Mit. – PÃ, SIRINX E A FLAUTA

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Recontado por Lu Dias Carvalho

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A ninfa Sirinx era muito amada pelos sátiros e espíritos que povoavam os bosques e florestas. Apesar do amor que lhe dedicavam muitos seres divinais, ela jamais havia se deixado seduzir por eles. Era fiel à Diana, deusa da caça, e sua seguidora. Estavam sempre juntas, e, quando vestidas com roupas de caçar, tornavam-se bastante semelhantes. Mas, enquanto Diana usava um arco de prata, Sirinx portava um de chifre, diferenciando o poder de cada uma.

Pã (Fauno ou Silvano), o deus dos bosques, dos campos, rebanhos e pastores, tinha por morada as grutas. Sua função era vagar pelos bosques, vales e montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. Certo dia, ao encontrar Sirinx sozinha, passou a dirigir-lhe adulações, com um objetivo nada confessável. Quanto mais a ninfa corria, mais ele se sentia atraído por ela. Nas margens de determinado rio, ele a agarrou, enquanto a frágil criatura pedia socorro às ninfas do rio, que vieram prontamente ajudá-la. Pã abraçava-a ardorosamente, sem perceber que em seus braços estava um feixe de juncos.

Ao descobrir seu engano, o deus dos bosques deu um suspiro tão forte, que o ar entrou pela abertura dos juncos, produzindo uma sonoridade melodiosa, que muito o encantou. Ele então escolheu alguns juncos de tamanhos diversos, e com eles deu vida a um instrumento, ao qual deu o nome de Sirinx, em homenagem à ninfa que perseguira.

Pã, conhecido pelos romanos por Lupércio ou Lupercus, cujo corpo era composto por orelhas, chifres e pernas de bode, tinha grande paixão pela música, nunca se separando de sua flauta. Também era temido por aqueles que precisavam atravessar as florestas ou bosques no escuro da noite, sempre movidos pela fertilidade da imaginação, que os ensejava a pavores súbitos, sem nenhum motivo claro. E foi desse medo infundado que nasceu a palavra “pânico”.

Nota:  Pã e Sirinx, obra de Nicolas Poussin

Fontes de Pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

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