OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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É sabido que os antidepressivos não funcionam igualmente para todas as pessoas, variando substancialmente de uma para outra. Até mesmo nas reações adversas, podem ser percebidas diferenças. Há casos, por exemplo, em que algumas pessoas, fazendo uso de uma mesma substância ativa, perdem o apetite, emagrecendo, enquanto outras passam a comer sem limites, engordando. Portanto, quando alguém diz que o antidepressivo X ou Y não o beneficiou, pode estar coberto de razão. É por isso que é muito difícil o tratamento com tais medicamentos, pois o psiquiatra trabalha com hipóteses em relação ao paciente, ou seja, com erros e acertos. É o medicado quem irá definir seus avanços, se está melhorando ou não. É a descrição de seu estado físico e mental que irá dar o aval ao psiquiatra para continuar, aumentar, diminuir, ou mudar o antidepressivo.

O sumiço da SP (síndrome do pânico) é um dos resultados mais visíveis no tratamento com antidepressivos. A ansiedade e a depressão, contudo, são mais difíceis de serem combatidas, até mesmo pela visão que o paciente passa a ter sobre o próprio tratamento. Ingenuamente, imagina, na maioria das vezes, que ao tomar um antidepressivo, nunca mais terá ansiedade ou tristeza, pois está fazendo uso da pílula da felicidade. Esquece-se de que também se faz necessário mudar certos comportamentos, levar menos carga nos ombros, pautar a vida pela tolerância consigo e com os outros, aceitar o que não pode mudar, em suma, viver com mais leveza.

Embora tomemos um antidepressivo, o que melhora consideravelmente nossa qualidade de vida, continuamos humanos do mesmo jeito, com alegrias, tristezas, esperas, aborrecimentos, indignações, decepções, etc. O modo como tratamos essa gama de emoções é que faz toda a diferença. O antidepressivo funciona como um fator de equilíbrio das nossas emoções desenfreadas, fazendo com que nossos neurônios passem a funcionar dentro daquilo que denominamos “normalidade”, mas em hipótese alguma transforma-nos em seres divinos, acima do bem e do mal, habitantes de um paraíso imaginário. E, se alguém, ao tomar um medicamento tal, vê-se como um zumbi, desprovido de emoções boas e ruins, deve imediatamente voltar ao psiquiatra, pois encontra-se no vale das sombras.

Sou uma velha usuária de antidepressivos, caminhada que vem desde a minha adolescência. Venho de uma família de depressivos crônicos, pelo lado materno, herança deixada, desde a passagem de minha bisavó por este planeta, passando por minha avó, mãe, tias, um monte de primos, numa muito bem repartida herança. É fato que alguns parentes privilegiados fugiram à regra. A genética permitiu-lhes abrir mão de tal herança, legando-a, generosamente, a nós outros. Já passei por uma infinidade de antidepressivos dos mais variados laboratórios. Com alguns me fiz amante temporária, em razão das brigas de foice com o meu organismo. Com outros amásios convivi bons tempos, até que passaram a não me satisfazer mais (coisa da vida a dois). Atualmente encontro-me nos braços do oxalato de escitalopram. Confesso que temos formado um bom par, embora haja dias em que lhe viro a cara, ou seja, sinto-me deprimida com os reveses da vida. O que faço? Apenas exclamo: Obá! Continuo humana!

O que as pessoas precisam entender é que, junto com o tratamento psiquiátrico, faz-se necessário mudar caminhos, traçar novas rotas na busca pelo mais importante coadjuvante do tratamento químico: uma nova maneira de olhar e aceitar a vida. Confesso que, ao aliar uma busca pelo Caminho do Meio, ou seja, pelo equilíbrio de minhas emoções, eu encontrei o segundo remédio mais profícuo para a minha depressão. Parei de botar toda a responsabilidade no antidepressivo, para dividi-la comigo mesma. Em suma, tomei consciência de que a pílula da felicidade é ainda um mito, e que assim seja eternamente, pois o sofrimento é o sentimento que mexe visceralmente com o nosso âmago, tornando-nos realmente humanos. É dele que nasce a sensibilidade, a compaixão, a generosidade, a gratidão, a autopreservação, em suma, o amor à vida como um todo.

É bom que se saiba que não existe resultado 100% efetivo em relação a esse ou àquele antidepressivo, porque ninguém é 100% feliz neste nosso planeta chamado Terra. Só a certeza de nossa finitude é um soco no estômago. Existem algumas teorias que aludem a essa fugacidade a busca exagerada por riquezas e poder. Segundo elas, alguns, mais do que outros, não aceitam esta certeza que habita em cada um de nós, pobres mortais. E se agarram às coisas materiais e ao poder no sentido de preencher tal vazio e fugirem dessa certeza inquestionável. São pessoas perigosamente enfermas.

Aos meus companheiros de caminhada, fica a sugestão de que se tratem à vista de problemas mentais, procurando um psiquiatra de confiança. Mas, mais do que isso, que procurem também ser mais compassivos consigo e com os outros. Nossa caminhada pela Terra é tão veloz, para que carreguemos nos ombros pesados fardos Quanto mais leveza, mais descansados estaremos para ver a beleza que existe ao nosso derredor. Temos que deixar as sendas do materialismo doentio, que nos instiga a ver alegria apenas nos grandes favorecimentos, e alegrar-nos com pequenas coisas: com uma flor que se abre no jardim, um beija-flor que pousa na janela, um papo com alguém agradável na rua, um favor feito, uma comidinha gostosa, o cumprimento do vizinho, o roçar do gato e a festa do cão à chegada dos donos em casa, um banho refrescante, uma chuvarada, um pôr-do-sol, uma tarde de trovoadas, o contato com as pessoas queridas… Não esperem um tempo especial para se sentirem alegres, até que já não saibam mais sorrir. Comecem agora. Já!

Nota: na ilustração estão duas pinturas de Edvard Munch (Noite de Verão e Melancolia)

Atenção:

Caros leitores, em razão do excesso de comentários nesta postagem, o que vem dificultando a abertura da página, ela foi fechada para novos comentários. No entanto, vocês poderão ter acesso aos que aqui se encontram, mas, se quiserem deixar um comentário, devem se direcionar ao texto a seguir, clicando no link abaixo:

SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO

446 comentaram em “OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA

  1. Wederson

    Lu e amigos do blog

    Feliz Ano Novo! DEUS abençoe a todos. Espero que este ano seja melhor muito melhor p todos nós, em especial para a Lu, nossa anfitriã.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wederson

      Direciono os mesmos votos para você e toda a sua família.

      Abraços,

      Lu

  2. Wederson

    Lu e amigos

    Hoje faz 15 dias que meu médico aumentou minha dose de esc de 10 mg p/ 20 mg e o Rivotril de 12 em 12 horas, mas de manhã, quando acordo e tomo o esc, já vêm os pigarros e a respiração rasa, que vão passando aos poucos. Ontem tomei só metade do Rivotril, pois estava sentindo um aperto no peito, meio esquisito. Estou tomando o Rivotril 1 hora depois do esc, à noite, quando chego do trabalho. E vêm aqueles pigarros. Será que é ansiedade? Estou tomando menos Rivotril, achando que esse aperto no peito poderia ser causado por ele, mas vou continuar tomando.

    Obrigado, Lu, por ser uma ajuda nessas horas. Espero que todos tenham passado um ótimo Natal e tenham um bom e próspero ano novo e que DEUS nos abençoe!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wederson

      Embora eu ache que tais sintomas têm muito a ver com o seu emocional, acho bom que comente com seu médico sobre os pigarros que passa a sentir, logo após tomar o medicamento. Pode ser também um tipo de reação alérgica. Lembre-se de que é sempre necessário comunicar ao psiquiatra sobre quais são os efeitos adversos, para que ele possa analisá-los.

      Amiguinho, após aumentar a dosagem, os efeitos adversos costumam aparecer, como aconteceu consigo, estando a ansiedade ainda presente. Penso que desaparecerão após completar as três semanas. Procure ficar tranquilo. Também acho que o aperto no peito nada tem a ver com o rivotril, sendo apenas um efeito do aumento da dosagem. Procure fazer caminhada, um exercício físico muito bom para o corpo, pois traz um grande relaxamento.

      Agradeço-lhe os votos natalinos e os de Ano Novo. Você é muito gentil e atencioso! Tenho a certeza de que, em 2018, melhorará a sua qualidade de vida, pois para frente seguimos todos nós.

      Abraços,

      Lu

  3. Raquel Santos

    Olá, Lu!

    Por conta de depressão tomei esc 20 mg por 3 meses, mas neste mês diminui a dosagem para 10 mg com orientação médica e relato a todos aqui que estou muito bem. Olhar para trás e ver de onde consegui sair é uma coisa maravilhosa, só quem passa por esses problemas mentais pode realmente saber do que estou falando.

    Eu havia perdido a vontade de viver, passava 24 horas sobre a cama, chorava por nada, sentia que ia morrer a qualquer instante. É realmente desesperador passar por isso, mas busquei ajuda médica e com a medicação fui saindo desse quadro lamentável. Sofri pouco com as reações adversas da medicação(graças a Deus), rapidamente meu organismo reagiu ao tratamento e voltei a ter qualidade de vida.

    Consegui retomar todas as minhas atividades; o principal foi que passei a ter outro olhar sobre a vida, essa foi e é minha maior lição desse período. Acho que em breve ficarei livre do remédio, embora ache que se tivesse que tomá-lo para sempre não seria problema para mim, o importante é estar bem.

    Espero sinceramente que todos aqui que se encontram ainda nesse período turbulento, tenham força, pensem positivo, pois o tratamento é muito eficaz, alguns precisam mudar o remédio, alterar dosagem, mas é tudo pra ajustar com cada organismo. Não desistam nunca, em breve estarão bem como estou hoje.

    Agradeço a você, Lu, mais uma vez, por ser esse ser iluminado, que emana energia positiva a todos nós.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      Alegra-me muito saber que já se encontra bem, depois de ter passado por tanta turbulência, como sou testemunha. Não foram dias fáceis, mas a guerreirinha POP deu a volta por cima, o que me deixa muito emocionada. O seu exemplo servirá para todos que aqui vêm, muitos deles desesperançados. Como nos ensina, há sempre luz no final do túnel. Seguir a orientação médica é fundamental. Quero destacar duas frases suas de grande importância:

      “Acho que em breve ficarei livre do remédio, embora ache que se tivesse que tomá-lo para sempre não seria problema para mim, o importante é estar bem.”

      “… o principal foi que passei a ter outro olhar sobre a vida, essa foi e é minha maior lição desse período.”

      Abraços,

      Lu

    2. Paula

      Lu

      Estou tendo crises de ansiedade fortíssimas, em outubro fui parar no hospital com pressão alta, taquicardia, a glicose subiu… passei muito mal. Achei que fosse infarto. Desde 3 meses pra cá, estou tomando remédio pra pressão e diabetes. A médica me passou o esc 10 mg. Ao qual tardei a tomar por medo das reações. Hoje, numa crise de ansiedade tomei 5 mg… senti sono, moleza e um surto de ansiedade fortíssimo. Eu surtei, pedi ajuda pra minha mãe. Delírios, cabeça agitada, pensamentos suicidas. Foi e está sendo terrível. Tomei hoje as 10h. Agora que me acalmei. Estou em pânico com este remédio. Nunca fui usuária de nenhum antidepressivo. Porém devido a problemas de desemprego familiares, desencadeei esta síndrome de ansiedade generalizada. Sei que o remédio me daria reações. Mas hoje beirei ao suicídio, me sentindo péssima. Triste ansiosa com medo de surtar de novo. Me ajudem. Devo parar o remédio?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Paula

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

        Amiguinha, todo antidepressivo traz em seu bojo efeitos adversos. Algumas pessoas passam por eles com facilidade, enquanto outras ressentem mais. O importante é que se trata de um período curto de sofrimento, cerca de três semanas, normalmente, até que os bons efeitos comecem a aparecer. Depois disso vem a luz no fim do túnel, modificando profundamente nossa vida.

        Paula, o oxalato de escitalopram tem sido um dos antidepressivos mais receitados atualmente. Um grande número de pessoas aqui faz uso dele (inclusive eu). Quase todas passaram pelo mesmo que você ora vive. As reações adversas relatadas por você são normais no início do tratamento, mas elas passam. Não se preocupe. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Sei que tem sentido pior do que antes de tomar o medicamento. É assim mesmo. É o organismo reagindo a uma substância estranha. Depois ele se acostuma.

        Minha amiga, apenas aceite o tratamento. Quanto mais cedo iniciá-lo, mais rapidamente passará a ter qualidade de vida. Deixar de tomá-lo apenas retardará a melhoria de sua saúde mental. E chegará uma hora em que não poderá mais abrir mão do antidepressivo, pois os sintomas da ansiedade resvalarão para as crises de pânico. Corte o mal pela raiz. Siga a indicação médica.

        Eu sei como o desemprego e os problemas familiares afetam o nosso equilíbrio. Não são poucos os brasileiros que estão tendo que lidar com isso. A quadrilha que assaltou o poder não está nem aí para o povo. Não sei como o brasileiro ainda vai comemorar o Carnaval. Estamos todos sofrendo. Se há necessidade de tomar o antidepressivo, faça uso dele sem medo. Leia os comentários dos textos. Vou lhe passar uns links que a ajudarão. Conte sempre conosco. Não se sinta só!

        Beijos,

        Lu

  4. Arthur Autor do post

    Olá, Lu!

    Como você está se sentindo?

    Eu acordei hoje com vontade de ir ao banheiro, me senti estranho, desmaiei e acordei no chão. Talvez eu tenha quebrado o nariz. Liguei pra uma amiga e ela veio pra me levar ao hospital, mas a minha pressão baixava quando eu sentava, então prefiro esperar até à tarde pra fazer o Raio X.
    Vou ficar deitado, assistindo alguma coisa na TV pra curtir um pouco… rss.

    Minha mãe e minha amiga me encorajaram a parar o remédio e fazer tratamento natural. Um atendente de uma loja de produtos naturais me falou que cápsulas de erva de São João resolvem. Preciso tomar uma decisão (algo que sempre tive dificuldades em fazer). Agradeço por ser tão amorosa e querida comigo.

    1. Alessandro

      Olá, Arthur.

      Não se automedique mesmo em se tratando de um fitoterápico. A erva de São João possui efeitos colaterais que podem ser considerados graves e inclusive sob o aspecto da interação medicamentosa. Procure assistência médica especializada, de preferência um psiquiatra e cuide-se.
      Estimo melhoras para você!

      1. Artur Henrique

        Alessandro

        Fico agradecido pela sua preocupação e sugestão. Será que se sentir assim cansado é normal até 3 semanas de medicamentos?

        1. Thiago

          Artur Henrique

          Se ler meu post um pouco abaixo (Thiago) verá que estou no mesmo barco que você… No próximo sábado completará a terceira semana do meu tratamento com Deciprax 10 mg pela manhã e Rivotril 0,5, 1h antes de dormir e ainda não estou bem. Na maioria dos dias ainda estou um pouco irritado; às vezes vem aquela tristeza tentando tomar conta de mim, sem contar um tontura/fraqueza que incomoda demais!

          Essa semana estive bem na segunda, terça e quarta, mas hoje os sintomas voltaram. Como a Lu disse, acredito que seja uma briga de foice entre o remédio e nosso corpo, até nos estabilizarmos. Tenha mais paciência que tudo vai ficar bem! Uma coisa que tenho feito e que tem me ajudado a me acalmar é meditar… Faço um tipo de meditação que não tem nenhuma ligação com religião, sendo chamada “mindfulness”. Pesquise no youtube que você vai achar muita coisa legal. Tem um app chamado “Medite.se” que te ensina a meditar que é muito bom!

          Abraços!

        2. Alessandro

          Olá, Artur!

          Não sei se buscou ler meus depoimentos acerca dos motivos pelos quais hoje estou acometido por TEPT (Transtorno de Estresse Pós Traumático), mas o que importa é que tenha compreensão que estas drogas psiquiátricas são compostas por infindáveis princípios ativos, por sua vez, os transtornos psiquiátricos também são inúmeros, bastando uma simples pesquisa para compreender o quão complexo é a identificação da doença específica e que pode estar relacionada a outra(s) e a droga que efetivamente lhe trará os benefícios esperados.

          No meu caso, estou há mais de 5 meses diagnosticado com o TEPT e neste ínterim já foram 4 drogas completamente diferentes. Todas me trouxeram efeitos colaterais. Agora estou há mais de 25 dias usando o EFEXOR XR 75 mg e tais efeitos colaterais foram os mais fortes até então. Nos meus primeiros 10-15 dias me senti péssimo (enjoo fortíssimo só controlado com Vonalflash e dores de cabeça). Passados entre 15-23 dias não sentia basicamente mais nada, contudo há uns dois ou três dias voltei a sentir novamente o enjoo, mas não de forma tão violenta.

          Estou nas mãos de uma excepcional psiquiatra e psicóloga, às quais me entreguei numa confiança até então não sentida e isto tem me favorecido. Sei que tudo que estão fazendo está dentro dos melhores protocolos necessários. Como sei? Não sou médico, mas sentir que você não é só mais um paciente com problemas que paga a consulta, dá as costas e tchau, faz toda a diferença. Minhas consultas não duram menos de 1 hora. Até então passei por profissionais que mal me olhavam e com menos de 5 minutos eu já tinha uma prescrição medicamentosa em mãos e rumo à farmácia e até os próximos longos 30 dias. Abri mão do Plano de Saúde por não encontrar médicos pré dispostos como os que ora me assistem. Não estou generalizando de forma alguma, só não dei sorte até então.’

          Assim sendo, a orientação que tenho é quanto a persistir com meu antidepressivo, sobretudo por ser um dos mais eficientes para casos como o meu. Os efeitos colaterais passarão e voltarei a ter o ânimo e disposição que sempre tive. Procure conversar com um(a) bom psiquiatra, pergunte, não deixe pairar dúvida alguma sobre nada, questione sem dó nem piedade. Não se preocupe com a hora em que vai parar de usar, isto só vai te atrapalhar na melhora. Como a Lu bem disse, estas drogas atuais e modernas, utilizadas sob o controle de um profissional, não chegam a causar dependência. No momento adequado, o profissional saberá como gradativamente lhe retirar o remédio sem o perigo da abstinência. Eu mesmo cometi a sandice de interromper meu tratamento no início e sinceramente hoje vi o tamanho da bobagem que cometi. Fiquei muito pior do que quando tudo começou.

          Amigo, força, foco, persistência e fé serão seus aliados a sair dessa. Apegue-se a eles. Estamos por aqui!

          Abraços

        3. Artur

          Boa tarde, Alessandro!

          Eu estou pensando em visitar outro profissional para consultar uma segunda opinião médica. Minha consulta também foi rápida e com plano de saúde. Obrigado pelo seu depoimento.

          Abraços,

          Artur

        4. Alessandro

          Isso, Artur!

          Boa iniciativa. Feliz Natal para você e os demais aqui do site, em especial a Lu por toda sua dedicação e sensibilidade para com todos.

          Ótimo 2018 a todo(a)s!

    2. LuDiasBH Autor do post

      Arthur

      Senti-me preocupada ao saber que você quer parar o tratamento alopático e partir para o homeopático. Há muitos casos relatados aqui no site, em que as pessoas contam que partiram para a homeopatia, mas tiveram que retomar o tratamento alopático, principalmente pela demora dos remédios alopáticos para fazerem efeito.

      Amigo, muitas pessoas, erroneamente, acham que os remédios alopáticos não possuem contraindicação, o que é um grande engano. Para tomá-los, faz-se necessário passar por um médico homeopata, para que esse conheça a história do paciente, primeiro. Não os tome por “ouvir dizer”. Existem efeitos seríssimos.

      Mathias, antes de optar por um tratamento homeopático, gostaria que me descrevesse melhor o que sente, quando teve início, há quanto tempo está tomando o medicamento, etc. Enquanto isso, não pare a medicação. Relate a seu psiquiatra sobre seu desmaio.

      Abraços,

      Lu

      1. Artur Henrique

        Boa noite, Lu!

        Não sei por onde começar a contar o início de tudo. Sempre fui ansioso e desde criança tive depressão, porém senti uma boa melhora depois que fiz psicoterapia com respeito à depressão. Mas ainda falta alegria, sabe… não tenho aquela sede da vida como vejo vários amigos terem. Queria sentir mais, aproveitar mais. E a minha ansiedade faz eu pensar demais, viajar (em pensamentos) demais e ficar preocupado demais. Estou tendo dificuldades em ler porque não consigo me concentrar e também de lembrar das coisas. Quanto à memória, eu pensei que fosse um acidente que aconteceu no trabalho, porém os exames não apontaram dano físico.

        Eu estou um pouco assustado com os efeitos, com medo de criar dependência em relação ao antidepressivo e que daqui a pouco ter que aumentar a dose e tomar algo cada vez mais forte. Tenho ouvido falar de pessoas que, se ficam sem tomar 1 dia sem o o medicamento, começam a sentir tremedeiras. Eu gostaria de ter a possibilidade de parar, caso eu queira, sem ter consequências para minha saúde. Quando desmaiei e cai hoje, eu fraturei o nariz, então disseram pra eu ir a um cirurgião plástico, mas acho que antes irei ao otorrino pra dar uma olhada. Confesso estar com medo de isso acontecer quando eu não estiver em casa.

        Eu estava tomando erva de São João há poucos dias, daí tive retorno ao neurologista e ele me receitou Escilex 15mg e Piracetam 800 mg. Eu acho que ele poderia ter pedido pra tomar meio comprimido no início pelo menos, pro efeito não ser tão forte. O remédio homeopático não deveria ser melhor, visto que é natural e específico? Tenho um pouco de medo de ter tomado a decisão errada. Eu mudei o horário do remédio pra noite pra sentir esse cansaço enquanto durmo. O médico autorizou.

        Boa noite querida =)

        1. LuDiasBH Autor do post

          Artur

          Elimine a palavra “medo” de seu dia a dia, pois ela traz um efeito psicológico danoso à sua vida. O medo só é importante quando nos encontramos em perigo real, fora disso, tolhe o nosso eu, amordaçando-o (observe quantas frase negativas escreveu em seu comentário). Viver é um ato de coragem. Devemos estar preparados para conviver com os mais diferentes problemas que nos afiguram ao longo de nossa jornada. Imaginar que não travaremos contato com vários empecilhos ao longo de nossa jornada é pura ilusão, sem falar que são esses que nos fazem crescer como seres humanos, alavancando a nossa caminhada. Portanto, amiguinho, aprenda a enfrentar todos os obstáculos que surgirem, vendo-os como inerentes à vida humana. Não há ninguém que não passe por eles.

          Amigo, essa sua apatia em relação à vida chama-se “depressão”. Faz-se necessário domá-la antes que crie raízes duradouras e mais fortes. É ela que lhe tira a alegria de viver, adentrando-o no mundo de preocupações imaginárias, onde o sol se faz ausente. O tratamento tem o objetivo de equilibrar o funcionamento de seus neurônios e, portanto, tornar sua vida mais prazerosa.

          Não é verdade que a pessoa, ao fazer uso de antidepressivo, não possa ficar um dia sem o medicamento que tem efeito acumulativo. Nem todas fazem uso continuado, passando pelo desmame depois de certo tempo, conforme indicação médica. É sabido também que a depressão é recorrente. Ela pode desaparecer durante um longo tempo e depois voltar. Mas isso não importa. O importante é que tenha qualidade de vida agora.

          Você diz que gostaria de parar o tratamento quando pudesse. Se não se tratasse de uma doença química, como é o caso da depressão, mas de problemas meramente emocionais, aí sim, poderia parar quando quisesse. O fato, porém, meu amigo, é que, se não tratado, esse transtorno mental tende a tornar-se cada vez mais forte, angustiante e limitativo. Você não tem como interferir, como se fosse ajudado por um livro de autoajuda. Trata-se realmente de uma doença que se convencionou chamar de “transtorno mental”. E é ela que o torna tão inseguro diante da vida, com dificuldades para tomar decisão, incapaz de sentir a beleza do existir. Se tivesse uma doença coronária, pararia o tratamento quando bem quisesse? Tenho a certeza que não! Alguns se esquecem de que o cérebro é parte do corpo e que ele também adoece e precisa ser tratado.

          Artur, eu, pessoalmente, acho que a sua depressão e ansiedade devam ser tratadas com remédios alopáticos com o acompanhamento de um psiquiatra ou neurologista, mas, se você se encontra tão receoso, faça uso do homeopático e veja no que dá. Tire as suas próprias conclusões. Como já disse anteriormente, os fitoterápicos também possuem contraindicação. Se desejar tomá-los, passe primeiro por um médico homeopata.

          Abraços,

          Lu

        2. Artur Henrique

          Lu
          Eu estou pensando em continuar com o Escilex 15 mg. Mas por favor, me dê uma orientação: Como sei se esse é o melhor para o meu organismo? Ouço de algumas pessoas precisarem usar outro remédio, até encontrarem o certo, como o que eu entendi que aconteceu com o Alessandro.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Artur

          Cada caso é um caso. O nosso organismo possui a sua maneira própria de agir. Não há como dizer qual é o melhor antidepressivo para você, sem antes ter passado por ele. Eu me sinto muito bem com o oxalato de escitalopram. Pode ser que também aconteça o mesmo com você. Pare de se preocupar com o que pessoas sem nenhum conhecimento sobre transtornos mentais dizem a você. Siga a orientação de seu médico. O caso do Alessandro é totalmente diferente do seu. Leia o seu texto em DEPOIMENTOS.

          Abraços,

          Lu

  5. Alessandro

    Lu e demais amigo(a)s

    Estou no meu 5º mês de luta contra o Transtorno de Estresse Pôs Traumático. Como relatei em outras ocasiões, a busca pelo princípio ativo realmente “amigável” ao meu organismo parece ter finalmente se concretizado. Neste tempo todo usei sob prescrição médica 4 antidepressivos diferentes e 3 outras drogas para acabar com minha insônia.

    O EFEXOR XR 75 apesar de muito caro, por ser o original, consegui um bom desconto diretamente na Pfzer (56%)… vale muito a pena pesquisar esta questão. Seus efeitos colaterais em mim foram os mais fortes até então é duraram cerca de 29-25 dias. Hoje estou bem melhor. E sinceramente percebo que certas dificuldades mentais como o desânimo e tristeza profundas estão dando “tchau”. Continuo com o Alprazolan para a insônia em 1 mg, pois a dose inteira (2 mg) me traz um efeito rebote muito forte. Vou começar a reduzir esta droga, de forma já acertada com minha querida psiquiatra, a qual devo muito por toda sua atenção pra comigo, quando usarei 0,5 mg dentro de mais uma semaninha.

    Não tenho disposição para uma série de coisas que estava habituado afazer, como atividades físicas diárias. Mas como muito bem compreendido nas minhas longas consultas, “é um passo de cada vez e tudo a seu tempo sem me cobrar nada”. Estou de férias agora, longe do trabalho, onde tudo se desencadeou. Será um momento de viver minha família, buscar arrumar minhas gavetas mentais e deixar o passado recente no seu devido lugar. Tenho muito o que fazer. Uma longa vida a viver. Filhos lindos e amados para curtir e educar.

    Meus relatos de angústia, tristeza e desesperança ficam para trás e hoje espero muito, ao ver novos colegas por aqui pedindo ajuda e orientação, que eu possa com meu relato de sucesso e perseverança mostrar que tudo dá certo. Busquem tratamento adequado. Não desistam na primeira curva. Tudo nesta vida passa e ser POP é certeza de que vão conseguir!

    Abraços fraternos a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alessandro

      É muito gratificante saber que você está se recuperando cada vez mais, depois de ter passado por um estresse tão profundo. Quero destacar, em especial, o parágrafo de se seu comentário:

      “Meus relatos de angústia, tristeza e desesperança ficam para trás e hoje espero muito, ao ver novos colegas por aqui pedindo ajuda e orientação, que eu possa com meu relato de sucesso e perseverança mostrar que tudo dá certo. Busquem tratamento adequado. Não desistam na primeira curva. Tudo nesta vida passa e ser POP é certeza de que vão conseguir!”

      É isso aí, meu irmãozinho, nosso barco deve seguir sempre em frente, apesar das turbulências da navegação, sendo que a persistência, o otimismo e a paciência a nossa melhor carta náutica.

      Abraços,
      Lu

  6. Arthur Autor do post

    Bom dia!

    Encontrei seu blog e vi suas respostas aos comentários dos leitores. Você é psiquiatra? Eu gostaria de tirar algumas dúvidas.

    Fui a um Neurologista porque comecei a esquecer muitas coisas. Falei pra ele que sempre fui muito ansioso e ele acredita que os esquecimentos são devidos à ansiedade. A tomografia não apontou problemas físicos, porém o exame P300 sugere “disfunção nas áreas auditivas corticais relacionadas com o P300”. Então ele me receitou o Nootropil (Piracetam 800mg) e o Escilex 15 mg para ansiedade e depressão leve. Eu estou tomando há uns 4 dias mais ou menos, mas não tenho visto melhoras. Estou sentindo fome direto. Estou me sentindo cansado até mesmo de manhã.

    No 2º dia eu tive um momento em que estava mais energizado, mas no geral parece que estou mais abatido. Eu estou com um pouco de medo de o remédio me trazer consequências ruins e irreversíveis. Não quero virar um zumbi e não quero ficar dependente de remédios.

    Você acredita que o tratamento pode curar a ansiedade e depressão? Acha que terei que tomar a vida inteira? Não parece estar fazendo efeito positivo, estou com vontade de parar o tratamento.

    Att,

    Artur

    1. LuDiasBH Autor do post

      Arthur

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, eu não tenho nenhuma formação na área médica. Tudo que sei, aprendi na própria pele (venho de uma família de depressivos crônicos, pelo lado materno), através de leituras e pesquisas. O papel deste espaço é tentar levar equilíbrio emocional às pessoas com transtornos mentais, incentivando-as a fazer o tratamento direitinho. Seja POP (persistente, otimista e paciente).

      Arthur, todo antidepressivo traz efeitos adversos nas primeiras semanas de uso. É normal a pessoa ficar pior do que antes de iniciar o tratamento, pois é o período em que o organismo precisa se adaptar a uma nova substância. Trava-se de uma luta de foice. Mas tenha a certeza de que tudo isso irá passar em torno de três semanas. Fique tranquilo, não pare o tratamento, pois tende a ter crises ainda mais sérias. O esquecimento pode estar ligado ao estado de ansiedade, sendo necessário domá-lo para que não resvale para as crises de pânico.

      Dentre os efeitos do oxalato de escitalopram pode-se encontrar o aumento do apetite (assim como a inapetência). Se sentir que está engordando muito, comunique-se com seu médico. Quanto ao resultado do exame, muitas vezes, um exame sugere algo que, quando estudado, não corresponde à sugestão inicial.

      É muito importante que faça direitinho o tratamento. Não existem consequências ruins e nem irreversíveis em relação ao antidepressivo, pois se trata de um dos melhores e mais recomendados. Só não deve parar sem a anuência médica, pois a função do antidepressivo é combater a ansiedade e a depressão, caso contrário não teria razão para ser receitado. Tenha paciência e logo o efeito positivo aparecerá.

      Amigo, não se apegue ao preconceito dizendo: “Não quero virar um zumbi e não quero ficar dependente de remédios.”. Não somos nós quem determina o uso de medicamento, mas as nossas necessidades. Não há pessoas que tomam remédio para hipertensão (ou diabetes, por exemplo) a vida toda? Tenho certeza de que o seu uso será temporário, uma vez que se trata de uma ansiedade e uma depressão leves, mas, se não fosse, não haveria nenhum problema em tomar o medicamento durante a vida toda (como eu). Eu lhe pareço um zumbi?

      Um grande abraço,

      Lu

  7. Thiago

    Oi, Lu!

    Primeiro gostaria de parabenizá-la por este cantinho onde você consegue juntar e apoiar todos que sofrem desse mal que é a depressão! Suas respostas são muitas vezes inspiradoras e sempre que estou mal volto aqui para me apoiar…

    Há cerca de 4 meses comecei a ter crises fortes de ansiedade que acabaram me levando a um certo nível de pânico. Tudo começou com umas tonturas, cabeça tampada, zumbido, fraqueza… Comecei a procurar uns médicos e fazer exames e todos eles me diagnosticavam com ansiedade e me indicavam procurar um terapeuta. Fiz isso, mas minha psicóloga inicialmente foi contra remédios e me passou alguns Florais e me indicou meditação (Mindfulness). Como os sintomas foram aumentando, o medo do que estava acontecendo foi aumentando e ficando cada vez mais forte. Junto começou a vir uma tristeza, perdi a vontade de fazer minhas atividades diárias que sempre me deram prazer… Nesse meio tempo fui ficando cada vez mais irritado (principalmente no trabalho) a ponto de não conseguir ficar sentado em minha mesa devido as conversas paralelas no meu entorno… O auge foi um dia em que não consegui ficar no trabalho, peguei a lista de psiquiatras e fui no primeiro que podia me atender naquele dia.

    Ao chegar lá e contar meu caso, ele me diagnosticou com Depressão por ansiedade e me passou Deciprax 10mg pela manhã e Rivotril 0,5, 1h antes de dormir… Já voltei nele 1x (dia 14 passado) e relatei que ainda não estou bem. Na maioria dos dias ainda estou bem irritado e na maior parte do tempo com uma tristeza forte (principalmente no trabalho). São poucos os dias que me sinto razoavelmente bem (Ainda não me senti 100% nenhum dia)… Não está mais como naquele dia em que procurei ele, mas não consigo sair disso. Perguntei para o psiquiatra se não seria bom aumentar um pouco a dose e ele achou melhor não aumentar pelo menos por enquanto.

    Como você é bem “experiente” no assunto, gostaria da sua opinião a respeito… Demora muito pra gente se sentir melhor?

    Abraços a todos que estão nesse barco!
    PS: Sejamos POP! 😀

    1. LuDiasBH Autor do post

      Thiago

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, quando a depressão e a ansiedade tornam-se presentes, o melhor caminho é buscar o psiquiatra. Depois uma avaliação, ele direcionará o paciente para o caminho que julgar correto. Muitas vezes, engloba o tratamento psiquiátrico com a psicoterapia, principalmente quando se trata de um caso de transtorno mental traumático (decorrido em razão de um trauma). E quanto mais cedo iniciar o tratamento para corrigir os transtornos mentais, menor será a chance de sofrimento. A ansiedade, se não contida, sempre resvala para as crises de pânico. A tendência é fazer um monte de exames que não resultam em nada, pois o problema encontra-se no campo dos neurônios. Foi uma pena você não ter sido encaminhado para um psiquiatra, mas o importante é que agora encontra-se nas mãos de um. Tudo é questão de tempo para se sentir bem.

      Todo antidepressivo traz transtornos adversos, muitas vezes deixando a pessoa pior do que antes de iniciar o tratamento, mas eles passam, normalmente, em torno de três semanas, embora alguns organismos sejam mais resistentes, demandando mais tempo. Portanto, fique tranquilo, pois logo estará bem. Continue POP (persistente, otimista e paciente)!

      Thiago, faça uso do rivotril apenas na fase inicial. A partir daí, use-o apenas quando for realmente necessário, ou seja, quando se encontrar numa crise aguda. E não procure ficar bem 100%, pois aí deixaria de ser humano… risos. Ainda não existe a pílula da felicidade. Se a encontrar, não se esqueça de mim. Quanto ao aumento da dosagem, esse não pode ser feito abruptamente. O psiquiatra irá avaliando o resultado para ver se há necessidade. O processo é meio vagaroso, daí a necessidade de paciência. Vou lhe enviar uns links. Não deixe de lê-los. E continue enviando informações sobre seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Thiago

        Oi, Lu!

        Mais uma vez muito obrigado pela atenção dada a a todos!!

        Vou conversar com o psiquiatra sobre o Rivotril na próxima consulta. De repente sugiro trocar pela Melatonina que já vi algumas pessoas usarem e terem bons resultados. Uma coisa que eu estou fazendo e que tenho gostado bastante é meditação! Mais especificamente a Mindfulness (https://www.iniciativamindfulness.com.br/oque)

        Se você, ou as pessoas que estão aqui com o mesmo problema que nós, tiver interesse, procure no Youtube por palestras do TED sobre meditação e os efeitos dela sobre nosso cérebro… Pode deixar que volto aqui para contar mais sobre o meu progresso.

        Abraços!

  8. Wagner

    Olá Lu,

    Fiz o tratamento com lexapro por quase 9 anos associado a psicoterapia por alguns anos. Estava super bem e resolvi esse ano fazer o desmame. Infelizmente dois meses após o desmame comecei sentir uma angústia enorme e ansiedade. Acho que o desmame foi rápido, três semanas, mas já vi relatos de médicos que tiram em duas. Voltei ao medicamento há dois meses, no primeiro mês com 10 mg, mas não estava surtindo muito efeito. Aumentou pra 20 mg a um mês.

    Ainda estou ansioso, mas já com melhoras. Estou realmente chateado, pois estava muito bem e agora estou passando pelo sofrimento de novo, embora saiba já como lidar com alguns deles. Vi em uma postagem sua que você tem tendência genética por parte de mãe. Eu tenho tendência genética por parte de pai. Meu irmão do meio também teve ansiedade. Vi em outra postagem sua que sua primeira depressão foi aos 20 anos. Penso então que você já havia tratado, fez desmame e voltou a ter novamente. Aconteceu isso ou me enganei? Acho que era melhor ter continuado com o remédio, mas às vezes fico pensando que fiz certo tentar parar pelo menos uma vez. O que você acha? Estou com medo de demorar a melhorar ou ficar ruim.

    Eu mudei para 20 mg faz pouco mais de um mês então o prazo de até três meses para fazer efeito recomeçou ok? Vi em uma postagem que pode usar um ansiolítico no período inicial. O período inicial seria durante todos os três meses? Pergunto isso, pois o médico só deixou eu usar 1 mg na primeira semana, Depois o.8, 0.5, 0.3,0,2 e 0,1 mg nas semanas seguintes. Era o Rivotril em gotas. Agora só posso usar emergencial se realmente precisar . Ele é conservador e eu também não gosto de recorrer ao Rivotril. Nos últimos dois anos, antes do desmame, só usei uma vez emergencial, mas no momento ainda estou sentindo uma forte ansiedade e de vez em quando angústia ao acordar ou depois de correr. Eu corro muito, acho que tenho que fazer mais leve. O que você acha? Posso usar quando sentir angústia?

    Às vezes a ansiedade é persistente e fica o dia todo mesmo com exercícios de respiração. Eu consigo controlar mas incomoda bastante. Acha que quando tiver assim é melhor tomar o Rivotril ou segurar a onda?

    Obrigado por manter este blog. As experiências dos que se tratam valem mais do que as opiniões dos médicos. E por sinal acho que vou trocar de profissional, pois depois do desmame fiquei muito aborrecido, pois acho que foi rápido. Eu não sei.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wagner

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Quando tive a minha primeira crise de ansiedade e depressão, ela já veio com pânico. Depois de tomar o antidepressivo por um ano, houve a tentativa de retirá-lo, mas as crises retornaram ainda mais fortes. Voltei a um antidepressivo mais moderno, tomei-o por um bom tempo e houve de novo a tentativa de retirá-lo, mas em vão. Em virtude do meu histórico familiar, pelo lado materno, o médico e eu chegamos à conclusão de que meu caso era crônico. Se fosse retirado o medicamento, eu iria viver num eterno vai e vem, sofrendo à toa. Daí em diante passei a fazer uso contínuo. O antidepressivo já faz parte do meu ritual diário e eu agradeço aos céus pela sua existência. Não significa que virei zumbi, não mais tendo problemas. Tenho meus altos e baixos como qualquer ser humano, mas o medicamento me ajuda a estabilizar o meu estado emocional, ao reequilibrar meus hormônios.

      Wagner, o tempo do desmame está dentro do estabelecido. Não foi este o problema. Penso que esteja mais ligado à sua genética. Imagino que tenha voltado tomando uma dosagem ainda maior, pois isso acontece com muitas pessoa que retornam ao tratamento, uma vez que a dose anterior passa a não mais fazer efeito. O prazo mais comum para que o medicamento comece a trazer efeitos positivos gira em torno de três semanas, mas alguns organismos requerem mais tempo. Depois de um mês a melhora já deve ser visível e, após três, ela deve ser total.

      Não sou adepta do rivotril, pois, se tomado continuadamente, traz danos ao organismo, afetando, inclusive a memória. Só tentei tomá-lo uma vez, quando tive pesadelos tenebrosos, parando imediatamente. Sempre gostei do bromazepam. Eu considero como período inicial as primeiras três semanas e, após esse tempo, tome-o apenas esporadicamente, quando for realmente necessário. Seu médico está corretíssimo. Ele é bem sensato. Continue com ele. Busque tomar chá de camomila ou melissa várias vezes ao dia. Banhos mornos são também relaxantes. Quanto ao exercício, não abuse. O excesso de exercício físico é tão maléfico quanto a sua falta. Veja no blog (em VIDA SAUDÁVEL) o artigo de um médico sobre o assunto.

      Continue trazendo informações sobre seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

  9. Alexandre

    Lu
    Fui diagnosticado com ansiedade e síndrome do pânico, às vezes sinto uma tristeza também, muitas dores nas pernas e a cabeça pesada com zumbidos no ouvido. O psiquiatra me receitou escitalopran 10 mg, estou tomando há 3 dias e me sentindo pior, falta de apetite, sonolência, crises de pânico. Gostaria de saber se isso é normal no início mesmo e se os sintomas físicos irão desaparecer no decorrer do tratamento.

    Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alexandre

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos no início no tratamento. Eles perduram cerca de três semanas, para a maioria das pessoas, outras sentem até um mês. Não se preocupe, pois é normal, sim. Você se encontra no olho do furacão, quando o medicamento deixa a pessoa ainda pior, mas não se preocupe, pois isso logo passará. Nessa fase é preciso ter muita paciência. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Vou lhe passar uns links que o ajudarão a a compreender melhor.

      Abraços,

      Lu

  10. Wederson

    Lu
    Estava tomando esc 10 mg, há 42 dias, mas com muita ansiedade e respiração rasa, tosse, dor no peito, passei pelo meu médico que aumentou a dose para 15mg, durante 5 dias e depois de 20 mg. Estava tomando à noite e passei a tomar de manhã e Rivotril 0,5 à noite. Tomei 15 mg ontem e fiquei muito ansioso, com falta de ar, respiração rápida, aquela angústia no peito. Não tomei o Rivotril pois fiquei com medo de ficar dopado, estou trabalhando. Vou tomar à noite. Estou com medo me dá uma dica.

    Fiquem todos com DEUS!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wederson

      Está dentro da normalidade sentir efeitos adversos, quando há aumento na dosagem, pois o organismo tem que fazer uma nova readaptação. Poderá tomar o rivotril, conforme indicação médica, nessa fase, para ajudá-lo a suportar os sintomas ruins. Assim que estiver estabilizado, retire-o. Não acho que ficará dopado com uma dosagem pequena. Experimente agora no final de semana e veja como será a reação. Não é preciso ter medo, pois somos guerreiros POPs. Quando atingir a dosagem de 20 mg do oxalato de escitalopram, tudo irá se normalizar. Fique tranquilo.

      Abraços,

      Lu

  11. Ligia

    Olá, Lu!

    Gostaria muito da sua ajuda… Desde abril venho sofrendo com tag, sintomas como taquicardia e falta de ar diariamente. Minha melhor amiga é médica e me receitou reconter 10 mg, estou tomando faz uns seis meses já, só que continuo com os sintomas que melhoram muito pouco. Estou pensando em ir ao psiquiatra, mas tenho vergonha… O que você acha? Como é a consulta com um psiquiatra? Será que não poso aumentar a dose sozinha? Não aguento mais esses sintomas que tanto me desgastam.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, se depois de seis meses continua sentindo os sintomas, significa que a dosagem ou o medicamento não estão a contento, devendo você procurar um psiquiatra o mais rápido possível.

      A consulta é muito simples, como com qualquer outra especialidade, ele apenas conversará com você indagando-lhe sobre o que sente. E você não deve aumentar a dose sozinha, pois pode ser que seu organismo não esteja se adaptando ao medicamento. Por que sente vergonha? Não entendi muito bem. Ainda que a médica sua amiga tenha receitado, o ideal é que procure um psiquiatra, caso ela não tenha tal especialidade, mas ela poderá, depois, continuar lhe dando as receitas. Aguardo notícias suas!

      Abraços,

      Lu

      1. Ligia

        Lu

        Obrigada por sua atenção… Se o médico aumentar a dose do reconter eu irei sentir novamente a piora da ansiedade? Quanto tempo dura? Acha que a dosagem pode estar baixa?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lígia

          Quando a dosagem do antidepressivo é aumentada, a maioria das pessoas sente os transtornos adversos, mas que logo passam. Não se preocupe com isso. Não há como eu avaliar se a sua dosagem está baixa, mas seu médico, com certeza, saberá. Confie nele.

          Abraços,

          Lu

  12. Raquel Santos

    Oi, Lu,
    Após três meses tomando esc 20 mg, minha médica reduziu para 10 mg. Gostaria de saber se sentirei alguma coisa com essa diminuição, tenho sentido o estômago enjoado e uma leve dor de cabeça, mas em relação ao psicológico estou muito bem, só esses detalhes. É normal isso?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      Se a sua médica reduziu para 10 mg significa que você está se sentindo bem, havendo a possibilidade da retirada do medicamento. Quando a diminuição acontece com a orientação médica, essa passagem é muito tranquila. Caso venha a sentir os efeitos adversos, pode significar que precisa usar o remédio por mais tempo. Mas é preciso de um tempo maior para fazer tal avaliação. Fique tranquila e faça tudo direitinho. Apenas viva um dia de cada vez.

      Beijos,

      Lu

  13. Manuela

    Lu

    Já passei por várias crises de depressão, ansiedade e síndrome do pânico. A primeira crise de depressão aconteceu na minha adolescência, fiz uso de antidepressivos tricíclicos e muita terapia. Aos poucos melhorei. Depois, com o falecimento da minha nona, tive uma crise de ansiedade que levou à Síndrome de Pânico, passei a fazer tratamento com a Sertralina durante anos, com períodos de melhoras e até de retirada da medicação.

    Faço acompanhamento com psiquiatra e vendo meu quadro de TAG resolveu mudar a minha medicação para o escitalopram, iniciei com 10 mg, durante 4 meses, mas estou passando por uma fase de muita angústia, algumas pessoas doentes na família é muito trabalho, desencadeou numa crise de ansiedade e pensamentos negativos e obsessores. O psiquiatra resolveu aumentar a medicação para 15 mg, comecei a tomar há 9 dias, mas ainda estou angustiada, os pensamentos melhoraram, mas a ansiedade ainda persiste. O médico passou o Rivotril para caso de muita ansiedade, mas não tomei, não gosto de me apoiar no Rivotril. Queria saber sobre o aumento da dosagem, tempo de adaptação, eu me sinto melhor, mas ainda não estou no meu estado normal.

    Muito obrigada pela atenção. Amei os comentários, pois nos tranquilizam. Diferentes de outro lugares que postam coisas que nos deixam mais angustiados.

    Grande beijos a todos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Manuela

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Assim como você, também tive a minha primeira crise de depressão na adolescência (venho de uma família, pelo lado materno, com depressão crônica). Portanto, a crise que teve com a morte de sua avó está dentro da normalidade, uma vez que tal transtorno já havia se apresentado antes, não se tratando de um fato traumático. E pelo que depreendo de suas explicações, a sua depressão é crônica, embora se mostre recorrente. Quanto à ansiedade, ela sempre acaba resvalando para a SP (síndrome do pânico).

      Amiguinha, o oxalato de escitalopram encontra-se entre os melhores e mais usados antidepressivos. É receitado pela grande maioria dos médicos. Eu mesma faço uso de tal medicação, com a qual tenho me dado muito bem. Saiba também que nós, depressivos, somos pessoas muito sensíveis. Temos uma visão de mundo bem diferente dos demais e nos condoemos com tudo que acontece. Não conseguimos ficar alheios ao que nos acontece e ao que acontece aos outros. Nós nos preocupamos com o mundo em sua totalidade. Isso tem muitos pontos bons, pois ser uma pessoa sensível é muito melhor do que ser indiferente e omissa, contudo, temos que trabalhar nossas emoções, para que não viremos um saco de pancadas da vida. A primeira lição a ser levada em conta é viver apenas um dia de cada vez, a segunda é seguir a oração de São Francisco (ver no Google). Essa angústia de que fala deve-se à inaceitabilidade do momento que vive. É preciso cultivar a tolerância consigo mesma e com os outros. Nada é exatamente como queremos. A vida é assim e não temos como mudá-la. Somos imperfeitos e limitados como seres humanos. Quando compreendemos isso, nossa visão muda em relação ao nosso comportamento e ao dos outros, não mais nos fazendo sofrer.

      Manuela, assim como você, também passo por momentos de angústia, ainda que temporários, pois coloco em prática a Oração de São Francisco. Agora, por exemplo, tem chovido muito em minha cidade, meu pensamento fica voltado para as milhares de pessoas sem teto espalhadas pelas ruas. Isso me traz angústia, mas tento trabalhar tal sentimento, conscientizando-me de que não consigo mudar o mundo e que não tenho responsabilidade sobre isso, mas que devo trabalhar contra tal injustiça dentro daquilo que posso fazer. Ficar só lamentando não leva a nada. Outro passo importante que dei foi aceitar o meu transtorno mental com naturalidade. Somos até grandes amigos… risos. Isso foi muito importante, eu diria, fundamental, para que eu aprendesse a lidar comigo e com os outros.

      Você diz: “ainda não estou no meu estado normal”. E eu me pergunto sobre o que é o “estado normal”? Viver é passar por inúmeros “estados”, isso porque temos uma coisinha chamada “sentimentos”. O máximo que podemos fazer é tentar ter equilíbrio em nossas ações e no modo de ver e sentir o mundo. Aí, sim, podemos dizer que não estamos em conflito, mas adaptados. O dia em tivermos 100% de normalidade, penso que teremos nos transformado em robôs. Eu não quero isso para mim, pois é a percepção de meus variados estados emocionais que me torna humana, faz com que eu procure ser alguém melhor e, consequentemente, possa ajudar os que se encontram à minha volta.

      Amiguinha, o uso do rivotril só deve ser feito no início do tratamento e em extrema necessidade. Você tem toda razão ao recusar uma muleta. Além disso, ele é nefasto à saúde, quando continuado. E toda vez que se aumenta a dosagem do antidepressivo deve-se esperar um tempo de adaptação do organismo, portanto é normal que se sinta angustiada, sem falar no excesso de trabalho e o fato de ter tantas pessoas doentes na família. Tenho certeza de que irá dar conta de tudo, pois nós, portadores de transtornos mentais, em razão de nossa constante luta, transformamo-nos em guerreiros que não se deixam abater facilmente. Somos tenazes lutadores. As doenças em família são inerentes ao transcorrer da vida. Todos passam por isso, mais cedo ou mais tarde.

      Manuela, percebo que você é uma mulher inteligente. Seja POP (persistente, otimista e paciente)! Logo tudo isso terá passado. Não se deixe abater. Busque preencher a sua vida. Tenha um “hobe” que a alegre. Isso é importante para evitar os pensamentos negativos e obsessores. Quando percebo que eles vão me assaltar, eu me ponho a escrever, ler, ouvir música, conversar com alguém… Tais pensamentos são como um rio de fortes correntezas, bastando apenas desviar seu trajeto, para que deixe o nosso caminho. Saiba que não se encontra só. Terá aqui no blog uma família terna, amorosa e compreensiva. Volte sempre!

      Beijos,

      Lu

      1. Manuela

        Obrigada pelas palavras e orientações, já havia lido todos os textos, mas os reli hoje.
        Gratidão.

        Beijos

  14. Juliana

    Bom dia, Lu
    Estou fazendo uso de escitalopram 15 mg há 40 dias. Estou me sentindo melhor, mas percebo que minhas mãos tremem constantemente. Isso é normal?!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Ainda que essa tremura nas mãos esteja dentro dos efeitos adversos, seria bom que, na próxima consulta, relatasse isso a seu médico para ele ver se a dosagem precisa ser mexida. Continue tomando o seu medicamento. Não pare.

      Abraços,

      Lu

  15. Raquel Santos

    Lu
    Meu esc 20 mg acaba amanhã, infelizmente minha consulta acontece dois dias depois. Uma amiga que toma exodus, me deu uma caixa da amostra grátis, sendo que a dosagem é de 10 mg. O que você me indica a fazer, tomo o dela,sendo dois comprimidos pra equivaler a minha dosagem ou passo dois dias sem tomar? Me ajude, Lu, realmente não sei como proceder.

    Obrigada e beijos a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      Poderá tomar os dois comprimidos dados pela amiga (10 mg + 10 mg). O importante é que a substância ativa seja o oxalato de escitalopram, não importando o laboratório. A dosagem deve sempre ser levada em conta.

      Abraços,

      Lu

  16. Cauê Barbosa

    Lu
    Tenho 21 anos e sofro de ataques de pânico e ansiedade psicossomática há mais ou menos 4 anos. O problema é que fui muito imaturo e nada responsável com meu tratamento. Faltava à psicóloga e abaixava a dose sozinho, pois achava que já estava bem para parar de tomar o medicamento.

    Eu sempre tive crises de pânico, mas, quando tomava a medicação, elas diminuíam e até desapareciam, mas por eu ter este hábito horrível de não tomar certo todos os dias e parar sozinho, isso me deixava cada vez mais ansioso e com crises. Fui parar no PA umas 4 vezes, achando que estava morrendo e depois, como todo ansioso e com pânico, fiz uns 20 eletrocardiogramas pra ter certeza que meu coração não tinha saído pela boca.

    Hoje, depois de ter parado sozinho o medicamento, a conta da irresponsabilidade me bateu no peito, depois de tomar 20 mg durante 4 meses. Eu me vejo no fundo do poço novamente, a ansiedade no teto e somatização com tudo, desde achar que eu posso ter um AVC a qualquer momento ou um infarto, clássico para quem tem pânico. Eu já passei por isso e consegui ser POP e vou conseguir novamente, saí do buraco umas 3 vezes.

    Ee eu não fosse irresponsável já estaria curado, agora é só eu parar de pensar besteira e recomeçar aos poucos, comecei com 10 mg há 3 semanas aumentei pra 20 de esc e hoje minha médica aumentou pra 25 mg. Está complicada a readaptação do meu organismo, o efeito rebote foi muito forte desta vez, mas estou tentando me acalmar e lembrar que eu vou melhorar. Logo, logo irei ficar melhor e poderei sair com a minha namorada e ficar no shopping comprando, pois hoje fico 10 min e tenho vontade de sair voando.

    Fica uma dica pro pessoal: por favor não parem o tratamento; quando achar que está melhor é o remédio fazendo efeito; aceite que tem um transtorno; a única pessoa que vai abaixar ou parar a medicação é o médico; tome o medicamento todos os santos dias, assim terá qualidade de vida; quando estiverem realmente seguros, se sentiram curados, não façam como eu fiz apanhei muito pra aprender!

    Adorei o blog, está me ajudando muito!

    Beijos, Lu e obrigado pelo apoio!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cauê

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, realmente você incorreu em muitos erros ao parar o tratamento por conta própria. Isso, porém, ficou para trás, o importante agora é que tomou consciência das incorreções praticadas e está disposto a seguir tudo direitinho, conforme os pareceres de seu médico.

      Cauê, as suas advertências às pessoas são muito importantes, pois dizem respeito a quem viveu na própria pele os desajustes de um tratamento feito sem critério e que está disposto a seguir, doravante, tudo direitinho. Quantos aos transtornos adversos ocasionados pela readaptação, esses são mesmo muito chatos, mas você logo deixará o fundo do poço e sua vida voltará à normalidade, podendo ir ao shopping com a namorada. Quanto às crises de pânico, não ofereça resistência a elas. Quando surgir alguma, deite-se, relaxe bem o corpo e respire fundo e devagar, pois quanto mais resistência houver, mais forte ela se torna. Procure também desviar seu pensamento para algo agradável. Saiba também que é desnecessário ficar fazendo exames, pois tudo não passa de sintomas ocasionados pelo transtorno mental.

      Também adorei a sua presença neste espaço. Venha sempre conversar conosco.

      Abraços,

      Lu

  17. Drielly.M.F.

    Lu
    Meu marido tem 57 anos e foi diagnosticado com depressão psicótica. A psiquiatra receitou-lhe risperidona 1,5 mg ao dia e o antidepressivo recontar, sendo 5 gotas pela manhã. Já se passou quase um mês e ele passa o dia todo deitado, se diz indisposto e não quer sair de casa, e tem medo das pessoas.

    Gostaria de saber se isso é efeito do recontar. Agradeço desde já. Ando muito confusa, ansiosa pra levá-lo à próxima consulta, pois é muito angustiante lidar com uma pessoa que se encontra neste estado.

    Abraço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Drielly

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, lidar com qualquer tipo de transtorno mental não é fácil, exigindo muita paciência tanto do paciente quanto das pessoas que o cercam, pois o resultado do tratamento não é imediato. Mas fique tranquila, pois tudo isso irá passar. Sempre digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Os remédios receitados são muito bons. O oxalato de escitalopram é um dos mais indicados atualmente. Penso que o fato de seu marido ainda se encontrar indisposto deve-se à dosagem do reconter que está muito baixa. Leva mesmo um tempo, até que o médico encontre a dosagem ideal para cada paciente. Imagino que a psiquiatra irá aumentar a dose na próxima consulta. Repasse para ela todos os sintomas que ele continua sentindo, inclusive o medo de pessoas.

      Drielly, procure se acalmar, pois seu esposo precisará muito de você até se sentir melhor. Não fique confusa e nem ansiosa. Viva apena um dia de cada vez e vá fazendo as coisas na medida do possível. Compreenda que, de uma forma ou de outra, todos passam por contratempos na vida, sendo o equilíbrio a melhor forma de superá-los. Não coloque todo o fardo do mundo em suas costas. Veja o transtorno mental de seu marido como algo passível de acontecer a qualquer um. Dê-lhe carinho e força… Logo tudo isso terá ficado no passado. E sempre que necessitar, venha aqui conversar conosco.

      Abraços,

      Lu

      1. Drielly

        Lu
        Eu te agradeço imensamente pelo apoio, você foi um anjo enviado por Deus para me ajudar com suas palavras. É muito difícil ver meu marido nessa situação. Quarta feira vou à psiquiatra com ele e relatarei os sintomas. Obrigada de coração pela ajuda.

        Beijos

  18. Rafael

    Lu

    Tenho 31 anos. Faço tratamento para depressão desde 2009 e atualmente estava tomando Paroxetina 40 mg e Carbamazepina 400 mg, sendo que não consultava um psiquiatra há uns 2 anos e pegava as receitas dos remédios com o meu neurologista. Em janeiro deste ano perdi o meu avô e em julho minha avó que foi praticamente uma mãe pra mim. No mesmo dia em que enterrei a minha avó, quando cheguei à loja da família para trabalhar e ocupar a cabeça, estava o pessoal da imobiliária, pedindo o ponto de volta, a pedido do proprietário.

    Isto tudo gerou um grande estresse… Desde agosto sinto um desconforto no lado direito inferior da barriga. Consultei um clinico geral, urologista, proctologista, gastroenterologista e um cirurgião geral… Fiz vários exames de sangue, urina, ecografia, tomografia computadorizada e nada.

    Agora no dia 2 deste mês comecei a sentir uma forte dor abdominal abaixo do umbigo e dos dois lados, fui parar na emergência… Fiz uma videolaparoscopia e tudo normal… Consultei um gastroenterologista novamente fiz uma colonoscopia e tudo normal… O médico indicou a voltar a consultar um psiquiatra e disse que essa dor poderia ser psicossomática… É possível isso?

    As dores diminuíram bastante nos últimos dois dias e voltei ao psiquiatra na última segunda-feira e ele receitou Escitalopran 5 mg durante 10 dias e após 10 mg e também está eliminando a paroxetina 40 mg, diminuindo 10 mg a cada 10 dias, até parar.

    É possível existir uma dor psicológica tão forte?

    Muito obrigado,

  19. Raquel Santos

    Lu e amiguinhos.

    Estou há quase três meses tomando esc 20 mg. Retomei minha atividade normal, voltei ao trabalho, fui tão bem recebida por todos, pude ver o quanto sou amada.

    De fato o tratamento no início é muito difícil, mas passa e podemos colher os resultados positivos; continuo com acompanhamento com minha médica periodicamente pra avaliarmos o tratamento. Mas posso falar a todos que estou ótima. Mesmo com tudo que ocorreu este semestre comigo, ainda arranjei forças para concluir meu TCC de mais uma graduação. Sinto me vitoriosa por tal feito, pois foi o pior período que passei. Quem sofre desses distúrbios mentais sabe o quanto é desesperador, mas cá estou eu, contando a todos meu relato de superação.

    Acredito que nada seja em vão em nossa vida, aprendi muito com tudo isso que passei, a vida tornou se mais leve, mais colorida. Agradeço diariamente a oportunidade de estar viva. Problemas sempre surgirão, mas estarei firme e sempre confiante para superá-los

    Lu, você foi um anjo que Deus colocou em meu caminho no momento em que eu estava na escuridão, sem perspectiva de melhora. Suas palavras foram essenciais no meu tratamento, bem como o relatos das pessoas aqui do blog.

    Que Deus lhe ilumine sempre, que possa continuar ajudando a mais pessoas como eu. Você sempre estará em minhas orações.

    Abraços a todos e sejam POPs.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      Estou muito feliz ao saber que continua cada vez melhor e que foi muito bem na faculdade. Você sempre foi uma guerreira e merece todos os louros desta vitória. Eu sou apenas um mero apoio. Nada mais do que isso.

      Amiguinha, gostaria de pedir-lhe para não sumir. Gosto da presença de vocês, pois podem ajudar outras pessoas, interagindo com elas e repassando-lhe força. Conto consigo! E continue POP!

      Beijos,

      Lu

  20. Marli Gonçalves

    Lu

    Em primeiro lugar quero agradecer por este espaço onde tiramos todas as nossas dúvidas e ficamos mais calmos com vários comentários dos que sofrem desse mal.

    Estou fazendo tratamento para depressão e ansiedade, desde final de junho, vão fazer 4 meses e meio, uso lexapro 10 mg. O psiquiatra aumentou a dose para 15 mg. Pela sua experiência sabe em quanto tempo eu vou voltar a minha vida normal? Eu ja melhorei bem mas não como eu era antes, pois ainda não tenho vontade de sair de casa, mas mesmo contra a minha vontade tenho ido pra academia e mercado. Antes da depressão eu fazia tudo isso com vontade e agora eu não tenho muito ânimo. Estou tendo algumas reações ruins.

    Um grande abraço, fique com Deus…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marli

      Seja bem-vinda a nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, o objetivo do antidepressivo é dar ao paciente melhor qualidade de vida. Não há um tempo determinado para que a pessoa se sinta totalmente bem, pois cada caso é diferente e cada organismo reage de um jeito próprio. Há pessoas que necessitam de seis meses, outras de um ano, outras de dois e algumas devem fazer uso contínuo da medicação. Essa, porém, não deve ser uma preocupação, mas, sim, o fato de sentir que está havendo melhoras. Procure viver apenas um dia de cada vez, da melhor maneira possível. Dê tempo ao tempo. Nós, vitimados pelos transtornos mentais, precisamos ser POPs (pacientes, otimistas e persistentes).

      As pessoas depressivas têm uma tendência a serem mais caseiras. Eu sou um exemplo disso. Adoro o meu cantinho, mas sei que não posso obedecer a essa minha vontade, pois a vida lá fora precisa de mim e eu dela. Também me esforço, muitas vezes, para sair. A depressão faz isso mesmo com a gente, mas com o tempo você irá superar parte disso. Tenha paciência.

      Marli, muitas vezes é necessário aumentar a dosagem para que essa se adeque às necessidades do organismo. Isso é muito normal acontecer. Outra coisa para a qual se deve ter cuidado é não creditar que todas as reações do organismo estão ligadas ao antidepressivo. Sei de casos de pessoas que estavam com virose e achavam que era efeito do medicamento. Depois de quatro meses não é mais para ter efeitos adversos, a menos que a dosagem esteja baixa. Veja isso com seu médico.

      Todos nós agradecemos as suas palavras generosas. Venha sempre aqui conversar conosco. Não se sinta só.

      Beijos,

      Lu

      1. Marli

        Lu,
        muito obrigada pelo apoio, fiquei mais tranquila em relação ao tempo fazendo uso do Lexapro.

        Fique com Deus.Você é muito especial…

        Beijos.

        1. Marli Gonçalves

          Lu,
          esqueci de escrever na mensagem que o psiquiatra aumentou o lexapro de 10 para 15 mg no dia 21 de outubro. Será que alguns desses efeitos que estou sentindo são em relação ao aumento da dosagem?

          Fique com Deus e obrigada pela paciência…
          Beijos

        2. LuDiasBH Autor do post

          Marli

          Sempre que há aumento da dosagem é comum alguns efeitos adversos retornarem, pois o corpo terá que se adaptar a uma nova quantidade da substância, portanto, pode ser, sim. Mas não se preocupe, pois logo eles passarão.

          Beijos,

          Lu

  21. Wederson Souza

    Lu e amigos

    Hoje faz 17 dias que tomo o ESC 10 mg. Estou sentindo muita ansiedade, tosse, frio logo pela manhã, agora vou dirigir e sinto tosse e vontade de vomitar. Sai aquela água que parece com bílis, eu não tenho vesícula e fico com medo de ser uma coisa mais séria. Está difícil e ruins os sintomas. Estou muito ansioso e espero que passe logo essa etapa.

    Obrigado meus amigos, fiquem com DEUS!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wederson

      Você ainda se encontra na primeira fase do tratamento, quando os sintomas ainda estão atuando. Depois de três semanas, normalmente, eles irão desaparecendo. É preciso ter calma. O que está sentindo está dentro da normalidade. Não precisa ficar com medo, pois faz parte de sua ansiedade ainda não controlada. Nada a ver com bílis. Procure tomar líquido, principalmente sucos naturais. Não há nada de “mais sério”. E ademais você é um guerreiro POP!

      Amigo, sei que essa fase é bem difícil, mas é preciso passar por ela. Logo estará vendo a luz no fim do túnel.

      Abraços,

      Lu

      1. Wederson Souza

        Lu
        Os efeitos estão muito piores com vômitos, falta de ar e pigarro direto. Parece que tenho alguma coisa na garganta. Estou no 17º dia, e só depois do 21º dia que começa a melhorar. Estou muito ansioso que isso passe logo, mas se DEUS quiser vai dar tudo certo.

        Que Deus abençoe todos nós!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Wederson

          Se os efeitos adversos estão a incomodá-lo muito, retorne a seu psiquiatra para que ele faça uma revisão. Peça-lhe também para olhar a sua garganta e ver se ela não se encontra inchada. Nas informações há um alerta que deve ser levado em conta:

          ” se sentir inchaço na pele, língua, lábios ou face, ou apresentar dificuldades para respirar ou engolir (reação alérgica), contate seu médico ou vá diretamente para um hospital com serviço de emergência”.

          Entre em contato com seu médico e fale sobre o pigarro.

          Volte a ler o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

          Aguardo notícias suas,

          Lu

        2. Wederson Souza

          Lu
          Não tenho dificuldades em engolir e nem inchaço na face, mas só essa tosse, pigarro, falta de ar e muita ansiedade, mas vou esperar até segunda-feira. Agora mesmo estou com tosse e pigarro fico com medo.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Wederson

          Você se encontra ainda na fase inicial do tratamento. É preciso conviver com esses sintomas adversos. E não há porque ter medo. Ontem mesmo li um comentário direcionado a você, em que a amiguinha diz ter passado pelos mesmos sintomas, mas agora se encontra ótima. Portanto tire da cabeça esta palavra chata “medo” que só nos leva para trás. Você pode estar com alergia ao próprio tempo, sendo essa a causa do pigarro e da tosse. Podem ser também ocasionados por uma virose. É normal que ainda se sinta ansioso, pois o medicamento ainda não está agindo em sua totalidade. Não se esqueça do chá de camomila.

          Abraços,

          Lu

        4. Wederson Souza

          Lu
          tive uma crise forte de falta de ar e acabei no pronto socorro. O médico pediu uma chapa de pulmão e apareceram umas manchinhas que não eram nada grave, mas apenas secreções. O médico me passou azitromicina 500 e um outro remédio que poderiam ser tomaados junto com ESC. Os pigarros e a falta de ar falou vão passar até o remédio agir. Vou ser mais otimista, se DEUS quiser.

          Sejam todos abençoados!

        5. LuDiasBH Autor do post

          Wederson

          Quando iniciamos o tratamento com o antidepressivo, temos a tendência de achar que todo problema advém do medicamento, quando não é bem assim. O seu caso é um exemplo disso. Foi muito importante a sua ida ao médico. Os pulmões são órgãos muito sensíveis. Tudo que ali surge o sinal logo aparece. Logo estará livre da tosse e dos pigarros. Continue dando notícias.

          Abraços,

          Lu

    2. Juliana

      Wederson

      Também estou no início do meu tratamento com Escitalopram 10 mg. Hoje estou no 24º dia! Os sintomas já melhoraram muito, mas ainda não me sinto 100%. Seja persistente, amigo! Logo, logo essa fase inicial acaba e você sentirá os efeitos positivos!

    3. Elaine

      Wederson

      Fique tranquilo,eu também não tenho a vesícula e passei por tudo isso que você está passando nos primeiros dias, hoje fez um mês que estou tomando esse mesmo remédio, agora já não sinto mais nada em relação ao remédio. Mas senti tudo isso que você falou, e sentia um enjoo muito grande, também sinto frio, isso ainda sinto um pouquinho, mas nada que atrapalhe.

      Seja forte,sei que é difícil, mas logo tudo isso vai passa, eu já melhorei muito desde que comecei o tratamento e sei que vou melhorar muito mais,e você vai melhorar também, tenha fé.

  22. Wederson Souza

    Lu
    já estou há uma semana tomando ESC 10 mg, mas sinto muitos sintomas como falta de ar. Ontem fui dar uma caminhada coisa que não costumo fazer, quando voltei pareceu que estava morrendo, o coração parando, umas pontandas no lado esquerdo do peito, mãos dormentes e meus olhos vermelhos. Será que é reação do remédio? Sei que estou na fase ruim, mas também sei que é muito bom falar com você.

    Obrigado e que DEUS te abençoe sempre.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wederson

      Você se encontra na fase inicial do tratamento que, para alguns, é muito difícil. Os sintomas relatados fazem parte dos transtornos adversos que deverão durar cerca de três semanas. É preciso muita paciência, até passar essa fase. Precisa ser POP (paciente, otimista e persistente). O que está sentindo é reação do remédio, sim. Fique tranquilo. Tome chá de camomila ou melissa para ficar mais calmo. Logo tudo isso terá passado.

      Abraços,

      Lu

      1. Wederson Souza

        Lu
        Obrigado! Vou aguardar passar essas semanas. Darei notícias.
        Fiquem todos com DEUS!

    2. Alexandre Nunes

      Wederson,
      como a Lu comentou, isso é normal no começo, pode levar mais de um mês pra passar a ansiedade, que gradualmente vai diminuindo. Eu estou com um mês de retorno ao tratamento pra ansiedade, pois parei outras duas vezes depois que os sintomas sumiram. As primeiras duas semanas foram bem ruins, mas agora vejo claramente o bloqueio da ansiedade e pânico pelo remédio. Também uso 10 mg.

      Infelizmente os antidepressivos são ótimos pra ansiedade e pânico, mas ainda têm o efeito colateral de aumentar a ansiedade no começo e demorar pra fazer efeito total. Isso se deve ao fato de que o mecanismo de aumento da serotonina demora um tempo para se estabelecer no local onde funciona efetivamente na ligação entre neurônios. E depois que o efeito é total, você ainda precisa seguir com o tratamento no mínimo durante seis meses a um ano (lição que aprendi), porque só a partir desse prazo a arquitetura cerebral vai se consolidar e diminuir o risco de recaídas.

      A terapia psicológica também pode ajudar, porque vai alterar o seu padrão de pensamento, o que também influi na mudança química. Prova disso é que o contrário é verdadeiro também, ou seja, a doença surge por estresse e padrão mental ruim persistente.

      1. Wederson Souza

        Alexandre
        Os sintomas são muito ruins mesmo: falta de ar palpitações, tosse direto, parece que se vai morrer, mas vamos ser pacientes.
        Obrigado, meu amigo, fique com DEUS!

        1. Alexandre Nunes

          Wederson

          É chato mesmo. Nas primeiras semanas teve um dia que fui jogar bola e achei que o coração ia saltar pela boca. Mas depois passou e percebi que foi uma junção dos efeitos iniciais, ansiedade ainda não 100% controlada e exagero no esforço físico. Agora com 37 dias ainda sinto um pouco de dor de cabeça e às vezes o aperto no peito, que nada mais é que os músculos da região do esôfago tensionados. O curioso é que antes eu ficaria nervoso com a sensação e talvez tivesse crise, mas agora fico tranquilo, pois o remédio já bloqueia a resposta exagerada.

    3. Mychael

      Olá, Lu!

      É a minha primeira vez por aqui. Comecei a fazer o uso do Oxalato de escitalopram há 3 dias. Somente parte do comprimido. Sinto uma leve melhora no humor. Mas pela manhã acordo com um pouco de angústia, falta de apetite. Mas no período da tarde parece dar uma melhorada. Tive crises fortes de ansiedade. Meu neuro passou esse remédio pra eu tomar. Com fé em Deus terei melhoras.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Mychael

        Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

        Amiguinho, você se encontra na primeira semana de uso do antidepressivo, se surgirem efeitos ruins, não se preocupe, pois eles irão desaparecendo com o tempo. É normal acordar com angústia nessa fase que normalmente dura três semanas. A falta de apetite é outra reação do medicamento, mas também vai desaparecer. Quantos miligramas você está tomando? Continue firme e não pare por conta própria.

        Abraços,

        Lu

        1. Mychael

          Lu
          Tomo aproximadamente 3 mg por dia! Obrigado pela força.

          Deus abençoe você!

        2. LuDiasBH Autor do post

          Michael

          Entendi, você está dividindo o comprimido de 10 mg, irá aumentando gradativamente a dosagem. Desejamos-lhe muita força. Irá dar tudo certo.

          Abraços,

          Lu

      2. Juliana

        Michael

        Quando comecei a tomar o escitalopram também apresentei os mesmos sintomas que você. O período da manhã pra mim era o mais insuportável, muita taquicardia, ansiedade, angústia, um choro incontrolável. Hoje já na terceira semana de tratamento, eu me sinto bem melhor. Durmo bem, acordo bem e tenho passado o resto do dia assim. Seja persistente, os benefícios do remédio logo aparecerão!

  23. Wederson Souza

    Lu
    como tinha relatado anteriormente que estava tomando ESC 5 mg de manhã e estava meio mal ainda, passei no meu psiquiatra, como você disse, e ele alterou a medicação para 10 mg, mas mudou meu horário para a noite. Estou com medo de tomar e não dormir. Já não durmo muito bem e tenho medo de piorar e não conseguir dormir mesmo. Qual o melhor horário que você acha que devo tomar? Tomei o último de 5 mg ontem às 23 horas, e ela já mandou eu tomar no outro dia 10 mg à noite. Qual será melhor horário das 19:00 às 24:00? Posso tomar fitoterápico junto para ajudar a dormir?

    Obrigado

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wederson

      A mudança para 10 mg foi ótima, pois assim sentirá os bons efeitos do remédio. Não adianta ficar tomando uma dosagem que não corresponde ao desejado. Saiba, porém, que irá sentir alguns transtornos adversos após aumentar a dosagem, mas que logo passarão, voltando sua vida à normalidade. Aguente firme.

      Em relação ao horário, isso depende muito das reações adversas de cada um. Existem pessoas que sentem muito sono com o medicamento, devendo tomá-lo, portanto, à noite, para poderem trabalhar melhor durante o dia. As que possuem insônia com ele, devem usá-lo na parte da manhã, pois não possuem o problema de ficarem sonolentas durante o dia. Primeiro é preciso experimentar a reação que terá com as 10 mg. Se estiver com dificuldade para dormir, poderá, sim, tomar um calmante fitoterápico. Converse a respeito disso com seu psiquiatra, pois você também faz uso do rivotril sub-lingual. O horário, entre as 19 e 24 fica à sua escolha. Prefira o que for melhor para você. Pode ser após o seu jantar. Tome o medicamento à noite e observe como seu sono está sendo. Depois conversaremos sobre isso. Não faça mudança por conta própria. Certo?

      Amiguinho, não se preocupe, pois tudo irá dar certo. Basta apenas ser paciente. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Continue em contato conosco.

      Abraços,

      Lu

      1. Juliana

        Oi, Lu!
        Há 2 anos escrevi no seu blog relatando como o uso de antidepressivos mudou minha vida. As melhorias foram inúmeras. Mas depois de quase dois anos tomando a medição (esc) eu resolvi suspender por conta própria. No começo estava muito bem, passado os efeitos da suspensão brusca do remédio. Após 5 meses sem a medição, com o estopim do fim de um relacionamento, aqui estou eu passando por uma crise feia.

        Voltei a tomar minha medicação há um pouco mais de uma semana, mas ainda não vejo benefícios. Tem 15 dias que não durmo, muito taquicardia, dores no peito e pensamentos constantes. Não sei mais o que fazer, estou desesperada. Preciso relaxar, mas nem o rivotril tem me proporcionado isso.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Não tem sido poucas as vezes em que venho alertando sobre os efeitos da parada brusca com o medicamento sem o aval médico. Todos nós sabemos que quando o antidepressivo é tirado bruscamente, as crises tendem a voltar ainda mais severas. É sabido também que os transtornos mentais, em sua maioria, tendem a ser recidivos, principalmente quando não obdecem os critérios médicos em relação ao tempo de tratamento.

          Amiguinha, o que foi feito não está por fazer, portanto, o importante é o agora. Com apenas uma semana de uso do medicamento é normal não estar, ainda, sentindo nenhum efeito positivo, mas apenas os adversos. É preciso aguardar a passagem dos transtornos iniciais, que duram cerca de três semanas. Não se preocupe, logo estará tudo bem. Tenha paciência e prossiga com o tratamento. Todos os sintomas relatados fazem parte das primeiras semanas de uso do antidepressivo. Aguente firme. E não se preocupe muito com o término de seu relacionamento. Imagine que alguém muito melhor será colocado no lugar. Pense positivamente. Tenha cuidado com o excesso de rivotril. Continue em contato conosco.

          Abraços,

          Lu

      2. Leonardo Bittencourt

        Oi, Lu!
        Fui ao psiquiatra hoje e ele me receitou o ESC, estive resistente a ele uma vez que vinha com essas crises de ansiedade, só que agora veio pior e eu decidi tomar o remedio pra alinhar os neurônios. Tenho bastante medo de tomá-lo, medo de ficar impotente sexual, isso é verdade? Ele me receitou um calmante pra poder me adaptar, até surtir efeito o remédio. Vou começar hoje à noite e espero que fique bem.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Leonardo

          Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinho, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos no início do tratamento. Algumas pessoas sentem-nos com mais intensidade e outras menos. Dentre tais efeitos está a baixa da libido, mas com o tempo o corpo vai readiquirindo a sua estabilidade e tudo volta ao normal. Fique tranquilo quanto a isto. Não há porque ter medo de tomar o medicamento. Quanto mais tempo ficar sem o tratamento, mais suas crises vão ficando fortes. O calmante tem por objetivo ajudar no início do tratamento. Quando sentir que não mais tem necessidade dele, retire-o. Qualquer coisa venha aqui conversar conosco.

          Abraços,

          Lu

        2. Leonardo

          Lu

          Muito obrigado! Saiba que está ajudando muitas pessoas com o seu blog. Espero não ter problemas quanto ao tratamento. Creio que vá ficar tudo bem depois que o corpo acostumar com o medicamento.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Leo

          Fique tranquilo, pois tudo irá dar certo. É importante que seja POP (paciente, otimista e persistente). Logo terá passado pela fase mais difícil. Conte conosco.

          Abraços,

          Lu

        4. Leonardo

          Lu,
          Os efeitos colaterais são bem fortes? Iriam me privar de trabalhar na semana? O que você acha de eu começar o tratamento na sexta-feira, assim fico os três dias tomando, já que ficarei em casa. Ajude-me, por favor.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Leonardo

          Os efeitos dos antidepressivos são imprevisíveis. Algumas pessoas sentem mais, outras praticamente nada sentem. Seria bom começar na sexta-feira, pois estará o fim de semana em casa e se sentirá mais seguro. Não se preocupe, pois tudo acabará dando certo.

          Abraços,

          Lu

  24. Alessandro

    Lu

    Passei por uma grave situação no trabalho, onde, por questões de segundos, minha vida não se foi junto com a de meus companheiros, enquanto combatia crimes ambientais numa terra Indígena, em Roraima, durante este ano.

    Desde 3 de julho desencadeou se um quadro que foi diagnosticado como TEPT (transtorno de estresse pôs traumático), e minha vida virou um verdadiro inferno. Não tenho disposição para mais nada, mal interajo com meus filhos que tanto amo, enfim. Meu psiquiatra me recomendou o ESPRAN em conjunto com o PTAZ para tentar diminuir os efeitos da minha insônia. As 10 mg do ESPRAN e o Patz de nada adiantaram.

    Dobrou se a dose do ESPRAN e trocou o Patz pelo Roydorm 1 mg, novamente não houve nenhuma resposta nestes quase 3 meses de tratamento. Estou a quase 15 dias sem tomar esses remédios, pois além de terem acabado e não ter pego nova receita em consulta, anteontem informei ao psiquiatra que nada estava adiantando. Outros psiquiatras haviam me dito que sob hipótese algumadeveriam ter me prescrito benzodiazepinico para TEPT.

    Enfim agora me prescreveu o QUETROS que é uma outra classe de antidepressivos. Contundo vou a uma outra psiquiatra nesta semana para balizar esta nova prescrição. Fato é que estou muito mal organicamente e mentalmente falando. Será isso efeito da abstinência medicamentosa? Mau humor fortíssimo e agressividade, frieza e vontade extrema de ficar deitado no quarto escuro, sem diálogo com ninguém.

    Poderia me ajudar a tentar entender o que está acontecendo com a minha cabeça? Muito obrigado pela ajuda!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alessandro

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se como parte de nossa família.

      Amiguinho, todos nós vivemos perigosamente, ainda que muitas vezes não saiamos de nossa rotina. Viver é realmente uma aventura e se a pessoa trabalha com fatores de risco, a aventura duplica-se. Compreendo perfeitamente o que passou. Este transtorno é muito comum aos soldados que estiveram no front de batalha e aos que fazem rondas em cidades violentas. Tudo o que vivenciaram fica impregnado na mente, com se fora uma profunda cicatriz. Também acontece às pessoas que trabalham com epidemias (ebola, por exemplo) e com as vítimas de sequestros. Penso eu que o seu tratamento deve passar, também, por uma ajuda psicoterápica, para ajudá-lo a entender o que passou e como elaborar tais lembranças.

      Alessandro, quando mudamos o foco sobre um problema, observando-o sobre um outro prisma, ele se torna diferente. Pense por exemplo, como você e seus companheiros foram heróicos. Se se safaram de uma situação tão amedrontadora significa que ainda possuem muitas coisas a fazer neste planeta. Vocês tiveram uma segunda chance de vida. E não são muitos os que recebem tal presente, quando trabalham com um perigo tão iminente. O que significa que são pessoas muito especiais. É um legado de coragem que deixarão para seus filhos. Vocês realmente viveram um momento cruciente, mas capaz de transformá-los em seres humanos do maior valor. Quantas pessoas passam pela vida como uma folha de bananeira, virando-se de um lado para outro, ao sabor do vento, sem nada que as enriqueça. O sofrimento é, sem dúvida, um caminho que leva ao enriquecimento espiritual. Fiquei muito emocionada com sua história. Gostaria muito que a contasse (quando se sentir capaz) com detalhes, para nós.

      Amiguinho, como o seu transtorno advém de um fato traumático, seu tratamento será ainda mais fácil, pois irá depender, sobretudo, de você. Como já lhe disse, comece dando uma outra visão ao que lhe aconteceu. Tiro o meu chapéu para todos aqueles que combatem crimes ambientais, pois sou uma grande defensora da natureza. Pessoas como você é que são os verdadeiros heróis deste país. Parabéns!

      Alessandro, é normal que haja muitos desencontros no início do tratamento de transtornos mentais. Assim que acertar na medicação, tudo isso irá passar e você voltará a ser a mesma pessoa de antes. É muito bom ter a visão de dois ou mais profissionais. Também faço isso. Quanto à sua agressividade, frieza e mau humor, tudo está dentro da normalidade para quem passou por um episódio traumático. Não se culpabilize. Converse com as pessoas à sua volta para que tenham mais paciência consigo e compreendam a fase que está vivendo. Saiba também que estou torcendo para que deixe o quarto escuro, pois a Mãe Natureza precisa muito de você, assim como sua família. Você é muito especial.

      Amiguinho, gostaria muito que continuasse em contato conosco. Fale tudo o que sentir vontade, quantas vezes quiser. Depois vou lhe indicar a leitura de livros sobre pessoas que passaram por momentos como o seu. E por falar nisso, por que não bota no papel tudo que viveu em seu trabalho? Vejo que escreve muito bem. Daí poderia nascer um livro. Pense nisso! Conte comigo.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Alessandro

        Muito grato, Lu por sua resposta. Cada manifesto de atenção pra mim hoje tem sido um remédio até então desconhecido.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Alessandro

          Seu texto foi transformado num artigo que será postado na página principal do blog. Publicarei após a meia-noite, e lá irei respondê-lo.

          Abraços,

          Lu

  25. Wederson Souza

    Lu

    Tive depressão e pânico há 3 anos anos atrás, e quando tomei escitalopram 10 mg, os efeitos foiram muito ruins.Parecia que iria morrer. Depois de 3 meses fiquei melhor e comecei a fazer o desmame. Depois de meses parei de tomar e fiquei bem. Depois de 2 anos voltaram aqueles sintomas: medo de morrer, falta de ar, tosse desânimo, insônia… O psiquiatra me passou novamente o escitalopram, mas falei pra ele que precisava trabalhar, pois estou passando por crise financeira e se me desse 10 mg não iria conseguir sair de casa, ia me travar como foi da última vez. Então ele me passou uma dose mínima de 5 mg, hoje faz 26 dias que estou tomando, mas ainda tenho crises de tosse e falta de ar. Ontem parecia que eu ia morrer, pois me deu muita tosse e falta de ar, dormência no pé e na mão. Será que o remédio está com dose baixa? Estou começando achar que vou ficar mal. Na rua começo a tossir, dirigindo o carro e só melhoro depois de colocar o rivotril sublingual 0,25 e tomar um chá de capim cidreira, mas hoje acordei tossindo um pouco.

    Agradeço sua ajuda, Lu, DEUS que nos abençoe.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wederson

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Os transtornos mentais costumam ser recorrentes. Você fica livres deles por um bom tempo e, sem menos esperar, eles reaparecem. O importante é que, sempre que isso acontecer, busque imediatamente ajuda médica, pois não vale a pena ficar sofrendo desnecessariamente. As crises de pânico são mesmo terríveis, pois passam a impressão de que estamos morrendo. Quando elas aparecerem, não ofereça resistência, deite-se (se for possível), respire fundo e devagar. Quanto mais calmo ficar, mais brandas elas serão.

      Amiguinho, não está fácil viver neste país. A imensa maioria de trabalhadores está passando por crise financeira. E isso contribui ainda mais para o aparecimento de transtornos mentais ou para aumentar as crises. Quanto à dosagem, você precisa tomar a dose necessária. Não adianta ficar tomando uma dose baixa que não atenda às suas necessidades. Ainda que passe duas a três semanas com os transtornos adversos, tenha a certeza de que eles desaparecerão. Se cinco mg não estão fazendo efeito, você terá que passar para 10 mg. Depois de 26 dias já era para estar bem melhor. Quando completar 30 dias, sugiro que passe para as 10 mg, caso contrário estará jogando dinheiro fora e continuando a sofrer com as crises. O remédio está com a dose baixa, sim. Não está resolvendo nada.

      Wederson, só tome o rivotril quando for realmente necessário. Esse medicamento não é para ser tomado direto. E quando estiver bem, retire-o. O chá de capim-cidreira, assim como o de melissa ou camomila, é calmante. É bom tomar umas três xícaras ao dia. Não compre em sachê, mas a erva seca, em casas que vendem ervas.

      Vou lhe enviar uns links que o ajudarão a compreender melhor o que está vivenciando.

      Abraços,

      Lu

  26. Rosilene

    Lu

    Já sou leitora do seu site há um bom tempo, você foi de extrema importância para o meu tratamento!

    Tenho SP (Síndrome do Pânico) e já trato há 2 anos e meio. Comecei com Fluoxetina depois com Escitalopram e agora voltei pra “Fluô”, rs. Eu me sentia realmente curada, sem nenhuma crise há mais de 2 anos, mas faz uma semana que tenho tido um sono agitado com calafrios, muitos pesadelos e hoje já acordei com o coração acelerado, mãos e pés frios, tremendo, sem apetite, diarréia, coração apertado, sem concentração e muito medo de voltar a sentir tudo que sentia antes!

    O que pode ser Lu? Será que a medicação não está mais fazendo efeito? Ou é normal ter crises às vezes, mesmo estando medicada?

    Desde já muito grata! Você é um anjo com que Deus nos presenteou.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rosilene

      Quando o nosso organismo acostuma-se com um antidepressivo, o médico pode aumentar a dosagem (se ainda for possível) ou mudar para outro diferente. Eu também tomei a fluoxetina por um longo tempo, até que ela deixou de fazer efeito. Passei então a tomar o oxalato de escitalopram, com o qual já me encontro há cerca de quatro anos. Possivelmente, pelo fato de já ter tomado anteriormente a “Fluô”, o seu organismo tenha se acostumado com ela mais rapidamente. Você não me disse há quanto tempo está fazendo uso de tal remédio.

      Rosi, não é normal ter crises assim, quando a medicação está realmente agindo para combater o transtorno e quando não se encontra na fase inicial do tratamento, a menos que a pessoa não esteja fazendo o uso correto do medicamento. Quando isso acontece, a probabilidade é de que a dosagem encontra-se abaixo da necessária ou o medicamento passou a não mais fazer efeito. Numa análise superficial, eu imagino que, por ter usado a fluoxetina antes, ela não seja mais tão eficiente como foi.

      Amiguinha, retorne a seu médico, repasse-lhe tais sintomas, para que não fique sofrendo desnecessariamente. Assim que tiver uma resposta, conte para mim. Agradeço o seu carinho.

      Abraços,

      Lu

  27. Leila Barbosa

    Oi, Lu!

    Eu me trato de TAG desde 2011 e tomava o escitalopram. Cheguei a desmamar uma vez, mas tive uma recorrência. Meu médico, então, me receitou venlafaxina, mas tive intolerância e acabei piorando e tendo que voltar ao escitalopram. Entretanto, no início deste ano o remédio parou de fazer efeito e acabei tendo outra recorrência com crises de ansiedade acompanhadas de depressão. Isso foi parte por meu medo de mudar e parte por levar um tempo até entender o que estava se passando. Acabou levando uns dois ou três meses para começar a melhorar. Hoje estou com duloxetina e bupropiona, sentindo-me muito bem.

    Depois que os sintomas foram remitidos, pude ver, através da psicoterapia, quanto peso eu ainda estava carregando… Várias vezes eu me lembrava de você, Lu, dizendo que temos que levar a vida com leveza! E acho que esta última crise veio para me ensinar justamente isso. Hoje eu já consigo abrir mão da minha ilusão de que tenho que controlar o futuro. E estou aprendendo também a me ver com outros olhos… Estou aprendendo a reconhecer e valorizar minhas qualidades e a acolher meus defeitos. Estou finalmente entendendo que todos somos seres humanos e que só o que temos é o presente, o que já é muita coisa!

    Minha querida Lu, eu quero lhe agradecer imensamente pelo seu carinho e dedicação! Seu apoio foi extremamente importante para me ajudar a suportar os sintomas de minha última crise! Voltei completamente ao normal, graças a Deus! E sou grata a Ele também por ter me mostrado este blog, onde você se doa de modo tão lindo! Você e as outras pessoas que também dividem suas experiências por aqui me ajudaram a ser POP!

    Muito obrigada, Lu, que Deus a abençoe!

    Abraços,

    Leila

    1. LuDiasBH Autor do post

      Leila

      Sinto-me muito feliz ao saber que se sente ótima, depois de vencer tantos desafios. Sei que não foram poucos os transtornos pelos quais passou, mas guerreira como é, seguiu em frente e hoje colhe os frutos de ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Amiguinha, suas palavras me fazem compreender que este espaço é realmente muito importante para os que o buscam, cabendo a mim compreender e ajudar aqueles que aqui chegam, muito deles totalmente perdidos, ainda que eu só possa fazer uso da palavra. Pessoas generosas como você aqui vêm para trazer palavras de força e estímulo aos companheiros e companheiras. Não mais me encontro sozinha nesta caminhada, mas rodeada por uma família imensa em que todos se ajudam. Encanta-me o grande elo que se forma e une-nos, uns dando força aos outros. Os comentários multiplicam-se cada vez mais e, em razão disso, preciso da ajuda de todos vocês. Gosto muito do intercâmbio que está acontecendo entre vocês, o que transforma este espaço num fórum de debates.

      Leila, acabei de criar uma nova categoria: DEPOIMENTOS/SAÚDE MENTAL que vem sendo muito acessada. O resultado tem sido maravilhoso. Agora mesmo li seu comentário, muito interessante e oportuno, sobre gravidez e antidepressivos. É muito bom ver cada um expondo suas próprias experiências. Aproveito para agradecer suas palavras carinhosas que me deixaram muito comovida. É tão bom saber que tenho feito bem aos que aqui chegam!

      Obrigada, minha amiguinha!

      Lu

  28. LuDiasBH Autor do post

    Caros amigos e amigas

    Tem sido muito comum algumas pessoas não se darem bem com um determinado antidepressivo, mudando para outro. Muitas vezes ficam com o medicamento numa gaveta, sem saber o que fazer com ele. Resolvi pedir-lhes que, quando tiverem uma caixa de antidepressivo em casa e do qual não mais farão uso, falem comigo sobre isso (via e-mail), pois temos muitas pessoas com reais necessidades desses, pois ora elas se encontram desempregadas. Como sabemos, esses remédios são bem caros. Conto com a ajuda de todos, quando possível for.

    Abraços,

    Lu

    1. Vania

      Olá, Lu,
      esse meio de comunicação foi ótimo para mim, pois eu o leio todos os dias e me ergui com a ajuda de Deus e de seus comentários, mas outro dia eu passo para dar o meu relato. Eu tenho fluoxetina de 20mg. Como fazer para lhe enviar?

      Forte abraço.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Vânia

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se como parte da família.

        É muito bom saber que este cantinho tem ajudado você, minha querida. Vou lhe enviar o meu endereço via e-mail. Aproveito para pedir a quem está (realmente) necessitando de fluoxetina que entre em contato comigo, pois assim que receber o medicamento da Ângela, eu passo para o interessado, que deverá me enviar uma cópia da receita via e-mail. (pode ser antiga).

        Abraços,

        Lu

  29. Raquel Santos

    Oi, Lu!

    Hoje completo 53 dias tomando oxalato de escitalopram 20 mg, sinto me realmente bem, porém como tomo o esc às 9h da manhã, quando se aproxima a hora do almoço sinto uma leve dor de cabeça e à noitinha às vezes ela retorna. Não chega a me incomodar, nem me impossibilitar de fazer alguma coisa. Gostaria de saber se é nornal nessa fase do tratamento. Tenho consulta com psiquiatria daqui a um mês. Estou vivendo muito bem, gostaria de sua opinião em relação a isso.

    Obrigada por este espaço maravilhoso no qual nos sentimos acolhidos.

    Abraços a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      É muito bom saber que você tem se sentido bem com o medicamento. Em razão de estar tomando o antidepressivo há quase dois meses, não acho que sua dorzinha de cabeça esteja ligado a ele. Você não me disse se ela acontece desde o início do tratemento ou se apareceu recentemente. Seria necessária tal informação. Pode se tratar meramente de algo psicológico, ou uma reação ao tempo, tpm ou até mesmo da visão. Quando retornar ao seu médico converse com ele sobre o assunto. Estive por alguns dias com dor de cabeça, ainda que leve, para descobrir depois que se tratava da mudança de lentes dos óculos.

      Abraços,

      Lu

      1. Raquel Santos

        Obrigada, Lu!

        Aconteceu isso só depois que iniciei o tratamento. Estou atenta para verificar se é na TPM, ou quando não durmo bem, enfim se tem algum fator diferente pra isso ocorrer. Os óculos estou trocando nesses dias. De qualquer forma vou relatar ao psiquiatra. Mas frisando, estou muito bem e este cantinho foi muito importante para minha melhora.

        Obrigada!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Raquel

          É necessário que você observe com atenção para detectar quando isso ocorre, a fim de repassar ao psiquiatra com a maior fidelidade possível. Espero que o nosso cantinho continue ajudando as pessoas que aqui chegam. Conto também com a presença de vocês, pois somos uma família.

          Abraços,

          Lu

  30. Elaine

    Lu

    Acho incrível como seu blog tem o poder de me acalmar,leio e releio todos os comentários quase todos os dias. Quando começo a sentir uma crise eu me deito e começo a ler o relato das outras pessoas que passam pelo mesmo que eu. Imediatamente começo a me acalmar. Estou a duas semanas em tratamento com o oxalato de escitalopram.Confesso que no início foi fácil, senti enjoo mas foram suportáveis, mas no primeiro dia em que tomei 10mg achei que não ia aguentar, tive uma crise muito forte, mas graças a Deus passou rápido.

    Esta semana tive meu melhor dia em 3 meses e meio. Na segunda-feira consegui dar uma faxina em casa e não senti nada, parecia que eu nunca tinha estado doente, mas a alegria durou pouco, na terça já acordei ansiosa com o coração acelerado e de lá pra cá venho me sentindo mal. Ontem quase não consegui sair do sofá de tanta fraqueza e dor no peito, aquela sensação de nó na garganta. Só melhorei à tarde depois de passar pela psicóloga, pois tinha consulta agendada. Hoje é sexta, acordei com os mesmo sintomas, mas tenho notado melhoras apesar de tudo. As crises que eram frequentes e várias vezes ao dia diminuíram muito. Antes levavam até 20 minutos, mas hoje levam no máximo 8, tenho fé que vou melhorar muito mais.

    Este blog me ajuda demais, toda vez que tenho um sintoma que me assusta, leio os relatos e vejo que outras pessoas já passaram pelo mesmo e consigo me acalmar, ao ver que existem mais pessoas que me entendem. Isso me faz ter mais segurança e me ajuda a me sentir muito melhor. Ser Pop é fundamental para que tudo comece a tomar seu rumo, aprendi isso por aqui. Ainda estou no início do tratamento, sei que ainda muitas crises virão até que o remédio faça seu efeito total, mas o importante é não desistir e continuar na luta, pois uma hora tudo isso será passado.

    Obrigada, Lu, por essa ideia e por ser uma pessoa abençoada que nos ajuda e nos enche de esperança numa vida melhor, que Deus esteja contigo, abraço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Elaine

      Sempre que a dosagem do antidepressivo é ajustada, os efeitos adversos dão a cara, mas isso por um tempo passageiro. A cada nova mudança o organismo passa por uma readaptação, portanto, tais crises estão dentro da normalidade. Apesar de ainda se encontrar no início do tratamento, é bom perceber já há melhorias no seu quadro. Agora, amiguinha, é ter paciência e seguir em frente. Pude perceber que é uma grande guerreira POP. Parabéns pelo modo como está aceitando e levando seu tratamento adiante, servindo de exemplo para todos nós. Sinto-me orgulhosa de você.

      Eu realmente não imaginava que fosse ajudar as pessoas neste campo. Foi para mim uma grande surpresa ver o número de comentários no primeiro texto que fiz a respeito de transtornos mentais. Daí para a frente a nossa família só tem aumentado. Sinto-me realmente recompensada, principalmente ao receber comentários carinhosos como o seu. Muito obrigada por sua generosidade.

      Beijos,

      Lu

  31. Alexandre Nunes

    Lu
    Tive a primeira crise de pânico aos 24 anos, mas durante a adolescência tinha um pouco de fobia social, que apesar de não impedir a vida normal, atrapalhava.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alexandre

      Seu comentário foi para a categoria de DEPOIMENTOS. Será publicado após a meia-noite. Eu o responderei lá.

      Abraços,

      Lu

  32. Edilma Silva

    LU,
    estou há um ano fazendo tratamento com escitalopram de 10 mg. O médico começou a fazer o desmame, passou pra sete mg e em novembro começo a tomar cinco mg e em dezembro serão dias alternados. Eu estou enjoada como ficava no começo, será que pode ser por conta da diminuição do remédio? Eu tenho TAG, será que por não ser um transtorno tão grave como a depressão, eu corro o risco de ter recaídas? Tenho medo de voltar a sentir o que sentia, e ter que começar o tratamento todo de novo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edilma

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, presumo que tais sintomas sejam efeito da diminuição do medicamento. Talvez não seja a hora de parar com o antidepressivo. Repasse ao seu psiquiatra o que começou a sentir, para que ele possa avaliar o seu caso. O Transtorno da Ansiedade Generalizada (TAG) é muitas vezes mais doloroso do que a depressão, pois a ansiedade pode atingir níveis alarmantes, levando a pessoa a ter severas crises de pânico. Mas não se preocupe, pois tudo será resolvido. Continue em contato conosco.

      Abraços,

      Lu

  33. Ana Luiza

    Olá Lu e todos os presentes no grupo,

    É muito bom encontrar um lugar onde podemos trocar nossas experiências, estou muito feliz de poder escrever aqui.

    Estou tomando o oxalato de escitalopram há 4 dias para tratamento da síndrome do pânico que estava me afetando há 20 dias, todos os dias era um pesadelo. Acontece que nesses 4 dias iniciais de tratamento tenho sentido alguns efeitos colaterais como tremor, sensações de estar alerta e hiperatividade, muitos bocejos, um pouco de tontura e alguns formigamento e dormência nas mãos e pés (essas demências são menos frequentes que os outros sintomas). Estou ficando preocupada e quero saber se alguém aqui teve algo parecido.

    Parabéns pela iniciativa Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Luiza

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, os sintomas relacionados por você dizem respeito à fase inicial do tratamento. Ao ler os comentários poderá observar que todos (ou quase todos) passam (ou passaram) por eles. Vou lhe enviar alguns links que poderão ajudá-la a entender melhor o processo. Não se assuste, logo tudo isso terá desaparecido. Normalmente os efeitos adversos duram cerca de três semanas. Não pare seu tratamento sem o parecer médico. Continue em contato conosco.

      Abraços,

      Lu

      1. Ana Luiza

        Lu, muito obrigada!
        Sua resposta me consolou muito e me deixou muito mais tranquila. Seguirei com o tratamento com certeza! Muito obrigada pelos links, darei uma olhada lá!

        Gratidão!

    2. Elaine

      Ana Luiza,
      realmente ficamos preocupados diante das coisas que não conhecemos, também tenho síndrome do pânico. Na segunda semana de uso do medicamento, ao passar para 10 mg, senti tudo isso que você relatou. Não é fácil, mas vai passar. Se você ler os outros comentários vai ver que muitos passam por esses efeitos adversos, mas todos relatam melhoras depois de um tempo. Seja firme, pois creio que logo voltaremos aqui para contar o quanto estamos bem.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Elaine

        Você é muito fofa! Fiquei emocionada ao vê-la estimular a Ana Luiza. Faça isso, amiguinha. Nossa família precisa de muito estímulo e amor, pois muitos de seus membros não são compreendidos em casa. Precisamos dar-lhes colo aqui.

        Beijos,

        Lu

  34. Patricia

    Lu
    Há 1 ano e quatro meses tomo o escitalopram de 10 mg. O psiquiatra que me acompanha já tentou tirar duas vezes o antidepressivo, mas sempre voltam meus problemas. Estou com muito medo de ter quer tomar para sempre. Minha consulta é para o dia 16 do próximo mês. E voltou o nervosismo. E essas duas tentativas eu passo 2 meses tomando dias alternados e quando é para parar sinto enxaqueca forte e volta tudo de novo. Ajude-me!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Patrícia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, você não deveria se preocupar com o tempo que terá que tomar o medicamento, mas sim com a melhoria de sua saúde. Se as crises estão voltando ao tentar parar a medicação, significa que precisa usá-la por mais tempo. Não existem pessoas que tomam medicamentos para diabetes, coração e hipertensão para sempre? Qual é o problema de tomar o antidepressivo? Não pense nisso, mas apenas na sua qualidade de vida. Viva apenas um dia de cada vez, pois essa sua preocupação só faz aumentar seu nervosismo. Procure também fazer uso de chás calmantes (camomila, melissa, hibisco…). Continue nos dando notícias.

      Abraços,

      Lu

      1. Simone Brito

        Lu!
        Estou exatamente há 1 ano e 1 mês tomando Exodus (Oxalato de Escitalopram), quero que saiba que você foi uma grande amiga durante o início do tratamento.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Simone

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinha, já li o seu comentário e também o coloquei na categoria de DEPOIMENTOS. Assim que eu o publicar, responderei seus questionamentos.

          Beijos,

          Lu

  35. Claudia

    Olá, Lu!

    Sempre estou navegando na internet em busca de novas informações sobre problemas mentais… E acabei entrando nesta página de depoimentos e comentários de pessoas comm o mesmo problema que eu, achei muito interessante esta troca de informações e o seu apoio e carinho que dá a cada um.

    Sou uma pessoa muito insegura e medrosa, relutei muito antes de fazer uso com antidepressivos. Atualmente tenho 46 anos e tive minha primeira Síndrome do Pânico com 18 anos, desde então minha vida nunca mais foi a mesma. Sofri muito, pois na êpoca não era conhecido esse tipo de transtorno e não tive apoio. Comecei a fazer uso de medicamentos há 10 anos atrás, já tive melhora bem significativa, também tive crises, altos e baixos. Estou sem trabalhar há 3 anos e senti uma piora neste último ano, não sei se os medicamentos não estão mais fazendo efeito. Tomo Sertralina 50 mg ao dia e Donaren Retard 150 mg 1/3 ao dia. Tenho tido muita diarreia e acordo com dor de barriga e com medo de tudo, qualquer ruído me assusta até se meu marido tosse do meu lado sinto um susto e dor na boca do estômago. Gostaria de uma palavra de consolo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cláudia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, não é fácil ter vivenciado a Síndrome do Pânico ainda tão jovem. Compreendo perfeitamente tudo que viveu, pois a minha SP também teve início na adolescência, sendo eu ainda mais nova do que você. E para complicar venho de uma família de depressivos crônicos pelo lado materno, começando pela minha bisavó (de quem me lembro), avó, mãe, tias, primos… Contudo, desde jovenzinha aprendi a olhar os fatos sobre variados prismas. E foi assim que compreendi que, como parte do corpo, o cérebro também adoece, e que existem doenças imensamente piores do que a minha. Teria apenas que aprender a conviver com o mau funcionamento dos meus neurônios da melhor maneira possível. Venho passando por inúmeros antidepressivos, pois, com o tempo, o organismo vai se acostumando com o medicamento e deixando de fazer efeito. Confesso-lhe que tenho uma vida tranquila, sendo muito produtiva.

      Cláudia, é uma pena que tenha sofrido tanto antes de procurar ajuda médica. Com o aumento dos transtornos mentais em todo o mundo, a Ciência vem dedicando uma especial atenção ao tratamento desses. A sua piora pode estar relacionada a uma dosagem baixa ou à não reação de seu organismo ao atual medicamento. Pode ser que ele tenha se acostumado com o mesmo. Está ha hora de voltar ao psiquiatra para uma nova avaliação. Não postergue isso, pois não vale a pena ficar sofrendo quando existe uma saída. Não deixe de levar por escrito os sintomas que vem sentindo: diarreia, dor de barriga, medo exagerado, dor no estômago…

      Amiguinha, assim que for revista sua medicação tudo isso irá passar, pois os antidepressivos foram criados para oferecer-nos melhor qualidade de vida. Se isso não está acontecendo, terá que voltar ao médico o mais rápido possível, para que não sofra desnecessariamante. Aguardo notícias suas. E saiba que não se encontra sozinha, podendo sempre contar conosco. Saiba que tudo isso passará e você terá de novo a sua vida prazerosa e produtiva de antes.

      Beijos,

      Lu

      1. Claudia

        Muito obrigada, Lu, por suas palavras e seu aconselhamento, vou consultar novamente a psiquiatra.

  36. Maria

    Lu
    Tomo escitalopram há mais de um ano. Nessa semana ocorreu problema na visão, pois o olho esquerdo parece ter um sol brilhante no canto e parece que fica faltando um cantinho pra completar o campo de visão. Leva uns 10 minutos e depois passa. Nesta semana nao tomei o remédio dois dias e me ocorreu isso logo depois que tomei o remédio. Hoje também tive uma crise de pânico que me estragou o dia. De repente fiquei meio tensa e não conseguia coordenar as palavras. As mãos ficaram trêmula,, os pés e mãos geladas, meio tonta e com taquicardia. Pensei que estava tendo um AVC, mas náo deixei de fazer o que estava fazendo. Nao consegui almoçar. Depois tomei um clonazepam de 0,25 mg e de tarde tomei o escitalopram. Acho que amanhã consultarem, mas os remédios também não têm me feito muito bem. Vou ver a dosagem, mas queria parar.

    Obrigada, meu anjo!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria

      Depois de um ano de escitalopram não é mais para você ter efeitos adversos, pois o organismo já se adaptou ao medicamento. Portanto, acredito que o problema de visão não esteja ligado ao medicamento. Aconselho-a a fazer uma visita ao oftalmologista. Vez ou outra vejo uns raios de luz, que desaparecem após alguns minutos, mas, segundo meu oftalmologista, trata-se de um problema ocular, ocasionado pelo deslocamento de um líquido… Quanto à crise de pânico, pode ser que o medicamento encontre-se com a dosagem baixa ou esteja ligada ao fato de você não estar fazendo uso corretamente do remédio. Você deve seguir a prescrição médica com rigor. E jamais pare sem o parecer médico, pois poderá ter crises seríssimas. Em relação a achar que estava tendo um AVC, é normal pensar assim. Mas não se preocupe, precisa apenas de um retorno ao psiquiatra. Não suma e traga-me notícias.

      Abraços,

      Lu

  37. Clayson

    Oi, pessoal!

    Encontro-me bem melhor. Queria saber se quem melhorou (saiu das crises) acordou sem crises e de repente não sentiu mais nada, ou havia (ou ainda há) dias em que ainda oscilava?

    Faz 50 dias que estou tratando com Escitalopram 20 mg, comecei a melhorar há 3 dias, mas nesses 3 dias estou oscilando entre totalmente bem, bem e um pouco inquieto, com um mal-estar chato, com ondas de calor e náuseas. Fora a insônia. A Lu já me falou que há organismos mais resistentes (já havia entendido que o meu era), mas quando vêm as crises, me bate aquela frustração e a dúvida se o remédio está de fato me melhorando ou se vai ficar nessa de momentos bons e ruins.
    Gostaria que me tirasse essa dúvida! Força para nós!

    Beijos e abraços!

    1. Raquel Santos

      Olá, Clayson,

      Faz 47 dias que estou tomando esc 20 mg, estou me sentindo muito bem, não tive mais nenhuma crise. Tomo o esc pela manhã, às vezes perto da hora do almoço, sinto apenas uma leve dor de cabeça e as mãos trêmulas, mais logo passa quando me alimento. Não sei se isso é por conta do remédio, antes não sentia nada. Mas no mais estou muito bem, penso que o pior ja passou. Não sei qual tempo necessário para o remédio atingir seu máximo no organismo, mas estou muito feliz com os resultados obtidos.

      Um abraço.

  38. Fran

    Lu
    Tenho TAG e tomo sertralina há mais de 3 anos. Comecei com 50 mg e faz um ano que tive que aumentar a dose para 100 mg. Perdi meu pai o ano passado.
    Mas já faz uns cinco meses que meus sintomas voltaram com tudo e o medo me domina. As palpitações e ansiedade incomodam demais. Parei de estudar e trabalhar,enfim

    Faz pouco mais de uma semana que fui a uma consulta e a médica me receitou reconter 10 mg, me orientou tomar as 100 mg de sertralina de manhã e 10 mg de reconter após o almoço. Depois de 10 dias deveria aumentar para 15 mg. Então hoje faz 10 dias. Nos 6 primeiros dias fiquei super tranquila, foi ótimo sendo que os três primeiros tomei como mandou a médica. Mas no 4º dia eu tomei somente 1 sertralina de 50 mg e continuei tomando o reconter de 10 mg. Mas faz 3 dias q sinto que estou mais ansiosa,corimidos de sertralina … Estou mto confusa… : (

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fran

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Depois de um tempo tomando determinado antidepressivo, o organismo tende a acostumar-se com ele. Esse tempo varia de um organismo para outro. A pessoa deverá, portanto, assim que sentir que os sintomas estão voltando, retornar ao psiquiatra, o mais depressa possível, para que faça uma nova avaliação. Ele poderá aumentar a dosagem do medicamento, ou receitar outro para ser tomado junto, ou mudar de substância, etc. Ao que me parece, você demorou para voltar ao médico, tendo sofrido cinco meses desnecessariamente. Se tivesse buscado ajuda médica não teria parado de estudar e trabalhar. Como meu transtorno mental é crônico, já passei por inúmeros antidepressivos. Assim que percebo que os sintomas se avizinham, logo busco o médico para uma nova avaliação. Não é preciso sofrer desnecessariamente, pois o mercado está cheio de bons remédios que têm por finalidade melhorar nossa qualidade de vida.

      Amiguinha, é necessário seguir rigorosamente a orientação médica. Nós não podemos intervir na dosagem do medicamento, pois não temos formação no assunto. Se você não tomar direitinho, conforme o que lhe foi prescrito, como a médica saberá se está dando bem ou não com a medicação? Saiba também que no início do tratamento, ou quando se muda a dosagem ou acrescenta um novo antidepressivo, os efeitos adversos aparecem, mas duram pouco tempo. Nessa fase, existem altos e baixos, mas é preciso passar por ela. É natural que se sinta mais ansiosa, confusa, medrosa… O importante é que mantenha contato com sua médica sempre que achar necessário. Procure ser POP (paciente, otimista e persistente). Tudo isso irá passar. Acredite! Mas tome direitinho os remédios. Continue em contato conosco.

      Abraços,

      Lu

  39. Pereira

    Lu

    Estou tomando escitalopram h 23 dias, e faz uns 8 dias que ele se estabilizou, só que estabilizou na ansiedade,´ que continua não dando trégua, desde a hora em que acordo até a hora de dormir. Antes oscilava, até com bons momentos, e isso estava me dando esperanças. Infelizmente, agora não oscila mais, é ansiedade que parece não ter fim. Relatei isso ao meu médico, e ele vai trocar de medicamento. Acho que meu organismo não está se adaptando ao escitalopram.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pereira

      É muito comum certos organismos não aceitarem essse ou aquele antidepressivo. Se você não está sentindo mais progresos, e se encontra pior, isto é um sinal de que deve fazer a mudança. Seu médico está correto. Não adianta ficar gastando com um medicamento que não está fazendo efeito. Muitos aqui já passaram por isso, tendo que fazer a mudança. Fique tranquilo, pois irá acertar num medicamento que irá dar bem com seu organismo. Estou torcendo por você. Confiança, meu amiguinho.

      Abraços,

      Lu

      1. Lana

        Lu

        Estou usando este espaço, pois não achei o link que citou no texto do Escitalopram. Estou tomando-o faz sete meses e agora voltaram alguns sintomas como friagem no corpo e coração acelerado. É normal ou será que tenho que aumentar a dosagem.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lana

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinha, se depois de sete meses começou a ter tais sintomas, significa que precisa retornar a seu médico para que ele avalie seu quadro. Pode ser que haja necessidade de aumentar a sua dosagem. Mas não faça isso por conta própria. Ouça primeiro a avaliação médica. Quanto a escrever neste texto, não há problema algum. Os outros foram fechados em razão do grande número de comentários, o que estava dificultando a abertura da postagem. Será sempre um prazer tê-la conosco.

          Um grande abraço,

          Lu

  40. Raquel Santos

    Lu e amiguinhos ,

    Hoje completo 41 dias tomando esc 20 mg, felizmente estou me sentindo muito bem. As crises passaram, estou retomando minha vida, olho pra trás e vejo o quanto foi difícil tudo, mas também olho pro presente e fico extremamente contente de me ver bem novamente. É muito difícil passar por isso, só quem vive pode saber, mas justamente por ser tão horrível me agarrei ao tratamento com pensamentos positivos sempre (no início é difícil), de que eu iria superar esse mal, com muita fé e ajuda das pessoas que me amam. Mas principalmente com minha vontade de viver.

    Amiguinhos, não desistam nunca do tratamento, pensem sempre positivo,,que podemos ficar bem, e é fato. Basta acreditar, ser otimista, ter paciência e não desistir, enfim sermos POPs.

    Um grande abraços a todos, em especial a você Lu, que não sabe o quanto foi e são importantes suas palavras, esse cantinho para nós. Continuarei sempre aparecendo pra compartilhar com todos o que estou passando.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Quelzinha

      Notícias maravilhosas… E não nos abandone, como faz a maioria, após entrar numa etapa positiva. O que você escreveu é de suma importância para os que ainda continuam em tratamento ou que irão recomeçá-lo.

      Beijos,

      Lu

  41. Clayson

    Lu
    Ontem e hoje eu tive crises de ansiedade bem mais toleráveis que as do início do tratamento. Agora sinto um pouco de inquietação e angústia, enjoo e muito suor.
    Decidi ligar para o psiquiatra e perguntar a opinião dele sobre o que estava acontecendo e se a dosagem do antidepressivo precisaria ser reavaliada. Ele disse que não e falou para eu voltar com o Alprazolam. Será que terei que procurar outro profissional?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Clayson

      Algumas pessoas possuem o organismo mais resistente ao antidepressivo, demandando mais tempo para obter toda a sua eficácia. Se ainda sente necessidade do Alprazolam, tome quando sentir que é necessário. Se quiser ir a outro psiquiatra, não há problema algum. É sempre bom ouvir uma segunda opinião.

      Abraços,

      Lu

      1. Clayson

        Lu e galera,

        eu entrei no tal do ciclo de ansiedade outra vez, pois tive uma crise mais forte dia desses e não consegui superar muito bem, devido ao quanto a gente fica sensível nesse estado. Hoje consegui lembrar que preciso parar de ficar prestando atenção e relutando contra o que sinto. O ato de não me julgar já faz eu me sentir BEM MELHOR. Não é fácil, porque surge de vez em quando um sentimento muito forte de insegurança, de ter crises e passar mal, mas preciso parar de querer controlar o que sinto e confiar ao máximo no psiquiatra e no tempo.

        Hoje desejo para nós coragem e força para prosseguir. Acreditem em mim: o fim do julgamento faz a gente se sentir melhor. Aceitem que possuem algo a ser tratado, aceitem o tratamento e tudo vai caminhar para o sucesso. Obrigado pela atenção, Lu!

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Clayson

          É exatamente isso o que deve ser feito. Não adianta ficar brigando consigo mesmo. Quando aceitamos os fatos, tornamo-nos mais tolerantes conosco e com os outros. E isso ajuda muito, pois desviamos nossa atenção e ajudamos nosso organismo a equilibrar-se. Você tocou num ponto muito importante. Se assim agir, verá que o tratamento se tornará bem mais fácil. Parabéns pela tomada de posição. Estou orgulhosa de você!

          Abraços,

          Lu

  42. Pereira

    Oi,Lu!

    Parabéns pelo site e pela atenção e carinho que você dedica as pessoas que passam por momentos difíceis no tratamento com antidepressivos.

    Eu tenho 60 anos, nunca tomei antidepressivos, tenho passado por crises de depressão desde a adolescência. Há dois meses atrás tive crise de pânico, resolvi procurar o psiquiatra. Depois dos vários problemas relatados a ele, me foi receitado lexapro gotas, sendo que tomaria uma gota no primeiro dia, duas no segundo, assim por diante até alcançar 20 gotas e terminar o frasco. Depois passei para o comprimido de 20 mg. Faz 18 dias que estou na dosagem de 20 mg. Na semana passada eu estava melhor, só que a partir do sábado, voltou a ansiedade mais forte, e ontem à noite, tive uma crise de pânico que durou uns 10 minutos. É comum essas oscilações, mesmo depois de 18 dias de uso? Tomo 0,5 de rivotril também, mas não muda muita coisa.

    Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pereira

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, é uma pena que não tenha começado o tratamento para transtornos mentais há mais tempo, pois assim teria sofrido muito menos. O mais importante, porém, é que resolveu buscar ajuda médica. Daqui para frente terá melhor qualidade de vida.

      Pereira, conforme tenho dito, os sintomas adversos são comuns no início do tratamento. A duração dos mesmos é variável, dependendo de cada organismo. Algumas pessoas levam três semanas e outras trinta dias… Você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, sendo, portanto, normal que ainda esteja tendo crises, vivenciando oscilações. Não se preocupe com isso. Apenas observe como são as crises (veja os links que lhe mandarei) e, em caso de necessidade, contate seu médico. Use o rivotril apenas nesta fase inicial, depois disso, tome-o apenas quando for necessário. Quanto às crises de pânico, não ofereça nenhuma resistência quando essas vierem. Deite-se e procure ficar calmo. Se possível, desvie sua atenção para coisas agradáveis. Seja POP (paciente, otimista e persistente). E venha sempre aqui relatar-nos como anda seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Pereira

        Lu
        Obrigado pelo apoio! Vou procurar ser mais POP. Qualquer alteração no meu tratamento, venho aqui relatar. Tomara que esta fase difícil passe logo.

  43. Alessandra

    Lu

    Sempre acompanhando o blog, e gosto muito.

    Vim para contar a besteria que cometi. Comecei o tratamento com o Escitalopram e fiquei ótima. Tive alguns efeitos no começo, mas logo passaram e segui a diante, foram dois meses interruptos e fiquei tão bem que achei estranho, estar bem, acredite! E parei de tomar bruscamente, achando que foi uma fase e não precisava mais. Uma semana depois tive crises horríveis, muito choro, nervosismo, medo, angústia, pensamentos conturbados, dores no corpo e só queria deitar. Percebi que cheguei no meu limite, e admiti definitivamente que preciso continuar o tratamento. Às vezes é difícil aceitar que tenho esses transtornos mentais, já que eu nunca utilizei remédios, e tenho medo de me tornar dependente. Gostaria de um conselho seu.

    Beijos em todos e fiquem com Deus.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alessandra

      Você realmente cometeu uma asneira. Venho alertando que não se pode parar o tratamento bruscamente, sem um parecer médico. O mínimo que leva o tratamento são seis meses. Aconselho-a a retomar o medicamento, conforme a prescrição médica que vinha seguindo. Após um tempo, volte ao psiquiatra para que ele avalie como se encontra. Quanto a necessitar do medicamento, não há anormalidade nisso. Se você tivesse hipertensão ou diabetes, não tomaria o remédio sem nenhum problema? Portanto não se deixe levar pelo preconceito e siga direitinho com a medicação prescrita.

      Beijos,

      Lu

    2. Josi

      Alessandra

      Aconteceu a mesma coisa comigo, com a diferença que, em 2 meses não me senti tão bem como você relata, mas achei que também poderia seguir sozinha.
      Voltei com meu tratamento. Eu comecei a sentir isso que você relatou, muita dor no corpo e irritação, minha vontade era também de só ficar deitada. Também comecei a chorar de forma descompensada.

      Alessandra,continue postando sobre seu tratamento. Seu comentário veio em um momento muito importante pra mim.

      Beijos

      1. Alessandra

        Oi, Josi!

        Amiga, infelizmente chegamos em um momento da vida que se torna impossível lutar sozinha. Cada um de nós possuímos uma história de vida, desde o ventre de nossa mãe até a vida adulta. Foram muitos acontecimentos em minha vida. Hoje tenho 38 anos, e quando me vejo lá no passado, percebo o quanto fui forte em lidar com esses transtornos sozinha, sem a compreensão de ninguém e muito menos eu conseguia entender. Definitivamente, eu vou continuar o tratamento o tempo que for necessário, não quero mais sofrer. E quando tiver necessidade de falar sobre o assunto, procuro o blog e pessoas que entendem o que é isso.

        Faz uma semana que voltei com o Esc, ainda me sinto um pouco aérea e um pouco angustiada, o choro passou e as dores no corpo também. Continue persistindo com o medicamento, vai dar certo! Com certeza, falarei sobre o meu tratamento e quando quiser pode me procurar, estamos juntas!

        Beijos no coração.

        Alessandra

        1. Josi

          Alessandra

          Muito obrigada por me responder. Engraçado, temos a mesma idade!

          Eu ainda não consegui me acertar direito com o medicamento, mas reconheço a necessidade do mesmo na minha vida. Graças a Deus fizeram um plano de saúde no meu trabalho e vou poder procurar um médico. Muito bom saber que você se sente melhor. Eu ainda não consegui acertar dosagem e horário, mas quem me tirou da deprê mesmo foram as 20 mg. Estou indo pra 3 meses. Eu também quando olho pra trás ainda lembro das sensações de dores emocionais sinistras. Que possamos manter nossa fé, determinação e atitude para ficarmos boas.

          Abraços

  44. Clayson

    Olá, gente!

    Andei sumido, pois estava melhor, mas ainda não totalmente bem, e decidi fazer atividades que me distraissem. Hoje faz 1 mês e 8 dias de tratamento com Exodus.
    Andei bem e controlado nesse tempo, com raríssimos sintomas de ansiedade e gradativamente melhor. Ando tendo algumas preocupações e hoje acordei com o antigo nó na garganta, sumido há alguns meses. Anoiteceu e o nó continuou aqui. Eu não sabia se tomava o Rivotril (indicado em caso de crise) e fiquei na minha. De repente, sentei no sofá e senti uma crise braba de ansiedade vindo. Quanto mais eu pensava no que estava sentindo, pior ficava. Pedi pra minha mãe pegar o Rivotril, tomei e fiquei tranquilo. É normal ter essa recaída depois de um mês e oito dias?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Clayson

      É preciso avaliar com seu médico se a dosagem não se encontra baixa, embora haja quem sinta crises até com três meses de uso do medicamento. O importante é que continua em tratamento.

      Abraços,

      Lu

  45. Raquel Santos

    Lu

    Hoje completo 30 dias tomando esc 20 mg. Ontem retornei a minha médica que achou que eu tive um retrocesso na melhora, comparado a 15 dias atrás, quando estive com ela, quis receitar me rivotril, mas pedi que aguardasse, pois tenho me sentindo bem melhor com o esc. Essa semana, em especial estou meio pra baixo, não sei ao certo o motivo. Talvez por saber que uma amiga está muito mal no hospital ou pela TPM. Minha médica ficou preocupada, me fez prometer que irei ao psicólogo. O que você acha, Lu? Eu, de fato me vejo melhor, não 100%, mas bem melhor, talvez não atinja os 100% por ser humana. Ainda estou insegura, é como a sensação de ter sofrido um assalto, vou demorar pra ter confiança novamente, mas creio que aos poucos passará e tudo ficará bem.

    Abraços a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      O que muita gente acha é que, ao tomar um antidepressivo passa a viver no paraíso. Não é bem assim. A pessoa continua humana, sujeita a altos e baixos, alegrias e tristezas, dias bons e outros nem tanto. O antidepressivo não mexe em nossas emoções, apenas leva-nos a ter uma estabilidade maior para lidar com elas. Se nelas mexesse, transformar-nos-íamos em robôs. Penso, portanto, que seu retrocesso deveu-se à sua preocupação com sua amiga e à sua TPM, o que é normalíssimo. Quanto ao psicólogo, acho que só lhe traria benefícios, se seus problemas fossem de origem traumática, ou seja, se você tivesse passado por um trauma, ou se vem tendo dificuldades no convívio com sua família ou no trabalho, mas quando ela é meramente química, o antidepressivo resolverá.

      Quel, o rivotril é um calmante que só deve ser tomado em períodos de crises, pois seu uso continuado traz problemas à saúde. Opte pelos calmantes fitoterápicos. É normal que ainda se sinta insegura, mas isso irá passar. Mas, se tal insegurança persistir em continuar, será preciso ver o que se esconde por trás dela. Nesse caso, seria necessário um tratamento psicoterápico, pois deixa de ser um problema meramente químico para transformar-se num problema psicológico. Avalie durante mais uma semana esse seu medo e sua insegurança, observe se estão aumentando ou diminuindo. Enquanto isso, converse consigo e mesma, sempre buscando racionalizar os problemas, olhando a vida sob um outro prisma e vivendo um dia de cada vez. No site existe uma categoria chamada ARTE DE VIVER, que traz artigos muito bons. Dê uma olhada.

      Abraços,

      Lu

      1. Raquel Santos

        Lu
        Muito obrigada! Suas palavras me acalmam muito, você é um anjo. Continuarei dando notícias.

        Beijos

  46. Ricardo Ribeiro

    Lu

    Já tomo o escitalopram há mais de 3 anos, no primeiro ano foi uma benção em minha vida, me proporcionando qualidade a vida que há muito eu não tinha. Com o passar dos anos fui obrigado, por questões financeiras, mudar o laboratório e passei a consumir o medicamento de melhor preço. Com o passar do tempo percebi que o medicamento já não me confortava mais como antes, mas não consegui fazer uma relação com a mudança de laboratório. Assim, estou precisando de uma orientação.
    1. Meu organismo pode estar acostumado com o escitalopram? 2. A mudança do laboratório pode ter influenciado nessa queda de eficiência? Nesse meio tempo, fiz uso algumas vezes de Clornazepam (rivotril), umas 10 vezes no último ano. Contudo, deixei de consumir, pois percebi que ele agravava meu estado depressivo.

    Desde já agradeço a atenção. Um abraço e Deus te abençoe sempre por ajudar tantas pessoas!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ricardo Ribeiro

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, com o tempo, nosso organismo acostuma-se com o antidepressivo usado, deixando esse de fazer efeito. Neste caso, ou se aumenta sua dosagem ou muda para outro com substância diferente. Quanto ao laboratório, não vejo diferença alguma de um para outro. Tomo antidepressivo desde a minha adolescência e nunca fui fiel a nenhum laboratório. Também sempre compro o mais barato. Na minha receita peço que ponham apenas “oxalato de escitalopram”. Portanto, que isso não seja motivo de sua preocupação. Pode ser que seu médico venha a aumentar a dosagem. Quanto ao rivotril, é muito bom que tenha controle absoluto de seu uso, pois, a longo tempo, ele causa danos à saúde. Opte pelos fitoterápicos, se necessário.

      Abraços,

      Lu

      1. Ricardo Ribeiro

        Lu

        Muito obrigado! Deus te abençoe muito por todo o apoio que tem nos oferecido!

        Abraços

        Ricardo

  47. Pri

    Lu

    Tenho doença de Crohn e faço tratamento há 10 anos com imunossupressores. Assim que descobri doença, tive depressão, fui tratada com fluoxetina e tive uma boa resposta. Hoje fui diagnosticada com TAG, estou tomando Escitalopram de 10 mg há 25 dias e zolpidem 10 mg. A ansiedade melhorou muito, assim como a insônia, mas a tristeza persiste e em alguns momentos tenho a perceção de ter aumentado. Semana que vem tenho consulta vou conversar com o médico. A Fluoxetina me trazia mais ânimo. Iniciei o Targifor para dar um levante no ânimo devido a prostração, me senti um pouco melhor. Uma certeza eu tenho, isso também vai passar. Força e fé.

    Adorei seu blog.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pri

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, existe uma infinidade de antidepressivos no mercado, com subistâncias ativas diferentes. Cada organismo reagem melhor com um ou outro tipo. Também tomei fluoxetina por muito tempo. Só mudei quando, depois de muito tempo, ela deixou de fazer efeito. Hoje tomo oxalato de escitalopram, com o qual me dou muito bem. Como você está a tomá-lo há 25 dias, espere mais cinco para ver se melhora. Talvez seja necessário aumentar a dosagem. Mas fique tranquila, pois logo tudo isso terá passado e o seu ânimo e alegria retornarão. Tudo é questão de tempo e paciência. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Coninue nos informando sobre como anda a sua saúde.

      Abraços,

      Lu

      1. Pri

        Lu
        Obrigada pelo retorno. Como a consulta é semana que vem, mudei o horário da medicação e estou me sentindo mais animada. Estava tomando o escitalopram no almoço e ficava prostada a tarde toda, agora toma às 17:00 e estou me sentindo bem melhor. O que você acha desse horário? A única certeza que tenho é que isso vai passar. Parabéns pelo seu canal. Amei.

        Beijos no coração.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Pri

          A mudança no horário da medicação deve ser feita com critério, ou seja, é preciso que falhe um dia para recomeçar no outro, para evitar uma super dosagem. Ainda bem que não lhe trouxe problemas. Se está se sentindo melhor com a mudança, é o que importa. E tudo irá passar de verdade.

          Beijos,

          Lu

  48. Elvira Mesmer

    Lu
    Eu estava tomando oxalato de escitalopram há 3 meses. No início, depois da segunda semana, estava começando a melhorar. Depois comecei a ficar bem irritada e nervosa, sem vontade de brincar com a minha filha e de fazer nada. Se alguem falasse comigo eu já respondia com patadas. Foi me indicado junto o diazepam, que tenho tomado pras crises de nervosismo, mas não estava mais adiantando.Teve dia que tomei 3 diazepans e nada. Ainda falta um mês pra voltar à psiquiatra, mas eu interrompi o uso do escitalopram e meu nervosismo passou.

    Não estou mais irritada com tudo, entretanto, eu tenho sentido os efeitos ruins voltando: pânico,coração acelerado, dissociação, dormência… Eu devo voltar a tomar ou espero pra ver se me é receitado outro (não m dei bem com sertralina)? Eram 10 mg por dia. Resumindo, durante 3 meses eu com essa raiva dentro de mim ou os ataques noturnos de pânico e medo irracional? Será que vou ter que escolher? Estou bem chateada com essa situação. Muito obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Elvira Mesmer

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos no início do tratamento, mas, quando isso extrapola o tempo necessário, faz-se necessário procurar o médico, para que ele faça uma avalição do medicamento usado. Algumas pessoas já acertam no primeiro remédio, outras passam por dois ou mais. Portanto, se não se sentiu bem com o oxalato de escitalopram é bem provável que seu médico irá receitar-lhe outro ou apenas faça uma mudança na dosagem. O que não pode é continuar com essa ceise nervosa.

      Elvira, você não deveria ter interrompido o uso do oxalato de escitalopram sem ordem médica, pois as crises tendem a voltar ainda mais fortes. Você deverá prosseguir com o tratamento até voltar ao médico, caso contrário poderá passar por crises terríveis. Penso que é preferível a raiva, pois essa você pode controlar, inclusive com meditação e orações, do que as crises de pânico. Não fique chateada, pois tudo passa. Logo o medicamento estará fazendo efeito total, e você se sentirá bem melhor. Tudo é questão de paciência. Seja POP (paciente, otimista e persitente).

      Abraços,

      Lu

      1. Elvira

        Lu
        Obrigada pela resposta!Faz umas 3 semanas que parei, ultimamente tenho ficado melhor. Eu não sou de fazer orações e não tenho tempo nem paciência de meditar.Eu tenho uma filha de 3 anos que é tudo pra mim. Eu não posso ficar nervosa assim, pois acabo descontando nela. Prefiro sofrer calada o meu pânico do que ficar essa pessoa insuportável que tenho sido.É uma crise nervosa muito intensa, como se tivesse de TPM por esses 3 meses. A minha médica disse que o diazepam pode afetar a memória, por isso pra não usar sempre. Mas é o que cura minhas crises. Maracugina por incrível que pareça, quando eu tomava todo dia certinho também curava. Mas ela é bem mais cara que o diazepam e tem q tomar 3x ao dia, ou seja, não há bolso pra bancar! Hahahah. Mas tenho ido bem sem nenhuma medicação esses dias.

        E MUITO obrigada pelo carinho.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Elvira

          Cada organismo possui uma resposta diferente, e ninguém, como você, para saber o que lhe vai melhor. Se tem forças suficientes para suportar as crises de pânico até retornar ao médico, não há problema algum. O importante é saber que elas importunam, mas não matam. Quando vierem, não ofereça resistência. Deite-se, respire fundo e aguarde que passem. Quanto às crenças ou à falta delas, cabe a cada um decidir. E não há porque dar satisfações a ninguém. Quanto ao preço dos fitoterápicos, esses são incrivelmente caros, quando deveriam ser bem mais baratos. Confesso que não consigo compreender tal absurdo. Vou lhe ensinar como fazer farinha de maracujá, que poderá ser usada como chá, no suco, nas vitaminas, na comida, etc.

          1. Lave bem o maracujá e seque antes de fazer uso da parte costumeira.
          2. Divida a casca em partes e deixe numa vasilha para secar (sem levar ao sol). Deixe sobre a geladeira, dentro de uma vasilha forrada e coberta com papel toalha.
          3. Quanto já tiver uma quantia boa de cascas, e essas já se encontrarem sequinhas, bata no liquidificador.
          4. Cesse numa peneirinha e guarde em vidro.
          5. A parte grossa que ficar sem passar pela peneira, poderá ser usada para chá.

          Beijos,

          Lu

  49. Raquel Santos

    Lu
    Irei aguardar mais uma semana. Penso que o convívio com colegas de trabalho pode me ajudar também. Enquanto o risco de perder o emprego, este não existe,pois sou funcionária pública efetiva,sou pedagoga em uma escola infantil. A licença saúde é um direito legal sem prejuizos futuros.

    Obrigada pelo carinho e palavras de incentivo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      A posição do efetivo é mesmo bem diferente, pois o Estado garante a licença saúde como um direito legal, mas nos outros empregos, mal a pessoa volta da licença e já é mandada embora. Veja o depoimento do Ivo, no texto postado hoje no site.

      Beijos,
      Lu

      1. Raquel Santos

        Lu
        Sei que essa estabilidade que tenho, infelizmente não acontece com todos, principalmente com a crise que enfrentamos atualmente no país. Apenas quis explicar que se ficasse mais um mês de licença saúde isso não seria prejudicial ao meu trabalho. Espero, sim, até fim do mês me encontrar bem para retornar ao trabalho, porque hoje ainda sinto me insegura, com medo que aconteça algo, mesmo vendo que estou melhorando. Depois de meses nessa angústia, fiquei muito reprimida, estou vivendo um dia de cada vez, buscando ser otimista, embora não seja fácil nesta fase. Mas, sei que tudo isso irá passar em breve, penso que o pior ja passou, agora serão só melhoras.

        Abraços a todos!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Raquel

          Você está correta, pois o pior já passou. Doravante os efeitos positivos do medicamento irão ser cada vez mais efetivos. Vejo que você é uma guerreirinha! Quanto à estabilidade, o ideal é que todos fossem. Daí a necessidade de todos lutarem para ter um trabalho efetivo, num país que judia tanto com o trabalhador, como o nosso. Se achar que não se encontra bem, tire mais uns dias de licença, mas não se esqueça que é preciso enfrentar o mundo lá fora. Não deixe que o medo conduza a sua vida.

          Abraços,

          Lu

  50. Antonio

    Lu

    Estou sempre acompanhado nosso cantinho.

    Estou tomando exodus 15 mg há 60 dias. Esta semana tive a 3ª recaída, que parece vir em média de 15 em 15 dias. Fico mesentindo angustiado com fobia, ansioso, não sei explicar, é uma sensação ruim que me deixa triste. Costuma ter este tipo de altos e baixos até estabilizar com uns 90 dias de tratamento? Trabalho num Banco, estou conseguindo ir, mas é uma sensação ruim quando tenho essas recaídas. É normal nesta altura do tratamento ter estes bons momentos e de repente ter uma recaída, mesmo que mais leve que as outras que já tive?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Antônio

      Depois de 60 dias não era mais para ter recaídas tão constantes. A minha dedução é que você ainda não chegou à dosagem ideal que é a de 20 mg. Portanto, recomendo-o a voltar a seu médico para que ele possa avaliar o seu quadro. Não é possível continuar convivendo com tais crises, mesmo tomando o antidepressivo, pois sua função é eliminá-las. Continue me dando notícias.

      Abraços,

      Lu

  51. Wederson Souza

    Lu

    Vou contar a minha história. Um dia comecei a sentir uma sensação horrível, falta de ar, meu peito apertado, uma sensação de tristeza… Corri para o hospital com medo de morrer, pois meu coração disparava. Conversando com um amigo, ele me disse que achava que eu estava com Síndrome do Pânico e depressão .

    Passei pelo psicólogo que me encaminhou para um psiquiatra que me prescreveu Scitalax 10 mg logo cedo e rivotril sublingual para as crises de pânico e rivotril 10 mg para dormir. Comecei a tomar, fiquei péssimo não saia de dentro de casa, ficava com medo de tudo, sentia falta de ar, com sensações horríveis na primeira semana. Na segunda semana foi a mesma coisa, mas na terceira já estava melhorando. Segui com o tratamento durante 3 meses, mas sempre tive crises de tosse. Fiquei melhor, tomei o remédio durante 5 meses. Depois comecei a tomar metade do sctalax durante 2 meses, depois parei. Isso em 2015.

    Hoje venho passando pelo mesmo problema devido à crise. Sou comerciante, tenho muitas responsabilidades em cima de mim, contas que atrasam… Está voltando tudo de novo: crises de pânic,o falta de ar, ansiedade, dor no peito,estou medindo a pressão toda, hora achando que está alta. Dê-me uma orientação, por favor. Você acha que eu deva voltar a tomar o remédio novamente? Espero uma orientação sua.

    Obrigado pela sua ajuda a todos nós, e que DEUS a abençoe sempre!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wenderson

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, os Transtornos Mentais costumam ser recorrentes, ou seja, somem por algum tempo e depois reaparecem. E a mim parece que este é o seu caso. Sempre que pressentir que eles estão voltando, busque ajuda médica imediatamente, pois quanto mais cedo as crises forem tratadas, menos você sofrerá, pois elas só tendem a aumentar, quando não medicadas. Portanto, procure um psiquiatra o mais rápido possível, para que ele avalie seu caso e prescreva-lhe a medicação correta. Não tome medicamentos sem passar pelo médico, primeiro.

      Wenderson, a crise em nosso país vem deixando muita gente doente, como poderá ver através dos comentários. Nunca tivemos governantes tão pilantras e corruptos. Enquanto eles embolsam as riquezas do país, nós, o povo, sofremos. Contudo, para nosso próprio bem, temos que aprender a conviver com este momento difícil. Sei que não tem sido fácil a vida dos comerciantes, pois tenho familiares neste ramo. Mas é preciso tomar medidas para que a saúde também não despenque. Pense que todos estão vivendo o mesmo que você, num sofrimento impensável. É preciso tocar o barco, apesar das agruras, e acreditar que tempos melhores virão. O antidepressivo irá ajudá-lo a passar por esta turbulência que ora vivemos. Não deixe de buscar ajuda médica.

      Aguardo notícias suas sobre a ida ao médico e sobre qual foi a medicação passada.

      1. Wederson Souza

        Lu
        Vou voltar ao meu psiquiatra para ele me avaliar novamente, mas, como você mesma falou, já trata seu transtorno com oxalato de escitalopram e dá muito bem, acredito que vou ter que tomar por mais tempo. Muito obrigado, e que DEUS a abençoe sempre e a todos nós.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Wederson

          O retorno ao médico, quando do início do tratamento, é muito bom, para que ele faça uma avaliação geral de como seu organisomo vem reagindo ao medicamento. Não se preocupe com o tempo que terá que fazer uso do remédio, o que importa é que esteja se dando bem. Depois nos conte como foi seu retorno ao psiquiatra.

          Abraços,

          Lu

  52. Ivo Ramalho

    Olá, Lu!

    Venho acompanhando seu blog há algumas semanas, descobri-o quando iniciei meu tratamento com o escitalopram, e ele só vem me ajudando. Ao ler e ver as dúvidas e as aflições que cada um passa, sinto-me menos sozinho com meus medos.

    Abraços!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ivo

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Seu ilustrativo comentário foi transformado numa postagem para que mais pessoas possam ter acesso a ele.

      Abraços,

      Lu

      1. Ivo Ramalho

        Lu e amigos

        Obrigado pelas boas vindas.
        Sim, já me sinto em família, e fico torcendo para que cada um se recupere logo. Muito bom pode ter dividido o que venho passando, traz força e coragem pra enfrentar ainda mais esta batalha diária que será vencida em breve.

        Abraços a todos!

  53. Raquel Santos

    Lu,

    Estou no 19º dia tomando esc 20 mg, tenho melhorado progressivamente, mas ainda sinto-me mal às vezes, parece que não sou deste mundo. Estou de licença do trabalho, ontem tive que ir lá assinar alguns documentos, fiquei muito receiosa ao chegar, comecei a suar muito, resolvi tudo e vim embora. Mas ainda me sinto insegura, triste às vezes, com medo, distante de tudo. Minha médica disse que se eu precisar, ela irá prorrogar minha licença por mais um mês, o que você acha? Falta menos de duas semanas pra eu voltar, sei que até lá posso melhorar e ter condição de trabalhar. Você acha que me fará bem voltar ao trabalho ou devo prorrogar a licença?

    Abraço a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      Você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, sob os efeitos adversos. Portanto, é normal que ainda continue se sentindo assim. E, como você mesma disse, vem melhorando progressivamente. Portanto, encha-se de otimismo e siga em frente, pois logo tudo isso terá ficado no passado. Quanto a mais um mês de licença, penso que não será necessário. Se gosta de seu trabalho, o contato com os colegas e amigos irá ajudá-la. Aguarde passar mais uma semana para tomar uma decisão, ainda mais se houver perigo de perder seu emprego, nesta crise em que vivemos. Releia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

      Abraços,

      Lu

  54. Neia Novais

    Boa-noite, pessoal!

    Depois de um tempo sumida desse cantinho maravilhoso, estou voltando. E voltei para dizer que nunca desistam de vocês, mantenha sempre o pensamento positivo, a fé, e a certeza de que tudo na vida passa. Até mesmo o medo, e as sensações ruins do início do tratamento com antidepressivos. Estava eu perdida, sem solução para minha vida, me sentindo no fim mesmo. E com um remédio pra tomar. Sem coragem alguma. Estava tão ruim que mal me levantava da cama para comer. Até que encontrei esse cantinho, a Lu perfeita em seus comentários, acolhedora, amável e firme nas coisas que diz.

    Li muitos comentários parecido com o que vivia. Então criei coragem e tomei o remédio. Foi horrível no início. Falta de ar, desânimo, fobia. Achava que não ia ter solução. Pensei em parar de tomar, porque nem fome eu sentia mais. Porém as coisas mudaram. Vocês não tem ideia de como estou hoje! Estou ótima! Só tenho que agradecer a Deus e a este cantinho.

    Queria pedir fé para quem hoje se encontra com medo de tomar antidepressivos, ou que está tomando e não está vendo melhora. Não desista. Posso garantir que melhora 100%. Pode ser que demore. Mas a vitória é certa. Fé em Deus e em vocês mesmo.

    Lu, um super beijo. Você já é especial, não só para mim, mas para todos que aqui já passaram um dia, nem que seja só para ler os comentários.

    Um beijo no coração de todos que acompanham este cantinho. E precisando de mim, pode me procurar. Muita luz e amor na vida de todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Neia

      Senti-me muito feliz ao ler o seu comentário. Parabéns, guerreinha, valeu a pena ter passado por tudo aquilo. Agradeço o seu carinho de vir aqui conversar conosco sobre sua incrível melhora. Você poderá continuar ajudando, sim, dando forças aos nossos novos companheirinhos. Não nos abandone!

      Beijos,

      Lu

  55. Zélia

    Lu
    Adorei este espaço. Sou nova neste assunto, pois minha filha foi diagnosticada com depressão, SP e ansiedade, faz uma semana. No primeiro dia do escitalopram ela sentiu formigamento no corpo, alucinações e crise de riso, além da insônia e dor de cabeça forte. Levei-a novamente ao médico que mandou continuar o remédio e receitou alprazolam. Ainda não continuei a medicação, pois tive muito medo. Vou retomar hoje, mas ainda estou apreensiva.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Zélia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos, mas que passam, normalmente, em até três semanas. Não se deve parar o medicamento sem o parecer médico, pois as crises, se não tratadas, tendem a ficar cada vez mais fortes. Retome a medicação imediatamente. Não é preciso ter medo. Quanto ao alprazolam, ele deve ser usado somente quando for necessário. Quando sua filha já se sentir melhor, retire-o, para que não venha a causar dependência. Vou lhe passar uns links para que tenha mais informações. Continue nos dando notícias.

      Abraços,

      Lu

  56. Ricardo Rocha

    Lu

    Hoje acordei e não me sentia bem, estava muito ansioso. Eu tomo sempre alprazolam de 0,5 mg à noite, e escitalopram de 10 mg de manhã.

    Hoje por volta das 13:30 pm resolvi tomar 0,5 de alprazolam como sos e fui me deitar. Passado alguns minutos, quando fui me virar na cama, o quarto começou a virar de cabeça para baixo. Eu fechei os olhos e parecia que estava caindo em um abismo, uma sensação horrível. Imediatamente chamei a minha esposa, que mediu a minha pressão, estava 14×9. Isso durou uns 2 minutos. Comecei a suar frio ao ponto de ficar molhado e sentir meu corpo gelado e as pernas travadas. O quarto parou de girar, e depois de uns 5 minutos aconteceu outra vez. Continuei deitado até minha sogra vir e me levar para o hospital, pois achei que ia infartar ou algo parecido.

    Confesso que estou lidando com isso há alguns meses, mais da forma que se manisfestou nunca tinha ocorrido. Chegando ao hospital, a minha pressão estava em 12×8. A médica me pediu um exame de urina que não deu nada. Agora estou em casa e com a cabeça um pouco dolorida e com medo de acontecer outra vez.

    Gostaria de saber se esse sintomas, como fosse uma labirintite é comum nos efeitos colaterais, já que estou tomando escitalopram há 25 dias.

    Obrigado por me ouvir. Abraço e fica com Deus!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ricardo

      As crises de pânico podem vir de inúmeras maneiras diferentes. Ao meu ver, você teve uma, hoje. Quando diz que já acordou muito ansioso, posso imaginar que estava propício a passar por uma dessas angustiantes crises. Portanto, fique tranquilo. Não há com que se preocupar. Como já sabe, elas nos maltratam, mas não matam, ainda que achemos que estamos tendo uma síncope.

      Como sabe, somente o antidepressivo pode contornar tais crises, realmente. Ao que me parece, depois de 25 dias tomando o oxalato de escitalopram, sua dosagem (10 mg) mostra-se insuficiente, ou seja, está baixa. Mas é bom esperar completar um mês, pois alguns organismos são muito resistentes ao medicamento, e, portanto, necessitam de um tempo maior para sentir os efeitos positivos. Se dentro de 30 dias não obtiver melhora, terá que voltar ao seu médico.

      Amiguinho, essas crises são mesmo violentas. Eu sei, pois já passei por muitas. Mas fique tranquilo, pois elas não tardarão a desaparecer. Procure não ter medo, quanto mais receio tiver, mais fortes elas se tornam. Quando acontecer uma crise de pânico, não ofereça resitência. Apenas se deite e respire fundo até que ela passe. A cabeça dolorida é resultado do que passou. Procure focar seu pensamanto em coisas agradáveis. Fique tranquilo, você teve apenas uma crise de pânico. Apenas isso! Acredite, tudo isso irá passar.

      Dê-me notícias suas, ainda hoje.

      Abraços,

      Lu

      1. Ricardo Rocha

        Lu

        Não tomei ontem a noite o alprazolam, a minha cabeça ficou cismada, pois depois que tomei ele que passei mal. Então tive uma noite péssima. Estou com a cabeça parecendo que estou na nuvens, e com uma queimação na barriga, meio constipado, daqui a pouco vou tomar o escitalopram. Estou sentindo meio gelado por dentro, essa sensação vai e volta. Nunca tive uma crise como tive ontem. O que me assustou mais foi que girou tudo e pareceu que eu estava afundando na cama, e comecei a suar muito frio e a boca ficou seca. Esses sintomas nunca apareceram com essa intensidade. Pode ser porque eu tomei o alprazolam pela primeira vez na parte do dia? Sei que tenho que ser forte. Vou sair dessa eu creio em nome de Jesus.
        Obrigado por tudo, Lu! Deus te abençoe!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo Rocha

          Você teve apenas um ataque de pânico, pois, como já lhe falei, tais ataques podem surgir de diferentes maneiras. Não tem nada a ver com o alprazolam que é apenas um tranquilizante, mas que não deve ser tomado por muito tempo. Você continua sentindo os transtornos adversos do antidepressivo, além do “medo do medo”. Releia o texto que escrevi sobre o assunto: SÍNDROME DO PÂNICO: O MEDO DO MEDO.

          Para ficar mais tranquilo, leia aqui sobre o alprazolam:
          https://www.tuasaude.com/alprazolam/

          Abraços,

          Lu

        2. Ricardo Rocha

          Lu
          Muito obrigado pelas suas respostas, estou me sentindo bem melhor, graças a Deus. Você tem me ajudado muito. Nesses ultimos dias estou com o estômago queimando muito. Eu posso tomar omeprazol com escitalopram?
          Obrigado! Deus te abençoe!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Você pode, sim, tomar o omeprazol. Mas evite fazer uso contínuo deste tipo de medicamento. Há, inclusive um artigo do Dr. Telmo, aqui no blog, sobre este assunto. Busque em VIDA SAUDÁVEL. Opte por chás caseiros (hortelã, erva-doce, capim-cidreita, melissa, camomila…), que além de mais baratos, não trazem efeitos adversos. Veja o que mudou em sua alimentação, que está fazendo seu estômago queimar.

          Abraços,

          Lu

        4. Ricardo Rocha

          Lu
          Seguindo o seu conselho, comecei a diminuir a dose do alprazolam. Eu estava tomando 1 mg à noite há uns 15 dias passei para 0,5 mg. E há 3 dias atrás passei para 0,25 mg. Estou me sentindo meio mal. Tenho pressão no rosto na altura do nariz, dor de cabeça e muito enjoo e tontura. Isso são os efeitos colaterais da retirada? Obrigado pela sua ajuda Lu!

        5. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Durante a fase inicial de seu tratamento você poderá fazer uso do alprazolam. O que se recomenda é que ele não deve ser tomado por um tempo muito grande, pois traz problemas à saúde, inclusive pode afetar a memória e levar à depressão. Há quanto tempo já fazia uso dele? Se há muito tempo, é normal que seu organismo ressinta com diminuição da dosagem. Continue com 0,25 mg por mais 15 dias. Você não sentia pressão no rosto, dor de cabeça e tontura antes? Quantas vezes fazia uso do alprazolam? Era só à noite? Continue fazendo uso dos chás (melissa, camomila, etc.).

          Abraços,

          Lu

        6. Ricardo Rocha

          Lu
          Eu tomo alprazolam há 1 ano. Tomo 1 vez por dia, sempre à noite antes de dormir.
          Obrigado!

          Ricardo

        7. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          A Valeriana é um ótimo fitoterápico. Conheço muitas pessoas que fazem uso dela. Faça uso dela e retire o alprazolam.

          Abraços,

          Lu

  57. Raquel Santos

    Lu
    Retornei a minha medica, após 14 dias tomando esc 20 mg. Ela percebeu uma melhora significativa em mim, e disse que irei melhorar ainda mais. Pediu para que eu faça atividades prazerosas, que cuide do meu “eu” para ajudar no tratamento e, assim, futuramente poder ir tirando a medicação. Enfim estou bem melhor, as reações adversas ainda existem, mas consigo suportá-las. Estou muito otimista em ter uma melhor qualidade de vida novamente.

    Adoro este espaço, seus comentários, pois isso nos ajuda muito no tratamento.

    Beijos a todos. Sejam POPs.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      Que bom receber notícias tão boas! E olhe que você ainda se encontra dentro das três semanas, após o aumento da dosagem para 20 mg. É claro que tende a melhorar cada vez mais. E sua autoestima voltará a ser como antes. Oferecer uma melhor qualidade de vida é o objetivo dos antidepressivos, daí a necessidade do tratamento. Estamos todos felizes com o seu progresso. Também adoramos a sua presença.

      Beijos,

      Lu

      1. Mauro

        Lu

        Estou totalmente perdido, pois estou tomando exudus há 46 dias, comecei com 10 mg e faz 10 dias a médica passou para 20. Ela falou que, se em 15 dias eu não me sentir melhor, irá aumentar pra 25 mg.

        Minha mulher hoje falou que eu estou muito triste. Será que esse remédio está me ajudando, pois faz 46 dias de tratamento? Parece que eu estou mais triste do que quando eu comecei. A dose máxima do remédio é até 20 mg. Você acha que eu devo questionar a médica antes de aumentar para 25 mg? Há 3 anos atrás, quando tive o primeiro episódio de depressão, cheguei à dose máxima de 20 ml, e também tomavam donaren à noite. Agora consigo dormir sem tomar nada, a não ser um fitoterápico. Da primeira vez eu estava bem ruim. Minha mulher e eu resolvemos passar 5 mês no Nordeste, inclusive ela me falou pra tirar uns dois meses no meu trabalho, e viajar pra ver se eu melhoro. Meu medo é porque tudo isso começou em maio, quando eu viajei pra o Nordeste e comprei um terreno. Fico com medo de piorar, até porque não é uma boa hora para me afastar do meu emprego. Mas acho que pela minha saúde tudo é válido, ou você acha se eu devo pedir à médica mudar para outro medicamento? A hora mais difícil e a parte da manhã. Eu realmente estou pensando em me afastar dois meses do meu trabalho e viajar, mais penso que uma viagem gera muitos gastos.

        Lu eu não sei o que fazer, me ajude, por favor!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mauro

          Respire fundo e acalme-se, pois para tudo há jeito. Vamos por etapa:

          1. Se você está doente, não será a viagem que irá melhorar sua saúde. Primeiro é preciso se tratar. Mudar de ares ajuda, sim, mas não é relevante, a menos que o seu problema fosse originado de um trauma (morte na família, separação, etc). Mas, como já teve depressão antes, a sua é recorrente como a minha, ou seja, desaparece e depois volta. Portanto, esqueça a viagem agora e procure resolver o problema de sua saúde.

          2. A menos que seja profissional liberal, não é mesmo uma boa hora para afastar-se do emprego. Problema maior é ficar desempregado nesta crise que vive o país. Nada de precipitação, que poderá aumentar a sua depressão ainda mais. Realmente os gastos serão muito grandes, agora. Aguarde suas férias, quando poderá viajar tranquilo ao lado de sua família. Sei que sua mulher quer ajudá-lo, mas não é uma boa hora, ainda mais que se trata onde mora atualmente.

          3. Se não está confiante em sua médica, parta para outro psiquiatra. É sempre bom obter a visão de outro profissional. Todos fazem isso. Não temos a obrigação de sermos fieis aos médicos, ainda mais quando não nos encontramos confiantes na dosagem da medicação.

          4. Se mudar de médico for difícil para você, tire todas as dúvidas com sua médica atual. Lembre-se de que médicos não são Deuses, portanto, sempre que tiver dúvidas, pergunte. É uma obrigação do médico responder às indagações do paciente. Nunca leve uma dúvida para casa, pois isso irá deixá-lo ainda mais preocupado. Para não se esquecer, leve as perguntas escritas num papel. Questione, sempre!

          5. Se começou com 20 mg há dez dias, significa que deverá contar a resposta de seu organismo a partir do dia do aumento da dosagem. Após três semanas de uso da nova dosagem, se não se sentir melhor, aí, sim, deverá retornar ao médico.

          6. Quando a dosagem é aumentada, os efeitos adversos costumam reaparecer, deixando a pessoa péssima. Pode ser esse o caso de sua tristeza. Nesta fase é preciso muita paciência. Se já se passaram 10 dias, aguarde mais duas semanas, prazo bom para avaliar como seu organismo está aceitando a nova dosagem.

          7. A parte da manhã é realmente a mais difícil para as pessoas que estão vivenciando uma depressão. Todas elas dizem isso. Sair da cama é duro. Saber que se tem um longo dia pela frente traz um grande desânimo. É assim mesmo. Mas, quando o antidepressivo fizer efeito, tudo isso passará.

          8. Estar dormindo bem já um grande passo, pois o sono é muito importante na sua recuperação.

          9. Parabéns pela compra do terreno no Nordeste. Amo essa região de nosso país.

          10. Seja otimista, tudo está caminhando para dar certo. Faça caminhada, caso não pratique nenhum outro exercício físico.

          Mauro, fique tranquilo. Tudo irá dar certo. E continue me dando notícias suas.

          Abraços,

          Lu

  58. Gleycia

    Lu

    Procurando sobre antidepressivos, encontrei seu site que me tem dado bastante informações, tanto os textos quanto os comentários.

    Iniciei meu tratamento com reconter 10 mg (uma dose ao dia). Faz 16 dias e hoje começo com o pamelor 25mg (uma dose à noite). A médica me receitou o pamelor ontem, pois ainda me sinto muito cansada e sem qualquer disposição. Ela disse que consiguirei ter um sono mais tranquilo, assim descansando mais. Nessas duas primeiras semanas me sinto menos deprimida, isso já é bom. Eu era muito ativa e hoje não tenho ânimo para nada, espero que passe logo. Confesso que estou morrendo de medo de tomar esses remédios, ainda mais agora com o pamelor, pois li sobre ele e não gostei nada das reações. Mas vamos tentar e seguir a orientação!

    Obrigada por esse cantinho e por nos ouvir!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Gleycia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, você ainda se encontra no início do tratamento, portanto, é normal que ainda sinta os transtornos adversos. Com o tempo, à medida que o antidepressivo for mostrando seus efeitos bons, tudo isso irá passando. O importante é que seja POP (paciente, otimista e persistente). Tenha a certeza de que não tardará a ter melhor qualidade de vida, e tudo terá valido a pena. Não tenha medo de tomar os medicamentos receitados. Não se deixe levar pelas bulas, obrigadas a relatar os casos mais esporádicos. Pelo que vejo, suas reações adversas têm sido bem moderadas, ao contrário do que acontece com muitas outras pessoas. Quando estiver bem, peça à sua médica para suspender o pamelor. Procure eliminar o “medo” de sua vida, pois ele, na maioria das vezes, só nos faz mal. Continue nos relatando como segue seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

  59. Priscila Campos

    Lu
    Estou no começo do tratamento com o escitalopram, 5 mg, na segunda semana de uso. Já tenho sentido melhora no meu quadro de crise de ansiedade e pânico, mas o que me incomoda mesmo é a reação que ainda estou tendo, como tontura, visão turva e tremor. A minha dúvida é se estas reações passam ou se podem se prolongar ao longo do tratamento?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Priscila Campos

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos no início do tratamento, ou seja, nas suas primeiras semanas, demorando, na maioria das vezes cerca de três a quatro semanas. Ainda que muitos deles sejam normais, o paciente deve sempre comunicá-los a seu médico. As reações que você está tendo irão passar, mas fale com seu médico sobre elas, principalmente sobre a visão turva. E jamais pare o tratamento sem o consentimento médico. Aguardo novas notícias suas.

      Abraços,

      Lu

  60. Ricardo Rocha

    Lu
    Sou novo por aqui. Acompanho o seu blog e os comentários que me ajudam muito.

    Há 6 meses comecei a passar mal, como se tivesse infartando. Fiz eletro e não deu nada, então o médico me receitou alprazolam de 1 mg para dormir e escitalopram de 10 mg, para tomar na parte da manhã. Quando comecei o tratamento, eu me dei muito bem com o alprazolam, pois comecei a dormir, mas o escitalopram me fez muito mal e então deixei de tomá-lo, continuando com o alprazolam que tomo até hoje.

    Há 21 dias resolvi começar o tratamento com o escitalopram, pois não consegui controlar a minha ansiedade, não podia nem pegar um veiculo ou ônibus, que me travava todos os músculos e tinha muito medo de infartar ou alguma coisa ruim acontecer. Já faz 21 dia que eu estou tomando, mas de uns 5 dias para cá comecei a sentir muitas dores no corpo, durmo e acordo todo dolorido, e estou muito ansioso. Gostaria de saber se eu posso tomar algum anti-inflamatório ou relaxante muscular? Leio nos comentários e vejo que existem várias pessoas que estão se dando muito bem com o escitalopram e eu gostaria muito de me livrar desse meu quadro. Sei que Deus está no controle de tudo e tenho fé que vou sair dessa.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ricardo Rocha

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, aconteceu consigo o contrário do que deveria ser, ou seja, ao invés de parar com o alprazolam e continuar com o oxalato de escitalopram, deu-se o inverso. Imagino que seu médico não estava ciente disso, agindo você por conta própria. O ansiolítico (alprazolam) só deve ser tomado na fase inicial do tratamento, depois disso, só deve ser usado quando for extremamente necessário. Não se pode fazer uso desse medicamento por um tempo muito grande. Além de levar o organismo à dependência, ele também traz outros efeitos ruins, inclusive compromete a memória. Assim que os bons efeitos do antidepressivo aparecerem, não tome mais o alprazolam. Guarde-o para quando for realmente necessário. Nâo faça uso contínuo.

      Ricardo, foi uma pena ter parado com o antidepressivo, chegando a crises ainda mais severas. O início é ruim para todo mundo, pois a pessoa fica pior do que antes de iniciar o tratamento, mas isso passa. Você se encontra com crises de pânico, que o levam a ter esse medo doentio e o travamento muscular. O uso do ansiolítico melhora mas apenas momentaneamente, sem agir sobre o transtorno. Somente o antidepressivo ajuda realmente. As dores no corpo estão dentro dos sintomas adversos do remédio, e que acontecem no início do tratamento. Não vejo problemas em tomar um relaxante muscular. Logo irão passar, pois você já está saindo do período turbulento. E fique tranquilo, pois logo estará bem. Não se esqueça de retirar o alprazolam.

      Abraços,

      Lu

      1. Ricardo Rocha

        Lu

        Obrigado, você me ajudou muito. Vou deixar de tomar o alprazolam sim. Posso deixar de vez ou tenho que fazer o desmame? Ultimamente estou tomando 0,5 mg à noite para dormir.

        Há um ano e meio atrás, a minha esposa teve uma trombose pós-parto, e ultimamente ela está meio deprimida e dormindo pouco. O escitalopram é contra indicado em caso de trombose?

        Agradeço muito a sua ajuda e que Deus abençoe a sua vida.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          A finalidade do alprazolam é ajudar a pessoa a sentir-se mais calma, ou a dormir, no início do tratamento. Se você ainda se encontra muito ansioso, deverá tomar por mais uns dias, até que os bons efeitos do antidepressivo apareçam. Mas, se já estiver melhor, poderá retirar o alprazolam, tomando-o apenas quando sentir muita necessidade. Quanto ao caso de sua esposa, é necessário que ela passe por um médico para que ele possa avaliar a intensidade de sua depressão. Pode se tratar apenas de um problema passageiro. Em hipótese alguma ela poderá tomar um antidepressivo sem passar por uma consulta médica, quando falará sobre sua trombose pós-parto. Enquanto isso, ela poderá tomar chás calmantes (camomila, melissa… E um copo de leite morno antes de deitar-se), 3x ao dia. Um banho morno também leva ao sono.

          Abraços,

          Lu

  61. Raquel Santos

    Lu
    Estou no 12° dia do esc. Nesses últimos dois dias senti me um pouco ansiosa, deprimida, insegura, mas penso que seja a medicação que ainda não estabilizou no meu organismo, e logo penso de maneira positiva. Confesso que pra todos que passamos por isso não é nada fácil ser forte nesse início de tratamento. Faço o possível e impossível para ser forte e positiva, e acho que estou me saindo muito bem. Até minha expressão melhorou.
    Esta semana terei retorno com minha mé dica,voltarei aqui para compartilha. Fiquem na paz.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      Você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, portanto, é normal que ainda sinta os efeitos adversos, que não tardarão a passar. É preciso ser POP para superar essa fase. E, pressinto que você é uma grande guerreira. Parabéns! Logo tudo isso terá ficado no passado e sua vida será imensamente melhor. Aguardo notícias de seu retorno.

      Abraços,

      Lu

  62. Paulo Ando

    Eu tomo Reconter 20 mg. Comecei o tratamento com 10 mg e depois de 15 dias o médico aumentou para 20 mg. Os efeitos colaterais ainda não desapareceram, como a insônia, o medo e etc. Meu problema parece TOC, eu quero que estes efeitos colaterais paradoxos desapareçam logo, conforme li na bula antiga. Emagreci mais de 5 kg neste período, será que o Reconter emagrece, tenho medo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paulo Ando

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, alguns organismos são mais resistentes ao medicamento, demandando mais tempo para que os bons efeitos apareçam. Como houve aumento na dosagem, procure contar três semanas a 30 dias para livrar-se dos transtornos adversos. Essa fase é realmente muito ruim, mas ela logo passará e terá valido a pena todo o sofrimento. O oxalato de escitalopram, no período inicial, tanto pode levar à insônia como ao excesso de sono, assim como ao excesso de apetite e à falta. Você se encontra entre os que perdem o apetite e passam a comer muito pouco, perdendo peso. Com o passar do tempo, o organismo irá recuperando o equilíbrio de antes, e você voltará ao seu peso normal. Entretanto, se estiver perdendo peso muito rapidamente, entre em contato com seu psiquiatra, que poderá mudar para outra substância ativa. Quanto à insônia, gostaria de saber a que horas toma o antidepressivo? Fique tranquilo quanto ao tratamento, pois tudo irá melhorar. Seja POP (paciente, otimista e persistente)

      Abraços,

      Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Paulo

          É que se fosse à noite, seu médico poderia mudar o horário para a manhã, a fim de diminuir a insônia. Não se preocupe, logo seur organismo recurpera a normalidade. Faça uso de chás calmantes (camomila, melissa, maracujá…) durante o dia e tome um copo de leite morno ao deitar-se.

          Abraços,

          Lu

  63. Leticia

    Lu
    Faz uns 40 dias que estou tomando reconter 12 gotas … Antes tomava 10 gotas, mas faz duas semanas que estou tomando 12 gotas. O problema é que faz quatro dias que comecei a sentir uma coceira constante e generalizada em todo o corpo! Será que eu sou alérgica a ele? Será que passa se eu continuar insistindo na reconter? Estou preocupada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Letícia

      Penso que a coceira não tem nada a ver com o medicamento, uma vez que o toma há quarenta dias. Se houvesse alguma alergia, ela teria aparecido no início, além disso, nunca ninguém apresentou esse tipo de transtorno aqui. Continue com o medicamento e faça uma consulta a um clínico geral ou contate seu psiquiatra. Analise o que comeu de diferente ou o uso de algum produto diferente (sabonete, xampu, creme corporal…)

      Abraços,

      Lu

  64. Rodrigo

    Olá, pessoal!

    Vendo os comentários é que a gente percebe o quanto cada corpo reage de uma forma diferente à ação dos medicamentos. Mas todos têm alguma coisa em comum.

    Sou novo nesta família, mas não com este problema, que é a ansiedade. Passei por muitos problemas a um tempo atrás, e não tive chão, diante de tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. O primeiro sinal da companheira de hoje foi uma taquicardia repentina. Resumindo, de cinco anos pra cá, venho convivendo com a ansiedade. Mas a aceitação para uso de medicamento contínuo, veio faz bem pouco tempo. Antes, só ia em neurologista, clínico, e sem muita sorte com os profissionais que me consultavam, foram me receitando Aprazolan ou rivotril. Cheguei a ficar um mês tomando rivotril de 0,5 mg, duas vezes ao dia, até que no fim do ano passado procurei um psiquiatra, que realmente me diagnosticou e me indicou o oxalato.

    Não é difícil a trajetória de quem passa por este tipo de problema. O fato de não aceitar ficar condicionado a um medicamento me fez desistir, dois meses depois de ter começado, e foi quando sugeri ao meu médico ficar só com o emergencial caso precisasse. Foram 8 meses vivendo altos e baixos, recorrendo às vezes ao Aprazolan. No mês passado voltei ao psiquiatra, e pedi pra tomar o escitalopram novamente. Ele me receitou, e estou fazendo uso corretamente faz cerca de um mês. Ainda sinto muita ansiedade. Não sei se é consequência do medicamento ou se do meu quadro, que pode ter se agravado. Como já tenho uma consulta de revisão marcada, só assim pra saber. Mas me identifiquei muito com o caso do Cleyson, quando ele fala da taquicardia, seguida de fraqueza nas pernas, e batimentos acelerados ao acordar. Ainda acontece comigo, mesmo após um mês de uso do oxalato. Mas tenho fé que isso tudo irá diminuir.

    Um abraço e boa sorte a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rodrigo

      Estamos todos torcendo por você. Os meses em que ficou sem o tratamento ampliaram seus problemas, pois o ansiolítico só tem efeito momentâneo. Mas não tardará a sentir os bons efeitos do medicamento. Continue POP! Não se preocupe com o tamanho do texto. Escreva sempre que quiser.

      Abraços,

      Lu

  65. Mauro

    Lu
    Estou tomando exudus há 40 dias. Comecei tomando 10 mg e agora, de 6 dias pra cá, estou com 20 mg, mas ainda estou muito triste. Será que o remédio está fazendo efeito?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mauro

      Comece a contar três semanas, mais ou menos, a partir do aumento da dosagem pra 20 mg. O remédio está fazendo efeito, sim, mas é preciso aguardar com paciência os resultados. Continue POP!

      Abraços,

      Lu

    2. Mauro

      Lu
      Muito obrigado pela resposta. Quando leio seus comentários fico mais tranquilo e esperançoso. Eu fiquei pensando sobre uma matéria que vi sobre o cloridrato de magnésio. Pesquisando no Google vi vários comentários de pessoas falando que estão bem melhor da depressão, fazendo uso desse cloridrato de magnésio. Você tem alguma informação sobre isso?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Mauro

        Eu já ouvi, sim, falar sobre o cloridrato de magnésio, mas, jamais faria uso de algo sem o parecer médico. Muitas coisas vistas na internet carecem de comprovação científica. Além do mais, também é preciso saber quais são os efeitos colaterais e se você pode tomar. Converse com seu médico a respeito.

        Abraços,

        Lu

  66. Sabrina

    Lu
    Não estou mais recebendo e-mails dos comentários do blog. Por que será? Eles fazem tanta falta, já faz um tempinho que não recebo nada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Sabrina
      O programa do meu site, como é pago, está sempre sendo atualizado pelos responsáveis, em busca de melhorias. E, muitas vezes, eles mudam algumas coisas. É isto que está acontecendo, tendo você que vir checar os comentários no texto. E isso é importante, pois aumenta os acessos do blog.

      Beijos,

      Lu

    2. Felipe Augusto

      Lu e leitores do Blog

      Fico entusiasmado de ver o pessoal que tem resposta rápida com o medicamento, porém não tenho esta sorte. Estou no 32° dia tomando a medicação e ainda não estou alegre e sorridente. Estou ainda com medo de algumas crises que parecem vir… Comecei com doses menores e hoje estou com 10 mg.

      Um bom final de semana a todos e vamos ter foco q as coisas irão melhorar. Obrigado pelo espaço.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Felipe

        Como você iniciou com uma dosagem muito baixa, aumentando-a progressivamente, é normal que ainda esteja passando pelos efeitos adversos. Toda vez que a dose é aumentada, o organismo ressente. Passe a analisar sua melhora a partir do primeiro dia que tomou 10 mg. Comece a contar três semanas a partir daí. Realmente é preciso continuar sendo POP.

        Abraços,

        Lu

  67. Raquel Santos

    Lu
    Como estou no oitavo dia tomando esc 20 mg pela manhã, felizmente já tive uma melhora. Já durmo melhor, a tristeza excessiva diminuiu, consigo conversar com meu esposo. Alguns sintomas ruins do remédio existem, sim, mas creio que, com o tempo, vão desaparecer. Hoje fiz caminhada e corrida por 1 hora, sozinha, por indicação da médica, que pediu que eu fizesse atividade física. Às vezes sinto um mal-estar,umas dores, mas penso que como não tenho nenhuma doença no corpo não morrerei e ignoro. Estou confiante em que tudo vai melhorar, tenho apenas 35 anos, quero viver a vida, ser feliz. Tenho mil razões para ser feliz e serei.

    Obrigada pela ajuda que nos dá neste espaço, Lu. É de grande importância para todos aqui. Àqueles que estão passando por isso também, digo que sejam fortes, persistam na medicação, com pensamento positivo de que logo irão melhorar. Em breve voltarei pra dar mais notícias.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      O seu organismo está reagindo muito bem ao medicamento, pois em apenas oito dias já está começando a sentir os bons resultados. Os transtornos adversos que ainda sente logo irão desaparecer, e você terá melhor qualidade de vida ao lado de seu esposo e demais. O exercício físico é muito bom. Continue, mas lembre-se de fazê-lo com moderação, para que o organismo também descanse. Segundo Dr. Telmo Diniz, médico que escreve aqui no site, em VIDA SAUDÁVEL, o excesso é tão ruim quanto a falta.

      Lindinha, percebo que você é uma pessoa POP (paciente, otimista e persistente), e isso é muito importante em qualquer tratamento. Pesquisas mostram que os otimistas obtêm resultados mais rápidos em tudo que fazem. Continue em contato conosco, pois pessoas como você são importantes na ajuda aos que estão iniciando a caminhada.

      Beijos,

      Lu

  68. Tayane Leone

    Oi, Lu!

    Esta é minha primeira vez aqui e me senti realmente em casa…

    Estou tomando escitalopram há uma semana, senti enjoos, cansaço, perda do apetite, ainda sinto um pouco os sintomas. O que me preocupou foi que vi na receita que não e é indicado o uso com topiramato, se não me engano… E eu ja usava égide (topiramato) como tratamento de enxaqueca e o torval, e relatei isso à psiquiatra, que incluiu o ESC e o frontal à noite. Sabe me informar sobre combinar escitalopram e topiramato ?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Tayane

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Os efeitos adversos levantados por você são normais no início do tratamento com antidepressivo. Não se preocupe! Vou lhe enviar o link de um texto para que saiba quando deverá procurar ajuda médica, caso sinta algo grave.

      Amiguinha, se repassou à psiquiatra o nome de todos os remédios que toma, não há com que se preocupar, pois ela jamais iria lhe indicar um medicamento, cuja interação com outro, trouxesse problemas à sua saúde. Mas, se ainda assim estiver se sentindo insegura, não tenha receio de conversar com ela sobre o assunto. Nos comentários aqui no site poderá ver que algumas pessoas fazem uso de medicamentos semelhantes.

      Beijos,

      Lu

  69. Milena Rodrigues

    Oi, Lu!
    Criei coragem e comecei a tomar o Escitalopram, na primeira noite passei muito mal, vomitei, muito enjoo e uma sensação de gelado no corpo todo. Eu realmente achei que não ia aguentar continuar. Hoje estou no terceiro dia de medicação, não tive mais essa sensação do corpo gelado, estou com um pouco de dificuldade para começar a dormir, meio aérea e os enjoos e a dor de cabeça continuam. Só tenho a agradecer a você e ao blog que me encorajaram a iniciar e a persistir, dando-me a certeza de que isso vai passar!

    Abraços.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Milena

      Parabéns, guerreirinha POP. Eu tinha a certeza de que, ao começar o tratamento, você não iria pará-lo, pois não é mulher de deixar as coisas pela metade. Chegar ao terceiro dia de medicação é um feito extraordinário, para quem estava tão receiosa. Quando tais transtornos passarem, irá ficar ótima. E verá que valeu a pena o sofrimento. A que horas você toma o medicamento? Acrescente ao seu dia três xícaras de chá (melissa, camomila ou erva-cidreita) e antes de dormir tome um copo de leite morno.

      Nada a agradecer, minha amiguinha, estamos todos juntos nesta caminhada.

      Beijos,

      Lu

  70. Clayson

    Lu
    Essa noite fiz todo meu ritualzinho antiansiedade: banho morno, chá e passiflora. Fiquei com sono e quando fui tentar dormir, minha ansiedade veio com tudo. Era (e ainda é) só fechar os olhos que começo a me sentir mal. Fico triste, pois até ontem eu estava melhorando, pois já completei duas semanas de tratamento hoje. Tomei umas gotas de Rivotril para dormir, adormeci um pouco, mas agora estou com sono e não consigo dormir.Eu já não sei o que fazer. Sinto receio de não dormir e de, quando anoitecer, ter problemas outra vez. Pelos comentários vi que nesse tempo de tratamento isso é comum, mas achei que iria apenas melhorar agora. O que faço, Lu?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Clayson

      Está lhe faltando uma palavrinha mágica: paciência. Como sabe, os efeitos adversos levam cerca de três semanas para dasaparecerem, sendo que algumas pessoas precisam de mais tempo. Deixe o seu organismo responder ao tratamento com tranquilidade. A única coisa que tem a fazer é ser POP (paciente, otimista e persistente). Se assim não agir, só aumentará o seu sofrimento. Quanto ao fato de perder o sono, não se preocupe em dormir. Ligue o celular numa estação de música e ponha-se a ouvi-las. Não lute, não ofereça resistência… Dance conforme a música. Esqueça dos problemas. Você já sabe que tais crises não matam ninguém. Se aprender a conviver com o inimigo, acabará por torná-lo fraco. E seja mais otimista, pois o otimismo ajuda o organismo a reagir com mais facilidade. Elimine a palavra “medo” de seu tratamento. Lembre-se também dos chás (camomila, melissa, erva-cidreira e do leite morno ao deitar-se). Força, irmãozinho!

      Abraços,

      Lu

  71. Raquel Santos

    Lu
    Comeci há 6 dias o tratamento com esc 20 mg, por conta de depressão. Confesso que tem sido difícil lidar com tudo,sinto que vou morrer,,tenho enjoo, sudorese, fadiga, cabeça aérea, insônia, falta de apetite, totalmente grogue. Espero que tudo isso passe e eu volte a viver, pois minha vida parou. Gostaria de saber se é normal acordar com dor de cabeça com a medicação. Sinto ela pesada ao acordar, um mal-estar tamanho que ameniza ao longo do dia.

    Obrigada por este espaço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se membro de nossa família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos na fase inicial, que irão passando aos poucos. Fique tranquila, pois tudo isso irá passar, possibilitando que volte a ter sua vida de antes. Os sintomas descritos por você fazem parte da fase inicial do tratamento. Aguente firme. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Vale a pena passar por tudo isso. A dor de cabeça faz parte dos transtornos adversos. Leia os comentários dos colegas, para compreender melhor. Saiba que não se encontra sozinha nesta caminhada. Conte conosco.

      Abraços,

      Lu

  72. Josi

    Lu
    Obrigada por todo o apoio dedicado a cada de um de nós através do seu site. Estou no 51° dia de escitalopram. E que Deus continue nos abençoando nesta caminhada!

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Josi

      Parabéns pela garra. Eu sei o quanto foi difícl para você chegar aqui.

      Abraços,

      Lu

      1. Josi

        Lu querida.

        Você tinha dito em um dos seus comentários que quando mudasse a dosagem a contagem também mudaria. No meu caso eu fiquei 40 dias tomando 20 mg e depois passei para 10 mg, e estou dando continuidade. Como faço minha contagem?

        Essa noite dormi sem tomar o alprazolam de novo.Sono pra começar a dormir eu tive, mas não para um sono reparador. Senti muita dor nas costas na região lombar, meu olfato ficou super apurado e tive dor de cabeça. Despertei às 4:00 da manhã e fui tentando dormir com muito mal estar. Quando foi as 10:00 da manhã eu acabei tomando 1 mg do alprazolam e dormi até 14:00 da tarde. Depois disso, os sintomas como a dor nas costas, dor de cabeça e o olfato apurado pararam. Como proceder, minha amiga? Sei que já me disse pra tomar o alprazolam só quando houver necessidade, mas como você vê a situação dentro do que relatei?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          Essa contagem é feita quando há aumento na dosagem. Certo? Quanto ao alprazolam, primeiro deve ir diminuindo a dosagem. A seguir, passe a tomá-lo somente quando for necessário. As primeiras noites sem ele serão bem difíceis, mas é preciso aguentá-las, até que o organismo reequilibre-se. Você não deveria ter tomado o ansiolítico após levantar-se. Terá que aguentar firme. Evite dormir de dia para não comprometer o sono da noite.

          Abraços,

          Lu

        2. Josi

          Lu!
          Vou fazer isso, ir diminuindo ele aos poucos, o alprazolam. Quanto à contagem do escitalopram, não entendi muito bem. No meu caso, como diminuí para 10 mg e não aumentei, continuo contando desde o primeiro dia, quando comecei com 20 mg? Hoje estou a 53 dias seguidos. Estou me considerando POP.
          Deus abençoe a todos!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          Você já saiu da fase inicial. Não é mais preciso contar. Quando for ao médico, ele verá se a dosagem de 10 mg é suficiente para você. Sinto que tem melhorado a cada dia. Parabéns, garota POP!

          Abraços,

          Lu

        4. Josi

          Lu
          Muito obrigada! Assim que eu conseguir ir ao médico, volto aqui pra deixar um novo comentário. Melhoras a todos é o que eu desejo!

      2. Antonio

        Lu

        Hoje faz uma semana que tive o problema com intoxicação alimentar, e no dia seguinte tive uma recaída. Como sabe, tomo 15 mg de exodus, e, como me disse, essa recaída deve se ao problema alimentar que tive e não ao fato de ter ficado um dia sem o medicamento. Hoje melhorei um pouco, mas ainda sinto algo esquisito, que não consigo explicar, como se fosse uma angústia e também inquietação, ansioso. Será que chegarei a ficar novamente como estava, muito bem e feliz?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Antônio

          É claro que voltará a ficar como antes, pois oferecer-nos melhor qualidade de vida é a função dos antidepressivos. Altos e baixos são comuns no início do tratamento. Trata-se da fase de adaptação do organismo a uma nova substância. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Releia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM para que veja quais sintomas são normais e quando deverá buscar ajuda médica. Amanhã você deverá se sentir melhor do que hoje, e assim progressivamente. Tudo é uma questão de tempo.

          Abraços,

          Lu

      3. Sabrina

        Oi, Lu!
        Eu estou firme com o escitalopram mas, infelizmente, não pude largar as gotinhas coadjuvantes de Rivotril. Não é sempre que preciso dele, mas não posso dispensá-lo. Fico triste por ainda precisar de ansiolítico, às vezes, mas ele me desacelera em momentos turbulentos.
        Obrigada pela atenção!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Sabrina

          Não há problemas em usar o rivotril uma vez ou outra. É importante tê-lo em casa para os momentos mais conturbados. O que não se deve fazer é o uso diário. Portanto, pode ficar tranquila. Faça uso também de chás (melissa, ibisco, erva-cidreira, camomila…).

          Abraços,

          Lu

      4. Mauro

        Lu
        Estou tomando exudus há 35 dias. Ontem voltei à médica e ela falou para eu aumentar pra 20 mg, aumentando a dose de 15 em 15 dias, até estabelecer uma dose certa para meu metabolismo responder, até porque já fiquei bom uma vez com esse medicamento. Será que está certo aumentar a dose de 15 em dias? Ela falou que há 3 anos atrás eu respondi bem com a dose de 20 mg. Até acho que estou um pouco melhor, mais quieto. Fico muito ruim na parte da manhã. Você acha que eu devo seguir a orientação da médica? Eu fico me perguntando se realmente esse remédio está fazendo ou vai fazer efeito.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mauro

          Como não existem exames que mostrem a reação do antidepressivo no organismo, os médicos trabalham com erros e acertos, com base nas queixas dos pacientes, tanto em relação ao medicamento usado quanto à dosagem. Sua médica está correta, sim, ao aumentar a dose. E está estipulando um prazo de 15 em 15 dias para que o organismo acostume-se sem muitos transtornos. Siga tudo direitinho e confie na orientação dela. Se você tomou, tempos atrás, 20 mg, e se deu bem, penso que uma quantidade inferior não teria resposta positiva de seu organismo. A parte da manhã é sempre o horário mais complicado para todos, mas, quando o medicamento desenvolver todo o seu potencial, isso também passará. Continue com os chás (camomila, ibisco, melissa e o leite morno ao deitar-se). Força, guerreirinho!

          Abraços,

          Lu

    2. Felipe Augusto

      Lu
      Recebi seu e-mail falando da mudança de página por conta do excesso de comentário.

      Estarei, sim, confiante que meu tratamento com Exodus vai me beneficiar. Alguns sintomas físicos estão mais amenos. Em quase um mês com o medicamento esperava estar melhor, mas vamos à luta, afinal o médico me passou doses gradativas, então deve demorar mais. Bom saber que não estamos sós nesses transtornos esquisitos, não imaginava que fossem tão comuns… Eu me lembro de estar no hospital, sem chão, achando que meu fim estava chegando e que não viveria mais um dia. Meses de luta comigo mesmo, que absurdo, nunca imaginei que muitos passassem por isso.
      Obrigado a você e a todos que aqui vêm.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Felipe

        Quase um terço da humanidade sofre hoje com transtornos mentais, fração que só faz crescer. Não, não nos encontramos sós. Quanto à melhora, você ainda se encontra na fase inicial, pois sua dosagem vem sendo acrescida. Fique tranquilo, pois os resultados não tardarão a aparecer.

        Abraços,

        Lu

  73. Angel

    Lu!

    Sou nova aqui e nova no tratamento com antidepressivos e ansiolíticos. Estou com medo! Tenho depressão e pânico.

    Passei pelo psiquiatra do CAPS, pois não tenho como pagar um particular. Ele me receitou Exodus 20 mg e Apraz 0,5 mg! Eu disse a ele que tinha medo de tomar remédio, se não tinha como iniciar com a dose mínima e ir aumentando, mas ele nem deu muito ouvidos :/ A questão é que estou com a medicação aqui e com medo de tomar. Pensei em cortar o Exodus ao meio e tomar por uma semana… O Apraz é só se houver crise. Me ajuda Lu, o que acha?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Angel

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, quem nunca tomou antidepressivos ou ansiolíticos é mais do que normal sentir tais medos. Infelizmente, a maioria dos médicos não tem “tempo” para conversar com os pacientes, tirando-lhes as dúvidas, levando-lhes segurança, pois, para eles “tempo é dinheiro”, e dinheiro move-lhes a vida, lamentavelmente. Saiba que, mesmo que o médico fosse particular, numa consulta de no máximo 15 minutos, não haveria muita diferença. Mas não se preocupe, nossa família é maravilhosa e iremos lhe dar todo o apoio possível.

      Angel, parabéns por ter buscado ajuda médica. Trata-se do passo mais importante para iniciar a caminhada rumo a uma vida com qualidade, pois ninguém é de ferro para conviver com ansiedade e síndrome do pânico, com tantos bons remédios no mercado. Não há razão para ter medo de tomar o antidepressivo. É fato que as semanas iniciais são bem chatinhas, mas nada que se iguale a uma crise de pânico, quando pensamos que estamos prestes a morrer. Tenho certeza de que tirará de letra o tratamento. Pois todos nós, portadores de transtornos mentais, temos que ser POPs (pacientes, otimistas e persistentes).

      O oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais usados,como poderá ver através dos comentários. Fique tranquila. Você falou na possibilidade de tomar apenas 10 mg do medicamento. Pode fazer isso, sim. Divida o comprimido ao meio e tome-o durante 15 dias. Veja como se sente. Saiba que sentirá alguns efeitos adversos, mas que passarão dentro de cerca de três semanas, variando de um organismo para outro. Vou lhe enviar um link para que saiba quais são. Outra coisa, poderá comprar o remédio pelo nome da substância principal (oxalato de escitalopram), procurando sempre o que estiver mais barato. O genérico é sempre mais em conta. Eu também faço uso dessa mesma subistância. Quanto ao Apraz, use apenas quando julgar necessário. E assim que passarem os efeitos ruins, ele poderá ser retirado.

      Anginha, continue em contato conosco. Não se sinta só! Estaremos sempre aqui.

      Abraços,

      Lu

      1. Angel

        Lu
        Obrigada! Você me deu forças e coragem para iniciar os medicamentos. Seu blog e o modo como você se importa com as pessoas que chegam aqui, é maravilhoso! Gratidão pela sua existência!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Angel

          Muito sucesso em seu tratamento. E não se esqueça que é preciso ser POP.

          Beijos,

          Lu

      2. Talita

        Lu
        Estou em tratamento com o medicamento Exedus, comecei com 5 mg, passei para 10 mg e melhorei um pouco com 15 mg, mas tive recaída. Ontem comecei o de 20 mg, mas estou sentindo muitoo enjoo. A médica falou que vai começar a fazer efeito daqui a 1 semana. É normal esse enjoo? Será que apresentarei melhora com Exedus de 20 mg?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Talita

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinha, preciso saber qual o seu transtorno e o quando iniciou o tratamento.

          Beijos,

          Lu

        2. Talita

          Lu, tenho transtorno de ansiedade e depressão. Comecei o tratamendo dia 19/07/2017, como havia lhe informado. Comecei com Exedus de 5 mg, dia 07/08/2017 passei para 10 mg e dia 23/08/2017 passei para 15 mg, estava me sentindo melhor, mas dia 29/08/2017 tive outra recaida e a médica me orientou a passar a tomar exedus de 20mg. Comecei dia 01/09, mas estou tendo um pouco de enjoo, é normal? Será que irei melhorar agora com essa dosagem? Está dificil aguentar esses sintomas 🙁

        3. LuDiasBH Autor do post

          Talita

          É normal que, ao aumentar a dosagem, a pessoa volte a sentir os efeitos adversos, embora mais fracos. O seu organismo terá que adaptar agora às 20 mg. Portanto, esse enjoo está dentro da normalidade. Fique tranquila, logo estará bem melhor, pois a função do antidepressivo é oferecer-nos qualidade de vida. Seja POP (paciente, otimista e persistente).

          Abraços,

          Lu

        4. Talita

          Lu
          Eu vejo os comentários e estou muito esperançosa. Estou faz 3 dias tomando o Exedus de 20 mg, e além dos enjoos estou me sentido estranha, como se estivesse dopada, e também inquieta e mais ansiosa. É normal ter esses sintomas e até quando isso vai durar isso?

        5. LuDiasBH Autor do post

          Talita

          A duração dos efeitosns adversos é muito relativa. Algumas pessoas sentem-nos apenas durante a primeira semana, outras durante três e algumas levam um mês para sair deles. Mas não se preocupe com isso, pois acabarão passando e terá valido a pena passar por tudo isso. Essa estranheza e inquietação são normais nessa fase. Leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, para que fique sabendo quais são tais efeitos ruins e quando deverá buscar ajuda médica.

          Abraços,

          Lu

    2. LuDiasBH Autor do post

      Angel

      Não poderia deixar de ficar perplexa com seu e-mail, nove meses depois, pedindo para eu tirar seu nome da minha listagem, como se me desconhecesse. Imagino que ainda esteja em tratamento. O meu trabalho continua sendo repleto de amor.

      Abraços,

      Lu

  74. Marcela

    Lu,
    Mais uma vez, gratidão! Tenho aprendido que o uso da medicação não é para anular os nossos sentidos. E sim apenas para tornar suportável os dias em que a tristeza profunda bate na nossa porta! Seguimos vivos! Que bom! Alegres, tristes… Amando, emocionando-se, decepcionando-se. Com toda a humanidade que vive em nós!

    Saudações fraternas!

    Marcela

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcela

      Os antidepressivos equilibram nossas emoções, para que possamos seguir em frente. O bom é que continuamos humanos!

      Abraços,

      Lu

  75. Ana Lúcia Ávila

    Lu,

    Eu me considero uma mulher guerreira e forte, e jamais pensei que tivesse que tomar este tipo de medicamento, principalmente porque a minha mãe toma-o a vida inteira, mas devido a minha ansiedade, comecei ontem e me sinto uma zumbi, dormi muito…

    Li vários comentários aqui e vi que é normal e isto me da força e coragem para continuar. Que Deus nos ajude a superar esta fase, pois eu trabalho com vendas e não posso de forma alguma ficar neste estado grogue. De qualquer maneira entrarei sempre neste site para verificar se o que eu sinto é normal.

    Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Lúcia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se família!

      Amiguinha, os transtornos mentais não perdoam, mas ainda bem que existem remédios para ajudarem-nos a contê-los. Como a sua mãe já faz uso de antidepressivo, pode ser que seu caso seja hereditário. O bom é que você já procurou tratamento para sua ansiedade, pois, se ficar por conta do tempo, as crises só tendem a aumentar.

      É fato que sentirá transtornos adversos, mas eles logo passarão, e tempos melhores virão, trazendo-lhe melhor qualidade de vida. Digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Não sei o horário que toma seu medicamento, mas, se for de manhã, peça a seu médico para mudar para a noite. Não faça essa mudança sem seu consentimento, pois não se pode tomar duas dosagens no mesmo dia, devendo ele a orientar.

      Aguardo notícias suas.

      Beijos,

      Lu

  76. Sil

    Lu-boa, noite!
    Descobri seu site por acaso, e gostaria de lhe dar os parabéns pelo cuidado e carinho com que escreve seus textos e responde aos leitores, como eu, cheios de dúvidas…

    Eu tenho distimia, diagnosticada há cerca de dez anos, mas nunca consegui dar continuidade ao tratamento medicamentoso e psicoterápico necessário. E, quando finalmente decidi tomar a decisão de me cuidar, procurei um novo psiquiatra, que me indicou o Reconter. O problema é que, em virtude dos efeitos colaterais, eu novamente desisti… Hoje estou somente com a terapia cognitivo-comportamental. Foi bom ter lido que outras pessoas tiveram os mesmos efeitos terríveis, e mesmo assim, decidiram continuar. Acho que vou tentar mais uma vez.

    Um abraço!
    Sil

    1. LuDiasBH Autor do post

      Sil

      A fase inicial com o antidepressivo não é fácil, pois é um período, para a maioria, de intenso sofrimento. É preciso agarrar-se à certeza de que os efeitos adversos logo passarão, e os bons efeitos trarão vida nova à pessoa. Por isso, sempre digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Cada parada significa um retrocesso em relação às crises, que se tornam mais agudas e constantes, e também acaba diminuindo a autoestima da pessoa, por não ter dado conta do tratamento. Como tem sido a terapia cognitivo-comportamental para você? Em que pontos sentiu melhoras? É possível, apenas com ela, abrir mão do medicamento? Por que quer “tentar outra vez”?

      Amiguinha, agradeço a generosidade de seus elogios. Ao escrever meu primeiro texto sobre o assunto, e responder a alguns leitores, percebi que eu os ajudava de alguma forma. Hoje, chego a responder mais de uma dezena de comentários diariamente, nos diferentes textos sobre SAÚDE MENTAL. E o faço com muito amor! Vocês são especiais e muito amorosos.

      Beijos,

      Lu

      1. Sil

        Boa noite Lu,

        A TCC nos ajuda a identificar e modificar certos pensamentos automáticos, a partir de exercícios, leitura e conversa em consultório. Eu tenho percebido alguma melhoria em alguns aspectos, mas em outros, a evolução foi pouca ou zero. Segundo minha terapeuta, só a medicação ou só a terapia sozinhos não dão conta. No início, é preciso fazer um tratamento completo, unindo terapia e medicação. E é justamente com a medicação que tenho maior dificuldade 🙁

        Um beijo,

        Sil

        1. LuDiasBH Autor do post

          Sil

          Eu gosto da sinceridade de sua terapeuta, ao falar sobre a necessidade do medicamento, inforamação que muitos negam o máximo de tempo possível, para deter o paciente. Quanto ao fato de só a medicação sozinha dar ou não conta, isso vai depender do tipo de transtorno da pessoa. Eu, por exemplo, nunca fiz nenhum tipo de terapia, pois minha depressão é crônica. Se fosse traumática, a ajuda de um terapeuta seria de grande importância. No meu texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, deixo claro que o antidepressivo não faz todo o trabalho, sendo necessário muitas mudanças pessoais.

          Grande abraço,

          Lu

    1. Si

      Oi, Lu!

      Há 4 meses venho sentindo os sintomas de uma ansiedade tremenda, sempre fui muito ansiosa e achava que era de mim mesma, mas como vieram muitas coisas, com o tempo ela foi aumentando. Depois que tive bebê, veio a responsabilidade em cuidar do filho, casa, marido, reforma em casa. Minha irmã tem transtorno de humor e sindrome do pânico, mas ela faz tratamento, eu me preocupei muito com ela também, só que acabei esquecendo de mim, e foi desencadenando um turbilhão de emoções as quais me deixam nervosa.

      O psiquiatra me receitou o escitalopram 10 mg com carbamazepina 200 mg, sendo que era pra eu tomar apenas uma banda, no caso 100 mg. Só que eu não tomei, com medo dos aintidepressivos, porque no começo a agente não quer aceitar que temos algum problema. Fui diagnosticada com ansiedade em grau já bem elevado. Tomei apenas um comprimido do escitalopram, fiquei muito mal no dia, com diarreia e boca seca e não conseguia comer nada. Larguei o tratamento. Passou um mês e os sintomas só pioravam. Fui no clínico geral e fiz uma bateria de exames e deu tudo normal, mas a pressão estava um pouquinho além do normal. Ele me passou o mesmo remédio que a psiquiatra havia me passado, o Escitalopram só que dessa vez sem o Carbamazepina, que eu li na bula é pra quem tem esquizofrenia.

      Resumindo aqui, estou há 3 dias tomando o Escitalopram, no primeiro dia foi horrível tenho pensamento muitos ruins em relação a minha filha, tenho até medo às vezes de ficar perto dela, de eu fazer algum mal inconsientemente. Meu marido não me deixa só com ela, estou com medo. Será que isso vai passar logo? Será se devo ir ao médico novamente? Estou tomando 5 mg durante 1 semana, depois vou pra 10 mg. De manhã quando acordo sinto como se não estivesse vivendo a realidade, sinto meu corpo esquentando por dentro. Me dê um conselho.

      Obrigada e beijos!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Si

        Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, o número de pessoas que aqui chegam com TAG (transtorno da ansiedade generalizada) é enorme, portanto, não se sinta só. Mas, como poderá ver através dos comentários, após o tratamento, elas voltam a levar uma vida normal. É uma pena que tenha demorado para buscar ajuda médica, tendo sofrido tanto. O fato de sua irmã ter problemas mentais já era uma deixa para ver sua saúde. O importante é que agora encontra-se em tratamento e logo estará bem. Mas, por favor, não abandone a medicação, pois cada retorno traz um sofrimento maior ainda, com o agravamento das crises.

        Si, eu chamo os antidepressivos de “milagres dos tempos modernos”. Aqui mesmo no blog poderá ler como era a vida dos doentes mentais em épocas anteriores. Portanto, nós somos pessoas privilegiadas pelo progresso da medicina e só temos a agradecer e fazer uso daquilo que melhora a nossa qualidade de vida. Não podemos continuar carregando o estigma atrasado de que a doença mental é uma coisa do outro mundo. Toda e qualquer parte do corpo adoece, assim como o cérebro. Pensar o contrário é viver ainda na Idade Média. E a ansiedade, se não tratada, assim como outras síndromes, só tende a ficar cada vez mais severa, com crises que acabam levando a pessoa para o hospital, num vai e vem sem fim.

        Os efeitos adversos dos antidepressivos são mesmo muito difíceis. A pessoa realmente fica pior do que antes de iniciar o tratamento. Mas isso é passageiro. Dentro de cerca de três semanas os bons efeitos irão aparecendo, enquanto os ruins desaparecem. Em relação aos efeitos adversos, alguns são normais, mas outros exigem o contato com o médico. Vou lhe enviar links sobre o assunto. Siga a prescrição médica direitinho, e não aja por conta própria. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Não pare sem o consentimento do profissional.

        Os pensamentos ruins fazem parte dos efeitos adversos, assim como esse medo sem controles. Isso irá passar, tenha a certeza. Só será necessário voltar ao médico nos casos citados no texto que irei lhe enviar. Fique calma! Veja com seu médico, se ele não pode lhe passar um calmante. A imensa maioria passa por isso. Logo estará aqui trazendo boas notícias. Continue em contato conosco.

        Beijos,

        Lu

        1. Si

          Oi Lu! Bom-dia!

          Estou tomando Escitalopram há 27 dias, tomei 5 mg durante 16 dias, depois aumentei pra 10 mg, conforme orientação da minha psiquiatra. O começo realmente foi muito ruim, muitos pensamentos negativos, e algumas outras reações adversas. Hoje eu me vi em uma situação a qual achava que não sentiria mais, devido já estar com quase um mês tomando a medicação, sem falhar um dia. Fui resolver uns problemas da empresa na qual trabalho e de repente me veio um medo muito grande, acho que tipo síndrome do pânico e um pouco de ansiedade. Fiquei com medo de passar mal lá no local, e saí de lá sem resolver o que devia. Sei que tenho que enfrentar meus medos. Minha dúvida é a seguinte: não era pra eu estar sentindo o efeito bom do remédio? Será que a médica tem que aumentar a dose? Me dê um conselho!
          Obrigada!

        2. LuDiasBH Autor do post

          Si

          Há pessoas que necessitam de um tempo maior para que o antidepressivo faça um efeito pleno. Você não tem ainda um mês de uso com a dosagem de 10 mg. Terá que aguardar mais tempo, para que o remédio acumule no seu organismo. Portanto, esse início de crise está dentro da normalidade. Acho eu que isso não é indicativo de aumento da dosagem. Aguarde mais alguns dias. Também é preciso fazer a sua parte. Releia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, aqui no site. Continue em contato conosco.

          Beijos,

          Lu

        3. Sii

          Oi, Lu!

          Hoje estou com 50 dias exatos de tratamento pra TAG, até que estava me sentindo bem, mas de uma hora pra outra me veio um sentimento de angústia, desesperança, e um esquentamento no corpo, igual as reações adversas do início do tratamento. Estou sentindo isso há dois dias. Será que vai passar ou é preciso contactar o médico? Minha médica está de férias e meu retorno só será dia 03/01/17. Bate um medo tão grande dentro do peito e um aperto, medo de não ficar boa. Sei que tenho que ter pensamentos positivos, mas sou humana, e seres humanos sentem medo também.

          Queria que soubesse o quanto você é importante e nos dá forças para continuar com o tratamento.

          Beijos e obrigada por nos acompanhar nessa caminhada!

        4. LuDiasBH Autor do post

          Sii

          Antes de mais nada é preciso saber que o antidepressivo não retira nossas emoções. E como você bem diz, continuamos seres humanos. O objetivo dele é apenas o de equilibrá-las. O sentimento de angústia e desesperança irá fazer sempre parte de nossa vida, uma vez que pensamos, questionamos e refletimos, assim como também nos alegramos. Não há nada de errado nisso. Há dias em que também me encontro assim, mas não dou muita bola e acabo me esquecendo.

          Menininha medrosa, muitas pessoas demoram até três meses para que o organismo aceite totalmente o antidepressivo. Irá passar, sim. Procure desviar seus pensamentos para outros assuntos. Saia um pouco de casa, converse com amigos, leia, veja um filme, ouça música… Evite o pensamento fixo num mesmo assunto. Uma boa caminhada irá lhe fazer muito bem, caso não esteja a praticar exercícios físicos. Reaja, não somatize! Não há nenhum problema consigo. Deixe sua médica curtir as férias delas, coitada. Você irá ficar ótima. Onde anda a minha amiguinha POP? Estou com saudades dela!

          Sii, amanhã quero um comentário bem otimista seu. Estarei aguardando.

          Beijos,

          Lu

        5. Sii

          Oi, Lu!

          Obrigada por suas palavras! Estou sendo o mais POP possível. Só queria voltar a ser o que eu era antes, não sentia nada disso. Mas o que eu senti ontem é diferente do que eu sentia quando era normal. Um esquentamento no corpo, como os que eu sentia quando comecei a tomar a medicação, uma agonia muito ruim. Mas que passou… Vou tentar esquecê-la. E vamos viver o presente, pois o ontem já passou.

          Beijos

        6. LuDiasBH Autor do post

          Sii

          O importante é que se tratou de uma sensação passageira. Mas tenha cuidado para não tomar, sem perceber, o medicamento duas vezes ao dia, pois pode ocasionar efeitos assim. Quando não se lembrar de que tomou ou não, abstenha-se de tomar o antidepressivo naquele dia. Mas seu caso deve ter sido apenas uma indisposição passageira ou o princípio de uma virose. Se voltar a acontecer, lembre-se de relatá-la a seu médico.

          Abraços,

          Lu

  77. Vanessa

    Boa tarde Lu!
    Aqui estou conforme o combinado, para dizer como estou me saindo com o aumento da dosagem de Exodus 10 mg para 20 mg. Hoje foi o primeiro dia em que tomei o comprimido inteiro, nos dias anteriores estava tomando um pouco mais da metade. Embora eu já esteja tomando o medicamento com a dosagem de 10 mg há 6 meses, ainda não estava muito bem por conta acredito eu da dosagem estar fraca para mim, conforme disse na postagem anterior, havia melhorado em alguns aspectos mais ainda não estava bem. Confesso que ainda estou estranha, com alguns receios e um pouco ressabiada, acredito que essa seja a palavra.

    Acredito nunca ter falado antes, mas sou uma pastora da denominação evangélica Pentecostal, e confesso que isso me trouxe muito conflitos, que se eu fosse listar ficaria aqui até amanhã. Mas muitos desses conflitos o Senhor me ajudou a superar, e hoje estou me tratando devidamente, até porque sem o equilíbrio devido não seria capaz de cuidar de outras pessoas, e tenho a certeza de que foi o próprio Deus que capacitou os cientistas e médicos para nos trazer o bem estar que merecemos e precisamos. Sendo assim, estou seguindo com o meu tratamento rumo à vitória.

    Se existe algum pastor, evangelista, obreiro, diácono, bispo, apóstolo ou simplesmente membro de qualquer igreja, aqui neste grupo, o meu conselho é: trate-se! Cuide da sua saúde seja mental ou física, use medicamentos se for necessário e os use sem culpa. Existe um preconceito e uma ignorância no meio das igrejas em relação a este assunto, fato é que se você que é crente ignorar a importância dos médicos e medicamentos se negando a fazer o devido tratento e tentar se curar pela força do seu próprio braço, e estiver mentalmente desequilibrado, tenha a certeza que o inimigo encontrará muito mais facilidade em te derrotar do que se você estivesse tratado e equilibrado.

    Entendam que não estou dizendo para se entupirem de remédios e se esquecerem de Deus, simplesmente se tratem e continuem avançando na caminhada com Cristo que certamente na hora certa Ele fará o milagre em nossas vidas, e se não o fizer, Ele continuará sendo Deus e agradeçam por poderem seguir a vida com os medicamentos que o próprio Deus permitiu que existissem!
    Bem por hoje é só, obrigada Lu por este espaço e obrigada por me ajudar quando preciso!
    Deus abençoe a todos!

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      No trato com as doenças mentais é preciso muita paciência, pois os médicos trabalham com possibilidades, uma vez que não existem mecanismos para medir o grau do problema, em cada pessoa, assim como não é possível saber, de antemão, quem irá dar-se bem com esse ou aquele antidepressivo. Tudo é feito através de acertos e desacertos, até que o nosso organismo acerte com uma determinada substância e sua dosagem. Por isso, o tratamento mental é mais lento, exigindo maior compreensão do paciente. Penso eu que o primeiro passo é acreditar no tratamento, ou seja, ser POP (paciente, otimista e persistente). As pessoas otimistas tendem a obter resultados muito mais rápidos. Portanto, aconselho-a a não ficar muito focada no antidepressivo, procurando levar uma vida o mais normal possível. Acredite, eu só me lembro que tomo antidepressivo de manhã, quando tenho que ingeri-lo. Ele já faz parte de minha vida, assim como os remédios para hipertensão e diabetes fazem parte da vida de outras pessoas. Eu o aceito dentro da maior normalidade.

      Se Deus deu ao homem inteligência é porque queria que ele fizesse descobertas para melhorar a vida da humanidade. Muitos aqui neste espaço, inclusive eu, se vivessem na Idade Média, estariam em sanatórios, manicômios ou soltos nas estradas (veja artigos no blog sobre o assunto). Portanto, só temos a agradecer pelos caminhos trilhados pela ciência. Benditos sejam todos os homens que lutam para minorar o sofrimento humano. Negar isso é negar a presença do divino no homem.

      Vanessa, a responsabilidade dos dirigentes de igreja com seus fiéis não pode interferir no campo médico. Tive uma experiência desagradável, quando certo pastor interferiu no tratamento de uma pessoa com probelmas mentais, que frequentava este espaço, levando-a a abandonar o medicamento. Com seu sumiço, entrei em contato com a família, que me relatou que o moço, num surto, tirou a própria vida. A família entrou na justiça contra a igreja em questão. Sou de acordo que cada um de nós deve-se ater àquilo sobre o qual conhece, ou seja, cada qual no seu quadrado. Sei, portanto, como é o preconceito sobre o assunto no meio evangélico. Há uma outra pastora que comenta no blog e que também faz uso de antidepressivo. Nada mais do que normal, pois toda e qualquer parte de nosso corpo adoece, então porque ter preconceito contra o cérebro. Se somos feitos à imagem e semelhança de Deus, ele está presente em cada átomo de nosso corpo, portanto, não há como ignorar suas diversas partes.

      Amiga, o seu depoimento é muito importante para os leitores evangélicos, pois traz uma visão moderna de mundo, mostrando que o homem é um todo e como um todo deve ser tratado tanto física quanto espiritualmente. Parabéns!

      Abraços,

      Lu

      1. Vanessa

        Amém, Lu!
        Concordo com cada palavra.
        Infelizmente já havia lido em um dos comentários, onde você descreveu essa triste história dessa pessoa que teve a infelicidade de se deparar e mais que isso, se aconselhar com um “pastor” irresponsável e despreparado culminando então em tal desgraça. Realmente é muito triste e decepcionante para nós pastores nos depararmos com situações como essas.

        Oro a Deus para que haja um preparo e mais responsabilidade da parte de um líder espiritual, pois existem muitos fiéis ingênuos, carentes e ignorantes de informações, onde muitas vezes se dirigem ao pastor sem esperança alguma, como se a igreja fosse sua última chance de conseguir sair da situação em que se encontra, seja ela qual for, e é aí que muitas vezes está o perigo… É aí que o líder espiritual acaba de desgraçar a vida da pessoa ou o ajuda a enxergar um caminho redentivo!

        Mas o meu alerta e conselho já deixei aqui registrado: se tratem sem culpa! Podem ter certeza que essa é a vontade de Deus para nossas vidas!

        Beijos, Lu!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Vanessa

          Minha esperança é que cada vez mais pessoas que tenham uma visão de mundo mais aberta, como você, possam estar à frente das igrejas, como guias espirituais, pois como diz: “Um líder espiritual pode acabar de desgraçar a vida da pessoa ou a ajudar a enxergar um caminho redentivo!”. Agradeço muitíssimo o seu alerta, pois ele poderá salvar pessoas.Tem sido muito bom contar com a sua presença, minha amiga.

          Abraços,

          Lu

          Abraços,

          Lu

  78. Vanessa Felicio

    Lu! Tudo bem, linda?

    Não sei se vai se lembrar de mim. Em janeiro entrei em contato com você, dizendo que infelizmente tive que voltar a tomar antidepressivos.

    Comecei a tomar Exodus de 10mg, e deveria ter voltado ao psiquiatra após 30 dias, porém, por falta de dinheiro não pude voltar, afinal as consultas não são nada baratas. O médico continuou me fornecendo as receitas e eu fui tomando, passaram-se 6 meses e o doutor não quis mais me fornecer as receitas, pois disse que precisava me reavaliar. Realmente eu precisava mesmo voltar, pois ainda não estou me sentindo 100%, melhorei em alguns aspectos mais ainda sinto a doença me incomodando.

    Fiz um esforço e voltei para uma nova consulta, e o doutor aumentou a minha dose para 20 mg. Confesso que fiquei um pouco chateada, mesmo sabendo que ele faria isso, não queria ter que aumentasse.

    Meu pai foi comprar a medicação para mim e acabou comprando o genérico do Exodus, o oxalato de escitalopram de 20 mg da Medley, por ser mais barato. Mandei mensagem para o médico dizendo, mas ele simplesmente ficou irado, dizendo que não trabalha com medicamentos genéricos, ainda mais da Medley, que é o pior, disse que a farmácia errou, pois não poderia me vender o genérico do genérico, ou seja, o Exodus já é o genérico do Lexapro. Disse que espera que eu não piore tomado o genérico por ser mais fraco.

    Conclusão: estou com o medicamento genérico aqui em casa e não sei o que fazer. Me ajude Lu, por favor.
    Um grande beijo!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Fico feliz que tenha aparecido. Normalmente as pessoas, quando melhoram, somem… risos.

      Amiguinha, estou estupefata com o comportamento de seu médico. Hoje, as pessoas sempre optam pelo mais barato. Eu mesma tomo o da Medley e dou-me muito bem. A maioria dos médicos nem passam o nome fantasia do remédio, mas apenas o da substância principal: oxalato de escitalopram. Lembro-me da máfia de certos profissionais, que até ganham presentes dos laboratórios, por indicar um determinado nome fantasia. Espero que esse não seja o caso do seu médico. Mas isso é realmente preocupante.

      O Lexapro é o original, ou seja, o importado da Dinamarca, o primeiro que saiu, contudo, agora quase todos os laboratórios já trabalham com a mesma substância (oxalato de escitalopram), o que tornou o medicamento mais barato. Assim foi com o Prozac (fluoxetina), quando foi lançado. Certos médicos só queriam que se comprasse esse, mas hoje ninguém nem mais se lembra do nome.

      Minha amiga, se achar que seu médico não lhe agrada, procure outro profissional. A gente tem que buscar o medicamento que se encontra com preço melhor. Tomo o da Medley (normalmente o que tem o preço melhor, e é um bom laboratório) há muito tempo, e confesso-lhe que não sinto diferença alguma em relação aos demais. Algumas pessoas até mandam manipular a substância.

      Mais uma vez volto a dizer-lhe que existe uma máfia branca ligada a certos laboratórios, que deles recebem prêmios e viagens. Inclusive isso já saiu em reportagens. Em hipótese alguma ponho em cheque a idoneidade de seu profissional, só achei estranho o comportamento dele.

      Vanessa, tome tranquilamente o medicamento da Medley e verá que não existe diferença alguma. Veja nos comentários, quantas pessoas tomam o antidepressivo do refiro laboratório. Não se deixe amedrontar. Estou lhe dizendo isso porque faço uso desse mesmo antidepressivo, vindo do mesmo laboratório. Comece logo a tomar, para que não sinta os efeitos da abstinência.

      Volte a escrever-me.

      Abraços,

      Lu

      1. Vanessa Felicio

        Obrigada, Lu, por me acalmar.
        Confesso que fiquei receiosa, comprei a caixa, mas tomei só metade do comprimido. Agora no final da tarde fiquei com muita dor de cabeça, só na testa, e acabei atribuindo ao medicamento por ser de outro laboratório e por eu nunca ter dor de cabeça. Achei muito estranho ter essa dor justamente no dia em que tomei o genérico. Outra dúvida que gostaria de compartilhar com você, é que ele aumentou a dose de 10 mg para 20 mg direto, será que não vou sentir esse aumento?
        Lu me desculpe, mas preciso desabafar mesmo que essas dúvidas pareçam besteiras.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Vanessa

          Nenhuma dúvida é besteira. Se as temos é porque precisamos de resposta. Você teve dor de cabeça em razão da tensão que teve, sem saber se devia tomar ou não o medicamento. Não se deixe levar pelo terrorismo de seu médico… risos. Se ele acha que o remédio é fraco, aí é que ele não lhe traria problema algum. A dor de cabeça na testa está ligada à tensão. Quando ficamos tensos, nossos músculos passam-nos a impressão de estarem retesados, hirtos ou repuxados. E foi isso que aconteceu com você. Não tem absolutamente nada a ver com o remédio, ainda mais por ser genérico… risos. Eu já lhe disse que faço uso desse. Portanto, tire de sua cabeça essa ideia, e não se deixe sofrer em função das palavras destemperadas de seu médico. Acredite em mim.

          Aumentar a dosagem de um antidepressivo é muito comum. Não há nada de anormal nisso. Leia os comentários para ver o que dizem as pessoas. Eu também já tomei 20 mg, mas, com a minha melhora acentuada, depois de um tempo voltei para 10 mg. Como está muito apreensiva, tome 10 mg (metade) durante uma semana e depois passe para 20 mg. Procure ficar calma, bem tranquilinha. Lembre-se de que o “medo” é um sentimento muito ruim, que nos impede de ir para a frente. Ele precisa ganhar um freio, senão acaba mandando em nossa vida. E, sobretudo, agradeça por viver numa época em que pode contar com antidepressivos cada vez mais modernos, o que lhe possibilita melhor qualidade de vida.

          Tenho a certeza de que logo estará me contando como está se dando bem com o medicamento. Avante, garota POP! Eu confio em sua sabedoria!

          Beijos,

          Lu

        2. Vanessa Felicio

          Obrigada, Lu!
          Não tenho nem palavras para agradecer a Deus por este blog e pela sua devoção e carinho com aqueles que precisam de um apoio para um momento difícil da vida!
          Um grande bjo em seu coração e amanhã passo por aqui para dar notícias!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Vanessa

          Nada a agradecer. Aguardo-a, para obter informações de como está passando.

          Beijos,

          Lu

  79. Aline

    Bom dia!
    Comecei hoje a medicação com o oxalato de escitalopram e senti super estranha, parecia que ia ter pânico e me senti variando os sentidos, mas pelo que percebo isso é normal. O problema é que sou professora de período integral e trabalho em outras cidades; daqui 15 dias volto ao trabalho e não sei se esse remédio vai me permitir pegar estrada. Penso em não prosseguir o tratamento por conta disso. Help!

    Abraços, Aline

    1. LuDiasBH Autor do post

      Aline

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, como já percebeu através dos comentários, os antidepressivos possuem efeitos adversos que duram, em sua maioria, duas semanas. E é isso o que está sentindo, mas tenha a certeza de que irão passar. Aconselho-a a não parar o tratamento, a não ser por ordem médica, pois se o fizer suas crises voltarão ainda mais agudas. Você não diz o porquê de estar usando o remédio. Quanto ao trabalho, ao que me parece, você dirige, e isso realmente não será possível se ainda estiver sentindo os efeitos adversos. Converse com seu médico, exponha o problema para ele e peça-lhe mais 15 dias de licença, vencidos os 15. Irei lhe passar o link de alguns textos que podem trazer-lhe mais informações.

      Abraços,

      Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edu

      Muito obrigada pela sua visita e comentário. Será um prazer tê-lo como nosso leitor.Temos muitos outros textos com esta mesma temática.

      Abraços,

      Lu

  80. Fernanda

    Oi, Lu!
    Ontem eu estava procurando algo sobre Escitalopram e achei seu blog. Gostei muito! Estou tomando esse remédio há 10 dias e a ansiedade e depressão aumentaram. Parece que é efeito colateral do remédio, que passa depois de 2 semanas. Mas está terrível conviver com isso, tem um turbilhão de coisas ruins dentro de mim, sem contar a fraqueza física. Tomara que passe logo e que dê tudo certo, pois minha vida está parada (trabalho, estudos, amor, dinheiro) por causa dessa depressão e eu preciso retomá-la logo, e sentir vontade de viver de novo. Ainda bem que tenho meus pais.

    Obrigada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernanda

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, as primeiras semanas com o antidepressivo são duras de aguentar. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Realmente a pessoa piora nas duas primeiras semanas. Normalmente, ao entrar na terceira semana, os efeitos bons começam a aparecer. Vale o sofrimento, pois a melhora na qualidade de vida é muito grande. Essa fase ruim logo irá passar e você poderá continuar a sua vida como antes. Não pare jamais, sem o consentimento médico, uma vez que o retorno à medicação torna-se mais difícil, com crises mais fortes. Saiba que aqui também encontrará muitos amigos. Continue em contato conosco.

      Beijos,

      Lu

      1. Sara

        Olá, queridos!

        Este espaço e a leitura muito me ajudaram durante o processo do meu tratamento.
        Há dois anos fui diagnosticada com crises de ansiedade, tive ataques de pânico. Sofri muito no início, pois não sabia o que tinha. Achava que ia ficar louca, ia esquecer de tudo, minha família, amigos, trabalho. E que não ia mais levar uma vida normal, sair de casa, nem trabalhar mais. Tinha um medo terrível. Fui a vários médicos, fiz repetidos exames, sempre achava que tinha algo no coração, que ia ter um infarto, que precisava ser socorrida… É assim mesmo com alguém que tem ataques de pânico? Enfim, eu comecei o tratamento com o oxalato de escitalopram. Aí sim, o bicho pegou! No início, fiquei pior, calafrios, o coração acelerava, tonturas, perdi vários quilos, porque não tinha fome. Com o passar do tempo fui ficando bem, mas de vez em quando ainda tinha umas sensações ruins. Durante o tratamento, os sintomas de ansiedade e pânico foram estabilizados, mas sempre senti tonturas e vertigens com este medicamento, mesmo depois de quase dois anos tomando. Isso é normal?

        Agora, meu médico está me dando alta do tratamento, pois estou bem. Mas tem um probleminha, estou me sentindo horrível! Ele pediu para diminuir a dose de 10 para 5mg e fiquei assim por dois meses. No início do mês de março, comecei a retirar, conforme orientação médica: um dia tomar, no outro não, um dia tomar, dois dias não e assim por diante. Agora estou no sexto dia sem tomar, mas com sensações horríveis, muita dor no corpo, como se estivesse exausta, cabeça pesada, corpo todo tenso, como se meus músculos estivessem contraídos, muita inquietude, principalmente para dormir. Às vezes tenho crises de choro e irritação, uma sensação de não estar no mundo real… Será que vou ter que voltar a tomar? Alguém já passou por isso ao retirar o escitalopram? Será que vai passar com o tempo? Estou ficando desanimada, eu estava me sentindo tão bem. Que Deus nos dê animo e forças para suportamos os obstáculos que tenhamos que enfrentar.

        Sara, seu e-mail está incorreto. Não pude lhe mandar os textos. Conserte-o, por favor.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Sara

          Embora nos leia sempre, imagino que seja este o seu primeiro comentário. De qualquer forma, sinta-se em casa.

          Amiguinha, o sofrimento relativo às doenças mentais é, principalmente, advindo de nossa falta de conhecimento. No decorrer de séculos e séculos, elas foram muito estigmatizadas, sempre aliadas à loucura, pois a Ciência quase nada sabia nesse campo. Mas agora, as coisas vêm mudando. Há muitas informações que, infelizmente, ainda não são do conhecimento de todos. Por isso, muitas pessoas passam por um longo sofrimento, quando podiam eliminá-lo assim que aparecesse, conforme seu próprio relato. Mesmo os psiquiatras e neurologistas, em sua grande maioria, ainda não dão ao paciente todas as informações necessárias, ao receitar um antidepressivo.

          A SP (síndrome do pânico) funciona assim mesmo, trazendo os sintomas citados por você. Também fui acometida por essa senhora. Vou lhe passar o link de um artigo em que a descrevo, via e-mail. Ela traz embutida em si a apavorante sensação de medo, que, se não tratada, torna-se cada vez mais intensa, a ponto de enjaular a pessoa dentro de casa, onde ela se sente segura ao lado dos seus.

          Sara, é mais do que normal que tenhamos sensações ruins vez ou outra, pois continuamos humanos, com dias bons e outros nem tanto. Quanto às tonturas e vertigens, imagino que deva ter contado a seu médico, pois não deveria, depois de tanto tempo, sentir tais efeitos, uma vez que a função do antidepressivo é também elimar tais sintomas. Faço uso da mesma substância que você.

          Como venho explicando, não existem exames que possam detectar se vamos ficar bem ou não com a retirada do antidepressivo. O médico avalia de acordo com o nosso estado emocional. Acontece muito de a pessoa retirar o medicamento e, após um tempo, seu médico dar continuidade ao mesmo, pois ela não ficou bem sem ele. Portanto, você se encontra num período de experiência. Veja se aguenta ficar pelo menos uma semana sem o antidepressivo e avalie como se sente. Caso perceba que os sintomas de antes estejam voltando, remarque uma consulta com seu médico. Juntos, os dois tomarão a melhor decisão sobre o tratamento. Não se aflija, é assim mesmo que acontece com todos nós. Algumas pessoas precisam tomar o medicamento por mais tempo, outras por um tempo menor e algumas outras, eternamente. Faço parte do último grupo… risos. Nada de desânimo, pois afinal você é uma garota POP (paciente, otimista e determinada). Aguardo notícias suas.

          Grande beijo,

          Lu

    2. Renata

      Oi, Fernanda!

      Que bom que está compartilhando conosco sua sensação. Como a Lu disse, somos humanas e por isso reagimos ao que está ao nosso redor. Só não podemos deixar de nos incomodar quando a situação não está bem. Lido muito com pessoas que ficam depressivas pelos reveses da vida e estou procurando conhecer melhor tudo isso, para que possamos nos ajudar como sociedade.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Renata

        A dificuldade é que muitas pessoas, ao tomarem um antidepressivo, acham que não mais terão tristezas, chateações, raivas, etc. E não é bem assim. Não existe ainda a pílula da felicidade. O antidepressivo apenas nos equilibra para que possamos tomar decisões com o maior nível de racionalidade possível. Ele não nos transforma em robôs ou nos transforma em omissos. Sua função é a de dar-nos equilíbrio “quando a situação não está bem”, para escolhermos o melhor modo de tratar o problema. Viver é um ato de coragem. Vivem melhor as pessoas que buscam o equilíbrio, como nos ensina o Budismo com o seu célebre Caminho do Meio.

        Obrigada por participar, trazendo tão importante contribuição.

        Abraços,

        Lu

  81. Rosana

    Oi, Lu!
    Conforme falamos há alguns dias, retornei ao médico e ele mudou a medicação, passou de fluexetina para sertralina. Vou tomar a primeira dose agora à noite, e por três dias apenas uma cápsula, após esse período será uma de manhã e outra à noite. Espero que dê certo, ainda não sei qual a diferença entre estes medicamentos pois ainda não pesquisei.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rosana

      Ambos são antidepressivos, mas com substâncias diferentes. Eu já tomei fluoxetina, mas tive que mudar, depois de muito tempo, pois ela deixou de fazer efeito para mim. Não se esqueça de que todo antidepressivo tem efeitos adversos, que depois passam. Estou torcendo por você. Continue nos informando como se encontra.

      Abraços,

      Lu

    2. Aliane Isis

      Olá, Lu!

      Estou passando por um momento particularmente terrível com o remédio. Fui diagnosticada com sindrome do pânico e TAG faz 5 dias, o mesmo diagnóstico de um ano atrás. Desde pequena tenho sofrido com distúrbios de medo, que fugiu do meu controle e acabei adoecendo de vez.

      Na primeira vez em que fui diagnosticada, a psiquiatra pediu para começar com o escitalopram 10,mg e rivotril para possíveis crises. Porém, eu mesma cortei o medicamento. Durante os 3 primeiros meses foi tudo bem, acabei não me importando com a falta da medicação e com as ansiedades que tive anteriormente, porém devido a acontecimentos desagradáveis e opressores, todos os sintomas retornaram bem piores. Procurei um psiquiatra o mais rapido possível, esclareci tudo e ele pediu pra euvoltar com o medicamento.

      No segundo dia, eu tive um forte episódio de ataque de pânico. Não consegui me controlar, minha mãe e meu marido me ajudaram no episódio, mas foi realmente perturbador. No dia seguinte tive uma pequena crise no ônibus, mas consegui me controlar logo falando com minha mãe ao telefone. Porém nao conseguia dormir com o medo agoniante. O problema é que os efeitos em mim pioraram. As contrações musculares no estômago e pelo corpo todo continuam. Fora isso estou com a boca seca e amarga, confusão mental e visão ruim. Vejo as coisas tremulando ou em visão dupla ou girando… Poderia me dizer se é normal? Estou com muito medo de ter a tal síndrome rara de distúrbios e isso está me afetando. As contrações musculares sao fortes mas a maioria indolor. Percebi que acabo fechando minha mão de tanto medo e pressionando o maxilar. Isso é terrível, mas a maioria das coisas eu tinha anterior ao medicamento, até mesmo as contrações musculares e pouquíssimas vezes distúrbios visuais. Poderia ser os sintomas do meu diagnóstico e o medo, ou posso estar tendo uma reação negativa ao medicamento? Eu estou sentindo bastante coisa, além disso, mas isso é o que mais me preocupa no momento.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Aliane

        Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, é uma pena que não tenha recebido tratamento desde pequena. E pior é o fato de ter sido medicada e não ter levado o tratamento a sério, paralizando-o sem o consentimento médico. Pesquisas comprovam que essas crises, quando não tratadas, voltam cada vez mais fortes e por qualquer motivo ou até mesmo por motivo aparente algum. Mas o importante mesmo é o fato de que agora retomou o tratamento psiquiátrico. Ponha juízo nessa sua cabecinha e não o pare por conta própria.

        Aliane, o início do tratamento com antidepressivo, seja ele qual for, é sempre muito sofrido. A pessoa realmente fica pior do que estava antes, pois o organismo teima em não aceitar uma substância desconhecida. Mas, após duas a três semanas, os efeitos ruins vão desaparecendo e os bons surgindo. Fique tranquila quanto a isso. Todos os sintomas relatados por você são inerentes a essa fase inicial. Eu sempre digo que nesse momento é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Essas crises de pânico irão passar e os efeitos adversos irão sumir. Procure também controlar os pensamentos ruins, agora que sabe que próprios do início do tratamento (veja comentários aqui no blog). Você está usando um excelente e moderno antidepressivo, um dos mais receitados pelos médicos. Eu mesma faço uso dele (oxalato de escitalopram) e nunca mais tive crise de pânico. É preciso ter muita paciência e força de vontade nessas primeiras semanas. Fique tranquila, esses sintomas são normais. Leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM para obter mais informações. Além disso, poderá vir aqui conversar conosco sempre que precisar. Não se sinta só.

        Abraços,

        Lu

        1. Fabíola

          Nossa, Lu, sinto tudo que ela sente. Minha cabeça não para de girar, não consigo me concentrar em nada, na verdade já estava assim, mas agora piorou essa semana. Não quero ficar correndo ao pronto socorro toda da vez que sentir algo. Esse site me ajudou muito nesses 2 dias. Por favor Lu, faça um grupo para ajudarmos uns aos outros.
          Obrigada.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Fabíola

          Realmente, nas duas semanas iniciais à medicação, a pessoa sente-se pior do que antes, como poderá ver através dos comentários. Mas isso logo irá passar. Vale a pena passar por todo esse sofrimento, pois são o prenúncio de dias melhores. Fique tranquila. Quanto a fazer grupo, é aqui que concentra o nosso, uma vez que o assunto demanda muita responsabilidade nas respostas. Além do mais, não faço parte de nenhuma rede social e não tenho “zapzap”, pois, além de não me sobrar tempo, já que minhas respostas são longas, prefiro me dedicar aqui aos que me escrevem. Se ler os comentários, verá como as pessoas são interativas e legais.

          Amiguinha, aproveite e leia os textos sobre saúde mental, cujos links ficam abaixo deste texto.

          Abraços,

          Lu

  82. Gabi

    Adoro seu site, Lu.
    Gostaria que você falasse sobre a distimia e depressão dupla. Tenho 30 anos e fui diagnosticada por dois médicos diferentes e comecei o tratamento, há alguns dias, com 3 tipos de medicamentos. Mas temo não melhorar porque sempre fui triste, irritadiça e mal humorada desde criança, dizem que é minha personalidade. Tenho medo de não melhorar também, porque sei as causas da minha depressão profunda, que ao longo da vida já tive 4 vezes. É por causa de um problema que não tem cura, não tem solução e eu me desespero, tento aceitar, tento ser forte, mas com o tempo o desespero ganha e dá lugar a desesperança. Sei que além do tratamento medicamentoso também preciso aceitar o que não posso mudar, mas a tristeza me consome e paralisa toda minha vontade.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Gabi

      A distimia, também conhecida por transtorno distímico, é uma depressão leve. A pessoa não sente prazer em nada ou vontade de divertir-se, trazendo sempre consigo um sentimento de negatividade. Apesar de leve, esse tipo de depressão dura bem mais tempo do que se se tratasse de uma depressão severa. Sem falar que o indivíduo leva muito mais tempo para procurar ajuda. Prova disso é o seu depoimento: “Mas temo não melhorar porque sempre fui triste, irritadiça e mal humorada desde criança, dizem que é minha personalidade.”. Aqui você deixa bem claro a sua negatividade e o fato de ter levado muito tempo para procurar ajuda.

      Amiguinha, há um provérbio muito sábio que diz: “O que não tem remédio, remediado está.”. Se o problema não tem cura em hipótese alguma, o melhor mesmo é passar a ignorá-lo e tocar a vida para frente. Procure viver um dia de cada vez, da melhor maneira possível. Ao tomar conhecimento da real causa dessa tristeza que a acabrunha, você possui todos os meios para arrancá-la pela raiz. A aceitação é sempre o melhor caminho. É esta a vida a que temos e é nela que precisamos trabalhar em busca da felicidade. Pense nisto.

      Será sempre um motivo de prazer contar com sua presença neste blog. Você faz parte de nossa família.

      Abraços,

      Lu

  83. Nay

    Olá, Lu!

    Gostei muito de seus comentários sobre esses transtornos. Depois de muitas investigações médicas, foi detectado que tenho TAG e o transtorno de pânico. Comecei a tomar o alprazolan indicado pelo cardiologista, por um período, o que me ajudou, mas tenho tido muitos altos e baixos nas emoções. Estou indo ao psiquiatra, que me receitou o oxolato de escitalopram, não suspendeu o alprazolam ainda, pois disse que meu organismo está acostumado com ele, sendo melhor o outro começar a fazer efeito pra retirar o alprazolan. Faz duas semanas que estou fazendo uso do novo medicamento, mas não tenho visto resultado, e os sintomas têm sido bem frequentes, me deixando muito desanimada. Sou cristã e minha fé tem me ajudado a não desistir. Sei que Deus tem uma vida brilhante pra mim e vou continuar nesta luta. Fico mais aliviada em saber que existem pessoas que também passam por isso, e que conseguiram vencer, ou que estão vivendo uma vida mais tranquila, sem medos, angústias, pavores etc. Que coisa horrivel é viver assim! Nunca me imaginei viver tal situação, mas já estou vivendo, peço a Deus que me ajude a vencer, pois sei que os remédios é um meio de ajuda.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nay

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, duas semanas é um período muito pequeno para sentir os sintomas positivos do oxalato de escitalopram, que normalmente começam a aparecer após a terceira semana, ou mais um pouco. Portanto, fique tranquila, pois eles ainda virão. Agora você se encontra na fase crítica, quando os sintomas adversos são muito fortes. É preciso ter muita paciência e esperar que eles passem. Realmente é grande o número de pessoas que passam pelo mesmo que você, bastando ler os comentários aqui.

      Nay, nós nunca imaginamos que certas coisas aconteçam conosco, mas, como somos humanos, não há como correr. O caminho mais sábio é enfrentar os problemas de frente, buscando ajuda quando necessária. A finalidade dos antidepressivos é oferecer-nos uma vida com qualidade, mas é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Logo terá superado tudo isso. Melhores dias virão. Venha sempre nos visitar e falar como vai a sua saúde.

      Abraços,

      Lu

      1. Nay

        Obrigada, Lu, pelas palavras.
        Ler comentários de quem realmente entende e sente a mesma dor ajuda muito. Hoje mesmo tive uma crise, acordei muito ansiosa. Estou pra me mudar pra uma nova casa, vim morar no fundo da casa de minha sogra num momento de muita crise, mas que não sabia o que eu tinha de verdade.
        Enquanto procurava a casa nova me sentia bem, mas agora, que as coisas estão perto de acontecer, tenho medo da mudança, de ter um crise sozinha. Lendo os comentários fiquei muito animada em saber que esse medicamento pode me ajudar.Tenho buscado muito principalmente a ajuda de DEUS, ele tem sido meu maior consolo nos momentos mais críticos. Queria saber sobre a libido, a minha é quase zero, rs. Procuro algum médico pra me receitar alguma coisa, ou espero o organismo voltar ao normal?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Nay

          O oxalato de escitalopram tem sido muito receitado pelos médicos. É um remédio moderno que tem trazido muitos bons resultados. Como todo antidepressivo, ele mexe com a libido, sim. Porém, com o uso, o seu organismo irá voltando ao normal. Não se preocupe! Ao retornar a seu médico, poderá lhe falar sobre isso. Converse com seu marido e explique-lhe que se trata de uma reação passageira do remédio usado em seu tratamento. Peça-lhe paciência e compreensão. Tenho a certeza de que ele está mais preocupado com a sua saúde.

          Amiguinha, quando mudar para a sua nova casa, já estará bem, pois o oxalato passa a agir, normalmente, após a terceira semana. Logo, não se preocupe com isso. Pense apenas em fazer seu tratamento da melhor forma possível. Busque também fazer algum tipo de exercício físico (caminhada, natação…), pois alivia a ansiedade. Certo?

          Abraços,

          lu

        2. Nay

          Lu
          Às vezes parece insuportável, porque as reações do corpo e da mente são incontroláveis. Qualquer dor que eu sinta já penso que estou morrendo, já fico em pânico. Há dias que dá pra suportar em outros tenho recaídas que me deixam sem razão. Com fé em Deus, quando me mudar, estarei bem melhor e não terei mais essas crises que tanto me incomodam, esses pensamentos negativos, quero viver com plenitude e não com medo do amanhã, sem saber se vou estar bem ou não.
          Mais uma vez obrigada.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Nay

          Quando você se mudar, o oxalato de escitalopram já estará fazendo efeito, tranquilizando-a. Procure se acalmar e não ficar assustada com qualquer coisa. Lembre-se que sua mente está por demais criativa. Evite os pensamentos ruins desviando-se deles, fazendo outras coisas de que gosta. Todos nós aqui já passamos por isso.

          Lindinha, procure fazer algum tipo de exercício, como lhe falei antes. Outra coisa, sempre que se lembrar, evite o internetês (pq, vc, que, ñ, tbm, etc), pois o programa não aceita e dá tudo como errado. Tenho que consertar um por um, algumas pessoas também não o entendem. Certo?

          Abraços,

          Lu

        4. Daniele Fernandez

          Boa tarde, Lu.
          Estou há quase um mês tomando o oxalato, já relatei aqui na primeira semana o quanto foi difícil aceitar o tratamento e também a adaptação ao remédio. Graças a Deus isso foi só na primeira semana, depois disso consegui voltar ao trabalho e agora para a faculdade. Estou fazendo uso do alprazolam, porém o médico me pediu que começasse o desmame, e assim estou fazendo. O oxalato já fez efeito, já não tenho mais crises e nem medo de ter uma nova crise. No início fiquei um pouco apática, porém da semana passada pra cá, estou sentindo um desânimo fora do comum, me sinto triste e venho pensando muito nas coisas que fizeram desencadear o transtorno. Você acha que isso pode ser efeito do remédio?

          Obrigada

        5. LuDiasBH Autor do post

          Daniele

          Não entendi muito bem o seu desmame. Nele está também o oxalato de escitalopram? Se estava se sentindo bem antes, não há como ser efeito do remédio. Talvez seja resultado do desmame. Fico feliz que tenha voltado ao trabalho e à faculdade e, sobretudo, tenha se livrado daquele medo horrível. Não seria bom buscar também uma terapia? Aguardo mais explicações.

          Beijos,

          Lu

        6. Daniele Fernandez

          Lu
          O desmame é do alprazolam. Estou tomando meio comprimido um dia sim e outro não. Já faço terapia, mas acredito que no meu caso não esteja surtindo tanto efeito. Segundo o médico, vou tomar o oxalato por maia dois meses, depois vou fazer o retorno pra ver por quanto tempo mais terei que tomar.
          Obrigada mais uma vez.

        7. LuDiasBH Autor do post

          Daniele

          Agora eu entendi. O oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais receitados. Muita gente que comenta aqui toma esse medicamento, inclusive eu. E dou-me muito bem. Realmente não há como precisar o tempo que deverá tomá-lo, pois vai depender muito da reação de seu organismo. O tempo não importa, mas a sua melhora. Continue otimista e persistente. Não desanime. Sempre que sentir vontade, venha aqui conversar conosco.

          Abraços,

          Lu

        8. Daniele Fernandez

          Lu

          Muito obrigada!
          É muito bom ver seu empenho em nos acolher, a gente que tem esse problema fica tão sensível, né? Este blog é de grande ajuda.
          Vou lhe mantendo informada sobre o tratamento.

          Obrigada

        9. LuDiasBH Autor do post

          Daniele

          Será sempre um prazer receber a sua visita. Já passei por isso, e sei o quanto é importante conversar sobre o assunto com quem nos compreende. Leia também outros textos, aqui no blog, com a mesma temática.

          Abraços,

          Lu

        10. Marcos

          Lu
          Estou tendo uma forte recaída. Tive depressão há 3 anos. Comecei tomando exudus de 5 ml e revoltril 2 ml. Depois de uma semana parei com o revoltril e tive um desmaio no meio da rua. Pensei que fosse pelo fato de ter parado com o revoltril, mas acho que não nessa recaída que estou tendo. Estou tomando exudus e depois de 15 dias tive outro desmaio. Depois de 20 dias tomando exudus falei pra médica que ainda estava muito ruim. Ela aumentou a dose para 15 ml. Depois de /5 dias tomando 15ml tive outro desmaio. Começo a ficar frio, de repente apago, fico todo suado. Depois vem uma sensação boa ou seja estou 30 dias em tratamento 22 dias com 10ml e depois a médica passou pra 15 mais ainda estou bem pra baixo e dasanimado. Será que é cedo para mudar com o medicamento ou aumentar a dose outra vez, até porque eu já me dei bem com exudus da primeira vez. Quanto a os desmaio, eu devo falar com a médica alguém?

        11. LuDiasBH Autor do post

          Marcos

          Nem todas as pessoas dão bem com um determinado antidepressivo. Muitas vezes, depois de certo tempo, nosso organismo começa a rejeitar o medicamento. Você deveria ter dito para a sua médica o que estava acontecendo consigo. Ela precisa conhecer todas as reações de seu organismo para saber como lidar com a dosagem ou, até mesmo, trocar de medicamento. Vamos imaginar que não esteja se dando bem com o oxalato de escitalopram e, como não fala sobre os desmaios, ela acaba aumentando a dose. Sua recaída nada tem a ver com o rivotril, que é um ansiolítico, e que só deve ser tomado quando extremamente necessário, ou seja, quando estiver com ansiedade excessiva. Depois de ter três desmaios num mês, já era para ter conversado com ela desde o primeiro. Você não está com crise de pânico? Converse com sua médica o mais rápido possível. Somente ela poderá dizer quando mudar o medicamento, ou, se deve aumentar a dose. Fique tranquilo, pois tudo se acertará. Aguardo notícias suas após conversar com ela.

          Abraços,

          Lu

  84. HADILTON

    Olá,

    Estou fazendo uso do ESC há um mês, e me sentindo bem melhor após o uso. Fico na dúvida se poderia tomar umas taças de vinho eventualmente.

    Obrigado,

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hadilton

      Seja bem-vindo ao nosso blog. Sinta-se em casa.

      Danadinho, já está sentindo falta do líquido de Baco! Eu também adoro vinho! Embora se diga que o oxalato de escitalopram não interage com o álcool, eu penso que é preciso cautela. Você não disse quantas taças pretende tomar… risos. Eu tomo, eventualmente, um taça durante o almoço e outra no jantar, ou duas taças de uma só vez, sempre com o estômago cheio e com muita água, acompanhando.

      Grande abraço,

      Lu

  85. Beatriz Autor do post

    Olá! Ótimo o seu blog, esclarece muitas dúvidas.

    Nunca gostei de antidepressivo, mas final do ano passado perdi meu pai, e com 3 meses perdi minha cachorrinha que estava há 14 anos comigo, além de outros rompimentos. Moro só, sou introspectiva demais, e muitas vezes sinto tristeza, irritaçao, ansiedade, falta de sono. O médico receitou ESC,associado ao frontal ou rivotril. A primeira semana me senti bem, mas agora na segunda estou pior. Me ajude, por favor! Será que devo deixar o ESC?
    Abraços!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Beatriz

      É um grande prazer recebê-la em nossa família. Agora você não mais se sentirá só, pois nós nos encontramos aqui, sempre dispostos a ajudar, embora não tenhamos todas as respostas, mas em contrapartida, temos muito carinho com os que aqui chegam.

      Amiguinha, é mais do que natural que esteja passando por uma fase de “tristeza, irritação, ansiedade, falta de sono” depois de tantas perdas. Chega um momento em que nosso corpo pede arrego, pois a carga é mais pesado do que ele pode aguentar. Quando digo corpo, incluo também a mente (o cérebro) que com ele forma um todo. Pode se tratar de um momento passageiro e que, com alguns meses de tratamento, você retoma o seu equilíbrio de antes. O importante é que busque ajuda médica, para que as crises não se agravem. A finalidade do antidepressivo é proporcionar-nos uma melhor qualidade de vida.

      Beatriz, todo antidepressivo apresenta efeitos adversos no início do tratamento. Infelizmente os médicos pecam por não informar isso aos pacientes. Muitas vezes, as pessoas sentem pior do que antes de começar a tomá-lo. Contudo, após duas a três semanas de uso, os efeitos ruins vão passando e os bons chegando. Portanto, não se apavore. Mantenha a calma. Sempre digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). E jamais pare o tratamento sem o aval de seu médico, pois as crises tendem a ficar piores. Você não deve parar de tomar o oxalato de escitalopram. Se os efeitos adversos estiverem duros de aguentar, entre em contato com seu médico. No primeiro mês é muito importante a interação entre médico e paciente. Procure aqui no blog por um texto chamado INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, que poderá alertá-la quanto aos efeitos ruins que aparecem no início do tratamento e, quando deve ter urgência na procura médica. Você não disse o que está sentindo para considerar-se “pior”. De qualquer forma, encontra-se na zona de turbulência do tratamento, que exige muita calma e maestria do piloto.

      Como você mora só e sente que é uma pessoa muito introspectiva, venha sempre aqui conversar conosco. O nosso blog possui 32 tipos de assuntos diferentes. Veja o que mais a agrada. Tenho a certeza de que irá gostar.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Luciana

      Querida, hoje passei no médico. Uso o escitalopran de 10 há 8 meses, e esse médico suspendeu e entrou com parmelor de 50 mg. Eu li na bula e estou com medo de tomar, pois tenho glaucoma, só q ele não perguntou se eu tinha algo. Ele pediu para retornar em duas semanas. Estou na dúvida se continuo com escitalopran até retorno, ou, se tomo esse parmelor, mesmo sabendo que não posso. Me ajude por favor.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Luciana

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, sempre que for ao médico, não espere que ele lhe pergunte o que tem, pois, atualmente, com essas consultas compartimentadas (médico de coração, de rins, de fígado, etc) e rápidas, o profissional não se preocupa em ter uma visão geral do paciente. Leve a sua listinha para se lembrar do que tem que falar com ele, que sofre disso e daquilo, e não se esqueça de acrescentar o nome dos remédios que toma.

        Luciana, porque ele resolveu passar para o pamelor? Você não estava dando bem com o escitalopram? ( segundo a bula: Por causa de sua atividade anticolinérgica, Pamelor deve ser usado com muita cautela em pacientes que têm glaucoma…). Assim sendo, eu a aconselho a entrar em contato com o médico ou secretária dele (via telefone ou e-mail) falando sobre sua preocupação. Jamais tome algo sobre o qual tenha dúvidas. Se não conseguir ter uma resposta, continue com o escitalopram até o retorno com ele. Certo?

        Um grande abraço,

        Lu

  86. Claudia Cristi

    Oi, Lu!
    Entrei no seu blog pesquisando a palavra escitalopran. Gostei muito dos seus textos e principalmente da delicadeza e sensibilidade com que responde e como todos escrevem e desabafam seus problemas. Parabéns!

    Minha mãe começou em outubro o tratamento com Reconter, 10mg. Passou muito mal tomando meio nomprimido. O médico indicou mais 15 dias tomando meio e depois passar para um inteiro, mas ela não consegue, sente um sono como se estivesse bêbada ou dopada. Não consegue parar em pé e só dorme. Por conta própria ela continua tomando meio. Será a metade suficiente? O que pode acontecer?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cláudia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa para desabafar, perguntar, interagir.

      Amiguinha, os antidepressivos podem agir de maneira diferente em cada organismo. Algumas pessoas ficam insones, outras dormem em demasia, algumas têm o apetite aguçado, outras perdem totalmente a fome, e por aí vai. Mas esses sintomas adversos tendem a passar, normalmene, após a segunda semana de uso, vindo então os efeitos positivos. Alguns médicos passam algum outro remédio (ansiolítico) como coadjuvante no tratamento. Sua mãe toma algum outro? Se ela começou em outubro, não era para estar com tanto sono assim. Pelo visto, não houve um retorno ao psiquiatra para lhe falar sobre o excesso de sono.

      Amiguinha, essa soneira não é normal pelo tempo de uso que ela já tem do remédio. Aconselho-a a levá-la ao psiquiatra o mais rápido que puder, para que ele faça uma avaliação do tratamento. Pode ser que a dose esteja excessiva. Nesse caso, é bom que não passe para um comprimido inteiro sem antes ter conversado com o médico.

      Fico aguardando novas notícias.

      Abraços,

      Lu

      1. Cláudia Cristi

        Lu, obrigada pla atenção.

        Ela só toma essa medicação. Voltamos segunda-feira ao médico, relatamos o que vinha acontecendo e ele mudou o horário da medicação para a noite. Ela também tem apineia e deixou de usar o aparelho para dormir. Pode ser que a qualidade do sono esteja pior e isso seja a causa desse sono todo, também. Vamos acompanhar e ela fará nova polissonografia também. Tomara que fique bem desse sono, porque dá tristeza e desânimo, pois vinha mostrando visivelmente estar melhor.

        Lu, mais uma vez obrigada por seu blog maravilhoso, que é um alento para as pessoas que passam por momentos tão difíceis e sofridos e encontram aqui atenção, carinho e respeito. Minha admiração e carinho.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cláudia

          Foi ótima essa volta ao médico. A mudança de horário fará uma grande mudança. Aqui no blog há casos de pessoas que também tiveram excesso de sono e melhoraram ao mudar para a noite. Quanto à pineia, realmente reflete imensamente na qualidade do sono. Isso também pode ser uma causa. Será importante o exame de polissonografia. Tanto o sono em demasia quanto a sua ausência são ruins para o organismo, o que nos mostra que o equilíbrio é a chave de tudo. Mas não se preocupe, ela irá ficar boa.

          Lindinha, sou eu quem agradece a confiança depositada em “nosso” blog. Sei que, em se tratando de doenças e transtornos mentais, é muitas vezes difícil encontrar quem esteja disposto a ouvir-nos com atenção, sem ver no problema um estigma. E é exatamente este o nosso papel aqui no blog: ouvir, compreender, respeitar e estimular a pessoa a buscar melhoria na sua qualidade de vida.

          Beijos,

          Lu

  87. Natália

    Oi Lu!

    Primeiramente preciso lhe parabenizar pelos artigos. A sua dedicaçao em ajudar as pessoas é admirável! Os seus textos foram os únicos que me acalmaram, pois na internet esse assunto é sempre tratado com muito terror, pela maioria dos blogs, deixando quem sofre do problema ainda pior.

    Bom, estou passando por duas fases de adaptaçao: A do remédio e a da aceitaçao comigo mesma do problema.
    Perdi um animal de estimaçao muito querido no começo deste mês e desde entao minha “panela de pressao” estourou. Sempre fui ansiosa e medrosa, mas desde o fato tudo fugiu do controle. O animal ficou doente e se foi muito rápido e isso desencadeou em mim um medo enorme de doença. Consequentemente comecei a sentir alguns sintomas físicos como tontura, náuseas, dor de cabeça e diarreia. Após ir várias vezes ao hospital e fazer vários exames que não indicaram nada físico, fui encaminhada para o psiquiatra, que me receitou o oxalato de escitalopran. Hoje é apenas o terceiro dia que estou tomando e sei que preciso respeitar o tempo de adaptaçao. O problema é justamente a ansiedade de querer ficar boa logo, pois sempre fui muito alegre e nunca havia passado por algo parecido.

    Gostei de ler que você se adaptou ao escitalopran. Espero que comigo ocorra o mesmo, pois, por enquanto, a sensaçao ruim parece ter piorado e dá a impressão que nunca vai passar… Enfim, meu comentário nao é bem uma pergunta. Apenas quis me juntar ao time e desabafar! Compartilhar e dar mais força!

    Beijos e novamente parabéns!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Natália

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, sempre aprendi que os problemas possuem a dimensão que damos a eles. É o prisma pelo qual olhamos a nossa vida é que a torna melhor ou pior. A escolha fica por conta de cada um. Em relação aos problemas mentais, desde adolescente aprendi a conviver com eles e, sobretudo, a aceitá-los. Não no sentido de cruzar os braços numa atitude simplista ou omissa, mas admitir que os tenho, e que terei uma vida muito boa, se essa consciência levar-me à busca de tratamento e a um conhecimento maior de mim mesma como ser humano. Penso que o primeiro passo para resolver qualque problema é admitir que ele existe. Fora disso é chover no molhado, pois não se combate o inadimissível.

      Em relação às doenças e transtornos mentais, o ponto de partida é a firme convicção de que o cérebro também adoece, assim como o fígado, o coração, os rins, etc. Partindo daí é fácil aceitar nossos contratempos, assim como quem lida com a diabetes, a hipertensão, o câncer, etc. O segundo ponto é aceitar que não somos seres divinais, logo, estamos sujeitos aos desajuste de nosso corpo, como qualquer outra pessoa. Nunca questionei o fato de ser depressiva, pois está dentro do contexto de minha humanidade. Jamais me fiz de “coitadinha” ou vi meu caso como um bicho-de-sete-cabeças. Ao contrário, gosto de rir de meus supostos “chiliques”, escrevendo sobre eles. Foi exatamente um texto assim, chamado ESCITALOPRAM OU FLUOXETINA que, ao ser postado, transformou-se num fórum, tamanho tem sido o número de acessos e comentários, vindos de todas as partes do Brasil e também de outros países de língua portuguesa. E com isso ganhei uma família POP (paciente, otimista, persistente) maravilhosa, em que seus membros ajudam-se mutuamente. E assim vamos tendo uns dias bons, outros nem tanto, como acontece com qualquer mortal.

      Natália, compreendo a sua dor. Também crio gatinhos (dois no momento). A perda de cada um deixa-me, por uns dias, na pior. Choro muito. Aos poucos vou aceitando a finitude da vida, e compreendendo que não há como lutar contra ela. Eu prefiro que um bichinho morra rapidamente, a vê-lo sofrer por dias a fio. Tudo tem seu tempo, amiguinha, e nossos animaizinhos de estimação não fogem à regra. Aceitação é a palavra mágica para aquilo que não podemos mudar. O importante foi o amor que lhe dedicou. Bote outro no lugar e faça o mesmo.

      Amiguinha, há momentos em que nosso equilíbrio emocional mingua, trazendo-nos inúmeros desconfortos. No que diz respeito à sua depressão, ela parece ter sido ocasionada pelo trauma da perda. O antidepressivo irá ajudá-la a equlibrar-se, funcionando como suporte emocional para esse seu momento de extrema fragilidade. A depressão traumática é uma das mais fáceis de serem tratadas. Não demorará muito para que seu médico suspensa o antidepressivo, ao contrário da minha que é crônica. Portanto, fique tranquila! Logo estará ótima.

      Lindinha, quero alertá-la quanto aos efeitos adversos do início do tratamento. Embora pareça que você tenha ficado pior, dentro de duas a três semanas eles desaparecem, surgindo os bons, que irão lhe oferecer uma melhor qualidade de vida. Não desista! Seja POP! Aguente o período de turbulência com a postura de uma batalhadora. Aqui no blog você encontrará mais textos sobre o nosso problema, inclusive quanto aos efeitos adversos do antidepressivo. Durante o período em que se encontrar na “zona de turbulência”, venha sempre conversar conosco. Não se sinta sozinha. Será um grande prazer tê-la no nosso time. Precisamos de pessoas otimistas, que olhem a vida com um extremado amor. Aqui não há espaço para os derrotistas, os amedrontadores e insensatos. Você poderá também interagir com os colegas, conversando com eles.

      Natália, obrigada pela generosidade em dar tantos créditos a este espaço, que é também um pedacinho de cada um de vocês. Ajude-nos a levá-lo às pessoas que precisam de ajuda neste campo. Conheça também outras categorias de nosso blog.

      Um grande beijo,

      Lu

  88. Lilian

    Boa noite, Lu!

    Meu nome é Lilian e descobri que estou com depressão há dois dias… Que coisa horrível é essa! Uma vontade de não fazer nada, agitação, inquietação, tristeza! Estava em casa com minhas filhas pequenas e me deu um desespero, uma agonia… Liguei para minha mãe vir ficar comigo,igual uma criança, fui à psicóloga mas não tive a menor paciência de ficar lá falando. Procurei um psiquiatra e ele me receitou fluoxetina 20mg, 3 vezes ao dia, e 5 gotas de rovotril à noite, para que eu saia da crise, pois estou muito mal, sensação de que vou enlouquecer, que não faço parte deste mundo, porém o rivotril me deixa o dia todo morta, jogada na cama. É melhor eu tomar só a fluoxetina ou os dois juntos, mesmo? E essas sensações estranhas passam mesmo, porque tenho a impressão de que não vão passar nunca.
    Obrigada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lílian

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa!

      Amiguinha, pelo que me descreveu, você teve uma crise de pânico. Mas fique tranquila porque essa sensação de morte iminente não é real. A Síndrome do Pânico vem afetando um grande número de pessoas. Ela dura alguns minutos e jamais leva a óbito, ainda que este mal-estar seja tenebroso para quem o sente. E quanto mais cedo iniciar o tratamento, mais cedo ficará livre dela. E lembre-se de que ao tomar um antidepressivo é preciso transformar-se numa mulher POP (paciente, otimista e persistente), pois as primeiras semanas são bem difíceis para a maioria das pessoas, até que cheguem os efeitos positivos do remédio.

      Lílian, há vários tipos de depressão. Pode ser que a sua seja passageira, e com alguns meses de tratamento possa abrir mão do remédio, mas isso com acompanhamento médico. O ideal nesses casos é procurar um psiquiatra, mesmo. Os outros tratamentos servem apenas como coadjuvantes. Quero alertá-la que, no início do tratamento, os efeitos adversos são terríveis, a pessoa parece ficar pior do que antes de tomar o antidepressivo. Mas depois de duas semanas, mais ou menos, os efeitos adversos vão desaparecendo, dando lugar aos bons. Nessa fase é preciso ser duas vezes POP. Se o rivotril está derrubando-a assim, diminua a quantidade de gotas e faça uma experiência. Também faz-se necessário que, em caso de efeitos adversos insuportáveis, procure seu médico e relate tudo. Esse contato é muito importante no primeiro mês.

      O rivotril é um coadjuvante no tratamento da Síndrome do Pânico, portanto, o ideal é que tome os dois, conforme a prescrição médica. Diminua as 5 gotas para 3 e observe se houve melhora. O que está sentindo também pode estar ligado aos efeitos adversos da fluoxetina (eu a tomei por muitos anos), que acontecem no início do tratamento, mas que passam após o período descrito acima. Essa sensação estranha irá passar, sim, pois essa é a função do depressivo, ou seja, oferecer ao paciente melhor qualidade de vida. Caso contrário não teria função alguma.

      Lindinha, volte sempre que quiser. Venha sempre me dizer como anda seu tratamento e desabafar.

      Beijo no coração,

      Lu

  89. Juliana

    Lu, quais sintomas você sentia antes de tomar o Exodus? Teve alguma reação? Se sente melhor agora?

    O médico me receitou o de 10 mg. Não sei se começo a tomar agora ou só depois do carnaval, porque dia 06/02 vou viajar para a cidade de meus sogros e terei que passar uns 10 dias por lá. Estou apavorada, com medo de começar a tomar agor, e sentir as reações durante minha estadia lá, e ao mesmo tempo quero começar a tomar pra ver se me sinto melhor logo, e curtir o carnaval numa boa com meu marido. O que você me aconselha?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Eu tive minhas primeiras crises na adolescência, começando com o pânico. Já passei por inúmeros antidepressivos, sendo o penúltimo a fluoxetina. Com o tempo (anos de uso) ela deixou de fazer efeito, quando fui medicada com o oxalato de escitalopram. Sentia ansiedade, depressão, SP e mais um rosário coisas ruins. Hoje estou ótima, até dando suporte emocional para meus amiguinhos do blog… risos.

      Lindinha, você levanta um ponto importante, pois 95% das pessoas têm que lidar com os efeitos adversos iniciais, que podem durar até três semanas. E não são fáceis, pois a pessoa, muitas vezes, fica pior do que antes de tomar o remédio. É a luta do organismo para não aceitar a nova substância. Se puder aguentar, deixe para tomar após sua volta, pois pode não ter condições de curtir o Carnaval, trazendo preocupações para todos. Vá contornando com um ansiolítico (mas não beba) até chegar em casa, onde terá tranquilidade para iniciar seu tratamento. Portanto, bom Carnaval, e faça propanda de nosso blog em sua viagem.

      Beijos,

      Lu

      1. Juliana

        Muito obrigada, Lu!
        Suas palavras me ajudaram muito agora. Vou seguir o que você me disse, e começar o tratamento quando voltar para casa. Qual ansiolítico você me indica para aguentar esses dias, alprazolam ou Olcadil?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Eu nunca tomei nenhum dos dois e não conheço suas reações. Há muitos anos que faço uso do bromazepam (o conhecido Lexotan), 3 mg, quando me sinto mais agitada ou insone. Não sinto nenhum efeito colateral. Acho-o bem fraquinho e nunca me viciei nele.

          Beijos,

          Lu

      2. Paula

        Boa-noite, Lu!
        Faço uso de antidepressivo há 11 anos. Você toma há quanto tempo? Não tem medo do antidepressivo causar uma doença secundária com o uso prolongado? Esse é o meu medo atual, ter alguma doença causada pelo antidepressivo, porque minha depressão é crônica.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Paula
          Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, também tenho depressão crônica, que se manifestou ainda na minha fase juvenil. Tomo antidepressivo, continuadamente, há mais de duas décadas. Não tenho medo nenhum, ao contrário, fico tranquila ao saber que ele pode me ajudar. Confesso que o tomo como se tomasse uma vitamina. Não acredito que seu uso possa causar alguma doença, mas a sua falta, sim, pois não teria equilíbrio para conduzir a minha vida. Que não seja esse o seu medo. Converse com o seu psiquiatra a respeito, para que possa tranquilizá-la.

          Beijos,

          Lu

        2. Paula

          Oi, Lu!
          Você faz uso de qual antidepressivo? Eu usei o clomipramina por 10 anos e agora faço uso do reconter (escitalopram). Você tem casos na família de pessoas que fazem uso prolongado de antidepressivos? Na minha há vários casos.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Paula

          Há cerca de quatro a cinco anos que faço uso do oxalatro de escitalopram. Na minha família, pela parte materna, existem inúmeras pessoas que fazem uso de antidepressivos. Muitos de nós sofrem depressão hereditária, portanto, não podemos abrir mão do antidepressivo. Eu o tomo desde a adolescência. Também tenho inúmeros amigos que fazem uso desse tipo de medicamento. O importante é que estamos tendo melhor qualidade de vida, não é mesmo?

          Abraços,

          Lu

  90. Vanessa

    Oi Lu, tudo bem?

    Estou há 3 semanas tomando Exodus, porém há apenas 1 semana e 2 dias que estou tomando o comprimido inteiro. Estou me sentindo melhor, mas sinto que ainda não estou gozando plenamente dos benefícios da medicação. Será por que estou tomando há apenas 1 semana e 3 dias a dosagem correta? Bom, queria também lhe perguntar se posso tomar dorflex e omeprazol mesmo tomando antidepressivo?
    Beijos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      É por isso mesmo, pois a dosagem ainda está muito fraca. Fique tranquila, logo estará ótima. Pode tomar, sim, mas não abusive desses remédios. Há, inclusive, um texto do Dr. Telmo no blog, condenando o excesso de remédios como omeprazol que são tomados continuadamente. Opte por chá de camomila, erva-cidreira e erva-doce. Quanto ao dorflex, tome somente quando necessário. Não tome como preventivo.

      Beijos,

      Lu

        1. Daniele Fernandez

          Boa tarde, Lu!

          Depois de muita resistência em aceitar tomar os remédios, decidi começar o tratamento logo. Iniciei com meio comprimido de exodus e o rivotril sublingual nas crises. De fato, as crises voltaram e piores, mais de uma vez por dia, a ponto de eu não conseguir ir trabalhar e nem sair na rua sozinha. Tomei o rivotril apenas duas vezes, e parece que ele não deu efeito nenhum. Fui ao psiquiatra que me tratou super mal e disse que isso é normal. Porém, meu cardiologista está me acompanhando, e falou para eu começar a tomar o exodus inteiro e alprazolam meio comprimido antes de dormir (esse medicamento foi passado pelo primeiro psiquiatra de que não gostei, que me tratou mal, já o rivotril foi pelo segundo psiquiatra).

          Comprei o alprazolam hoje e pretendo tomar como o cardiologista recomendou. Ele disse que pelos meus sintomas, tenho síndrome do pânico, já que não consigo ir trabalhar e nem sair sozinha, ele pediu para eu tomar por um mês, já que o desmame de alprazolam é mais fácil que o do rivotril. Não é fácil a adaptação desses remédios, parece q estou vivendo um pesadelo.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Daniele

          Quando se faz necessário o uso do antidepressivo, quanto mais cedo começar, melhor. Não adianta ficar sofrendo, quando temos meios para ter uma melhor qualidade de vida. Quanto aos médicos brutamontes, o melhor á fazer é descartá-los, pois o mercado está cheio de todo tipo. Se não tenho empatia com o profissional, procuro outro imediantamente e ainda lhe falo o porquê de procurá-lo, pois não gosto de ser maltratada. Sem falar que o doente mental é muito sensível e precisa de ajuda emocional. Você tem síndrome do pânico, sim. Os sintomas são os mesmos. O pesadelo vivido diz respeito apenas ao início do tratamento, quando os efeitos adversos chegam com toda força, até mesmo piorando nosso quadro. Após cerca de duas semanas eles vão desaparecendo e surgindo o lado positivo. E você vira uma nova pessoa. Portanto, seja POP (paciente, otimista e persistente). Volte para me contar como está indo com o novo antidepressivo.

          Beijos,

          Lu

  91. Carolini Passos

    Boa noite, Lu!
    Fui ao meu cardiologista, relatei sobre a tonteira que estava sentindo, ele falou, o que achei estranho, que não era devido ao desmame do remédio e sim uma possível labirintite, pois a dose que eu tomava era baixa (10mg) pra dar alguma reação com a parada do remédio, sendo que nunca senti tontura e comecei a sentir logo depois que parei com o remédio. Enfim, ele me passou mas uma caixa e disse pra tomar em dias alternados, comecei tomar ontem e hoje, já estou bem melhor. Junto com scitalax também tomei um labirin remédio para labirintite. Eu perguntei se era melhor um encaminhamento para um psiquiatra mas ele disse que não era necessário. Mesmo assim vou procurar um, sei que ele é cardiologista e um profissional, mas não exatamente para que estou precisando. Só comecei a me tratar com ele quando tinha crises de pânico e achava que estava tendo um infarto, até ele perceber que era de origem psicológica, mas mesmo assim não me encaminhou. Ainda agora tive uma crise, meu coração e ombro direito deu uma fisgada que durou 5 min, achei que iria morrer, em seguida passou, já não sentia isso faz tempo, esse medo, não sei se foi pela parada do remédio. Desculpa meu texto enorme, mas precisava desabafar.
    Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carol

      Seja lá qual for a dosagem, quem toma antidepressivo, ao parar, precisa passar pela desmame. O organismo encontra-se acostumado com uma substância que mexe com ele, quando se vê sem ela, ressente. É o mesmo que acontece com quem para de fumar. É o efeito da abstinência. Por isso o desmame deve ser orientado pelo médico, parando a pessoa aos poucos, para que não sofra com a supressão abrupta do medicamento. A dosagem de 10 mg não é pequena, como ela relatou. Como ele chegou à conclusão de que você está com uma “possível” labirintite? E já está tomando remédio sem ter certeza?

      Amiguinha, cada profissional deve trabalhar no seu campo. Assim sendo, aconselho-a a buscar um psiquiatra. Relate-lhe todo o seu histórico, o que está tomando, há quanto tempo, etc. Normalmente, os médicos não querem perder pacientes. Penso eu que, uma vez que seu problema não era cardíaco, ele deveria tê-la repassado para um psiquiatra. Tudo o que está sentindo tem a ver com a parada do remédio. Não se preocupe. Os dias alternados que o médico lhe receitou faz parte do desmame. Resta saber se você já está pronta para abrir mão do remédio. Veja isso com o psiquiatra, antes de acabar a caixa.

      Lindinha, escreva o quanto quiser. Desabafe sempre! E continue me dando notícias.

      Beijos,

      Lu

  92. Priscilla

    Oi, Lu!
    Eu tenho 23 anos, sempre tive uma vida ativa, trabalhando, estudando, gosto muito de sair pra tomar um chopp com meu noivo, enfim, tenho uma vida que algumas meninas da minha idade acham ser “ideal”. Porém as coisas estão perdendo a cor a partir do momento que tive um ataque de pânico: mãos frias, pés frios, visão embaçada, respiração alta, sensação de falência, um horror, mas passou. Fiquei uns meses bem, mas logo veio a recaída e junto com ela uma tristeza profunda, inclusive na TPM piora muito. Comecei a tomar Citalopram 20mg de manhã e Pimozida 1mg à noite há uma semana, a partir daí não durmo mais à noite, passo o dia com sono. Agora comecei a sentir ansiedade, ferroadas pelo corpo, inquietação e a maldita insônia. Será a fase de adaptação? Será que minha vida precisa mudar tanto assim? Estou insegura, com medo de perder o noivo, nunca mais vou poder tomar um chopinho com ele? Gostei muito do seu blog! Parabéns!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Priscilla

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, o ataque de pânico (síndrome do pânico) vem como um aviso indicativo de que algo em nosso cérebro não vai bem. A gente pode ter ansiedade, tristeza profunda, inatividade, mas só realmente busca o médico quando a SP dá as caras. Ela vem na maior bruteza, com a sensação de morte iminente. É quando saímos correndo em busca de ajuda. Apesar de horrível, ela parece funcionar como um telegrama da mente pedindo ajuda. E, se não tratada, a SP vai ficando cada vez mais constante e mais forte. Saiba que os problemas mentais não escolhem tipos de vida para aparecer. O mau funcionamento dos neurônios tanto pode acontecer com pessoas introspectivas ou extrospectivas. Você deveria ter procurado um psiquiatra logo na primeira crise.

      É fato que durante a TPM as coisas pioram ainda mais. É muito hormônio em ebulição. Você se encontra no início do tratamento, quando os sintomas pioram, aparecendo os efeitos adversos. Tudo o que está sentindo é normal, pois trata-se da fase de adaptação. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Normalmente, após duas semanas, os efeitos ruins vão diminuindo e os bons aparecendo. Tenha calma. Faça a sua parte no tratamento. A função do antidepressivo é oferecer-lhe uma melhor qualidade de vida. Logo estará ótima, podendo desfrutar as maravilhas da vida a dois com o seu noivo. Procure eliminar a palavra “medo” de sua vida, pois ela tem uma carga muito negativa. Quanto ao chopinho, um só não faz mal. Se a insônia persistir, converse com seu médico. Passando o período de adaptação, o corpo volta ao equilíbrio.

      Também gostei muito de sua presença aqui. Não suma!

      Beijos,

      Lu

      1. Priscilla

        Lu

        Dia 25 de janeiro, eu encontrei seu blog e deixei um comentário sobre como estava me sentindo por ter descoberto recentemente uma síndrome do pânico. Fiz algumas perguntas e inclusive você as respondeu com muito carinho. Estava sem chão, sem ânimo e com muito “medo do medo”. Eu estava no início do tratamento com citalopram e orap, passando por inúmeros efeitos adversos e com medo de que minha vida, que era tão boa, continuasse mudando para pior, porém como você mesma disse, procurei aguentar os efeitos, pois eles passariam e realmente passaram.

        As coisas normalizaram para mim, mas não nego que às vezes me sinto insegura diante de algumas situações, daí começo a pensar no pânico mas logo controlo. Procurei encontros de orações e relaxamento espiritual, arrumei um tempo pra mim e comecei a fazer as pazes com meus “fantasmas” interiores, creio que tudo tenha ajudado bastante. Cheguei à conclusão que precisava passar por isso, pois foi uma sacudida que a vida resolveu me dar, seja pra me tornar uma pessoa melhor, seja pra testar minhas forças, enfim, estou vivendo um dia após o outro e tentando ser o mais feliz possível!

        A mensagem que fica é a de força, fé e persistência, pois tratar-se é preciso, primeiro vem a tempestade depois o arco-íris.

        Um beijo e obrigada pela atenção, querida!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Priscilla

          O seu depoimento é fonte de luz para todos nós. Não são poucas as pessoas que me escrevem dizendo o quanto os depoimentos aqui encontrados foram importantes para que elas buscassem tratamento, aguentassem o período inicial dos efeitos adversos e acreditassem que poderiam ter uma vida de qualidade. Portanto, querida, agradeço em nome de todos a esperança que aqui dissemina.

          Você escreve: “As coisas normalizaram para mim, mas não nego que às vezes me sinto insegura diante de algumas situações, daí começo a pensar no pânico mas logo controlo.”

          Lindinha, quem não passa por períodos de insegurança, por mais sadio que se sinta? Viver, por si só, já é um ato de coragem. A insegurança, quando equilibrada, é necessária para nos ajudar a tomar a melhor decisão possível, avaliar pros e contras, buscar o melhor caminho… Somente os insensatos dizem que são “100%” seguros. E deles devemos fugir, pois são irresponsáveis, arrogantes e imaturos.

          Gostaria sempre de contar com a sua presença aqui.

          Beijos,

          Lu

  93. Carolini Passos

    Obrigada Lu
    Suas postagens são sempre muito boas, passam um alívio por saber que não estamos sozinhos nessa. Como disse no outro post, eu parei com o scitalax já faz 4 dias, mandei mensagem para meu cardiologista, pois estou sentindo muita tonteira, ele vai avaliar na segunda-feira, se devo ou não voltar ao medicamento, só gostaria de saber se é normal, quando deixamos o remédio, sentir essa sensação de tonteira, não sei nem explicar muito bem, eu não fico tonta de ver tudo rodando, mas é uma sensação como se fosse desmaiar, estou preocupada.

    Obrigada Lu
    Beijão

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carolini

      Quando o desmame do remédio é feito abruptamente, o corpo reage fazendo aparecer os sintomas ruins de antes. Penso, inclusive, que a sua crise de pânicio foi em função da parada brusca com o antidepressivo. O desmame é feito diminuindo a dosagem, depois tomando um dia sim e outro não, etc, sob orientação médica. E, ao que me parece, você não fez isso. Assim sendo, é mais do que normal estar passando por isso agora, até que seu corpo acostume-se com a falta do oxalato de escitalopram. Portanto, fique tranquila e aguarde sua volta ao cardiologista. Por que não opta por um psiquiatra?

      Dê-me notícias!

      Abraços,

      Lu

      1. Carolini Passos

        Obrigada, Lu, vou fazer isso. Hoje estou sentindo muito mais tonteira, está insuportável, mas amanhã vou falar com ele, para ver se me encaminha para um psiquiatria, e te falo como foi.
        Bom domingo a todos!

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Carolini

          O mais importante é que mantenha a calma. Saiba que não é preciso encaminhamento para psiquiatra. Você mesma pode procurar o profissional. Continue dando-me notícias.

          Abraços,

          Lu

    2. Emanuel Nunes

      Olá!

      Meu nome Emanuel tenho 37 anos e estou tomando o escilatopram há 1 ano. O início do tratamento foi bastante complicado a ponto de pensar em interromper, mas é uma das poucas vezes em toda minha vida que consigo dar seguimento em um tratamento, pois na maioria das vezes acabo interrompendo por achar que não está fazendo resultado. Isso digo em tratamentos comuns como medicamentos para sinusite enxaquecas. Mas a minha doença era mental, comecei primeiro com pensamentos de morte, tinha a impressão que teria um ataque cardíaco a qualquer momento, crises de ansiedades eram frequentes, mas até o momento não sabia que era uma doença mental. Foi aí que pedi ajuda da minha família, porque não havia mais vontade de trabalhar, de levar a minha vida religiosa em frente, o medo era presente em quase tudo, dirigir já era difícil pensava que iria morrer em um acidente a qualquer momento.

      Mas tenho certeza que tenho um anjo da guarda que me proteje, porque fui ao médico no momento certo, primeiro ao cardiologista e neurologista. Após psicólogo mais ou menos umas 4 vezes, e fui entendendo o que poderia estar acontecendo, e finalmente ao psiquiatr que explicou o que estaria acontecendo. Foi aí que comecei o tratamento com escilatopram e notei a melhora depois de uns 45 dias. Os primeiros 15 dias foi um inferno. Achava que não estava fazendo efeito, pelo contrário estava pior, mas com o tempo e com o auxílio de meu médico consegui amenizar a situação. Então amigos, não desistam deste remédio que é um parceiro diário.

      Abraço

      1. LuDiasBH Autor do post

        Emanuel

        Antes de chegar a ter consciência de que precisa passar por um tratamento mental, a pessoa sofre muito, pois jamais imagina que sua mente possa estar precisando ser medicada. A nossa sociedade, por muito tempo, ignorou que o cérebro pudesse adoecer. Somente agora, com o avanço da Ciência neste campo é que as coisas estão mudando.

        Pelo que descreve, você começou com ataques de pânico. Noramalmente é essa a síndrome que leva a pessoa a buscar ajuda médica, pois a sensação de morte iminente é terrível. Tudo não passa de mera impressão, pois ninguém morre de SP (Síndrome do Pânico). Ela deixa a pessoa tão fragilizada, que essa passa a ter medo de quase tudo. Quanto ao escitalopram, ou qualquer outro antidepressivo, as primeiras semanas são terríveis, pois os sintomas realmente pioram. O organismo nega-se a receber a substância que lhe é estranha. Entranham numa briga de foice, para depois viverem como irmãos, unha com carne… risos.

        Amiguinho, parabéns por levar seu tratamento a sério. Desistir é ter que refazer o mesmo caminho depois, passando por atoleiros ainda maiores. A função do antidepressivo é oferecer-nos uma melhor qualidade de vida. Se isto não estiver acontecendo, é preciso cobrar do médico.

        Grande abraço,

        Lu

  94. Camila Pessoa

    Oii Lu, tudo bem?

    Tenho 25 anos e a dois anos atrás comecei a tomar o scitalax. No final do ano passado parei de tomar e a agora tive uma recaída e comecei a tomar de novo! Como me casei há 4 meses, fiquei muito triste por ter tido essa recaída, e só penso como vai ser quando for engravidar…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Camila

      Seja bem-vinda a este cantinho, onde formamos uma grande família.

      Lindinha, as recaídas são normais, pois muitas vezes precisamos de mais tempo com o antidepressivo. Realmente aconselha-se comunicar ao médico quando engravidar e estiver amamentando. O ideal é que nessa fase, a mulher não faça uso de antidepressivos. Mas, se for estritamente necessário, tem que haver um acompanhamento médico, devendo ela saber quais serão os riscos para o bebê. Espero que, ao engravidar, você possa abrir mão do remédio. Mas não se preocupe agora. Parabéns pelo casamento, desejo que seja muito feliz.

      Obrigada por sua presença no blog e comentário. Volte sempre.

      Beijos,

      Lu

  95. Tatiane

    Boa noite, Lu!
    A secretaria do meu médico ligou hoje e disse que é para eu continuar a tomar o propranolol. Ele disse que este medicamento não é necessariamente para pressão alta, mas que quem tem ela alterada ele auxilia, é para controlar os batimentos cardíacos. Dai só de pensar em tomá-lo hoje à noite já meu deu uma certa agonia. Minha irmã ficou brava comigo e disse que é o terceiro comprimido que eu tomo e se fosse dar alguma reação seria no primeiro. Lu, como é difícil controlar a cabecinha né? Mas confio em Deus e sei que vai dar tudo certo.
    Lu, uma ótima noite.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Tati

      Você precisa controlar esse seu medo de remédio e confiar mais no seu médico. Eu também havia lhe dito que o dito não era só para pressão. Sua irmã está certíssima. Além do mais, quando sentir que está bem, ele pode ser retirado. Precisa mesmo controlar essa cabecinha criativa. Já está dando tudo certo. Fique tranquila, siga sua vida com normalidade.

      Beijos,

      Lu

  96. Tatiane

    Bom dia, Lu!

    Tudo bem? Bom tive síndrome do pânico em 2005, quando fiz uso de Paroxetina 5 mg, durante 1 ano, e com o tempo meu médico foi diminuindo a dosagem, até que não precisei mais tomar. O fato é que a síndrome é recorrente, ou seja, vez ou outra ela volta. Achei que iria ter novamente, quando ganhei meu bebê, hoje com 1 ano e 7 meses, mas fui aguentando aos trancos e barrancos. Apenas sentia mais medo do que comumente, me agarrei a Deus com fé e devoção. Mas acredito que, como não somos máquinas, uma hora a gente “pifa”. E acredito que, como sou muito preocupada e levo as coisas bem certinho no meu serviço, comecei a encasquetar com as coisas. E com isso comecei a sentir falta de ar, dor no peito e uma sensação de estar sufocando, ao ponto de não conseguir comer direito, resultado: emagreci uns 4 kilos, como já era magra, fiquei mais magra ainda, e aqui no meu serviço o pessoal começou a tirar um certo sarro, o que me incomodou muito. Se não bastasse isso, conforme me estressava sentia meu coração disparar e de repente dava uma paradinha e voltava. Em pânico, claro, fui ao cardiologista, fiz eletrocardiograma e não deu nada, mas conforme a conversa fluía e ele me perguntava o que mais me estressava, e me dava uma taquicardia.. Ele disse que tenho taquicardia por ansiedade. Me receitou propranolol 40 mg e escitalopram 10 mg. O fato é que fui comprar e a atendente disse que o propranolol é para pressão alta, e o médico disse que é para controlar os batimentos cardíacos. Como tenho pressão baixa, já fiquei morrendo de medo de tomar, mas meu marido disse que o médico sabia das minhas condições, e ele não receitaria algo para me prejudicar. Hoje estou no segundo dia tomando os dois e as reações são horríveis. Esta noite não sabia se era reação do medicamento, ou se porque li a bendita BULA ou se eram as crises de pânico. Daqui a pouco vou ligar para meu cardiologista e ver se realmente este propranolol não faz mal por eu ter a pressão baixa e ter hipoglicemia.

    Desculpe estar desabafando Lu, mas é que em casa, como ninguém nunca teve isto, fica difícil conversar sobre o assunto, e na maioria das vezes fico quietinha no meu canto. E não posso me entregar assim, tão fácil a este problema novamente, pois agora tenho uma riqueza que depende dos meus cuidados (Luiz Felipe…meu filho que amo muito). Lu, você já ouviu falar no propranolol, será que realmente faz mal para quem tem pressão baixa? Dúvidas cruéis…

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Tatiane

      Minha querida, sinta-se em casa. Desabafe sempre que quiser. Este cantinho aqui é para isso mesmo. Somos uma família.

      Vamos começar pelo medicamento denominado porpranolol que, ao que me parece, é o que a está mais incomodando. Já eu ouvi falar desse remédio, sim, embora nunca o tenha tomado. Ele não é indicado apenas para hipertensão, mas também para “ARRITMIAS CARDÍACAS”, entre outros problemas de saúde. O seu marido tem toda a razão, pois seu cardiologista tem a obrigação de saber o que está receitando. Se você repassou para ele todas as suas condições de saúde, inclusive que tem hipoglicemia, nada tem a temer. Portanto, fique tranquila.

      Tati, há vários tipos de depressão, desde a causada por um trauma à crônica, sendo a última o meu caso. Alguns tipos são passageiros, outros recorrentes e há aqueles que são permanentes. É difícil para o especialista determinar em qual nos encaixamos, pois não existem exames que comprovem ainda o grau depressivo de uma pessoa. Daí o porquê de não sabermos exatamente por quanto tempo deve durar o nosso tratamento. Muitas vezes o médico acha que devemos pará-lo para depois perceber que deve ter continuidade. Foi muito importante parar o antidepressivo durante a gravidez e amamentação. Agora já pode voltar a tomá-lo, sem nenhum problema para o Felipe, se já tiver interrompido a amamantação.

      As sensações descritas por vocês estão ligadas à SP (síndrome do pânico). Além do escitalopram, um dos antidepressivos mais usados atualmente, faz-se necessário que você mude o seu movo de ver e viver a vida. Acredito eu que o remédio corresponde a 50% do tratamento, sendo os 50% responsabilidade nossa, conforme explico no texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Mudar o nosso comportamento diante do mundo é fundamental para uma vida de qualidade. O primeiro ponto é não colocar a nossa alegria nas mãos de ninguém, pois ela deve sempre vir de dentro para fora. O segundo é ter a consciência plena de que “ninguém muda ninguém”, a não ser que a própria pessoa o queira. Devemos centrar naquilo que é de nossa competência, sem jamais assumir a responsabilidade dos outros, ainda que nos incomode. Caso contrário estaremos criando todos os meios para sermos infelizes e doentes. Portanto, amiga, você precisa mudar o seu modo de lidar com as pessoas no seu trabalho, para que isso não afete sua saúde. Tampouco se importe com críticas relativas a seu corpo. Deixe que entrem por um ouvido e saiam por outro. Quanto mais importância der, mais abre espaço para que esse tipo de coisa aconteça. Tudo o que não podemos mudar, só nos resta aceitar da melhor forma possível.

      O início de um tratamento com antidepressivo é mesmo muito sofrido. Ficamos piores do que estávamos antes. Mas após duas semanas, aproximadamente, de uso, os efeitos ruins vão desaparecendo e os bons chegando. É por isso que precisamos ser POPs (pacientes, otimistas e persistentes). Tenho um texto no blog denominado INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM que vai alertá-la sobre os possíveis efeitos adversos, assim como quando será necessário contatar seu médico.

      Amiguinha, como você está se sentindo muito magra, quero alertá-la de que o oxalato de escitalopram tanto pode fazer engordar como emagrecer no início do tratamento, até que o corpo fique equilibrado com essa nova substância. Se perder o apetite, procure reforçar a sua alimentação, ainda que não sinta fome. Gostaria que lesse os comentários para se inteirar das reações negativas e efeitos positivos do remédio. Essa troca com os leitores será muito boa.

      Foi um grande prazer recebê-la. Volte para me dizer como anda seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Tatiane

        Oi Lu, bom dia!
        Obrigada por responder. Ontem liguei para meu médico para falar a respeito do propranolol, mas o mesmo está viajando, falei para secretária dele sobre os sintomas e sobre estar tomando o propranolol e minha pressão estar baixando mais, ela disse para não tomar, e ontem até ela conseguir falar com o médico. Então tomei só o escitalopram umas 22:00h,e depois de 20 minutos já estava com sono, dormi a noite toda e hoje estou super bem, graças a Deus. Também fui no Reiki ontem, o que me ajuda muito, é muito bom. Vou esperar a secretária ligar e ver o que ele me passa. Concordo com você quando fala que o remédio corresponde a 50% do tratamento, sendo os outros 50% por nossa conta, lembro quando descobri a síndrome do panico pela 1ª vez. O médico disse que, se eu não entrasse com 50% no tratamento, eu poderia tomar o antidepressivo que fosse, que não iria obter o resultado desejado. Então o jeito foi levar umas broncas dos pais, amigos e noivo (na época) para dar um UP na vida, pois percebi que quanto mais tinham “pena” de mim, mais ficava pra baixo. Às vezes sentia pena de mim mesma, mas graças a Deus tenho uma família que me ama e sei que estão preocupados comigo, confio em Deus e sei que vou sair dessa.
        Lu, o
        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Tati

          Essa consciência de que a sua participação no tratamento é de suma importância, fará com que sua melhora seja rápida. Quanto maior for a interação, mais rápidos serão os efeitos benéficos. Parabéns por sua atitude! Em relação ao propranolol, se se encontra receosa, o melhor mesmo é aguardar o parecer médico, ainda mais que está se sentindo bem. Provavelmente nem irá precisar dele.

          Um beijo no coração e venha sempre trazer notícias,

          Lu

    2. LuDiasBH Autor do post

      Tatiane

      Minha querida, sinta-se em casa. Desabafe sempre que quiser. Este cantinho aqui é para isso mesmo. Somos uma família.

      Vamos começar pelo medicamento denominado porpranolol que, ao que me parece, é o que a está mais incomodando. Já eu ouvi falar desse remédio, sim, embora nunca o tenha tomado. Ele não é indicado apenas para hipertensão, mas também para “ARRITMIAS CARDÍACAS”, entre outros problemas de saúde. O seu marido tem toda a razão, pois seu cardiologista tem a obrigação de saber o que está receitando. Se você repassou para ele todas as suas condições de saúde, inclusive que tem hipoglicemia, nada tem a temer. Portanto, fique tranquila.

      Tati, há vários tipos de depressão, desde a causada por um trauma à crônica, sendo a última o meu caso. Alguns tipos são passageiros, outros recorrentes e há aqueles que são permanentes. É difícil para o especialista determinar em qual nos encaixamos, pois não existem exames que comprovem ainda o grau depressivo de uma pessoa. Daí o porquê de não sabermos exatamente por quanto tempo deve durar o nosso tratamento. Muitas vezes o médico acha que devemos pará-lo para depois perceber que deve ter continuidade. Foi muito importante parar o antidepressivo durante a gravidez e amamentação. Agora já pode voltar a tomá-lo, sem nenhum problema para o Felipe, se já tiver interrompido a amamantação.

      As sensações descritas por vocês estão ligadas à SP (síndrome do pânico). Além do escitalopram, um dos antidepressivos mais usados atualmente, faz-se necessário que você mude o seu movo de ver e viver a vida. Acredito eu que o remédio corresponde a 50% do tratamento, sendo os 50% responsabilidade nossa, conforme explico no texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Mudar o nosso comportamento diante do mundo é fundamental para uma vida de qualidade. O primeiro ponto é não colocar a nossa alegria nas mãos de ninguém, pois ela deve sempre vir de dentro para fora. O segundo é ter a consciência plena de que “ninguém muda ninguém”, a não ser que a própria pessoa o queira. Devemos centrar naquilo que é de nossa competência, sem jamais assumir a responsabilidade dos outros, ainda que nos incomode. Caso contrário estaremos criando

  97. Vanessa

    Oi Lu! Boa noite!
    Responda-me uma coisa, você sofre apenas com a depressão? Ou com algum transtorno? Ansiedade, Pânico, etc?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Eu comecei tendo muita ansiedade, a seguir veio o pânico e, junto com ele, a depressão. O pânico desapareceu com os antidepressivos, a ansiedade equilibrou-se e a depressão fez morada. Mas com o uso de antidepressivos, minha vida tem sido como a de outra pessoa qualquer, com dias bons e outros nem tanto. Tenho trabalhado, sobretudo, a minha sensibilidade, para não me deixar atingir por qualquer coisa, pois sei que parte do tratamento diz respeito ao meu modo de ver e sentir a vida.

      Abraços,

      Lu

  98. Vanessa

    Tá certo, Lu!
    Obrigada mais uma vez pela atenção e ajuda!
    Estou firme.

    Beijos

  99. Rui

    LU
    O seu texto é fabuloso. Eu também uso laurinine para dormir. O seu texto é luz para algumas pessoas, pois nós temos que fazer a nossa parte, não esperar que o antidepressivo faça milagres. Os antidepressivos devem ser acompanhados por um especialista.

    No livro “O Vale das Bonecas”, as bonecas eram as pílulas, a história é de três jovens do mundo do espetáculo, que pensavam que iam ficar sempre jovens, então tomavam pílulas para fugir às verdades da vida. O texto acorda as pessoas para a vida.

    Abraços Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rui

      Muita gente fica esperando milagres dos antidepressivos, sem jamais fazer a própria parte. Ainda não surgiu a pílula da felicidade. As pessoas precisam saber que também são responsáveis pelo tratamento. Quanto ao livro, parece ser ótimo. Ainda há muita gente vivendo como esses jovens. É uma excelente leitura!

      Abraços,

      Lu

  100. Vanessa

    Olá, Lu!

    Hoje foi meu sétimo dia de meio comprimido de Exodus 10mg, estou muito irritada com tudo, muito nervosa, querendo pegar um pelo pescoço, tolerância zero, sabe? Até comigo mesma está muito difícil, às vezes parece que isso nunca vai acabar. Você já sentiu aquela sensação de estar fora do mundo? Vivendo como que em um sonho? Confesso que estou um pouco cansada disso. A partir de amanhã, meu médico mandou que eu tomasse um comprimido inteiro, mais estou com medo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      O seu avião continua em zona de turbulência, mas nada que assuste, minha linda. Aguente mais um pouquinho. Você só não me disse se o sonho é bom ou ruim… risos. Mas que isso não seja motivo de cansaço. Pense que outras pessoas estão sofrendo com problemas bem mais sérios, aparentemente sem solução. Quanto à dosagem de 05 mg, pode ser que esteja fraca. Eu tomo 10 mg. Penso que não deve tomar a dosagem prescrita pelo médico. Mas será a partir da terceira semana que sentirá os bons efeitos. Seu estado nervoso é normal. Seu médico não lhe receitou um ansiolítico, para tomar nessa fase? Converse com ele sobre essa possibilidade. Tome também um chazinho de camomila ou suco de maracujá, pois são bons calmantes.

      Continue me dando notícias!

      Abraços,

      Lu

      1. Vanessa

        Lu, o sonho não é o dos melhores não viu… Isso posso te garantir! Rs.

        Ele me receitou o Apraz, mas como o Exodus me deu muito sono, acabei não tomando. Eu não entendi direito, você me disse para eu continuar tomando meio comprido ao invés de começar a tomar inteiro? Antes de começar a tomar o Exodus, eu fiz um exame de labirintite porque estava com tonturas, e deu um pouco alterado mesmo, mais não muito. A médica mandou que eu tomasse Vertix por uma semana. Eu não tomei, pois li na bula que pode agravar o quadro depressivo para quem tem pré disposição. Acredito que as tonturas apareceram também por conta do meu estado emocional, pois demorei muito para voltar a me tratar. Ontem e hoje senti os meus ouvidos taparem um pouco, como se estivesse dentro de um túnel, sabe? Será que o antidepressivo deu uma piorada na “labirintite”?
        É só Deus viu, Lu…

        1. LuDiasBH Autor do post

          Vanessa

          Eu disse para você seguir a prescrição médica, ou seja, passar a tomar a dosagem que o psiquiatra mandou.

          O seu problema reduzia apenas à tontura? O que sentia que foi analisado como depressão, tendo lhe sido receitado Exodus? Também não deve ficar lendo a bula de remédio, pois pode acabar não tomando nenhum… risos. Além disso, uma semana é um prazo muito curto para trazer os efeitos ruins da depressão. Converse com seu médico psiquiatra sobre o resultado de seu exame de labirintite, para ver o que ele acha, se deve ou não tomar o remédio. Não me lembro de ter lido que o antidepressivo possa ter alguma correlação com a labirintite. Leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM onde encontrará mais informações.

          Engraçado, o oxalato de escitalopram tira o meu sono e o apetite. Veja como cada organismo reage de um modo diferente. Amiguinha, tenho a certeza de que, passada essa fase de turbulências, você ficará ótima. Procure ficar tranquila e procure tomar bastante líquido.

          Grande abraço,

          Lu

        2. Vanessa

          Quem me dera meu sintoma fosse apenas as tonturas. Tive que retornar ao psiquiatra porque as crises de pânico estavam querendo retornar, a ansiedade e aquela sensação maldita de desrealização. Meu médico me receitou a venlafaxina novamente, que era a medicação que eu me tratei durante anos, até que eu engravidei e tive que parar. Só que depois que tomei a primeira cápsula, não tive coragem de tomar no dia seguinte. Pensei que ia me dar um treco…Uma sensação do inferno….Parecia que ia enlouquecer, e eu relutei muito para voltar a tomar a venlafaxina por conta do desmame. Pensei que ia morrer, tive diarréia por quase um mês, emagreci uns 5 Kilos. À época fui ao pronto socorro, achando que era virose, e o plantonista imbecil me receitou antibiótico, alegando que eu estava com infecção intestinal. Eu acordava de madrugada, sempre no mesmo horário, com o coração acelerado e com fogacho. Foi a pior fase da minha vida. Então você já pode imaginar a minha resistência em voltar a tomar essa medicação… Mas mediante meus sintomas acabei cedendo. Quando tomei a primeira cápsula desisti na hora.
          O médico me receitou então a sertralina, tomei e no segundo dia me deu uma crise serotonergênica tão forte, uma crise de ansiedade terrível, e desisti de tomar. Ele me receitou Exodus, meio comprimido, durante 1 semana e depois passar a tomá-lo inteiro, e junto com ele um comprimido de Apraz, mas como fiquei meio dopada só com o Exodus então não tomei o Apraz. Até o momento não me alterou a fome e nem o sono, apenas as tonturas (que já as tinha) um pouco de dor de cabeça, nos primeiros dias senti um pouco de arritmia, e diminuição dos batimentos cardíacos, e sono…nossa no final do dia foquei até meio boba, me parece que hoje está um pouco melhor. Há alguns anos atrás, eu me lembro que tomei Lexapro que me parece ser o Escitaloptam, e me tirou dessa situação, só não me lembro dos efeitos colaterais, pois era mais novinha e não me atentava para essas coisas, então essa está sendo uma nova experiência.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Vanessa

          Existem antidepressivos aos quais o nosso organismo não se adapta, e não adianta. Tem-se que mudar para outro. E o mais engraçado é que um remédio que se tomava antes, como foi o seu caso, passa a não mais ser aceito. A sertralina é um antidepressivo muito usado. Conheço muitas pessoas que o tomam, mas se teve uma crise tão aguda, o melhor mesmo foi ter mudado para um outro. O Exodus (oxalato de escitalopram) é um dos antidepressivos que apresentam menos efeitos adversos. É um dos mais receitados atualmente. No início é normal o aparecimento de certos sintomas ruins, mas à medida que o organismo vai se acostumando com ele, a pessoa vai ficando cada vez melhor. É preciso aguentar o tranco das primeiras semanas. O Lexapro tem a mesma substância do Exodus. O nome varia de um laboratório para outro. Continue firme. Para conhecer os efeitos possíveis, leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. Tenho a certeza de que continuará uma garota POP (paciente, otimista e persistente). Procure sempre manter a calma, sabendo que os efeitos ruins irão passar, aparecendo somente os bons.

          Um grande beijo,

          Lu

  101. Vanessa

    No olho do furacão é ótimo….
    Obrigada mesmo, Lu, por esse espaço, não tenho com quem dividir meus medos e dúvidas, claro além de Deus e meu pai, que desde adolescente tem a mesma coisa. Mas esse último já se encontra um pouco avançado em idade, e, por isso, hoje em dia me calo mais do que falo. Outrora meu velho foi um bom aliado e amigo em meio a um turbilhão de sentimentos e sintomas, se não fosse por ele, que já havia passado por tudo que eu, infelizmente, estava começando a passar, nem sei o que teria sido de mim. Meu marido é um fofo, porém sabemos mais do que ninguém que as pessoas de “fora”, que nunca tiveram a inusitada experiência de Tag/Pânico/Depressão, por mais compreensivas que forem, jamais entenderão o que se passa dentro de nós. Então nem me preocupo mais em tentar expor tais sensações e sentimentos para aqueles que não têm base nem histórico para entenderem.

    Daí o meu agradecimento por esse espaço e a sua tão generosa atenção e preocupação em estar sempre em contato com aqueles que estão precisando apenas de uma palavra amiga e de incentivo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Jamais imaginei ter um espaço assim, até o dia em que resolvi fazer um texto falando sobre minha deprê. E foi o maior sucesso. Choveram comentários e eu, como é meu costume, respondo a todos. O fato é que resultou nessa família maravilhosa que adquiri. E assim vamos nos ajudando mutuamente. Sei que posso fazer pouca coisa, mas estou sempre disposta a conversar, trocar ideias, levantar a autoestima… Sinto-me imensamente feliz ao saber que estou sendo útil. Muitos aqui chegam incompreendidos pelos que os rodeiam… Mas ao ter contato com a gente maravilhosa que aqui comenta, veem que não estão sós.

      Lindinha, não há nada a agradecer. Será sempre um grande prazer recebê-la aqui neste espaço. E qualquer amiga ou amigo que estiver passando por isso, traga para cá. Juntos nós somos fortes.

      Beijos,

      Lu

    2. Vanessa

      Lu, fui reler a minha ultima postagem e vi que algumas palavras estão erradas por conta desse teclado “inteligente” do celular, mas espero que entenda!
      Esqueci de te perguntar, a medicação mudou muito a sua libido?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Vanessa

        Não se preocupe com as palavras erradas. Sempre que possível eu as conserto, ainda mais quando se escreve do celular (não dou conta). Só peço que evite o “internetês” (tbm/vc/nd…), pois tenho que escrever as palavras por extenso, para que todas as pessoas entendam o comentário. Quanto à libido, houve queda,sim, mas com o tempo o organismo vai recuperando a capacidade de ser estimulado. Fique tranquila!

        Beijos,

        Lu

    3. Daniele Fernandez

      Olá, Lu e Vanessa.
      Estou lendo os comentários de vocês, pois fui ao psiquiatra e ele me receitou exodus. Comecei a ter crises de ansiedade, um dia passei mal indo pra faculdade e depois de duas semanas comecei a ter crises diariamente. Cheguei a procurar um cardiologista, achando que poderia ser coração. Fiz os exames e, como estava tudo certo, fui encaminhada ao psiquiatra. Passei por um doutor que mal me fez perguntas. Só ele queria falar, e me receitou o exudos. Disse q o remédio só faria efeito depois de um mês. Caso as crises aparecessem, eu tinha que tomar um calmante chamado Frontal. Como não gostei do atendimento, procurei outro médico que também me receitou o exudos, e disse q em duas semanas faria efeito, e em casos de crise tomasse o Rivotril sublingual.

      O que acontece é que estou com muito medo de tomar o exudos, pois já não tenho mais crises há alguns dias, e tenho medo de tomar e ela voltar nessas primeiras semanas. Mas ao mesmo tempo, quero tomar pra evitar ter novas crises. Sei q cada organismo reage de uma forma, mas gostaria de saber mais sobre esse período de turbulência e se alguém já tomou esses remédios juntos. Eu já faço terapia há um ano, mas minha psicóloga nunca me disse que eu tinha depressão, apesar de me sentir muito triste e ter alguns sintomas (falo isso porque estudo psicologia, então entendo dos sintomas de vários transtornos). Ela só me disse q eu me mostrava ansiosa, mas nada a ponto de me encaminhar ao psiquiatra. Realmente estou com muito medo de tomar esse remédio. Me ajudem, por favor.

      Obrigada

      1. LuDiasBH Autor do post

        Daniele

        Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa!

        Amiguinha, você fez muito bem ao procurar outro médico, pois é preciso haver empatia entre profissional e paciente. Se todo mundo agisse assim, esses cascas-grossas aprenderiam a atender melhor seus clientes. Você fala em crises, mas não diz qual seja o tipo, imagino que sejam SP (síndrome do pânico). A ansiedade, se não tratada, acaba desembocando em crises cada vez mais agudas.

        Dani, a primeira coisa que devemos fazer é eliminar a palavra “medo” de nossa vida. Para nós, que portamos problemas mentais, ela é um grande fardo, que só vai se avolumando, caso não lhe coloquemos um freio. Se ler os comentários, verá que um monte de pessoas toma oxalato de escitalopram e rivotril. Esse último só deve ser tomado quando preciso for, na fase inicial do tratamento, em razão dos efeitos adversos, por exemplo.

        Faz-se necessário que você faça um estudo de suas crises para descobrir a origem dessas. Suponhamos que tenham origem num trauma, estresse ou em algum acontecimento que a perturbou. Se assim for, seria bom que aguardasse um novo retorno dessa, se houver, para iniciar o tratamento. Porém, se não encontra nenhum motivo aparente para a causa, tendo elas aparecido abruptamente, penso que deva dar início a seu tratamento, sem esperar que retornem, pois vêm cada vez mais agudas.

        Uma tristeza contínua é sempre sinônimo de que algo não vai bem. O equilíbrio está em sentir alegrias e tristezas. A maioria dos psicólogos é muito lenta em diagnósticos, quando os faz, e dificilmente envia a pessoa a um psiquiatra quando necessário. Existe uma certa animosidade entre as duas classes. Aqui são relatados inúmeros casos em que o paciente depois de passar por um psicólogo por um bom tempo, vendo suas crises só agravarem, buscam o psiquiatra por conta própria. Portanto, se já está há um ano com uma psicóloga e tudo continua como dantes, o melhor mesmo é a busca pelo psiquiatra. Se o seu tratamento faz-se necessário, quanto mais cedo iniciá-lo, menores serão os sofrimentos e mais rápidos os resultados.

        O oxalato de escitalopram é um excelente antidepressivo. Um dos mais receitados atualmente, tanto pela eficácia quanto pelo número menor de efeitos adversos. Eu sou usuária do mesmo e dou-me muito bem com o mesmo. Portanto, jogue fora seu medo infundado. A função dos antidepressivos e oferecer melhor qualidade de vida para as pessoas e não atormentá-las. Fique tranquila.

        Espero tê-la ajudado!

        Abraços,

        Lu

        1. Daniele Fernandez

          Lu
          Muito obrigada, eu me sinto melhor em saber que existe esse canal onde podemos trocar experiências, e no meu caso entender mais sobre o assunto.

          Sobre as crises, aparentemente começaram do nada, foi no final de novembro. Porém, em julho, saí de um relacionamento conturbado e o término foi de um jeito bem ruim, até hoje não aceito a forma que ocorreu,, apesar de aceitá-lo. Ainda guardo muita mágoa do meu ex. Por várias vezes questionei minha psicóloga se eu estava com depressão, porque todos os dias eu me lembro do ocorrido e choro, além de ficar desanimada, entre outras coisas. Ela dizia que não, que estava tudo muito recente. Quando as crises apareceram, ela disse que era ansiedade e o cardiologista disse que era síndrome do pânico. Já os psiquiatras disseram que é ansiedade. Eu não sei exatamente se o término do namoro foi o causador disso tudo. Quando eu falo crises, seria angústia, sensação de sufocamento, vontade de chorar e não conseguir, às vezes coração acelerado, formigamento nas mãos e na boca e estômago tipo embrulhado. Neste caso, como não tenho certeza do que causou isso, devo começar o tratamento agora ou esperar uma nova crise?

          Agradeço mais uma vez.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Dani

          Pelo que me contou, aparentemente o problema explodiu em razão do término conturbado de seu relacionamento. As coisas vão se acumulando até que explodem. Pode ser que você já fosse predisposta à depressão, sendo isso a gota d´água. Pelos sintomas que me expôs (sensação de sufocamento, coração acelerado, formigamento…), vejo aí crises de pânico, ou pelo menos um caminho para elas. A ansiedade não controlada desagua nessas crises. Mesmo que seja só ansiedade, é bom que já procure tratá-la, cortando o mal pela raiz.

          Amiguinha, essas crises acabam com o nosso equilíbrio, pois tiram-nos totalmente do eixo. Vamos ficando cada vez mais amedrontados, inseguros e sem chão. Se não tratadas, logo você estará até com medo de sair de casa e outras fobias. Sugiro que inicie o tratamento indicado pelo médico. Pode ser que seja necessário apenas uns seis meses de medicação. Aliado ao tratamento, gostaria que lesse o meu texto denominado OS DEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Ele mostra que os antidepressivos são apenas 50% do tratamento, o restante é de nossa inteira responsabilidade.

          Será sempre um prazer receber e responder seus comentários. Venha sempre!

          Abraços,

          Lu

        3. Juliana

          Lu, um neurologista me passou exodus sem ao menos conversar direito comigo e nem procurou saber a causa da minha ansiedade e tristeza. Antes de ir nesse neuro, fui em um clínico, que me receitou citalopram para tratar da ansiedade com indícios de depressão, mas esse tratamento só durou 2 meses pois não consegui aguentar os efeitos colaterais, e parei de tomar o remédio. Há 4 meses tive que mudar de cidade por causa do trabalho do meu marido, e não tive mais como continuar o tratamento com o clínico, e então recorri a este neuro que atende na minha atual cidade, que me passou o exodus, só que estou com muito medo de tomar e ter muitas reações.

        4. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Há uma infinidade de antidepressivos no mercado, com substâncias diferenciadas. É muito comum a pessoa não se sentir bem com uma determinada, tendo que mudar para outra. E, no seu caso, não se tratava do período de adaptação, pois tomou por cerca de dois meses, tempo suficiente para ter passado os efeitos adversos do citalopram.

          O neuro “antiético” receitou-lhe um novo remédio, apenas baseando-se na consulta feita pelo clínico geral. Ele viu o remédio que tomou e apenas mudou para outro. São vergonhosas tais atitudes. Não daria para mudar para um psiquiatra?

          Amiguinha, o exodus (nome fantasia para o oxalato de escitalopram) é um dos remédios mais receitados atualmente, em razão dos poucos efeitos colaterais e por cobrir uma gama de sintomas, com uma resposta rápida. É o que tomo e com o qual eu me dou muito bem. Não tenha medo das reações adversas, pois todos eles possuem, em maior ou menor grau. Cada organismo reage de um jeito. Pode ser que nem sinta nada. Os efeitos adversos duram em torno de duas semanas. Após esse tempo eles vão desaparecendo e surgindo os bons. Gostaria de saber quantos miligramas ele lhe passou?

          Ju, fique tranquila, tudo irá dar certo.

          Beijos,

          Lu

  102. Vanessa

    Olá, Lu!
    Queria uma resposta e ajuda sua….
    Sabemos que quando estamos com as nossas patologias controladas com antidepressivos nós nos comportamos de uma maneira, e quando não estamos sendo tratados nosso comportamento é totalmente outro. Gostaria de saber quem somos nós então, no meu caso, por exemplo: eu sou a Vanessa sem o tratamento, ou sou a Vanessa quando estou tratada? Não sei se deu para me entender…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Eu lhe pergunto: como você era antes de ter a primeira crise? Se vivia dentro daquele padrão definido como “normalidade”, mas que foi quebrado com o surgimento de alguma doença, eu lhe digo que o antidepressivo tem por finalidade fazer com que a antiga Vanessa ressurja. Porém, se a Vanessa já nasceu portadora de certa patologia, o antidepressivo tem por finalidade fazer com uma nova Vanessa nasça, para que tenha melhor qualidade de vida. Conseguiu me entender? O importante, porém, é que a Vanessa atual seja feliz, dona de suas ações, comandando sua própria vida. E, se isso não estiver acontecendo, precisa rever seu tratamento com seu médico.

      Abraços,

      Lu

      1. Vanessa

        Entendi, Lu!
        Na verdade nem me lembro como eu era antes de ter a minha primeira crise de pânico, eu a tive com uns 14 anos. Mas entendi sim e me ajudou muito! Li os textos sugeridos por você e achei sensacional!
        Obrigada!

        Beijos,

        Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Vanessa

          Somos companheiras de jornada. Minha primeira crise também aconteceu na adolescência. Mas tenho me dado muito bem com antidepressivos. Levo uma vida super normal, buscando sempre o equilíbrio.

          Um grande abraço, minha querida,

          Lu

        2. Vanessa

          Está certo, Lu!
          Obrigada por tudo, estou no meu sexto dia de meio comprimido de Exodus, estarei mantendo contato sobre os resultados. Ontem me senti um pouco melhor, tenho sentido meus batimentos cardíacos um pouco mais baixo, e tontura no final na noite, mais espero que tudo isso passe logo.
          Você tem sido uma bela companheira!
          Beijos

        3. LuDiasBH Autor do post

          Vanessa

          Você ainda se encontra no olho do furacão… risos. Continue POP (paciente, otimista e persistente) que logo estará num porto seguro, sentindo-se ótima. E você tem sido uma guerreira maravilhosa.

          Abraços,

          Lu

  103. Jana

    Oi, Lu,

    Adorei o texto. Bela mensagem.
    Parabéns Lu, você é ótima com suas palavras. Elas são sempre escritas com muito amor e cuidado. Acredite, isso é uma dádiva.
    FELIZ ANO NOVO! Que Nossa Senhora ilumine o ano de 2016 na sua vida.

    Estou com dois meses de Exodus 10 mg, Topil e ansitec (esses dois eu já usava), ainda sinto os efeitos colaterais. Mas estou ótima. Mesmo com motivos para entrar no fundo do poço (Natal e Ano Novo sozinha e desempregada). Se o remédio ajuda? Ajuda muito, hoje no meu caso, 65% por cento. O restante deixo com os meus guias espirituais e a fé que alimenta a minha alma. Porque se não fosse essa menor porcentagem, eu já estaria em outro mundo.

    Muito amor a todos,

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jana

      Minha querida, é muito bom saber que você já se encontra ótima, apesar dos reveses da vida. O importante é sentir-se bem consigo mesma, o resto a gente consegue com outros tipos de ajuda, como bem diz você. Sempre digo, que o Ano Novo precisa ser bom dentro da gente, pois relativamente ao tempo tudo é igual. Toda e qualquer mudança só pode existir de dentro para fora.

      Amiguinha, continue conosco, dividindo este espaço tão especial.

      Abraços,

      Lu

  104. Vanessa

    Lu, eu me esqueci de falar que notei minhas pupilas mais dilatadas depois do início do tratamento, isso é normal? Muita coisa eu nem levo muito em consideração, pois sei que é fruto da síndrome do pânico e da ansiedade. Fico em constante análise à procura de novos sintomas para ver se encontro algo de errado. Mas mesmo assim gostaria da sua opinião.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Como lhe disse anteriormente, os antidepressivos apresentam certos sintomas ruins no início do tratamento, que irão passando com os dias. Você deve acompanhar tudo com interesse, sim, mas não com obsessão, pois aí não será capaz de trabalhar com o raciocínio lógico. Algumas pessoas sentem as pupilas dilatar no início (verá isso em INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM), mas logo vão voltando ao normal. Ainda assim, acho bom que informe seu médico sobre o fato. Procure ficar o mais tranquila possível, condição importante para a sua saúde e bom efeito do remédio.

      Abraços,

      Lu

  105. Vanessa

    Oi Lu!

    Gostei muito da sua página e tenho uma pergunta a fazer. Faço uso de antidepressivos desde o começo da minha adolescência, (posteriormente contarei minha história). Já tomei lexapro, proparoxetina, venlafaxina, este último tomei durante bastante tempo, há um ano e 9 meses parei, pois engravidei, e achei que seria capaz de viver uma vida tranquila sem remédios. Mas infelizmente apenas a minha boa vontade não foi o suficiente, aos poucos fui piorando e retornei ao psiquiatra, que me receitou a venlafaxina novamente. Tomei o primeiro comprimido e parecia que ia surtar já no primeiro dia. Não tive coragem de tomar o segundo. O psiquiatra prescreveu sertralina, meio comprimido de início. No primeiro dia percebi uma leve ansiedade mais foi tudo relativamente bem, no segundo dia tudo ok, até eu entrar para tomar banho à noite. Tive uma crise de ansiedade daquelas que todos nós bem conhecemos, não conseguia nem falar, organizar os meus pensamentos. Parei também de tomar. O médico mandou eu tomar Exodus (escitalopram 10mg) meio comprimido durante uma semana e depois aumentar para inteiro, junto com ele receutou aprazolam, um de dia e outro ao dormir. Ok no primeiro dia fiz isso, tomei meio de Exodus e um de alprazolam (0,25) fiquei grogue.
    No segundo dia não tomei o alprazolam de dia só à noite, deu uma melhorada, e hoje, terceiro dia, não tomei o calmante nem de dia e nem a noite, pois o Exodus por si só já me deu uma dopada (cá entre nós melhor ter o efeito dopada do que as crises serotogênicas que ninguém merece).
    A minha dúvida é saber se isso é normal. Se devo ficar tranquila ou me preocupar. Estou acordando mais calma, tomo o remédio meio dia, e percebo que ao longo da tarde vou ficando meio lesada, corpo meio pesado, sem vontade nem de falar. Hoje, no terceiro dia fiquei bem enjoada, mas no geral não tem afetado o meu apetite. E no final da noite senti dores de cabeça.

    Bom Lu, gostaria de saber o que acha, e se devo continuar a tomar a medicação sem problema. Sinto às vezes um pouco mais ansiosa, algumas oscilações, mais no todo estou relativamente bem.

    Obrigada Lu, aguardo resposta!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Seja bem vinda à nossa família. Sinta-se em casa!

      Amiguinha, assim como você, em razão de uma depressão crônica, tomo antidepressivo desde a adolescência. Estamos juntas nesta caminhada. Parece-me que, no seu caso, faz-se necessário o uso contínuo de antidepressivo. Também já passei por muitos. Alguns não foram aceitos pelo meu organismo, outros deixaram de fazer efeito depois de alguns anos. Agora também uso o oxalato de escitalopram de 10 mg. E tenho me sentindo muito bem.

      Vanessa, deeve ficar tranquilíssima, pois está tomando um dos bons antidepressivos que se encontram no mercado. No início, é comum sentir-se até pior do que estava antes, tendo efeitos adversos como os citados por você, mas depois da segunda semana, esses efeitos ruins vão sumindo, ficando apenas os bons. E você se encontra na fase turbulenta. Precisa ser POP (paciente, otimista e persistente). Não pare a sua medicação. Tudo o que está sentindo é normal. Siga em frente. E elimine a palavra “medo” de sua vida.

      Amiguinha, gostaria que lesse dois textos aqui no blog, onde encontrará notificações muito importantes: INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM e OS ANTIDEPRESSSIVOS EM NOSSA VIDA. O primeiro diz respeito aos possíveis efeitos adversos pelos quais poderá passar, e, quando deverá procurar o médico. O segundo fala sobre o que você deve associar ao tratamento.

      Aguardo novas notícias suas.

      Beijos,

      Lu

      1. Vanessa

        Lu, obrigada pela sua atenção!
        Confesso que não é fácil, gostaria de dormir e acordar já no vigésimo dia do tratamento… rs. Já passei por isso diversas vezes, mas nunca nos acostumamos a passar por situações ruins, não é mesmo? Só quero poder sentir a vida novamente, sentir amor pelas pessoas que me cercam, pois eu vivo como se fosse em um mundo paralelo, onde tudo se parece como um sonho, o que me impossibilita de sentir as coisas. Por esses e por outros sintomas tive que voltar a usar a medicação.

        Hoje é meu quarto dia com o Exodus, meio comprimido, espero ficar bem, pois tenho me sentido esquisita, essa é a palavra certa “esquisita”, mas antes de tomar o antidepressivo, eu também me sentia assim. Acredito valer a pena aguentar essa “leseira” e ver no que dá, sobretudo estou otimista, mesmo com receio. Tenho certeza que Deus vai me ajudar a ficar bem.

        Obrigada Lu, saiba que tem ajudado muitas pessoas com a sua atenção! Em breve darei notícias.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Vanessa

          De que você ainda tem receio? Leia os comentários e veja quantas pessoas estão se sentindo melhor, após o uso do medicamento. Portanto, amiguinha, fique tranquila e siga com seu tratamento. Irá valer a pena, sim. Outra coisa, o remédio é somente 50% do tratamento, a outra parte é sua. Foi por isso que lhe pedi para ler o texto sobre OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Também não adianta jogar tudo nos braços de Deus, se não fizer a sua parte. Nós somos responsáveis por nosso tratamento. Temos que ter consciência disso e fazer a nossa parte.

          Aguardo notícias suas.

          Abraços,

          Lu

        2. Vanessa

          Sim é verdade, Lu! Sei que temos que fazer a nossa parte e estou me esforçando para fazer a minha, e tenho certeza que ficarei bem.
          Obrigada, vou mandando notícias!

        3. Maryane

          Oi, Vanessa, eu me identifico muito com os seus sintomas, você melhorou? Estou começando o tratamento agora e sinto que vivo em um outro mundo também, sem vivenciar os sentimentos.

  106. Patrícia

    Oi, Lu!

    Adorei seu texto.
    Gostaria de saber tua opinião sobre o Cymbalta. Há um ano e meio aproximadamente venho sentindo muitas dores. Bursite no quadril, artrose na coluna lombar, dores em várias juntas, etc. Já tomei muitos antiinflamatórios, fiz acupuntura , infiltração com corticoide e nada resolve.
    Meu reumatologista controla com exames de sangue e tomo fluoxetina mas não tenho melhora. Li muito sobre fibromialgia e sei que é bem complexo o diagnóstico. O fato é que essas dores estão interferindo muito no meu humor e não está legal. Uma amiga me falou muito bem do Cymbalta.
    Como tomo fluoxetina posso parar e tentar o tratamento com cymbalta? Tenho que esperar alguns dias, entre um e outro para iniciar ?
    Gostaria de tua opinião.

    Feliz 2016 e que seja um ano de muita saúde e paz.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Patrícia

      Eu não conheço o Cymbalta, e nem me lembro de alguém aqui que tenha falado sobre esse medicamento. Aconselho-a, porém, a conversar com seu médico, antes de mudar de remédio, pois ele vem acompanhando-a e é quem sabe o que é melhor para você. Não vá apenas por conselhos de amiga. Nem sempre o que é bom para um é bom para outro. Por favor, não tome antidepressivo sem o parecer médico. Quero que me escreva depois, dizendo o que ele lhe disse.

      Pat, no blog há um médico excelente que escreve sobre vários assuntos. Num dos textos, ele diz que o Yakult (leite fermentado) é excelente para a fibromialgia, devendo a pessoa tomar uns três a quatro frascos por dia. Há um artigo também sobre reumatismo, outro sobre anti-inflamatórios, etc. Vá no ÍNDICE GERAL do blog, e ao abrir, clique em VIDA SAUDÁVEL. Escolha os artigos de seu interesse.

      Você faz algum tipo de exercício (caminhada, hidroginástica, pilates…)? O exercício físico é muito bom para melhorar o estado geral do corpo. Eu sei que a dor tira toda a alegria da gente. Fiquei acamada uma semana, com dores no glúteo esquerdo, inflamação ocasionada por um movimento brusco. O uso de corticoides deve ser mínimo, realmente, assim como anti-inflamatórios.

      Aguardo seu novo comentário sobre o assunto.

      Beijos,

      Lu

      1. Patrícia

        Obrigada, querida!
        Vou falar sim com meu médico e também vou ver os outros posts. Depois te conto aqui, ok?
        Beijão e parabéns pelo teu blog.

  107. Jardilina

    Bom dia, Lu! Amei o texto.
    O meu psiquiatra me disso isso uma vez. A medicação é só uma parte do tratamento. Eu cheguei um dia pra ele e lhe disse: Doutor, eu hoje chorei, fiquei com raiva! E ele me respondeu: “Que ótimo que você tem sentimentos hahahaha!” Depois daquele dia vi que a medicação só nos tira do fundo do poço, quem sobe até a borda somos nós. O Citalopran está me ajudando demais, estou mais feliz, comunicativa. O único problema são uns quilinhos a mais que adquiri, mas isso nada que exercícios não resolva. Isso quando eu criar coragem pra fazer. Hahahaha.
    Obrigada, Lu.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jardilina

      Amiguinha, fico feliz ao saber que está indo bem com seu tratamento. É sempre bom receber comentários que mostram a melhoras, pois servem como incentivo para outras pessoas. Achei formidável a sua frase:

      “… a medicação só nos tira do fundo do poço, quem sobe até a borda somos nós.”. É exatamente isso. Quanto aos quilinhos, crie coragem e faça caminhadas. Com o tempo, o organismo também tende a equilibrar-se.

      Continue vindo aqui falar-nos de como anda sua saúde. Será sempre um prazer recebê-la.

      Abraços,

      Lu

  108. Derek

    Lu, não posso dizer que fiquei feliz sabendo do sofrimento de tanta gente – seus ancestrais – pelo que entendi.
    Há 36 anos fiz uma coisa importante, mas não condenável de nenhum ponto de vista que eu conheça, e em dois ou três dias estava me sentindo perdido, andava no bairro para o qual tinha mudado, desesperado, ia a uma praça sentava, chorava, ia a outra praça, chorava. Eu tinha 16 anos e não tinha vergonha de chorar. Hoje tenho menos ainda. Mas não tenho mais as lágrimas – embora sinta um desespero semelhante – não sei se sofro mais, ou menos, do que quando começou. Só percebi que havia possibilidade de alívio através de medicamentos, há uns 20 anos atrás, mas percebi também que os efeito colaterais eram inaceitáveis.

    Há cerca de 16 anos atrás percebi que meu comportamento (estava demonstrando meu desespero de forma muito mais clara do que através de lágrimas), iria me levar a perder minha liberdade – seria encarcerado num hospício. Não estava mais agressivo que a maioria dos homens, nem tinha alucinações, mas não conseguia controlar a manifestação de meu desespero. Então resolvi me submeter a um tratamento médico e tomar remédios todos os dias – e eu já sabia – que ia ficar com a potência sexual muito reduzida. Isso é inaceitável para muitos homens, e é inaceitável para mim. Escolhi entre perder a liberdade de ir e vir e o poder de ter prazer pleno com uma mulher. Então , vivo me torturando por estar impotente, mas cheio de desejos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Derek

      Nosso cérebro é muito complexo. Muitas vezes, uma coisa que julgamos boba, serve para ativar o gatilho de emoções profundas, sem que a gente dê conta. E quando se é adolescente, as emoções são tão furiosas como tempestades no mar, pois ainda não sabemos como domá-las. Então vem o choro, que faz um bem danado, ao aliviar as nossas tensões. É uma pena que, quando adultos, passamos a chorar cada vez menos. Vamos ficando mais calejados e endurecidos com os acontecimentos que permeiam nossa vida. É difícil ser “gente grande”… risos.

      Amiguinho, alguns de nós, carregamos um certo desespero ao longo da vida, que pode estar ligado a diversos fatores, como doenças crônicas, o peso de fardos do passado, a não aceitação dos fatos como nos apresentam, a impotência para mudar o mundo, a carga das mágoas não perdoadas, os fracassos não aceitos, em suma, um mal-estar consigo próprio. Para isso, o antidepressivo funciona como meio caminho andado, tirando-nos do fundo do poço, mas para chegar à borda (como disse uma leitora), toda a responsabilidade é nossa.

      Derek, o desespero é no fundo uma insatisfação com a própria vida. É quando se perde a capacidade de alegrar-se com as pequenas coisas. É o entregar os pontos. Será que você não tem sido muito exigente consigo e com os que o rodeiam? Será que não botou de lado a sua própria humanidade e a dos outros? Será que não se esqueceu que a nossa humanidade torna-nos mais frágeis e passíveis de erros, mas nos faz mais generosos, afetivos e compassivos? Pense nisso, meu amado amigo.

      Você diz:
      “Escolhi entre perder a liberdade de ir e vir e o poder de ter prazer pleno com uma mulher. Então , vivo me torturando por estar impotente, mas cheio de desejos.”

      Ainda que não seja analista, pude perceber que para você tudo é oito ou oitenta, ou seja, não existe o conhecido Caminho do Meio, onde se encontra a coisa mais fantástica do mundo: o equilíbrio. É nele que mora os momentos mais saborosos da vida, permeados pelo estar de bem consigo e com o mundo. Leia um moço chamado Kalil Gibran, de preferência o livro O PROFETA (pode descer pela internet). Quanto à libido, é fato que os antidepressivos agem sobre ela, ao amainar todas as nossas emoções, contudo, à medida que o organismo acostuma-se com o remédio, ela vai voltando ao normal. E, ademais, o sexo está em toda a nossa pele. Há certos carinhos que compensam uma infinidade de coitos. Portanto, você pode conciliar muito bem remédio e sexo. Sem falar que o último está ligado ao nosso cotidiano. É impossível sentir-se acabrunhado, depressivo e ter sexo com qualidade. Está também se esquecendo de que a sua tristeza, o seu desespero é um fator que machuca muito a sua esposa. Tenho a certeza de que ela preferiria um marido mais feliz e menos “potente”, digamos assim. Você não faz ideia, amiguinho, de como a tristeza de quem amamos acaba por nos afetar. Ficamos um lixo. Quando vivi um período intenso de depressão, meu marido quase perdeu o juízo. Portanto, repense a sua necessidade de tomar remédio. Converse com ela, veja o seu parecer. Uma vida a dois deve ser sempre compartilhada. Busque sempre o equilíbrio, pois é nele que mora a sabedoria da vida.

      Obrigada por compartilhar aqui no blog seus sentimentos. É sempre um prazer tê-lo conosco.

      Um abraço bem apertado,

      Lu

  109. Sofia

    Olá, Lu!

    Comentei aqui pela primeira vez há cerca de 2 meses. São 2 meses de uso de Escitalopram e até agora tenho-me sentido lindamente! Claro que de vez em quando, tenho os meus stresses (agora com o Natal e Ano Novo, foi um bocadinho complicado) mas aprendi a relativizar, a encarar as coisas de forma mais leve e descontraída, mais positivamente. Não sou perfeita, tenho os meus dias, tenho TPM, mas isso já não é um drama, é apenas um momento, depois passa. O medicamento é muito bom, mas é apenas metade do caminho, a outra metade, somos nós que fazemos 🙂
    Um excelente 2016 para você!

    Abraços de Portugal!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Sofia

      Estou maravilhada com suas palavras. É isso mesmo, minha lindinha, “O medicamento é apenas metade do caminho…”, pois o restante pertence a nós. Não podemos tirar o corpo fora dessa responsabilidade. Fico feliz ao saber que se encontra bem.

      Um outro abraço para Portugal, onde tenho leitores muito queridos.

      Lu

  110. Edson Ferreira

    Suas palavras são sempre escritas com muito amor e com eficiente cuidado ao lidar com pessoas, quase sempre bastante sensíveis. Pude perceber não ser raro que nós, seus leitores recorramos a Deus para lhe agradecer, ou ainda para lembrar que a fé está em primeiro lugar. Esse texto de sua autoria vai de encontro a algo muito dignificante que é ter fé na própria vida, não somos mais, mas também não somos menos, o antidepressivo nos dá esse equilíbrio e funciona como importante coadjuvante no nosso dia a dia. Para terminar dedico a você esta frase atribuída a Santo Agostinho;
    “A fé e a razão caminham juntas, mas a fé vai mais longe”.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edson

      Você realmente captou uma faceta minha: o cuidado em procurar sempre levar a pessoa para cima, aumentando-lhe a autoestima. Este cuidado eu tenho em todos os caminhos de minha vida. Minha mãe, que Deus a tenha, sempre ensinou a seus filhos: “Quando não tiverem algo de bom para falar com uma pessoa, então que fiquem calados.”. Também parto do pressuposto que a nossa autoestima é fundamental não apenas no nosso tratamento, mas também em todas as fases de nossa vida.

      Você traz aqui um belo pensamento do doutor da Igreja, Santo Agostinho: “A fé e a razão caminham juntas, mas a fé vai mais longe.” Não resta dúvida de que se trata de um pensamento profundo, pois essa fé é uma alavanca para a autoestima. E é exatamente essa fé que nos transforma em agentes de nossa própria vida.

      Abraços,

      Lu

  111. Edward

    LuDias

    Seu texto é maravilhoso. Uma luz que traz muita esperança a todos que porventura possam ser atingidos pela depressão, pois nos ensina, basicamente, como enfrentar estes momentos difíceis em nossa vida.

    Já tive depressão. Porém, é importante que se diga que há graus desta doença. Felizmente, minha doença era mais frágil do que minha vontade de viver e de voltar a sonhar. E melhorei bastante. Percebo, em alguns momentos, que este diabo quer voltar e me dominar, mas resisto, buscando pensamentos melhores, tento até criar fantasias e acabo me safando deste sofrimento. Porém, há pessoas que chegam tão no fundo do poço que não querem mais viver. Parece que nem a família – a netinha que nasceu ainda há poucos meses – lhes comove, e trazem-lhes alguma alegria, alguma vontade de sorrir.

    Um bom psiquiatra e também um psicólogo são essenciais para o tratamento, além do carinho e dedicação dos familiares, que os devem tornear como sentimentos maravilhosos, que os podem despertar novamente para a vida. É importante que o deprimido, como você deixou muito bem colocado, enfrente a doença:

    “Aos meus companheiros de caminhada, fica a sugestão de que se tratem à vista de problemas mentais, procurando um psiquiatra de confiança. Mas, mais do que isso, que procurem também ser mais compassivos consigo e com os outros. Nossa caminhada pela Terra é tão veloz, para que carreguemos nos ombros pesados fardos Quanto mais leveza, mais descansados estaremos para ver a beleza que existe ao nosso derredor”

    De fato, Lu, o mais importante é o doente perceber que o mal está o cercando, e, que precisa esforçar-se para enfrentá-lo, com todas as forças que lhe restam, amparado e amado pelos familiares, fazendo diuturnamente o tratamento medicamentoso passado pelo psiquiatra. Este é o rumo. Obrigado por seu texto. Pode estar certa que me ajudou muito.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ed

      Há realmente vários tipos de depressão, desde o leve ao severo. Em todos, além do medicamento, é preciso a disposição para a luta, como você bem diz, sendo a pessoa cercada pelo amor de seus familiares. Felizmente, essa compreensão vem sendo cada vez maior. As pessoas estão compreendendo que a depressão é uma doença e que precisa ser tratada.

      Abraços,

      Lu

  112. Alexandra da Silva

    Lu
    Gostei muito do seu texto, Lu. Realmente você tem toda razão nada em relação aos 100% do tratamento. Temos que buscar o restante que falta. E que Deus a ilumine muito! Abraços!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alexandra

      Você disse uma grande verdade: “temos que buscar o restante que falta”.
      Temos que assumir a nossa parte no tratamento.

      Um grande abraço,

      Lu

  113. Eduarda

    É colocar Deus na frente e seguir o tratamento. Também uso exodus, e apesar de ter engordado, eu me sinto muito bem. Deus na frente, sempre!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Eduarda

      Concordo plenamente com você.
      Um feliz 2016 para você, minha querida.

      Abraços,

      Lu

  114. Aline Andrade

    Boa tarde Lu,

    Tomo o EXODUS há exatamente 1 mês, até já comentei aqui outra vez, e cheguei a essa mesma conclusão. Logo que comecei a tomar estava esperando a cura para os meus problemas e na verdade não é bem assim né. Se eu estou procurando ajuda eu também preciso fazer a minha parte, o antidepressivo tira a gente do fundo do poço, mas cabe a nós tomar novas direções.

    Feliz 2016!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Aline

      É exatamente isto que você resumiu tão bem, minha querida.
      O antidepressivo faz apenas 50% do trabalho, o resto cabe a nós.

      Também lhe desejo um 2016 pleno de coisas boas.

      Abraços,

      Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lourdes

      Muito obrigada, minha querida.
      Também lhe desejo um 2016 repleto de coisas boas.

      Abraços,

      Lu

  115. Celuta Dias Autor do post

    Muito bom o seu texto, Lu.
    Feliz 2016 e que Deus continue a nos iluminar, fazendo-nos ver a nossa humanidade e o quanto somos dependentes Dele.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Celuta

      Muito obrigada pelo carinho.
      Como somos POPs (pacientes, otimistas e persistentes), com a ajuda Dele estaremos cada vez melhor.
      Também lhe desejo um 2016 pleno de coisas boas, principalmente saúde.

      Abraços,

      Lu

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