QUAL SERIA O TETO DA VIDA?

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 Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Qual seria o teto da vida ou o limite máximo da vida. Quanto tempo nós podemos viver? Poderemos chegar aos 150 anos? Vale a pena viver tanto tempo e a qual custo? Qual a importância e aplicação de estudos como este? A maioria das pesquisas atuais chega a um censo comum para o “teto da vida”, que estaria em torno de 115 anos.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein, nos EUA, foram inspirados pelo caso de uma francesa que, por ocasião de seu falecimento em 1997, havia chegado aos 122 anos de idade, feito que até o momento não foi superado por mais ninguém e dificilmente o será, de acordo com estes pesquisadores. Esta pesquisa estudou dados de mortalidade de mais de 40 países e percebeu que os países mostraram um declínio contínuo nas taxas de mortalidade a partir de 1900. Entretanto, no grupo das pessoas com mais 100 anos, esse aumento do tempo de vida não acompanhou a tendência geral, ou seja, demonstrando que estamos aumentando o nosso tempo de vida médio, mas não está aumentando o tempo máximo de vida, de forma proporcional.

É importante o leitor entender que a gente envelhece porque nossas células também envelhecem, ou seja, a multiplicação das células e sua troca por células mais jovens vão gradualmente diminuindo, sendo que isto é determinado geneticamente. Os antibióticos, as melhoras nas condições sanitárias, as vacinas e o controle das doenças crônicas concorrem, em seu conjunto, para aumentar o tempo médio de vida, mas não em seu tempo máximo. Por exemplo, bebês nascidos nos Estados Unidos hoje podem tem uma estimativa média de vida de 80 anos, contra míseros 47 anos para os americanos que nasceram no inicio do século XX.

Apontar um teto para o tempo de vida dos seres humanos sugere que os avanços da medicina também terão um limite, sendo esse um dos pontos mais polêmicos do estudo. Para alguns especialistas, é impossível prever o impacto de futuras descobertas na área da saúde. Descobertas na área da genética poderiam mudar este cenário, elevando o tempo de vida das pessoas. Mas a que preço? Vale à pena? Com qualidade de vida, possivelmente sim. Entretanto, o que vemos hoje é que a expectativa de vida aumentou juntamente com condições de saúde crônicas, como os sequelados de AVC – por exemplo.

Não sei quanto a você, caro leitor, mas eu particularmente acho que somos finitos nesta terra e que para viver mais e por um tempo maior devemos manter regras básicas, adotando um estilo de vida saudável. Portanto, alguns pontos são importantes como: permaneça casado! Já falei por aqui que os solteiros têm uma expectativa menor de vida. Outros aliados para uma vida mais longeva são a prática regular de atividades físicas, ter uma alimentação equilibrada (como a alimentação dos povos do Mediterrâneo), ficar longe do tabagismo e um consumo moderado de bebidas alcoólicas. Enfim, não tenha a expectativa de viver 110 ou 120 anos, pois pode haver uma frustração lá adiante. Viva bem o hoje.

Ilustração: obra do pintor russo Leonid Afremov

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