Mit. – BAUCIS, FILÊMON E A HOSPITALIDADE

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Recontado por Lu Dias Carvalho

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O todo poderoso Júpiter, acompanhado do deus Mercúrio, ambos usando a forma humana, resolveram visitar certa região da Frígia. Queriam ver como andava a bondade das pessoas. E assim bateram em muitas portas sem serem atendidos, ainda que se apresentassem como viajantes muito cansados. Todos lhes recusavam comida e repouso, enquanto outros nem mesmo abriam a porta. Quando já se encontravam fartos da peregrinação e da má vontade dos habitantes, foram surpreendidos com o acolhimento de um casal, que morava numa cabana, onde imperava a humildade e a hospitalidade.

Filêmon e sua esposa Baucis, já idosos, receberam os hóspedes celestiais com a maior alegria, oferecendo-lhes o que de melhor tinham em sua choupana, embora não soubessem quem eram eles. Não só se preocuparam em alimentar e dar repouso aos deuses, como providenciaram água para a limpeza corporal desses. Um pouco de vinho acompanhou a sopa quente, para restaurar as forças dos supostos homens. É fato que tentaram matar o único ganso que possuíam para vigiar a morada, mas esse acabou fugindo. Mas qual não foi a surpresa do casal, ao observar que o vinho não acabava nunca. O jarro encontrava-se sempre cheio, ainda que os dois pensassem ter servido todo o líquido.

Ao aperceber que se tratava de dois deuses, ali presentes, o casal sentiu-se envergonhado por sua pobreza, pedindo-lhes que não levassem a mal aquele acolhimento tão singelo. Os deuses responderam:

– Esta aldeia será maldita por ter negado hospedagem a nós. E não tardará a receber o seu quinhão. Mas vós, não estareis sujeito a ele. Acompanhai-nos até o alto daquele monte.

O casal de idosos subiu o monte, com muita dificuldade, atrás de Júpiter e Mercúrio. E ao olharem lá de cima, notaram que o local, que havia deixado para trás, transformara-se num lago. Contudo, no lugar em que erguia sua humilde choupana, encontrava-se um reluzente templo. A seguir, o deus dos deuses pediu aos dois que lhe expressassem um desejo. Baucis e Filêmon retiraram-se por uns minutos para conversar entre si e voltaram dizendo que desejariam ser o os sacerdotes daquele templo. E assim aconteceu.

Já bem velhinhos, mal aguentando ficar de pé, estavam os dois a contar a história do templo, diante desse, quando Baucis viu Filêmon cobrir-se de folhas e ele a viu sofrer a mesma metamorfose. Até hoje ali se encontram as duas árvores, uma juntinha à outra, transformação de duas pessoas que se amaram muito e que tinham a hospitalidade como uma grande virtude.

Nota: Filêmon e Baucis, obra de Adam Elsheimer

Fontes de Pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

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