, ainda que toscas. Mesmo assim, ainda havia esperança no coração dos deuses. Eles torciam para o retorno à vida de antes, bastando apenas corrigir o mal que não havia tomado conta de toda a Terra. Vivia-se a Idade do Bronze.

E por último, a Terra viveu seu pior momento com a Idade do Ferro. A humanidade havia perdido todo o senso da razão. Não se importava com os deuses e tampouco com os próprios semelhantes e demais formas de vida. A criminalidade fez-se presente. A modéstia, a verdade, a justeza e a honra cederam lugar à violência, à corrupção, ao egoísmo exacerbado, à sede de poder e à estupidez. Árvores foram sendo aniquiladas e a terra deixou de ser comunitária, para ser dividida em posses, numa briga feroz. Perfuraram-lhe o corpo em busca de metais preciosos, sugando o ouro, a prata, o ferro… E por eles surgiu a guerra com suas armas cada vez mais mortíferas. Não havia confiança nem mesmo entre pai e filho ou marido e mulher. O sangue passou a banhar a terra. Os deuses então a abandonaram, ficando apenas Astreia (deusa da inocência e da pureza) talvez por acreditar, inocentemente, que ainda poderia salvar a humanidade.

Nota: imagem copiada de dodecateismo.blogspot.com

Fontes de Pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

2 comentaram em “Mit. – AS QUATRO IDADES DA TERRA (V)

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      A diferença encontra-se no valor desses materiais. Ao denominar cada etapa com o nome de um deles, a mitologia tinha por fim mostrar a decadência da humanidade.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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