SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

ogrito

Dentre os transtornos de ansiedade está a cada vez mais conhecida Síndrome do Pânico (SP), que tem atemorizado as pessoas nas mais diferentes idades. De repente, a dita explode sem ser chamada, envolvendo sua vítima nos tentáculos do desespero e do medo, muitas vezes sem motivo algum, como se a pessoa torturada estivesse tendo um ataque cardíaco. A atrevida não respeita lugar ou ocasião. Se cisma de “baixar o santo”, não há reza que a faça mudar de trajeto. Acaba deixando o possuído totalmente amedrontado com a possibilidade de uma nova visita, gerando uma roda viva de tormento e terror. E pior, existem suspeitas de que, o fato de lembrar-se das crises de pânico tidas, pode gerar uma nova crise. O bom mesmo é jogar essa dama abusada no vale do esquecimento, jamais pensando nela.

A Síndrome do Pânico é também uma carcereira cruel e desleal, pois além de atormentar suas vítimas, ainda as aprisiona dentro de casa, numa aflitiva prisão domiciliar. É somente no próprio lar que as pessoas afligidas pela tirana sentem segurança, rodeadas pela família e paredes tão conhecidas. Imaginam as coitadas que a megera possa atacá-las, mal botem os pés na rua. Sozinhas e a céu aberto, elas julgam perder o controle, saírem correndo abiloladas, ou se espatifarem no chão, vitimadas por um infarto. Em razão disso, a Síndrome do Pânico afeta a vida de seus amedrontados servos tanto na escola, como no trabalho e nos passeios. Mas mesmo em suas moradias, os inocentes prisioneiros não se encontram a salvo, pois a opressora chega assim como o grande Zeus, conforme conta o mito da jovem e inocente Dânae.

E a dona Ciência, onde está que não põe um freio nessa criatura petulante, conhecida como Síndrome do Pânico? Verdade seja dita, é fato que ela tem trabalhado muito para combatê-la, mas ainda, coitada, nem sabe direito quais são as reais causas que levam a seu aparecimento. A Ciência enumera a genética, o estresse, o temperamento “destemperado”, propício ao estresse, e até mesmo o modo como a central de computação (cérebro) reage diante de certos acontecimentos. O mais difícil de entender, porém, é como essa fulana agarra suas vítimas, mesmo quando essas se encontram num “bem bom”, sem qualquer evidência de perigo. E, para maiores esclarecimentos, a dita gosta mais da proximidade com o “sexo frágil”, o que não significa que também não aprecie o contato com o “macho”.

O que se deve fazer para impedir uma visita tão indesejada? Alerta geral! Com ela não adianta botar a vassoura atrás da porta. Assim que houver indícios de que essa intrusa ronda por perto, deve-se procurar ajuda médica o mais rápido possível. Pois não adianta à vítima dar uma de valentona, uma vez que os ataques dessa “madama” são difíceis de controlar por conta própria, e a cada visita eles se tornam mais fortes e cruéis. Além do mais, se tal síndrome não for tratada, novas complicações podem surgir, comprometendo seriamente a qualidade de vida da pessoa, tanto no âmbito profissional quanto no social.

Para que as vítimas dessa aterradora figura possam ter um mínimo de alerta quanto à sua chegada, pois a mal-educada não envia aviso algum acerca de sua visita, saibam que ela poderá aparecer quando lhe der na telha, em qualquer horário do dia ou da noite, e em qualquer situação, até mesmo quando a pobre vítima encontrar-se na alcova, nos braços de Morfeu. Suas visitas, no entanto, não são longas, duram normalmente entre 10 e 20 minutos, que parecem eternos. Ela chega, dá o seu recado e pica a mula, deixando um rastro de impotência, medo e desespero atrás de si. Existem também casos em que alguns desses desalentadores sintomas cismam em delongar por uma hora ou mais, ainda que se bote sal no fogo.

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Nota: a ilustração é uma obra de  Munch – O GRITO

Atenção:

Caros leitores, em razão do excesso de comentários nesta postagem, o que vem dificultando a abertura da página, ela foi fechada para novos comentários. No entanto, vocês poderão ter acesso aos que aqui se encontram, mas, se quiserem deixar um comentário, devem se direcionar ao texto a seguir, clicando no link abaixo:

MOLDANDO O NOSSO CÉREBRO

670 comentaram em “SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO

  1. Claudair

    Lu,

    passei no médico ontem; ele me avaliou e viu que, como eu não tive nem 30 % de melhora, pois já estava tomando a desvenlafaxina desde o dia 05, resolveu trocar para a sertralina que me ajudou na primeira vez que passei por isso. Falei pra ele que não estava dormindo direito também com a quetiapina, ele me passou pra tomar melatonina 5 mg e rivotril quando necessário para dormir. A melatonina ajuda mesmo a dormir, mesmo para pessoas que estão doentes ainda como eu?

    Obrigado Lu, eu sou do sexo masculino, você confundiu talvez pelo nome diferente.

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Claudair

      Estou contente com as mudanças que seu médico fez no que diz respeito aos medicamentos. Ao que parece, seu organismo não se adaptou à desvenlafaxina. Agora com a sertralina tudo irá dar certo, ainda que venha a passar pelos efeitos adversos nos primeiros dias, mas lembre-se de que logo eles passarão. Fique tranquilo! Eu já faço uso da melatonina (a mesma dosagem 01 hora antes de dormir) há um ano. Senti uma melhora considerável. E não há aquele efeito ruim deixado pelo ansiolítico, pois se trata de um hormônio produzido pela Pineal. Saiba que a resposta não será imediata… O organismo precisa de um tempo. Quanto ao rivotril, tome apenas quando sentir que é necessário. Ajuda muito também: um banho morno e um copo de leite morno antes de deitar-se. Chá de camomila, ou melissa, ou erva-cidreira durante o dia (3x) também são ótimos.

      Amiguinho, peço lhe desculpas pelo uso errado dos pronomes relativos a você. Os nomes com a terminação em “ir” costumam ser usados tanto no masculino quanto no feminino e em razão disso fiquei em dúvida. Eu mesma tenho um grande amigo que se chama “Adenir” e uma prima com este mesmo nome. Seu nome é lindo! Vou consertar nos outros comentários.

      Grande abraço,

      Lu

  2. Claudair

    Lu

    Hoje estarei passando no psiquiatra à noite após 16 dias de desvenlafaxina. Estou muito mal ainda, muita angustiada, a cabeça parece que não desliga, estou com medo de ficar assim pra sempre, minha família precisa de mim. Desculpe desabafar mais uma vez com você, suas palavras trazem muito conforto, obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Claudair

      Aos poucos você está saindo da fase difícil do tratamento. Tudo isso irá passar, minha amiguinho. Observe nos comentários como muitas pessoas passaram pelo mesmo que você vivencia e agora se encontram ótimas. Não será diferente consigo. Mantenha o foco no seu tratamento. Seja otimista e acredite em sua melhora. Assim que tiver ido à consulta, conte-me como foi. Saiba que estarei sempre aqui para ouvi-lo. Você não se encontra só. Desabafe sempre que precisar.

      Beijos,

      Lu

  3. Claudair

    Lu

    Hoje fez 13 dias que estou tomando 100 mg de desvenlafaxina, estou muito mal ainda, com dificuldade pra sair da cama; quando vou trabalhar vou me arrastando. No serviço eu olho para as pessoas e fico muito triste, não com elas, mais comigo, por estar nesta situação. Quarta agora vou ao psiquiatra, será que ele vai manter o remédio? A primeira vez que tive esta doença, o que me levantou foi a sertralina, desta vez não sei por que ele mudou o remédio. Estou sofrendo desde janeiro; já tomei agomelatina, divalproato e agora esta desvenlafaxina. Não seria o correto ele me passar o que deu certo da primeira vez?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Claudair

      Pelo tempo que está tomando a desvenlafaxina (13 dias) é normal que ainda esteja sentindo os efeitos adversos. Você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, quando o organismo está relutando para não aceitar a nova substância. Sei como é difícil passar por tal fase, mas você conseguirá. Tenha apenas um pouco mais de paciência. Procure lembrar que se trata de uma situação passageira, não havendo motivos para ficar triste, mas feliz por estar sendo medicada.

      O psiquiatra irá avaliar a resposta de seu organismo ao medicamento. Imagino que não irá mudá-lo, pois ainda não deu tempo de mostrar os efeitos positivos que normalmente aparecem depois de três semanas. Quanto à mudança da sertralina para um novo antidepressivo, pode ser que ele tenha avaliado que o escolhido seja mais eficiente. Converse com ele a respeito e leve anotado tudo o que está sentindo. Nunca saia do consultório com dúvidas. Caso não se sinta confiante no seu médico, não hesite em procurar outro. Escreva-me dizendo como foi o resultado da consulta. Saiba que estamos todos torcendo por você. Logo estará bem de novo!

      Abraços,

      Lu

  4. Anny Carina

    Lu e amigos

    Quase todos os dias venho aqui ver os comentários.

    Hoje faz um mês e 10 dias que tive a recaída. Como podem ver nos meus comentários anteriores, foi bem difícil dessa vez, achei que não melhoraria, porque nunca demorou tanto. Gostaria de deixar claro que a maior culpada da recaída fui eu mesma, por ter feito muitas coisas erradas. Hoje estou tomando 13 gotas do exodus até chegar a 15 mg e estou me sentindo muito bem. A maioria das coisas já voltou ao normal, crises de pânico extintas, risos.

    A todos que estão aqui e passando por momentos ruins, não desistam, leiam meus comentários há um mês atrás e vejam como eu estava e como estou hoje. Busquem forças e vão ver que tudo dará certo.

    Lu, você é maravilhosa por ajudar a todos nós com suas palavras. Muito obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anny Carina

      O seu comentário é muito importante para todos os frequentadores deste espaço, pois mostra que vale a pena fazer o tratamento. Além disso, deixa claro que ser POP (paciente, otimista e persistente) é o jeito melhor de ver luz no fim do túnel. Quem quiser saber como chegou mal aqui, basta ler seus comentários anteriores. É com muita alegria que recebo a notícia de sua estupenda melhora. Parabéns, guerreirinha! Maravilhosa é você, por ter seguido adiante, sem jamais esmorecer.

      Grande beijo,

      Lu

  5. Murilo Faria Autor do post

    Lu

    Vejo seus comentários no blog e gostaria de receber os links de textos de tratamento de depressão e ansiedade (conforme citou em um comentário no blog). É relaxante ver suas respostas tão otimista para as pessoas necessitadas. Desde já obrigado e parabéns pelo blog

    Murilo Faria.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Murilo

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      É muito bom saber que você visita nosso espaço. Irei enviar para você, com o maior prazer, os links que me pede.

      Abraços,

      Lu

  6. Claudair José Basílio

    Lu
    Muito obrigada pelas mensagens de apoio, queria que você me tirasse outras dúvidas: depois que aumenta a dose do remédio, começa a contar de novo as famosas 3 semanas? Meu médico aumentou a desvenlafaxina e hoje faz 7 dias. Estou mal ainda, eu começo bem mal de manhã e vou melhorando ao longo do dia, e à noite fico melhor, mas sem sono. A moleza é toda de manhã. Por que é tão difícil sair da cama de manhã? Nos dias em que eu estou de folga eu fico muito tempo na cama, mas não durmo, minha cabeça não desliga, fico remoendo as coisas com muito medo do que possa acontecer.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Claudair

      Você deve começar a contar após o aumento da dosagem. Os efeitos adversos que ainda sente estão dentro da normalidade. Amanhecer mal e melhorar ao longo do dia é comum a todos que fazem o tratamento com o antidepressivo. À medida que seu organismo for dando uma resposta positiva, tudo isso desaparecerá. Procure não ficar muito tempo na cama, levantando-se assim que acordar, para impedir que os pensamentos ruins apareçam. Lembre-se de que eles não têm poder algum, não passam de pensamentos bobos.

      Beijos,

      Lu

  7. Mauro

    Amigos

    Quero aqui desejar a todos boa sorte e agradecer a Deus e a essa pessoa maravilhosa que se chama Lu Dias e dizer que é possível sair dessa, sim.

    Em 2017 eu tive uma recaída de uma depressão que tive em 2014 e foi muito difícil. Melhorei muito lendo os comentários e as palavras sábias da Lu. Eu me sentia mais encorajado para seguir com meu tratamento. Tomei oxalato de escitalopram durante 10 meses. Comecei com 5 mg e fui até 25 mg. Minha médica me passou caminhada três vezes por semana. Hoje me sinto bem, passei frequentar a igreja, mas foi muito difícil levantar dessa recaída.

    Eu peço a todos que estão passando por isso, e eu sei o quanto é difícil, que lutem. Tomem os remédios, mesmo que no início as reações sejam fortes. Não desistam, pois todos os efeitos ruins irão passar e vocês vão ficar bem. Eu também sofria muito, tive três desmaios no início devido a reação dos remédios.

    Que o nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês e obrigado, Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mauro

      Muito obrigada pelo seu carinho, atenção e cuidado com os amiguinhos deste espaço, incentivando-os a levarem o tratamento a sério. Você sempre será muito especial para todos nós.

      Abraços,

      Lu

  8. Vanessa

    Lu

    Hoje posso dizer que estou 30% melhor, estou tomando rivotril pra dormir por ordem médicas, e graças a Deus voltei a dormir direito; acordo meio triste e com os pensamentos confusos, mas com fé que tudo vai se ajeitando. Tenho ainda insegurança, a psicóloga me colocou pra fazer atividades de expressão corporal e ikebana. Sei que não vai ser do dia pra noite que vou melhor. Tenho que dar tempo ao tempo. Faz uma semana que estou tomando 15 mg de reconter, creio que logo minha vida volta ao normal.

    Força a todos dessa família.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Você está indo muito bem. Parabéns, guerreirinha. O mais importante é a convicção de que irá ficar cada vez melhor. Atividades são sempre uma boa saída para apaziguar a nossa mente e desviar a nossa atenção de nós mesmos. Assim que estiver se sentindo bem, abra mão do rivotril. O uso da melatonina é muito bom. Veja a possibilidade de usar tal hormônio do sono com o seu médico. Estou me dando muito bem.

      Beijos,

      Lu

  9. Simone

    Lu

    Com o aumento da dose de 10 mg pra 20 mg é normal sentir reações? Estou tomando esta dose há 18 dias. Há dias em que estou bem, mas hoje estou com muito enjoo, azia e fraqueza. Quero tanto melhorar e essas recaídas me levam ao desespero.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Simone

      As pessoas que têm o organismo mais sensível tem efeitos adversos todas as vezes que a dosagem é aumentada. Isso é comum, sim. Não há motivo para se preocupar. Logo tudo passa e seu organismo volta ao normal. Continue POP (paciente, otimista e persistente). Deverá sempre buscar fazer a sua parte.

      Abraços,

      Lu

  10. Simone

    Lu

    Ano passado um amigo muito próximo se suicidou e fiquei bem nervosa, muito ruim mesmo, vomitando e com diarreia direto. A médica me passou pondera. Vinha tomando e estava bem, mas no início deste mês meu primo se suicidou e tudo voltou. Comecei a passar mal, diarreia , vômito, azia o dia todo. Fui à médica e ela aumentou a dose. Estou tomando há 18 dias, senti uma melhora, mas hoje acordei triste e chorei muito, já estou cheia de enjoo. Quero tanto ficar bem, mas está difícil.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Simone

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, muitas vezes é muito difícil lutar contra os percalços da vida, daí a necessidade de procurarmos ajuda de modo a nos fortalecermos em todos os parâmetros. O suicídio é algo muito triste, pois se trata de um momento de extremo sofrimento para a pessoa que não conseguiu evitá-lo. Isso acontece pelo fato de a pessoa doente não ter pedido ajuda ou recusado tratamento (muitas vezes não consegue vencer o descrédito que a própria família tem em relação às doenças mentais, achando que tudo não passa de fricote ou invenção. Há famílias que, por conta da religião, não aceitam o tratamento com antidepressivo).

      Simone, há cerca de alguns anos, houve um participante deste espaço, ainda muito jovem, que estava fazendo tratamento com antidepressivos, mas de repente foi cooptado por certa religião, cujo pastor proibiu o uso do medicamento sob o argumento de que “é Deus quem cura”. Resultado, o rapaz acabou se suicidando, conforme me informou à época sua irmã num surto grave.

      Amiguinha, o que está sentindo diz respeito à depressão traumática que teve em razão do ocorrido com seu amigo. O fato de ter acontecido o mesmo com seu primo fez com que tudo retornasse. O aumento da dosagem por parte de sua médica foi correto. Em razão de tais traumas, mesmo tomando o medicamento irá sentir tristeza por um tempo. Não há como impedir que deixe de vivenciar a sua dor e isso é muito importante até mesmo para curar seu trauma. Chore sempre que sentir vontade, mas busque racionalizar, dizendo para si mesma que, como ser humano, você é impotente diante de muitos acontecimentos, ou seja, incapaz de impedir que aconteçam, restando-lhe a conformação. Reverta sua dor ajudando a família de seu amigo e de seu primo. Lembre-se de que a vida continua para nós que na Terra permanecemos e é nosso dever cuidar de nosso corpo e dessa vida que de graça recebemos. À medida que for vivenciando este conhecimento, irá também se fortalecendo.

      Não se sinta só, estaremos sempre aqui para ajudá-la. Irei lhe enviar uns links que a ajudarão muito.

      Beijos,

      Lu

      1. WR

        Lu

        Você escreveu: “há cerca de alguns anos houve um participante deste espaço, ainda muito jovem, que estava fazendo tratamento com antidepressivos, mas de repente foi cooptado por certa religião, cujo pastor proibiu o uso do medicamento sob o argumento de que ‘é Deus quem cura’. Resultado, o rapaz acabou se suicidando, conforme me informou à época sua irmã, num surto grave.

        Não gosto de frequentar igrejas devido à ignorância dos homens. Pessoas são manipuladas por opiniões, como nesse caso em que o jovem perdeu a vida. Pode haver boas pessoas, mas DEUS é um só e não acredito na palavra do homem. Pego a passagem da Bíblia como exemplo a história do JUDAS. Vejo vários depoimentos de pessoas que dizem que se livrar da depressão ou TAG sem medicamentos usando apenas a fé, enfim, pode acontecer, mas não acredito muito. Vejo várias religiões que não vou citar o nome “curando” até paraplégicos. Eu acredito em DEUS, sim, mas não acredito no ser humano, pois somos falhos e somos movidos pelas tentações, logo, mente limpa sem pecados não existe.

        1. LuDiasBH Autor do post

          WR

          O campo das religiões é muito complexo, se a pessoa não tiver muito discernimento acaba virando massa de manipulação. Todo cuidado é pouco, devendo todos agir com muito cuidado. Quanto à cura da depressão pela fé, isso vai depender muito do tipo dela (existem vários tipos). Se a depressão do indivíduo for resultante de um trauma, a sua mudança de comportamento irá influir muito na sua cura. Isso pode acontecer através da fé, do exercício, da meditação…

          Abraços,

          Lu

  11. Claudair José Basílio

    Lu

    Achei este blog em busca de ajuda, pois eu passei por grande sofrimento entre 2016 e 2017 com TAG e depressão. Quando consegui ficar bem, com muita luta e remédios, achei que estava curado, larguei os remédios e voltei a viver como se nada estivesse acontecido. Estava até bebendo demais, agora voltou tudo de novo. Estou em tratamento com o mesmo psiquiatra, mas está demorando pra eu sentir alívio. Estou com muita angústia e sofrimento; estou indo trabalhar arrastado. Tomei desvalenxina de 50 mg e agora ele aumentou pra 100, piorou um pouco. Será que eu consigo sair desta de novo? Estou sofrendo muito e minha esposa também. Tenho uma filha de 1 ano e não consigo dar a atenção que gostaria pra ela! Só queria desabafar!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Claudair

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, os transtornos mentais são, na maioria das vezes, reincidentes. O que relata acontece com muitos portadores de doenças mentais. Você deveria ter passado pelo crivo de seu psiquiatra, antes de abandonar o tratamento, mas, mesmo que ele tivesse lhe dado o aval para parar com a medicação, não significa que não voltaria a ter novamente depressão e TAG. O importante é que voltou a buscar ajuda médica, impedindo que as crises continuem e agravem-se. Saiba também que a bebida é um depressor que diminui o nível de atividade no cérebro, contribuindo para o aparecimento de tais transtornos ou fortalecendo-os.

      Claudair, o retorno ao antidepressivo costuma ser ainda mais sofrido do que da primeira vez que dele faz uso. O organismo reluta ainda com mais força para aceitar a nova substância. Os efeitos adversos mostram-se ainda mais severos, mas, apesar disso, eles passam, tenha a certeza disso. É claro que sairá bem dessa, pois a função do antidepressivo é permitir-lhe levar uma vida com qualidade. Logo estará levando uma vida normal com sua esposa e filhinha. Seja POP (paciente, otimista e persistente) e não tardará a dar-me boas notícias. Não se esqueça de fazer um tipo de exercício (a caminhada é excelente). Gostaria também que lesse os textos que irei lhe enviar.

      De qualquer forma não se sinta só. Saiba que você tem aqui um grande grupo de amigos que perseguem os mesmos objetivos. Continue nos dando notícias.

      Abraços,

      Lu

  12. Vanessa

    Lu

    Fui ao psiquiatra e ele disse que o organismo demora mais um pouco pra aceitar o medicamento porque eu parei da outra vez. Ele incluiu epilenil pra tomar à noite, disse que eu posso tomar rivotril caso tenha crises, mas estou tentando passar as crises sem esse medicamento.

    Obrigada pela ajuda, entro aqui todos os dias. Na quarta tenho psicóloga, ela é muito boa, também me arrependo de ter parado o tratamento.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Seu psiquiatra está correto, daí a importância de parar a medicação apenas com a permissão médica. Você faz bem ao evitar o rivotril, pois esse medicamento causa dependência. É sempre prazeroso contar com a sua presença aqui.

      Beijos,

      Lu

    2. Vanusa

      Olá, Vanessa!

      O contato com o psiquiatra no início do tratamento é muito importante, para que ele monitore seus sintomas.

      Eu tenho um organismo muito sensível e sofri bastante no início do tratamento com os efeitos colaterais, ficando bem pior do que antes de começar o tratamento. Eu também vinha todo dia ler este blog para encontrar forças com a Lu e os amigos. Mas te digo que os efeitos colaterais passam com certeza. Demorou alguns meses para o medicamento fazer o efeito no meu caso, mas valeu a pena, pois hoje estou bem, sem nenhum efeito colateral e retornei a minha vida normal. Algo que me ajudou bastante no início do tratamento foi fazer caminhadas diárias ao ar livre, meditação e cuidar da alimentação. O acompanhamento com o terapeuta é fundamental também.

      Vanessa, mantenha-se firme nesse comecinho, seguindo direitinho as instruções do seu psiquiatra. Logo essa turbulência irá passar e você estará se sentindo bem.

      Abraço

  13. Vanessa

    Lu

    Obrigada!
    hoje aumentei a dosagem de reconter, óbvio que a ansiedade aumentou junto. Ontem fui parar no UPA com a crise que tive. Na segunda vou tentar um encaixe com meu psiquiatra.

  14. Vanessa

    Lu

    Hoje minha ansiedade está a mil, 24 dias tomando remédio e nada, sinto vontade de agredir as pessoas e até eu mesma, isto não é normal. Preciso de ajuda.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Não tem sido fácil para o seu organismo adaptar-se ao antidepressivo. No ano passado tive uma leitora com o mesmo problema que você. Ela só foi sentir melhoras depois de 30 dias. Posso imaginar como está se sentindo. Entre em contato com o seu psiquiatra e diga-lhe como ainda continua se sentindo. Isso é normal, sim, para alguns organismos mais resistentes ao medicamento. Ainda assim, não deixe de contatar o seu médico, para que ele acompanhe todo o seu tratamento. Quero que me dê notícias suas amanhã. Não se esqueça.

      Beijos,

      Lu

  15. Vanessa

    Lu

    Você acha que tudo isso que está acontecendo é o organismo lutando contra o remédio, significa que uma hora ele vai ter que aceitar? Não sei porque está forte desse jeito e os pensamentos assustadores. Estou pedindo muito a Deus pra isso passar logo, sei que o medo é uma coisa que não pode existir, mas tudo aquilo que é anormal assusta. Hoje mesmo minha noite foi péssima, nem com Rivotril consegui dormir, acordei a noite inteira. Espero que isso passe logo e que eu traga boas notícias.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Alguns organismos são bem resistentes ao medicamento. Antidepressivo e corpo travam uma briga de foice, mas o primeiro acaba vencendo. Como já lhe disse, tudo é questão de tempo e, sobretudo, paciência. Os pensamentos são mesmo assustadores. É o que mais as pessoas na fase inicial reclamam. Lembre-se de que tal fase não dura o mesmo tempo para todas pessoas. Algumas necessitam até mais de 30 dias.

      Amiguinha, eu também costumo acordar muitas vezes durante a noite, mas meu médico receitou-me melatonina (hormônio produzido pela Pineal e que induz ao sono), o que melhorou muito a minha insônia. Converse com seu médico a respeito. A manipulação deste medicamento sai bem mais barata. Mande fazer para seis meses. Estou torcendo para que me traga logo boas notícias. Você leu o comentário do WR? Continue firme e otimista, pois você é uma guerreirinha POP.

      Beijos,

      Lu

  16. Vanessa

    Lu

    Nem sei como agradecer a você por ser a pessoa que é, pois suas palavras dão o conforto que todos aqui procuram. Deus abençoe você e sua família e a todos aqui que estão nessa luta.

    Obrigada de coração.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Amiguinha

      Nós somos uma família neste espaço. Estaremos sempre um ao lado do outro. Jamais se sinta só.

      Abraços,

      Lu

  17. Vanessa

    Lu

    Você acha que assim que o remédio fizer efeito esses pensamentos que aumentam minha ansiedade vão embora? Hoje faço 21 dias da medição e o psiquiatra pediu pra esperar mais 1 semana antes de ir 15 mg, toda hora minha mente tenta me atrapalhar, e quando controlo, lá vem os pensamentos de novo, tento pensar positivo que é só uma fase, o pior é que passo uma parte do tempo com meu filho de 4 anos, e aí a mente fica vazia. Os maus pensamentos me assombram.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      É natural que os portadores de transtornos mentais passem por essa fase de sofrimento e dúvidas no início do tratamento, pois o antidepressivo, até interagir bem com o organismo, reforça os efeitos adversos, como vem acontecendo com você. A pessoa passa a sentir-se bem pior do que antes de começar com a medicação, o que a deixa cheia de questionamentos. Seu psiquiatra optou pela dosagem de 15 mg, mas preferiu que você tomasse uma dosagem menor antes.

      Amiguinha, sei que lidar com os pensamentos negativos não é fácil, sendo este o efeito adverso mais reclamado aqui pela maioria daqueles que iniciam o tratamento com antidepressivo. Como você disse “… toda hora a mente tenta atrapalhar… os pensamentos negativos vêm de novo… os maus pensamentos me assombram”. A luta de todos é exatamente esta. Leia os comentários (estão em vários textos) e veja como quase todos os nossos companheiros de luta passaram por isso. O bom é que todos venceram, o que acontecerá com você também. Tudo é questão de tempo, minha irmãzinha, esses pensamentos bizarros e indesejáveis irão sumir. Acredite! Enquanto isso, mantenha-se firme como uma guerreirinha POP. Todos nós, portadores de transtornos mentais, somos pessoas corajosas e tremendamente fortes. Vou lhe enviar o link de uns textos que quero que leia com atenção.

      Beijos,

      Lu

      1. Vanessa

        Lu

        Eu tenho medo de machucar alguém, eu não quero fazer isso, só que minha mente fica toda hora me importunando, já estou aqui desesperada de novo, quero que isso passe logo.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Amiguinha

          Você não irá machucar ninguém, porque não aceita ficar sobre o controle de sua mente que ainda se encontra doentinha. Procure conversar com seus amigos e familiares, pedir-lhes que lhe deem mais atenção nesta fase difícil, mas que irá passar. Continue lendo os textos que lhe enviei. Se achar que lhe fará bem, peça a seu marido para entrar em contato comigo no e-mail ludiasbh@virusdaarte.net.

          Beijos,

          Lu

    2. WR

      Vanessa,

      passei por isso também, inclusive acho que todos aqui passaram por algo no início do tratamento. Olhe, pode haver pessoas que não sofram tanto com esses remédios no início, mas acredito que a grande maioria passa pelo que você está sentindo em relação aos efeitos adversos. Seja POP, como diz a Lu. Uma hora a dose encaixa e seu organismo aceita a medicação. Outra coisa, procure fazer algo de que goste ou mesmo algo que a distrai, pois sempre temos atividades de que gostamos, mas com a depressão nada fica colorido. Sei que não é fácil, pois fui ao fundo do poço em poucos dias e também piorava quando procurava saber de sintomas pelo Google, as pessoas depressivas ou mesmo as quem t~em pânico são uma esponja a absorver coisas ruins, portanto, fique longe, isso é uma boa dica.

      No início da medicação tive ansiedade e a depressão piorou. Fiquei abobalhado no começo e nada fazia sentido, pois pensava que até zumbis existiam após me ver nesse estado, mas os dias foram se passando e minha única alternativa era acreditar em Deus e na medicação, pois não tinha para onde voltar. Tudo isso passou, os efeitos colaterais e comecei a viver de novo e ter pique para fazer as minhas atividades, as quais ia empurrando com a barriga.

      Na fase inicial com o antidepressivo, eu ia trabalhar, pois minha família depende de mim e eu não podia ficar na cama. Lembro-me que uns três dias ia trabalhar chorando escondido. Foi uma fase muito ruim, pois antes era uma pessoa normal e os sintomas me assustaram bastante. Seja firme e logo vai ver efeitos positivos, pois na vida todas as adaptações geram desconfortos, tais como: emprego, escola, faculdade, relacionamentos, etc. Até se alinhar levam dias.
      Boa sorte e volte a postar sua melhora que com certeza estará próxima. Acredite em Deus e tenha novos hábitos de vida, afinal o corpo pede mudanças!

      Abraços

  18. Vanessa

    Lu

    Fui a minha consulta, meu psiquiatra é super legal, pediu pra eu continuar a tomar a metade do reconter por mais uma semana, e depois tomar inteiro de 15mg. Pediu que comprasse o exodus, e também me deu clonazepam, em caso de crises. Por um lado alivia um pouco conversar com ele que disse que é normal sentir essa ansiedade. Sinto uma angústia que me dá vontade de chorar, pois os pensamentos judiam demais. Hoje mesmo fui caminhar na praia e na volta tive uma coisa que apertava o peito e caí no choro. Sinto melhor depois que choro, minha psicóloga é dia 25. É normal sentir essa insegurança e medo de ficar sozinha?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      É muito bom saber que seu psiquiatra é legal e tudo correu bem. O seu choro acontece em razão de sua angústia, ele é bom porque alivia, mas não se aflija pois tudo isso irá passar. É normal sentir tudo isso, como poderá comprovar através dos depoimentos de nossos amiguinhos. Os pensamentos negativos também desaparecerão. Como você é muito sensível, seu organismo está demorando mais tempo a interagir com o antidepressivo. Assim que estiver com a dosagem de 15 mg e passado o tempo de adaptação, você será outra pessoa. O que mais precisa agora é ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Beijos,

      Lu

  19. Vanessa

    Lu
    Hoje faz 20 dias de reconter, a ansiedade ainda está forte, sinto medo de nunca passar. Hoje tenho psiquiatra e já estou com medo de aumentar a dosagem e sofrer por mais dias, é muito cansativo e fico triste, meus pensamentos negativos, chego a chorar. Às vezes dá um ânimo, as vezes dá um desânimo, não sei se esse remédio está fazendo ou vai fazer efeito. Espero que tudo isso passe logo e eu possa viver tranquila.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Viver é enfrentar desafios. É exatamente isso que você está enfrentando agora. Irá sair desse contratempo ainda mais forte, pois todo sofrimento ensina-nos alguma coisa. Apenas procure ficar tranquila e otimista quanto à medicação. Saiba que seu psiquiatra é a pessoa mais certa para avaliar se você precisa ou não de aumentar a dosagem. Leia os comentários do WR e veja como ele se sente hoje, depois de ter passado por uma fase pior do que a sua. Tudo isso irá passar, amiguinha, e você voltará a ter a sua tranquilidade de antes. Acredite! Vá confiante à sua consulta e depois me escreva dizendo como foi.

      Abraços,

      Lu

  20. Vanessa

    Lu
    Já escrevi 2 comentários que não foram publicados, hoje vai ser o 18° com remédio e eu fico desanimada, pois o tempo passa e nada. Tenho medo do remédio não fazer mais efeito. Antes de começar a tomar, eu não estava assim, parece que a ansiedade aumenta e os pensamentos ruins também; tento me distrair, ainda não consigo dormir direito, acordo as 3 ou 4h da manhã e fico com uma angústia de ver todos dormindo. Espero logo estar melhor e continuar viver sem me preocupar com tudo isso.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Eu já respondi o seu comentário. Veja com calma, pois a sua ansiedade não está lhe permitindo encontrá-lo.

      Amiguinha, você ainda se encontra na fase ruim da medicação, quando o organismo ainda luta contra a nova substância, produzindo os efeitos adversos. Como lhe falei, essa fase costuma durar cerca de três semanas. É preciso ter paciência, embora o sofrimento seja grande. O aumento da ansiedade, a insônia e a angústia fazem parte desta fase inicial. Sei como é difícil ficar insone e ver todo mundo dormindo. O que tem a fazer é ficar calma e dizer para si mesma que tudo de ruim está passando. Logo estará bem e nem mais se lembrará desses momentos tão angustiantes.

      Beijos,

      Lu

  21. Anny Carina

    Lu e amigos

    Acho que as coisas estão se organizando depois de quase um mês de recaída e idas a hospitais, aumento e baixas de dosagem da medicação, dias sem trabalhar, estudar, enfim.. Faz uma semana que estou tomando o exodus com a dosagem de 10 mg e já tenho me sentido melhor, consegui trabalhar a semana toda, relativamente bem. Tive uns momentos de ansiedade e tristeza, mas consegui dar conta e passei a me sentindo melhor a cada dia. Hoje me sinto ótima! Incrível como as coisas mudam de um dia pro outro. Na semana passada estava péssima e nada fazia sentido, hoje já é diferente.

    Meu conselho aos amigos: não desistam! Por mais que hoje pareça péssimo, virão dias melhores!

    Obrigada e beijos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anny Carina

      Suas notícias trazem ânimo para todos nós. Quem ler os seus primeiros comentários verá o quanto sofreu no início do tratamento. O seu conselho é muito importante para aqueles que ainda passam por uma fase ruim. Obrigada, amiguinha, por seu carinho com todos os nossos companheiros de caminhada.

      Beijos,

      Lu

  22. Vanessa

    Lu

    Hoje estou no meu 17º dia com reconter, há 2 dias atrás estava bem, mas ontem a ansiedade deu a graça e hoje tive uma crise. Tenho passado muito estresse, você acha que isso pode influenciar? Eu vi em um comentário seu, que quando se para o remédio, o organismo demora mais a responder ao recomeçar. Tenho angústia e medo. Tenho 3 filhos e o mais novo tem 4 anos e ele é bem ativo, ele me bate morde e fica o tempo todo em cima da mim,vvocê acha que isso contribui para a minha ansiedade? Tento ser o mais pop possível.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Você ainda se encontra na fase difícil que dura cerca de três semanas, portanto, o descontrole de sua ansiedade ainda se encontra dentro do previsto, sendo possível a existência de crises. Enquanto seu organismo não se adaptar totalmente ao medicamento, isso poderá acontecer. Não há nada que mereça preocupação. O estresse é um “pó royal” para quem tem ansiedade e depressão. Por isso é que peço tanto para que vivam um dia de cada vez. Apenas um dia! Não se projete no passado ou no futuro, pois isso pesa na nossa carga emocional.

      Amiguinha, lidar com crianças nos dias de hoje está cada vez mais difícil. Ainda nos encontramos despreparados para lidar com os filhos da nova tecnologia. É preciso muita paciência. Quanto ao seu filhinho, aconselho-a a levá-lo a um pediatra para ver o que vem lhe causando essa vontade de morder e não se afastar de você. Quanto mais cedo detectar seus medos, mais fácil será para você. Ele pode ser uma criança hiperativa. Veja isso!

      Beijos,

      Lu

  23. Vanessa

    Já estou nesse barco da ansiedade há 7 meses, de idas e vindas de médico e medicamentos… Minha mãe sofreu um AVC isquêmico já faz 1 ano e meio, desde então eu nunca mais fui a mesma pessoa, crises depressivas ataques de pânico fora e dentro de casa, dores no peito e nas costas, pronto atendimento pra me medicar e é sempre a mesma resposta crise: depressivas.

    Agora estou com ATM (desgaste nos meus dentes, travamento no maxilar a ponto de não conseguir comer). Fui ao especialista bucal e ele me explicou que são umas série de fatores que desencadeiam isso e a principal é a bendita da ansiedade. Há dias em que penso em tantas coisas ruins, em desistir de tudo, mas tenho dois filhos que precisam de mim e não posso desistir por eles. Há tantos momentos de angústia e sempre tento ficar com sorriso no olhar, disfarçar meus sentimentos, mas só eu no meu mais profundo interior sei o quão difícil é, sentimentos de perda, desespero, tristeza.

    Durante um bom tempo fiz o uso de maxapran de 20 mg, agora estou tomando deller 100 mg e infelizmente voltei fazer uso do almprazolam que no início eram apenas 0,25 mg e há dias que tem que ser 2.0 mg e mesmo assim ainda tenho dificuldades pra dormir,pois sofro de insônia e enxaqueca… Tenho quase certeza de que sou bipolar, enfim não sei porque escrevi isso, mas senti bem em escrever e apenas fiz!

    Queria poder dizer coisas boas, mas infelizmente hoje não consigo, só que há uma tristeza enorme dentro de mim a ponto de querer chorar e chorar e ficar quietinha num lugar que não tem barulhos e de preferência bem escurinho. Enfim não sei mais quando essa fase irá passar.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa Fern.

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Minha amiguinha, compreendo muito bem o que é viver para lá e para cá no barco da ansiedade. Não são poucas as pessoas que aqui chegam reclamando desse vai e vem de ondas tempestuosas em sua vida. Mas não se aflija, assim que encontrar um medicamento eficaz (muitas vezes é necessário passar por muitos), seu organismo recuperará a normalidade de que tanta necessita. Muitos chegaram aqui como você e agora sentem-se muito bem. O importante é ser POP (paciente, otimista, persistente) e acreditar que tudo isso irá passar. Pesquisas mostram que as pessoas otimistas tendem a melhorar mais rapidamente.

      Vanessa, nós depressivos e ansiosos somos pessoas perfeccionistas. Tendemos a querer controlar tudo, como isso fosse possível a nós, seres humanos. É por isso que temos tanta dificuldade em aceitar a doença que ataca nossos entes queridos. O primeiro passo é buscar compreender que não temos o manejo dos acontecimentos da vida – a doença é um deles. O AVC isquêmico que teve com sua mãe pode acontecer com qualquer pessoa. Meu pai teve cinco. A única coisa que você pode fazer é ajudá-la a ter uma vida melhor de modo a procurar se prevenir mais. Mais do que isso está fora de seus limites como ser humano. Quando aprender a aceitar o que aconteceu a sua mãe, entendendo que isso faz parte da vida, sua ansiedade e depressão irão diminuir bastante. Temos que ter a humildade de aceitar aquilo que não podemos mudar. O nosso modo de olhar e aceitar a vida é uma contribuição essencial para a nossa saúde psíquica. E quando nos ajudamos, também estamos melhorando a vida daqueles que vivem ao nosso redor. Lembre-se de viver apenas um dia de cada vez. Não sobrecarregue seus ombros, não aumente seu fardo.

      Os distúrbios de ATM estão muito ligados à ansiedade. Eu mesma tenho bruxismo. É uma maneira de nosso organismo extravasar suas tensões. Portanto, quanto mais mudarmos nossos hábitos errôneos e nos esforçarmos para sermos pessoas tranquilas, mais rapidamente melhoraremos. É fundamental que tenhamos um novo olhar sobre nós mesmos e sobre o mundo. Precisamos ser mais tolerantes conosco e com aqueles que nos rodeiam. Não podemos levar tudo a ferro e fogo. Não podemos levar tudo para o lado pessoal. Os problemas têm a dimensão que damos a eles. Nós somos aquilo que pensamos ser…

      Você diz: “Há tantos momentos de angústia e sempre tento ficar com sorriso no olhar, disfarçar meus sentimentos, mas só eu no meu mais profundo interior sei o quão difícil é, sentimentos de perda, desespero, tristeza.”. É verdade, minha amiguinha, nossa dor é única. O sentimento de perda é frustrante, o desespero turva nossa vida, a tristeza impede-nos de ver a beleza a nossa volta. Ainda assim, nós nos encontramos vivos. E se aqui ainda nos encontramos é porque temos uma tarefa a cumprir. Ninguém poderá cumpri-la por nós. Toda manhã, abra a janela de seu quarto e agradeça pelo nascer de um novo dia. Quando aprendemos a agradecer, passamos a ver o quanto recebemos da vida.

      Amiguinha, eu falo num texto que o medicamento antidepressivo é responsável por 50% de nossa melhora, mas que os outros 50% cabem a nós, ao mudarmos nossa maneira de olhar a vida. Talvez você seja bipolar, ou não. Leia os textos que irei lhe enviar e converse depois com o seu médico. Não se preocupe se hoje não tem coisas boas para dizer. Isso acontece com todos nós. Viva apenas o hoje, ainda que ele esteja doído. Chore quando sentir vontade, procure um lugarzinho tranquilo para ficar (há dias em que me sinto assim). Amanhã será um novo dia. Essa fase ruim irá passar quando o seu organismo encontrar “aquela” substância capaz de modificá-lo. Muitos aqui passam por isso. Você não se encontra só. Também tenho insônia. Meu médico receitou-me melatonina e estou me dando muito bem. Trata-se de um hormônio produzido por nossa glândula Pineal, responsável pelo sono.

      Vanessa, não deixe de ler os textos que lhe enviarei. Saiba também que não se encontra sozinha. Venha sempre conversar conosco.

      Um grande abraço,

      Lu

  24. Larissa Autor do post

    Lu
    Estou completando 1 mês com o reconter e tive uma recaída na semana passada. Quando é que vou ter uma melhora significativa? Dá vontade de desistir de tudo isso. Não aguento mais essa angústia.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Larissa

      As recaídas são muito comuns no tratamento com antidepressivo. Algumas pessoas só vão ter o organismo completamente equilibrado após três meses. Continue tomando direitinho o medicamento, se sentir que a recaída está sendo constante, procure seu médico, pode ser que haja necessidade de mexer na dosagem. Parar o tratamento é dar um tiro no pé, pois terá que voltar à medicação num estado ainda bem pior. Tenha calma, viva apenas um dia de cada vez. Bote otimismo em sua vida. Onde anda a menininha POP?

      Também quero alertá-la para o fato de que, ainda que façamos uso de antidepressivo, continuamos tendo emoções ruins, como qualquer ser humano, pois o medicamento não nos transforma em robôs. A angústia tem sido um mal de nossos dias, principalmente para o brasileiro que vive numa crise em todos os sentidos. Mas é preciso seguir em frente.

      Beijos,

      Lu

  25. WR

    Amigos

    Olhe eu aqui novamente, graças a Deus, bem!

    Leio bastante comentários aqui sobre dias ruins, acho que é normal e acabei aprendendo a ter paciência e sabendo lidar com esses dias, afinal, somos seres humanos e o remédio, como a Lu diz, é para não ficarmos na depressão, buraco e abismo, etc, mas dias tristes iremos sempre ter.

    Eu nessa brincadeira de me queixar para o médico, acabei ganhando aumento de doses, talvez não deveria ser necessário ou sim, mas todas às vezes que tinha esses dias “tristes”, antecipava a consulta e ganhava aumento de doses. Comecei com 10 mg e agora já estou com 40 mg da PAROXETINA. Eu estou me sentindo bem e como disse acima quando tenho dias tristes, espero o dia passar e não volto mais ao médico para ganhar aumento de dose, pois é impressionante, toda vez que reclamamos eles não hesitam em aumentar a dose ou acrescentar outro medicamento. Falo isso por experiência própria após algumas consultas.

    Agora vivo um dia de cada vez e pratico atividades de que gosto, inclusive adotei um cãozinho que me traz grande alegria. Não levo tudo para o lado pessoal, pois sei que as pessoas também têm dias ruins e não são obrigadas a estar 100% felizes. São algumas lições que apreendi após ter essa doença que na verdade está pedindo mudanças de certos hábitos que tinha. Medicação x mudanças vêm me ajudando.

    Boa sorte a todos e obrigado, Lu, por este espaço. Quase todos os dias eu venho aqui.

    1. LuDiasBH Autor do post

      WR

      Você é um grande exemplo de pessoa POP. Ainda me lembro de seu sofrido primeiro comentário… Ver as mudanças que operou em sua vida é muito gratificante para todos nós deste cantinho.

      Amiguinho, você levanta uma questão seríssima que é a do aumento da dosagem. O médico não tem um exame que lhe permita avaliar qual é a dosagem necessária ao nosso organismo. Ele se baseia, como você bem diz, naquilo que lhe passamos. Se somos uma pessoa excessivamente queixosa, incapaz de ter tolerância com os efeitos adversos e debulhamos sobre ele um mar de lamentações, ele conclui que a dosagem está fraca, quando muitas vezes não passa de um período de adaptação. O seu alerta é de grande importância, pois eu nunca havia falado sobre isso aqui e você acaba de abrir os olhos de todos.

      Você diz com muito bom senso:
      “Eu estou me sentindo bem e como disse acima quando tenho dias tristes, espero o dia passar e não volto mais ao médico para ganhar aumento de dose, pois é impressionante, toda vez que reclamamos eles não hesitam em aumentar a dose ou acrescentar outro medicamento. Falo isso por experiência própria após algumas consultas.”.

      Achei o máximo você ter adotado um cãozinho. Pesquisas mostram que os animaizinhos são muito importante para as pessoas ansiosas e depressivas. Eu tenho dois gatinhos brasileiríssimos (Luan e Jade). São uma grande alegria para a casa, apesar de serem muito preguiçosos… risos. Este é também outro conselho importante:

      “Não levo tudo para o lado pessoal, pois sei que as pessoas também têm dias ruins e não são obrigadas a estar 100% felizes. São algumas lições que apreendi após ter essa doença que na verdade está pedindo mudanças de certos hábitos que tinha. Medicação x mudanças vêm me ajudando.”

      Sinto-me orgulhosa de você. Parabéns! Além disso é uma pessoa muito generosa que, mesmo se sentindo bem, não se esquece de seus companheiros de luta. Obrigada, meu amiguinho!

      Abraços,

      Lu

  26. Barrinhos

    Amigos, obrigado pelos depoimentos.

    Já venho sofrendo de ansiedade há muitos anos. Agora estou com 23 anos de idade e tudo está péssimo. Precisei de frequentar o psiquiatra, mas já é a 3ª medicação que ele troca no espaço de um mês, porque sinto muita reação à medicação e sinto medo de que me aconteça algo em razão dos sintomas físicos que apresento.

    Agora venho tomando heipram escitalopram, valdoxan de noite e xanax para me acalmar, mas não tem dado resultado, sinto dores no peito e pontadas nas costas, os braços dormentes e muita inquietude e irritabilidade. Estou cheio de medo fico a pensar no coração e em doenças, é muito triste sofrer assim.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Barrinhos

      Seja bem-vindo a esta família. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, todos nós sofremos com ansiedade, mas quando ela se torna excessiva a ponto de comandar nossos pensamentos e ações, precisamos buscar ajuda imediatamente, pois quanto mais tempo sem medicação, maior será o sofrimento, ainda mais quando se é tão jovem (tive meu primeiro transtorno aos 16 anos de idade). Através de seu comentário não consegui entender se já havia buscado ajuda antes ou se agora é a primeira vez. O mais importante é que já se encontra em tratamento.

      Barrinhos, os antidepressivos têm o objetivo de equilibrar a vida de quem tem transtornos mentais. São inúmeras as substâncias que se encontram hoje no mercado com essa finalidade. A ciência progride cada vez mais nesse campo tão delicado, embora ainda não consiga descobrir de cara qual será o antidepressivo que nos fará bem. Acontece que nosso organismo não se adapta a todas essas substâncias, tendo o psiquiatra que indicar várias delas, até que o organismo (às vezes muito sensível) do paciente adapte a uma específica. Isso acontece com muitas pessoas, o que acaba ocasionando um desgaste emocional. Entendo bem pelo que está passando.

      Os sintomas (dores no peito e pontadas nas costas, os braços dormentes e muita inquietude e irritabilidade) citados por você dizem respeito às reações adversas do medicamento, pois seu organismo ainda não se encontra estabilizado e seu transtorno mental ainda se encontra aflorado. Mas não se preocupe, assim que se adaptar a uma determinada substância e passada a fase difícil de cerca de três semanas, mais ou menos, tudo ficará bem. Todos esses sintomas irão desaparecer e você poderá ter uma vida com qualidade. O medo de que fala é comum a todos que passam por isso, como poderá ler nos comentários. Todo esse sofrimento terá fim, eu lhe garanto. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Viva apenas um dia de cada vez e procure fazer alguma modalidade de exercício físico.

      Amiguinho, saiba que não se encontra sozinho. Aqui terá um monte de companheiros que passam por problemas semelhantes. Venha sempre nos dizer como anda o seu tratamento. Estamos todos torcendo por você. Se souber de alguém que passa por isso, indique este cantinho.

      Abraços,

      Lu

      1. Barrinhos

        Amigos, muito obrigado pelas mensagens e depoimentos.

        Como disse, já venho sofrendo com o transtorno de ansiedade e hipocondríaco há muito tempo. Tenho medo de tudo e uma paranoia, mas sempre tive receio de tomar medicação e acabava por deixar, meio sem saber de nada, caio sempre no mesmo erro porque tenho medo que me faça mal à saúde física e também já são alguns anos assim, tento me manter firme para não fazer asneiras e desesperar.

        Ainda bem que são só reações dos medicamentos e espero que passem. É tudo horrível, acontece muita coisa ao mesmo tempo, não dá para viver.
        Fico grato pela mensagem, muito obrigado!

        Abraço

        1. LuDiasBH Autor do post

          Barrinhos

          O transtorno de ansiedade acaba desaguando na hipocondria. O medo excessivo acaba levando mesmo à paranoia, mas à medida que você for tomando consciência de que tudo isso é criação de sua mente, irá tendo controle sobre ela. Essa danadinha precisa de um cabresto, senão tende a viajar cada vez mais na maionese. O antidepressivo ajuda muito, mas todos nós temos que fazer a nossa parte. Não porque ter receio de tomar a medicação, quando cerca de um terço das pessoas do planeta (julgo eu) faz uso dela. O que faz mal à saúde é deixar a ansiedade ou a depressão em rédea solta. O antidepressivo ajuda-nos a domar tais senhoras. Tudo isso irá passar e você terá uma vida com qualidade. Leve a sério o tratamento e seja POP. Racionalize também acerca de outras doenças terríveis com as quais muita gente convive e ainda assim não perde a esperança. São esses percalços que nos tornam fortes. Avante, meu amiguinho, logo estará bem.

          Abraços,

          Lu

  27. Edu Silva

    Lu
    A semana passada eu passei muito bem, animado, bem disposto e com bastante energia. Não sei o que aconteceu, mas essa semana está sendo muito difícil. Estou muito ansioso, inquieto e bem desanimado. Houve umas mudanças no meu trabalho, mas eu não dei muita importância. Será que mesmo não me importando muito isso pode afetar o subconsciente e me deixar um pouco pra baixo?

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edu

      Todos os seres humanos passam por altos e baixos no dia a dia, indiferentemente de fazer tratamento mental ou não. O modo como aceitamos tais variações é que faz toda a diferença. Nós, portadores de transtornos mentais, somos mais sensíveis a elas. O uso do antidepressivo tem como finalidade domar a nossa ansiedade e tornar-nos mais receptivos às mudanças, ou seja, não permitir que nos afundemos no desânimo, na ansiedade e na depressão. As mudanças no trabalho podem ter afetado você, sim, mas isso logo passará, pois o antidepressivo irá ajudá-lo a superar essa fase. Procure apenas viver um dia de cada vez.

      Amiguinho, uma pesquisa recente é vista com preocupação, pois mostra um imenso número de brasileiros desesperançosos, ansiosos ou depressivos em razão do modo como se encontra o nosso país. Vivemos um caos absoluto. Tudo isso interfere nas nossas emoções, mas não podemos entregar os pontos. Saiba que isso não está acontecendo somente com você. Digo-lhe isso para que não se sinta único neste estado, eu mesma tenho sentido uma tristeza sem tamanho, mas me ergo e empurro o barco para frente. Precisamos ser POPs!

      Abraços,

      Lu

  28. Vanessa

    Lu

    Eu parei meu tratamento há 5 meses. A ansiedade veio a toda, comecei a tomar recontar de novo há 13 dias, mas ainda sinto ansiedade e medo. Penso em coisas que não quero fazer, como se a mente estivesse confusa, durmo pouco e acordo com o coração acelerado. Entro aqui todos os dias e vejo as mensagens que dão um pouco de conforto, quero voltar a fazer minhas coisas sem medo de ter uma crise de novo.

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Seja bem-vinda a este cantinho, agora como participante. Sinta-se em família.

      Amiguinha, transtornos mentais como a depressão e o TAG costumam desaparecer por um tempo e depois voltarem. Duas coisas são importantes: suspender o tratamento apenas com o aval médico e retornar à medicação assim que reaparecerem os sintomas. O fato de você já estar fazendo uso da medicação é muito importante. Agora é ter paciência para superar essa fase difícil com os efeitos adversos, mas ciente de que tudo isso irá passar. Como já sabe, ela dura normalmente, três semanas. Sua mente realmente encontra-se confusa, a insônia e o coração acelerado fazem parte do pacote desses primeiros dias de tratamento. Assim que o seu organismo adaptar-se ao antidepressivo, tudo isso passará e você passará a ter uma vida com qualidade. Portanto, continue POP (paciente, otimista e persistente). Pesquisas mostram que as pessoas que cultivam o pensamento positivo tendem a passar com mais facilidade por essa fase ruim e a obter mais rapidamente os bons resultados.

      Vanessa, você está prestes a fazer suas coisas sem medo e sem crise. Tudo é questão de tempo. Não se sinta sozinha, venha sempre aqui falar sobre o seu tratamento. Conte sempre comigo.

      Beijos,

      Lu

  29. Edu Silva

    Lu e amigos

    Estou há 25 dias fazendo uso do escitalopram. Foram dias terríveis, mas encontrei nesse cantinho muitas informações que nos ajudam muito nessa fase tão difícil. Hoje me encontro bem, praticamente sem efeitos colaterais e já faz 8 dias sem crises de ansiedade. Estou tomando 10 mg e quando acabar a caixa a dose vai ser de 15 mg conforme orientação médica.

    Quero dizer a todos que estão no início do tratamento que suportem essa fase, porque os resultados positivos aparecem com o decorrer do tratamento. Eu mesmo, muitas vezes, tomava o remédio sem fé, porque nunca imaginava que a fase ruim iria passar. Foram 17 anos de ansiedade e também de um pouco de depressão. Sejam POPs! Continuarei enviando notícias.

    Beijos a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edu

      A fase inicial com o antidepressivo é muito sofrida, principalmente para os organismos mais sensíveis. Ainda assim vale a pena passar por tudo isso, pois os resultados positivos não tardam a aparecer, oferecendo às pessoas com transtornos mentais uma melhor qualidade de vida. Desistir do tratamento significa que terá que voltar a ele, mais cedo ou mais tarde, passando por um sofrimento ainda maior.

      Edu, se você já está se sentindo bem com 10 mg, não seria bom continuar com esta dosagem por mais tempo? Eu tomo 10 mg há muitos anos. Só irei aumentar quando achar que não está mais surtindo efeito. Faça uma experiência, se estiver se sentindo bem, poderá prolongar esta dosagem por mais tempo.

      Gostei muito do incentivo dado aos nossos companheiros e companheiras de luta. Eles precisam de uma resposta de quem já passou pelos terríveis efeitos adversos e agora se encontra bem. Vejo que você é uma pessoa muito generosa. É também muito bom saber que este cantinho tem ajudado você. Convide outras pessoas que sofrem com doenças mentais para visitá-lo, pois muitas se sentem perdidas. Continue nos dando notícias.

      Abraços,

      Lu

      1. Edu Silva

        Lu
        Apesar de estar bem, ainda me sinto muito inseguro, por isso eu acho que ainda não estou com a dose ideal. Este final de semana mesmo tive pequenas crises, não tão fortes. Você acha que é normal ter essas oscilações? Estou com 27 dias do escitalopram.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Edu

          Essas oscilações são normais, sim. Se acha que ainda não se sente totalmente bem, deverá seguir direitinho a prescrição médica quanto à dosagem. Somente quando atingir a quantidade ideal é que sentirá todos os efeitos positivos do antidepressivo. É comum sentir os efeitos adversos quando se aumenta a dose do medicamento, portanto, não se assuste.

          Abraços,

          Lu

  30. Ramon

    Lu,

    Hoje completo 16 dias tomando o escilatopram (noite), BUP(dia). Graças a Deus eu me sinto ótimo. No começo foi muito difícil, muitos efeitos colaterais e a sensação de que tinha, ao tomar a medicação, piorado. Após 7 dias os efeitos os efeitos ficaram mais brandos, as crises cessaram. De vez em quando a ansiedade aparece, mas logo vai embora.

    Quero agradecer por este espaço e pelo acolhimento. Foi aqui que nos dias difíceis encontrei forças para continuar meu tratamento.

    Continuarei mandando notícias!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ramon

      Estou me sentindo muito contente pelo fato de já estar colhendo os bons resultados de seu tratamento. É muito bom saber que você continua POP, fazendo tudo direitinho, progredindo a cada dia. Até mesmo a ansiedade excessiva desaparecerá, quando o seu organismo começar a responder totalmente aos medicamentos. Quanto ao cantinho, ele continuará recebendo todos que aqui chegam, com o carinho de sempre. Venha sempre falar de seu progresso, pois isso é muito importante para aqueles que ainda se encontram desesperançosos. Eu também amo receber notícias de vocês.

      Abraços,

      Lu

  31. Anny Carina

    Lu

    Depois de 10 dias tomando o exodus, continuava sem me sentir bem. Há dois dias aumentei a dosagem pra 15 mg (por indicação do médico), pois estou ruim como acho que nunca estive. Não sei o que é dormir, sentindo-me mal o dia todo, fraqueza, quase desmaiando, muitas náuseas, muita ansiedade, fecho o olho durante um minuto e o coração parece que vai à lua. Sei que há os efeitos colaterais, mas assim? Até na emergência fui parar!

    Falei com meu médico, ele disse que meu organismo não suportou o aumento de 10 mg para 15mg não e me mandou voltar pra 10 mg e a cada semana ir aumentando uma gota. Estou muito triste!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anny

      Alguns organismos são muito sensíveis ao antidepressivo, exigindo que a dosagem seja aumentada aos poucos. Isso acontece com muitas pessoas e não há motivos para que você fique triste. Tudo é uma questão de adaptação, o que exige uma paciência maior. Todos os sintomas de que fala estão correlacionados com o medicamento. O fato de não estar dormindo faz com que eles pareçam ainda maiores, pois a insônia mexe com todo o nosso corpo.

      Amiguinha, seu médico não lhe passou um ansiolítico para ajudá-la a passar por essa fase inicial? Se a resposta for negativa, converse com ele a esse respeito, pois tal medicamento será de grande valia nesse momento que vive, inclusive ajudando-a a dormir. Ele é um psiquiatra ou clínico geral? Se não for um psiquiatra, tente se consultar com um, pois o conhecimento de quem tem tal especialidade é mais completo em relação às doenças mentais. Avalio o seu sofrimento, mas continue sendo guerreirinha, pois tudo isso irá passar. Confie em mim!

      Gostaria que continuasse me dando notícias suas, minha querida, estarei sempre aqui lhe dando o suporte emocional de que precisa.

      Grande abraço,

      Lu

    2. Vanusa

      Anny, querida!

      Quando eu iniciei o tratamento com o escitalopram passei pelo mesmo que você. O início foi muito difícil, meu organismo é muito sensível a medicamentos e, no meu caso, demorou 3 meses para os efeitos colaterais sumirem completamente (claro que isso varia de organismo para organismo, como a Lu sempre comenta aqui, em geral são 3 semanas, o meu caso foi meio excepcional). Nesse período eu tive muitos sintomas como os seus: muito mal-estar, como se eu fosse desmaiar o tempo todo, falta de ar, enjoo, tontura, aérea e muito pior da depressão e ansiedade. Os efeitos incomodavam tanto que meu psiquiatra acabou me afastando do trabalho.

      Vim reforçar que, apesar da dificuldade, você não deve parar o seu tratamento em hipótese alguma sem o conhecimento do seu médico. E VALE A PENA o esforço com o tratamento. Passado o período turbulento, eu vi a luz no fundo do túnel e voltei a minha vida normal, voltei para os meus projetos, para o meu mestrado, parei de faltar ao trabalho e fui até viajar para o exterior nas férias. O remédio devolveu minha capacidade de sorrir e ter momentos felizes, coisas que eu não sentia mais com a TAG e depressão. O meu tratamento é complementado com terapia, academia, acupuntura e nutrição. Mas o esforço em ficar bem compensa muito no final.

      Boa sorte a você, continue POP e conte sempre com essa família aqui!

      1. Anny Carina

        Vanusa

        Na verdade não estou iniciando agora com o escitalopram, já tomo há 2 anos e meio, sendo que nos últimos 6 meses vinha fazendo umas coisas erradas, como por exemplo: diminuir meu comprimido pela metade sem acompanhamento médico, esquecia bastante de tomar, passava até 4 dias sem tomar e também não tomava sempre na hora certinha, enfim. Daí a crise veio forte. Foi quando voltei ao meu psiquiatra que me mandou voltar à dosagem indicada. Foi quando passei dois dias muito mal 24 h por dia, indo pro pronto socorro. Meu psiquiatra me mandou baixar a dosagem e ir a cada semana subindo uma gota até voltar aos 15 mg, dosagem com que que deveria estar, disse que como estava em 7,5 mg e pulou logo pra 15 mg meu corpo não aguentou.

        Estou tomando 10 mg e semana que vem aumento uma gota, torcendo pra voltar a ficar tudo bem, por que coloco logo pensamentos negativos na mente de que o remédio não vai mais funcionar, que vou ter que passar por tudo de novo e mudar a medicação, etc. Meu maior medo é a questão do trabalho com afastamento acabar me prejudicando e perdendo meu emprego, pois é através dele que consigo um bom tratamento. Estou há três dias sem ir trabalhar, espero conseguir voltar na próxima semana.

        Muito obrigada pelo carinho e apoio, continuarei trazendo notícias!

        Beijos!

  32. Anny Carina

    Lu

    Hoje é meu 8º dia com a dosagem de 10 mg do exodus, estava até indo bem. Hoje particularmente não dormi bem (o que já vinha conseguindo melhor), desde ontem estou sentindo como se fosse um nó na garganta, incomoda demais. Não sei se é da medicação ou outra coisa, de todo jeito, marquei um gastro esta semana, fico super preocupada e triste novamente, com medo de ter perdido a melhora que estava sentindo. Amanhã espero amanhecer melhor pra ir trabalhar. Um dia de cada vez!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anny

      Esses altos e baixos são normais na primeira fase do tratamento, sem falar que você ainda se encontra praticamente na primeira semana, portanto, não se preocupe. O nó na garganta está ligado aos efeitos adversos do medicamento. Nessa fase o seu organismo ainda está lutando contra a nova substância. Verá que não há nada de grave consigo. Procure manter seus pensamentos positivos e joga fora todos os pensamentos negativos que aparecerem. Continue POP, amiguinha, pois tudo isso irá passar.

      Beijos,

      Lu

  33. Edu Silva

    Lu
    Estou usando o Escitalopram há 17 dias. Não está sendo fácil, ainda estou muito ansioso e também sinto uma pressão forte do lado direito da cabeça, como havia descrito no meu comentário anterior. Comecei com 5 mg por 10 dias e tem 7 dias que estou com 10 mg. Alguns efeitos colaterais já desapareceram e parece que eu já estou sentindo que estou raciocinando melhor. Tento ser POP, mas está sendo bem difícil.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edu

      Você começa a deixar a fase sofrida da medicação. Logo estará sentido os benefícios esperados. Tenha mais um pouco de paciência, amiguinho. Assim que firmar na dosagem correta, seu organismo voltará à normalidade. Para ficar mais tranquilo quanto aos efeitos adversos, comece a contar as três semanas a partir do aumento da dosagem. Continue POP e trazendo-me informações.

      Abraços,

      Lu

  34. Anny Carina

    Lu

    Hoje acordei bem ansiosa, mas coloquei na minha cabeça que tinha que ir trabalhar, e assim fui, com dificuldade, havia momentos em que estava mais ou menos e outros bem ansiosa, querendo ir embora, mas consegui levar a manhã.

    À tarde fui a minha consulta marcada com o psiquiatra, e foi ótima! Como eu disse, ele é maravilhoso, passamos mais de uma hora na sala, contei tudo o que estava se passando, ele me tirou todas as dúvidas e me acalmou bastante. Mostrou que na verdade eu estava fazendo muita coisa errada, por exemplo: tomando uma dosagem abaixo do que é chamada sendise terapêutica, e sem acompanhamento, não estava tendo um horário fixo pra tomar a medicação, tomava sempre pela manhã mas em horários diferentes, e também que esquecia bastante. Já cheguei a passar 4 dias sem tomar, enfim.. Meio que eu que procurei a crise!

    Ele me acalmou bastante sobre manter a mesma medicação e dosagem até domingo. Caso até lá ainda não me sinta bem, devo aumentar, mas estou bem mais calma, acho que não será preciso. Disse pra, pelo menos nesse início, tomar o alprazolam pra conseguir dormir, pelo menos nessa semana. Não corro o risco de vício, pois minha dosagem já é baixa. Pretendo tomar até a sexta-feira e no fds (???) paro pra ver como vai ser. Mês que vem voltarei pra ele ver a diferença. Ainda me deu 3 caixas (1 em comprimido e 2 em gotas) da medicação que estou tomando (exodus), ou seja, não vou precisar comprar o remédio por uns meses, e o mesmo é bem caro pro meu orçamento atual. O que ele me deu de medicamento já passa do valor da consulta. Ele sempre costuma dar os remédios para os pacientes. É um anjo que tem me ajudado e me deixado segura!

    Lu, eu lhe manterei informada, pode deixar! Um abraço a você e a todos que acompanham o blog.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anny

      É muito bom receber notícias tão encorajadoras suas. Como vê, tudo está caminhando para dar certo. Agora é ser POP (paciente, otimista e persistente). Lembre-se de que é muito importante viver apenas um dia de cada vez. Também me conforta o fato de saber que você encontrou um psiquiatra extremamente humano – coisa difícil de se ver nos dias de hoje. A maioria dos médicos hoje está comprometida apenas com o enriquecimento rápido e, por isso, fazem consultas relâmpagos, sem nenhuma preocupação com o cliente.

      Os pontos que seu médico levantou sobre a eficácia do tratamento são bem importantes. Siga-os à risca. Amiguinha, uma coisa que eu queria lhe pedir é que evitasse o internetês (coisa de jovem) em seus comentários, pois muitos que aqui vêm não o entendem (fds, tbm, n, q…), certo?

      Estarei acompanhando com muito interesse seu caso. E não se sinta só!

      Beijos,

      Lu

      1. Anny Carina

        Lu

        Tenho sido bem acompanhada e vou manter o tratamento certinho para que não ocorra recaídas como esta. Hoje consegui trabalhar o dia todo, ainda ansiosa, mas levando um dia de cada vez. Sobre a escrita, me desculpe, é o costume, risos. Fora que como escrevo pelo celular, o corretor mexe em algumas coisas. Novamente, te agradeço pelo apoio, continuarei dando notícias.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Anny

          Tenho a certeza de que logo ultrapassará esta fase ruim. Vejo que é realmente uma pessoa POP. Aguardarei com carinho o seu contato.

          Beijos,

          Lu

  35. WR

    Lu

    Hoje faz quatro meses de medicação, poucas foram as recaídas e as que tive foram relatadas aqui nesse espaço.

    O medicamento está reagindo muito bem com o meu organismo (GRAÇAS a DEUS). Após o aumento da dosagem não me lembro de ter tido crises de pânico e nem recaída da depressão, que por sinal era o que mais me incomodava. As angústias e tristezas são o pior da depressão, pois você pode ter tudo, mas parece que não tem nada. É muito difícil ter uma doença abstrata assim, pois quase ninguém vê ou acredita.

    A pessoa que tem uma doença mental necessita de medicação, pois sozinha dificilmente sairá dela. Escuto casos de pessoas que dizem que saiu da depressão sem usar remédios. Pode até ser, mas não devia estar na sua fase aguda. Hoje vivo normalmente e quem olha não diz que sou depressivo, pois a força de vontade e o fato de ter atividades rotineiras não me deixam cair na famosa área movediça da depressão.

    Não sei o que me fez ter essa doença, pois todos dizem haver o famoso “GATILHO”. Podem ser vários motivos como compreender como nós, seres humanos, somos falhos e muitas vezes não pensamos duas vezes antes de prejudicar o próximo. A depressão é, no meu caso, uma palavra difícil de se dizer. Estou agora olhando a vida com outros olhos e tendo mais paciência com as adversidades. Também não espero muito das pessoas, pois assim eu não me frustro. Sei que sou falho e imperfeito e por isso tenho que saber viver nessa selva de seres humanos.

    Desculpe-me pela a extensão do texto, pois aqui me sinto à vontade para conversar. Obrigado, Lu! Pessoas que lerem este texto, por favor, não hesitem em se tratar, procurando ajuda médica.

    Boa sorte a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      WR

      Agradeço o seu carinho e gratidão por voltar aqui, mesmo quando já se encontra bem. O mais comum é a pessoa desaparecer totalmente quando já se sente curada, só reaparecendo quando vitimada por uma nova crise. Pouquíssimos são aqueles que retornam quando estão bem. Mas levo em conta o seu conselho: “Também não espero muito das pessoas, pois assim eu não me frustro”.

      O seu comentário é muito importante, pois traz esperança e coragem para aqueles que se encontram no início do tratamento, passando pelos efeitos adversos, ainda achando que não irão melhorar. Palavras como as suas funcionam como bálsamos. Obrigada de coração!

      Abraços,

      Lu

      1. WR

        Lu
        Os comentários positivos ajudam os que não acreditam na medicação.

        Acho injusto vir aqui só para falar das crises, pois, afinal, a melhora também tem que ser compartilhada. Sempre estou visitando sua página, pois foi aqui que li comentários filtrados sem ter pessoas que aproveitam da situação nesses momentos de distúrbios, falando baboseiras.

        O começo do tratamento é muito difícil mesmo, pois os sintomas variam de pessoas para pessoas, no meu caso foi ‘’PUNK’’ o início. Você disse que ´seu clínico geral ou dentista, passam a medicação, vou ver se meu dentista também passa. Afinal as conversas com os psiquiatras não são produtivas, pois eles fazem as mesma perguntas. Entendo que só estou indo ali buscar a receita médica.

        1. LuDiasBH Autor do post

          WR

          Se a pessoa está se sentindo bem, não vejo a necessidade de pagar uma nova consulta com o psiquiatra apenas para pegar uma receita. Qualquer clínico geral poderá dar ou até mesmo o dentista. Basta levar a cópia da receita anterior.

          Agradeço a sua participação nos comentários e presença constante neste espaço.

          Abraços,

          Lu

  36. Anny Carina

    Lu

    Venho acompanhando seu blog após uma pesquisa sobre escitalopram. Vou tentar resumir minha história.

    Uns 10 anos atrás tive depressão, ansiedade e síndrome do pânico, sofri muito até ser tratada com terapia e medicação, fiquei boa e parei devidamente. Mas cerca de 3 anos atrás, depois de muito estresse e demissões no meu trabalho, voltei a ter crises de ansiedade. Corri pro psiquiatra que logo me receitou escitalopram. Tomei o medicamento e voltei a ficar boa, mas sempre tendo recaídas em momentos difíceis, tendo que aumentar a dose. Já cheguei a tentar o desmame 2x sendo que voltava a me sentir mal e o médico voltava com a dosagem e eu ia melhorando.

    Por situação financeira parei de ir ao psiquiatra há uns 6 meses e estava melhor. Como estava me sentindo bem, fiquei tomando metade do comprimido (por mim mesma), passei até um tempo bem, com uns sinais de recaídas e depois melhorava e assim ia seguindo.

    Um dos meus problemas é que sempre q fico doente, por mais simples que seja o problema, até uma dor de garganta eu levo pro pior, acho que é algo grave e aí tudo piora. Na semana passada senti muitas dores no estômago. Achei que é algo grave e entrei numa baita crise, consegui trabalhar até sexta-feira com dificuldade. No sábado, achando que ajudaria, voltei a tomar o comprimido completo e o foi péssimo. Passei a manhã numa emergência psiquiátrica do SUS, que me deixou mais abalada. Já consegui marcar o meu psiquiatra. O médico do SUS recomendou tomar o de 10 mg até meu médico ver o que fazer. Mas estou desesperada, não vou conseguir ir trabalhar, o que me deixa pior e morrendo de medo de me prejudicar no emprego. Estou sem comer direito, ficando fraca e passando mal quase que o dia todo! Apesar de ter passado por isso muitas vezes, sinto como se não houvesse melhora e fosse o fim!

    Tenho 27 anos. Moro com meus pais, sendo que meu namorado e minha irmã me dão muito apoio. Meu psiquiatra me passa alprazolam 0,5 pra tomar em caso de crises, mas prefiro não tomar com medo de viciar, só tomo em casos extremos. Ontem mesmo o médico me recomendou tomá-lo. Estou tão mal quem nem força para chorar eu tenho. Só consigo passar mal o dia todo. Nao sei nem o que falar mais, estou bem mal!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anny

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a depressão, na maioria das vezes, costuma desaparecer por um tempo e depois voltar. Sempre que o organismo acostuma-se com o antidepressivo faz-se necessário que o psiquiatra aumente a dosagem ou mude para outro medicamento. E viver em tempos tão difíceis como o que ora vivemos em nosso país tem afetado muita gente. O número de pessoas com problemas mentais só tem aumentado. E muitos doentes não têm levado o tratamento adiante em razão do alto preço das consultas e dos medicamentos, sem falar na dificuldade de serem atendidos pelo SUS. Aconselho-a a buscar uma unidade do SUS perto de sua casa, pois uma vez que ali tiver sua ficha, terá mais facilidade de ser atendida. Também poderá receber o antidepressivo (não sei qual). Tenho uma amiga que recebe seu medicamento via SUS, sem ter que pagar por ele. O que não pode é ficar sem o tratamento, pois as crises só tendem a ficar mais constantes e mais fortes.

      Anny, diminuir a dosagem não fará nenhum efeito, uma vez que o organismo já se acostumou e necessita de uma dose maior. A diminuição só é feita quando o médico pede o desmame. Fora disso é jogar dinheiro fora. Não acho que a ida ao psiquiatra de dois em dois meses seja necessária, pois o gasto é muito grande. Eu mesma só retorno ao meu médico quando sinto que a minha depressão está voltando, ou seja, que o medicamento não está mais fazendo efeito. No caso, ou ele aumenta a dosagem ou muda de medicamento. Fora disso consigo a receita com meu clínico geral ou com o meu dentista (os postos de saúde também dão). É inaceitável pagar para receber apenas uma receita, quando se vive em tempos de crise.

      Amiguinha, nós, depressivos, temos uma tendência muito grande à somatização (ver artigo no Google), transformando qualquer sensação ruim em doença. Nossa mente fragilizada leva-nos constantemente a fazer mil e um exames, quando na verdade tudo não passa de “miragem”. Uma vez que tomamos consciência de tal tendência, precisamos racionalizar mais, não dando muita importância às nossas miragens para que não venhamos sofrer desnecessariamente. Existem ainda aquelas pessoas que mesmo tendo os exames negativos, insistem em dizer que eles estão errados. Temos que fazer uso de nossa sabedoria e não permitir que nossa mente doente transforme-nos em escravos. Quando algo semelhante me acontece, eu sempre digo para mim mesma: “Caia na real e não se deixe escravizar por sua mente, mulher!”. Logo acabo me esquecendo da minha preocupação e aquilo acaba passando. Portanto, minha querida, aprenda a reconhecer as suas fraquezas e procure aumentar a sua capacidade de reagir a elas. Saiba que o medicamento não faz milagres, sendo responsável apenas por uma parte do tratamento, cabendo a outra a você. Mudar a nossa maneira de ver a vida e viver apenas um dia de cada vez são os maiores passos para o nosso tratamento.

      Anny, sei que é difícil trabalhar quando nos encontramos em crise. Sei também que não se pode brincar com o emprego em tempos de crise aguda, principalmente quando se tem um governo totalmente irresponsável, sem nenhum traquejo para o exercício do cargo. Não sabemos o que virá pela frente. Se as consultas médicas estão caras e os remédios mais ainda, recorra ao SUS (sei como é sofrido fazer isso), mas não fique sem tratamento.

      O fato de estar sem apetite pode ser também um efeito adverso do medicamento aliado à sua preocupação. Assim que o psiquiatra resolver como será seu tratamento, tudo voltará ao normal. Não se preocupe! Todos passam por isso, minha lindinha! Mesmo que esteja com dificuldades para comer, tome vitaminas, chás (camomila, melissa, maracujá ou erva-cidreira), sucos e sopa. Não pode ficar sem comer, o que só agravará sua saúde. Quanto ao alprazolam, tome apenas quando for muito necessário, pois esse tipo de medicamento causa dependência e esquecimento.

      Anny, é duro passar pela depressão quando se é tão jovem. Se ler os comentários (há diversos textos com comentários) verá que há pessoas ainda mais jovens (16, 18, 20, 22 anos) na mesma luta. O importante é ser POP (paciente, otimista e persistente). Há melhoras, sim, para todos nós. É para isso que existem os antidepressivos… Eles nos ajudam a ter uma vida com qualidade. Coragem, minha amiguinha! Você irá superar tudo isso! O apoio de seu namorado e irmã é fundamental para o seu tratamento. Agora poderá incluir o meu também. Estarei sempre aqui…

      Menininha, por que motivo chorar? Você é jovem e inteligente, vivendo numa época em que as doenças mentais podem ser tratadas. Imagine como viviam pessoas como nós na Idade Média? Hoje só temos que agradecer à Ciência. Cada dia que ponho meu comprimidinho na boca eu digo: “Agradeço por você existir!”. Vamos lá, acredite na sua capacidade de reagir, de enfrentar esta doença que acomete até crianças. O nosso otimismo é muito importante para a nossa cura. Nossa vida tem as cores que damos a ela. Vou lhe enviar o link de uns textos que irão ajudá-la muito.

      Não suma, amiguinha!

      Beijo,

      Lu

      1. Anny Carina

        Lu

        Muito obrigada pelas palavras de conforto e pela paciência em ler todo o meu comentário, ver o meu desespero e responder a ele, obrigada mesmo!

        Ontem, depois da crise, eu me senti um pouco melhor no resto do dia, porém, hoje acordei do mesmo jeito de ontem, na verdade só dormi 3h, o que me deixou exausta, com sono e muita ansiedade, batendo se novo o desespero. Reluto muito em tomar o alprazolam, pois sei que vicia e não quero mais esse “problema”, mas creio que terei que tomar pra dormir, pois ficar sem dormir potencializa todos os meus sintomas.

        Acabei de voltar da terapia, o que me acalmou um pouco, e amanhã tenho o psiquiatra emuitas perguntas, pois meu maior desespero no momento é o remédio não estar funcionando mais. Fico desesperada só em pensar em trocar. Apesar dessa recaída ter sido mais por falha minha ao tomar o antidepressivo sem acompanhamento, mudando por mim mesma a dosagem e esquecer de tomá-lo. Sempre penso o pior, penso que apesar disso, não foi por isso que tive recaída, e sim que ele não está mais funcionando. Preciso tanto mudar esses meus pensamentos negativos automáticos!

        O meu psiquiatra é uma pessoa maravilhosa, não é daqueles que não querem saber nada sobre a pessoa, só passam a receita e pronto. A consulta com ele é bem demorada, ele quer saber tudo, avaliar tudo, e isso me ajuda bastante. O valor, por ser em uma casa de apoio, também é mais em conta. Enfim… vamos tentando levar um dia de cada vez, apesar de ser muito difícil!

        Novamente muito obrigada pelo apoio, e pode deixar que não vou sumir, prometo sempre dar meu relato aqui. Beijos a você e a todos que acompanham o blog que tem muita história linda de superação.

        Fiquem com Deus!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Anny

          Estou sentindo seu comentário de hoje bem mais positivo. É assim mesmo que deve ser, amiguinha, pois o nosso otimismo é muito importante para o tratamento. Fico tranquila ao saber que possui um psiquiatra muito bom, pois um bom profissional em nossa vida faz toda a diferença. Quanto aos pensamentos ruins, assim que a medicação estiver de acordo com as necessidades de seu organismo, eles desaparecerão. Fique tranquila! Se houver necessidade de aumento na dosagem ou troca que assim seja feito. Confie no seu médico, pois ele sabe o que é melhor. Estarei aguardando informações sobre seu retorno ao psiquiatra.

          Beijos,

          Lu

  37. Ramon

    Lu,

    Obrigado pelo acolhimento e carinho, você é uma pessoa de muita luz.

    Infelizmente temos que passar por algo para aprender e acabei aprendendo da forma ruim. Nunca se deve parar um tratamento tão importante sem orientação médica. Hoje, graças a Deus, acordei mais disposto, fiz algumas coisas de casa, consegui ir ao mercado e os efeitos não foram tão intensos.

    Vou mandando notícias…

    Obrigado pelos links enviado! Já estou lendo…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ramon

      Você não teve culpa alguma por ter parado antes do tempo. O importante é daqui para frente. Pressinto que você é uma pessoa muito responsável no que faz e logo terá atravessado os maus bocados da fase inicial. Ainda que acorde um dia ou outro indisposto, não se preocupe, pois isso é inerente à vida de todo ser humano. Procure ser POP (paciente, otimista e persistente), vivendo apenas um dia de cada vez. Continue acompanhando os artigos publicados no nosso site.

      Um grande abraço,

      Lu

  38. Wellington

    Lu

    Faz muito tempo que não escrevo para falar como estou. Antes de falar sobre isto, quero agradecer de coração suas palavras de apoio e carinho e por ceder este espaço para nós, portadores de distúrbios psicológicos. Obrigado por existir e ser tão próxima de nós, mesmo que virtualmente. Pode contar comigo também.

    Algumas coisas mudaram para melhor, outras continuam como antes, mas já estou acostumado com elas. A primeira coisa foi que depois de me queixar com relação aos tremores musculares e zumbido na cabeça, voltei à psiquiatra. Ao chegar lá, eu tentei (sim tentei, porque ela não deixou) explicar o que acontecia e o que deveria fazer. Ela simplesmente me mandou trocar do escitalopram para o citalopram sem explicar o motivo exato. Só me disse para tomar e voltar depois de um mês. E lá vai eu com um monte de receitas de remédios sem saber exatamente o motivo. Obviamente não gostei da forma que foi feito. Porque trocar um remédio mais novo por sua versão mais antiga sem sequer explicar o motivo.

    Resolvi trocar de psiquiatra. Pesquisei bastante e fui em um particular bem conhecido. Infelizmente ou felizmente ao chegar já notei a diferença, desde o ambiente de recepção até o tratamento das pessoas comigo. Ao passar na consulta, outra coisa muito diferente, expliquei tudo que aconteceu comigo/acontece e o ele explicou tudo que estava acontecendo comigo, desde como o cérebro de um ansioso funciona até como a evolução, a sociedade, nossos costumes forma que fomos criados fazem sermos especiais. Foram 2 horas de sessão que valeu por todas as outras sessões que passei com a psicóloga. Além de dias, WhatsApp direto com o doutor para tirar dúvidas, dicas de alimentação, etc. Ele gravou toda a sessão para consultas posteriores.

    Ele me disse sobre a medicação que os efeitos são mínimos e que não devo trocar de medicação para voltar toda a fase de adaptação novamente e não saber se meu corpo irá assimilar bem a nova medicação. Ele pediu apenas para usar o Lexapro no lugar do Exodus, pois para ele é a formulação original. Agora quem ler esse comentário se perguntar, por que infelizmente? Porque a impressão que eu tenho é que um médico conveniado, só quer saber de atender a maior quantidade de pacientes possíveis e não se importa muito com seus problemas, simplesmente passa a medicação e pronto. Espero que tenha sido apenas uma infelicidade minha com a médica.

    Bom Lu é isso, sigo firme e forte com meu tratamento e não tenho mais crises. E agora eu vou trabalhar para arrumar minha mente com a terapia cognitiva também.

    Um forte abraço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wellington

      Como é bom ter notícias tão boas a seu respeito. Está aí a prova de que o tratamento vale a pena. Ainda me lembro do modo como chegou aqui. Sei que você levou a sério o seu comportamento POP (paciência, otimismo e persistência).

      Amiguinho, os médicos, em sua maioria, só se preocupam com dinheiro. São poucos aqueles que realmente seguem o juramento feito, coisa que hoje até parece fora de moda. Quando vou a uma formatura, morro de rir das palavras do juramento. O importante é procurar um que nos faça sentir como ser humano. Eu mudo quantas vezes for necessário. Não fico com alguém que não me passa credibilidade. Continuo usando o genérico que se encontra mais barato. Não acredito nessa de medicamento original (veja o caso do Prozac). Se você não tem problema em pagar um preço maior, siga a orientação de seu médico.

      Não suma, pois já estava a perguntar-me por você. Gostaria imensamente de contatar cada um de vocês, mas são tantos… E ainda respondo diariamente a muitos comentários. Portanto, sempre espero que comentem aqui, dando-me notícias.

      Grande abraço,

      Lu

  39. Ramon

    Lu

    Há algum tempo sofro com crises de pânico, mas não entendia muito bem do que se tratava. Chegava ao pronto socorro muito mal, até que fui atendido por uma doutora que estava estudando psiquiatria e pediu que eu procure um psiquiatra. Acabei procurando e descobri o transtorno do pânico e ansiedade.

    Iniciei meu tratamento em dezembro/18 do ano passado com ESCITALOPRAM. Não tive reações fortes, passou-se 1 mês e eu estava super bem, as crises tinham cessado, ou vez ou outra tinha alguma coisa, mas em relação as crises constantes que tinha estava muito bem.

    Sinta o meu problema: Eu me sentindo bem, decidi por conta própria deixar de tomar as medições (há cerca de 1 mês) e essas semanas foram as piores da minha vida, estive quase todos os dias no pronto socorro, sendo medicado, com muita angústia, coração acelerado, pressão alta e aquela sensação de morte. Consegui um encaixe com a psiquiatra e estou iniciando meu tratamento novamente. Hoje é meu 2º dia tomando medicação, porém desta vez estou sentindo muito os efeitos colaterais… tontura, enjoo, inquietação, falta de apetite, moleza… Pesquisando na internet sobre os sintomas que estava sentindo achei essa página e comecei ler os comentários e de verdade me sinto tranquilo, encontrei pessoas que sentem o mesmo que eu, que têm efeitos iguais aos meus e o mais importante: pessoas que passaram por tudo isso, foram POP e estão bem hoje.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ramon

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, infelizmente os médicos não alertam os pacientes sobre o perigo de parar abruptamente o tratamento, sem o consentimento deles. A culpa não foi sua. Trata-se na verdade de falta de orientação médica. Agora que sabe, tenho a certeza de que não fará mais isso, pois a recaída tende a ser muito sofrida.

      É muito comum a pessoa voltar a usar uma determinada substância (antidepressivo), parar e, ao retornar a ela, sentir os efeitos adversos com mais intensidade. Todos os sintomas falados dizem respeito aos efeitos adversos. Mas não se preocupe, você irá superar essa fase ruim que normalmente dura cerca de três semanas. Vou lhe enviar links de alguns textos que irão ajudá-lo muito. Continue POP (paciente, otimista e persistente) e logo estará bem. Continue em contato comigo e não se sinta só, pois este cantinho tem por objetivo ajudar as pessoas com transtornos mentais. Fale dele para que estiver passando por isso.

      Abraços,

      Lu

  40. Danilo Pinho

    Lu

    Tenho síndrome do pânico. Fazia acompanhamento de 3 em 3 meses. Minha última dosagem a tomar o remédio foi exitalopram 10 mg e alprazolam 0,4 mg. Há 3 meses tirei essa medicação por conta própria, achando que já conseguia viver sem ela. Estou sentindo que o pânico está voltando. Não tão forte, mas está. Posso voltar a tomar a mesma dosagem de quando parei?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Danilo Pinho

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, o antidepressivo jamais deve ser retirado sem o parecer médico, lembre-se disso. Infelizmente a SP (Síndrome do Pânico) pode desaparecer por um tempo e depois retornar, devendo a pessoa voltar ao medicamento. O ideal é que você fosse ao psiquiatra para avaliar seu quadro, mas, na impossibilidade, poderá voltar à dosagem que tomava antes. Aconselho-o a usar o alprazolam somente quando for extremamente necessário, pois esse remédio causa dependência e outros problemas à saúde. O ideal é não usá-lo. Lembre-se também de que poderá ter transtornos adversos ao retornar ao medicamento, mais isso logo passará. O importante é ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Volte para dizer como foi o retorno ao medicamento.

      Abraços,

      Lu

  41. Edu Silva

    Lu

    Sempre fui uma pessoa ansiosa. Hoje estou com 37 anos e desde os 22 minha ansiedade é muito forte. Fiz tratamentos com vários neurologistas e nunca descobriram nada de sério.

    Eu sinto muita pressão do lado direito da cabeça. Nos últimos meses a ansiedade está quase insuportável. Procurei um psiquiatra que, após uma longa conversa me diagnosticou com TAG e me receitou Escitalopram. Faz 4 dias que estou tomando 5mg. Não está sendo nada fácil, parece que a ansiedade deu uma aumentada. Estou suando e ainda mais agitado, mas vou seguir firme pois os depoimentos são bem animadores.

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edu Silva

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, a ansiedade quando excessiva é realmente uma doença que precisa ser tratada antes que leve a pessoa a ser acometida por outros males. O diagnóstico das doenças mentais são sempre difíceis, mesmo. Talvez seja por isso que o seu tenha demorado tanto. A pressão de seu lado direito, sem que tenha encontrado nada nos exames que fez, é um indicativo do alto grau de ansiedade em que se encontra. Mas não se preocupe mais com isso, uma vez que seu psiquiatra diagnosticou-o com TAG. Agora é fazer o tratamento direitinho para ter uma vida com qualidade.

      Todo antidepressivo traz efeitos adversos no início do tratamento. Trata-se do organismo tentando se defender de uma substância estranha a ele. Algumas pessoas sentem mais, passando inclusive a sentirem-se piores do que antes de dar início à medicação. Contudo, após cerca de três semanas tudo isso passa, surgindo os bons efeitos. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Eu mesma uso o oxalato de escitalopram há cerca de quatro anos e sinto-me muito bem. Não se assuste, tudo irá dar certo e sua vida melhorará imensamente.

      Não se sinta só. Continue me contando como anda seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

  42. Cris Costa

    Lu,

    quanto tempo eu pensei que até você não estava mais conversando e nos ajudando. Eu estava bem até um mês atrás,aAté minha mãe ficar doente e precisar de uma cirurgia de cataratas. A operação é muito cara e temos que esperar pelo posto de saúde. Estou com crises de ansiedade, muito desânimo e medo. Só não entendo o porquê, se estou tomando a medicação certinha. Às vezes tomo revotril de dia para amenizar os sintomas apesar de eu ter me tornado dependente desse remédio, infelizmente. Fico sonolenta e então achei melhor não tomar. Amanhã tenho consulta com a psiquiatra que me trata faz 8 anos.O que será que ela vai fazer: trocar o remédio, aumentar a dose? Olha o tamanho da ansiedade. Estou com medo Lu, tenho netas lindas que precisam de mim e uma filha que cobra minha presença.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cris

      Eu nunca me esqueço de vocês. Tenho a maior preocupação em responder cada comentário. Às vezes, em razão do excesso de trabalho, costumo atrasar um pouco, mas nunca deixo sem resposta, minha linda.

      Amiguinha, a ansiedade excessiva é uma grande inimiga, pois é capaz de encher a nossa cabeça com coisas pequenas que se transformam em monstrengos. Postarei um texto muito bom sobre o assunto amanhã. Não deixe de ler. Quando à cirurgia de catarata de sua mãe, não há motivo para preocupações, pois ela pode esperar. A catarata aparece com a idade e uma raspagem resolve o problema. Fique tranquila.

      Cris, é comum, depois de um determinado tempo, o antidepressivo acostumar-se com o nosso organismo. Quando isso acontece o psiquiatra tanto pode aumentar a dosagem ou mudar para outro medicamento. Ele fará uma avaliação e optará por aquilo que for melhor. Isso já me aconteceu inúmeras vezes. Quanto ao rivotril, aconselho-a a usá-lo só quando for extremamente necessário, pois, a longo tempo, esse remédio faz mal, inclusive provocando esquecimento.

      Saiba, amiguinha, que sua filha e suas netinhas irão continuar tendo você. Expulse os pensamentos ruins e fixe-se nas coisas boas. Aguardo o resultado de sua consulta. Não deixe de contar-me como foi.

      Beijos,

      Lu

  43. Cris Costa

    Lu,

    faz faz tempo que tomo exodus. Minha minha mãe ficou doente e me sinto ansiosa e triste, mas isto faz parte da vida, não é? Espero que isso não tenha nada a ver com depressão.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cris

      Ainda que tomemos antidepressivo, nossas emoções continuam conosco. O medicamento apenas nos ajuda a equilibrá-las. É natural que você se sinta ansiosa e triste com a doença de sua mãe. Não se preocupe. Se necessário, volte ao seu psiquiatra, pois talvez um aumento na dosagem possa ajudá-la mais nessa fase ruim que atravessa.

      Beijos,

      Lu

  44. WR

    Lu

    É sempre bom voltar boas notícias!

    Faz dias (cinco dias) que aumentei a dose, após o retorno médico. A medica pediu para aumentar 10 mg, entretanto aumentei 5 mg e obtive melhoras sem efeitos colaterais (por enquanto), ou seja, estou com 35mg de Paroxetina, caso me senta mal de novo, jogo a dose para os 40 mg, (espero que não precise). O ruim de tudo isso é saber controlar a dose, pois os comprimidos vêm com 20mg de fábrica.

    A depressão está controlada, mas não entendo o porquê tive aquela recaída que me fez voltar às pressas ao médico. Não sei se foi algo psicológico que me fez ter aquela recaída ou era necessário aumentar a dose como de fato foi feito. Ainda sou novo neste mundo depressivo e tudo acaba me assustando, pois não sei se é normal esses altos e baixos, mesmo usando a medicação e, por isso, sempre venho aqui pedir opiniões de pessoas mais experientes nessa patologia.

    O falecido BOECHAT disse em uma entrevista que quem tem depressão acaba conhecendo o inferno, pois ele também tinha essa doença. Ele estava certo, Deus que me livre dizer isso. Graças a Deus existem esses remédios, pois sem eles não sei como seriam. Há dias em que levantar da cama é um sacrifício, mas de fato é o que a doença quer.

    Ainda bem, graças ao bom Deus, consigo fazer tudo que sempre fiz, entretanto, o preço nem sempre é fácil.

    Boa sorte a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      WR

      O nosso organismo, depois de um tempo, acostuma com o antidepressivo, deixando esse de fazer o efeito desejado. O que o médico faz é aumentar a dosagem, mas quando isso não mais efeito, o jeito é mudar para um outro medicamento. O que aconteceu no seu caso é que a dosagem usada não estava mais fazendo efeito. Quanto ao controle da dose, quando se tem comprimido, você poderá comprar na farmácia há um fracionador de comprimidos.

      Amiguinho, o levantar-se de manhã é a parte pior do dia para quase todas as pessoas que lidam com a depressão, mas à medida que o dia vai passando, a melhora vai chegando. E quando os dias são chuvosos ou nublados essa sensação existencial é ainda maior. Por isso, nos países nórdicos (seis meses de sol e seis meses sem), a depressão é praticamente uma epidemia. O sol é nosso aliado. E assim como você, sempre digo: benditos sejam os antidepressivos…

      Abraços,

      Lu

      1. WR

        LU

        Não sei se foi um estado de desânimo emocional ou a necessidade de aumentar a medicação como de fato foi feito. Irei à farmácia comprar esse dosador.

        Levantar-se tona um grande sacrifício e, como você disse, ao longo do dia isso vai passando e o dia vai ficando agradável. Espero ter um bom relacionamento com esse medicamento e que ele fique até o final ou tempo necessário, pois trocá-lo exigiriam novos sacrifícios. Minha vida é muito corrida assim como a de muitos por aqui e não posso parar, pois tenho filhos e esposa que dependem de mim. Se eu parar eles param juntos. Não é fácil, mas me sinto feliz em estar bem e o remédio ter voltado a agir, (GRAÇAS A DEUS).

        Quando parei pela primeira vez no trabalho, devido a essa doença tive, tive que falar para o meu superior o que estava acontecendo e após isso vi que as coisas mudaram, pois a depressão é vista com maus olhos para quem não a tem. Não posso mais faltar para fazer novos testes de medicação, pois no começo isso derruba, nos primeiros dias lembro-me que fiquei umas ou duas semanas sem reação alguma, parecendo um ZUMBI.

        Sem saúde não somos nada e por mais que eu tenha bastante tempo de casa, acabei me sentindo ameaçado no meu trabalho por ter essa doença. Voltar a estudar e procurar algo estável, pois sem saúde e sem emprego a situação pode piorar.

        Grande abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          WR

          Ainda existe muita incompreensão no que diz respeito aos transtornos mentais. Os dirigentes e a mídia deveriam trabalhar melhor este assunto, a fim de desmistificá-lo, pois trata-se de um assunto de extrema importância, uma vez que essas doenças crescem em todo o mundo.

          Muitas vezes nós, portadores de depressão, tendemos a creditar a ela todos os nossos desânimos, o que nem sempre é verdade, principalmente vivendo num país desequilibrado e que não nos passa nenhuma forma de segurança. Todos vivemos em constante interrogação sobre o que pode acontecer em nossa vida e isso traz muitos danos à nossa saúde. Estou acompanhando agora a tal reforma da Previdência que privilegia os ricos e arregaça os trabalhadores e desfavorecidos. Essa insegurança traz grandes danos à nossa saúde. Portanto, nem tudo que acontece com o nosso emocional está ligado meramente à depressão. E realmente, nestes tempos de “salve-se quem puder” todo cuidado é pouco no emprego.

          Amiguinho, saber que você vem melhorando cada vez mais é um ótima notícia. Continue POP. Quanto ao dosador, ele é para partir comprimidos. Aguardo novas notícias.

          Abraços,

          Lu

  45. Tereza Rayol Autor do post

    Lu

    Realmente aquelas dores abdominais terríveis que eu sentia eram mesmo tudo obra da tag e da depressão. Foi muito difícil, pois eram dores insuportáveis e vinham se entendendo desde novembro até metade de janeiro deste ano.Fiz exames que descartaram doenças de abdome e isso me deixou mais calma.

    Hoje me sinto um pouco melhor apesar dos demorados 7 meses pra sair da fase crítica, mas creio que as coisas não saiam do zero devido aos transtornos da vida que enfrentei durante o retorno do tratamento… um agravante após outro.

    Fui a outra psiquiatra e ela me disse que um segundo episódio da doença e bem mais dificil de tratar, leva mais tempo pra remir os sintomas. Ainda sinto algumas coisas, sim, mas não tanto como antes. Já saio de casa sem me sentir tão mal, consigo ficar em alguns locais por mais tempo, porém ainda ando acompanhada. Cheguei a pensar na troca da medicação, mas resolvi insistir e acreditar e está dando certo. Espero melhorar ainda mais até conseguir recuperar minha vida e ter a independência que eu tinha antes.

    Agradeço a Deus, em primeiro lugar , e a você, Lu, por sua disposição em nos ajudar neste cantinho abençoado que visito todos os dias. Aos amigos que sofrem do mesmo mal tenho a dizer que perseverem, a melhora pode vir logo assim como pode também demorar, mas ela vem. Não desistam e de forma alguma abandonem o tratamento.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Tereza

      Tudo irá ficar bem, conforme você mesma diz aos nossos companheiros de luta:

      “Aos amigos que sofrem do mesmo mal tenho a dizer que perseverem, a melhora pode vir logo assim como pode também demorar, mas ela vem. Não desistam e de forma alguma abandonem o tratamento.”

      Continue escrevendo e contando-nos como está indo seu tratamento.

      Beijos,

      Lu

  46. Tereza Rayol

    Lu

    Aquela dor abdominal que eu senti nos meses de novembro, dezembro e até início de janeiro deste ano e que eu me queixei pra você era psicossomática, tudo obra da depressão e tag. Posso dizer que depois de 7 meses de uso do meu antidepressivo já estou vendo uma pequena melhora. Fui a uma outra psiquiatra e ela me disse que um segundo episódio de depressão é bem mais delicado de tratar, pois parece ser mais resistente e leva mais tempo pra melhorar.

    Ainda sinto mal-estar e desânimo às vezes, mas não como antes. Já consegui sair sem me sentir mal, mas ainda não saio só, mas sinto que já avancei um pouco graças a Deus e a este cantinho que todo dia visito, pois também me ajuda muito a ter paciência e crer que é possível virar o jogo a nosso favor.

    Obrigada por tudo!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Tereza

      Sinto-me feliz ao receber boas notícias suas. É assim mesmo, minha amiguinha, a batalha vai dando seus frutos aos poucos. O importante é manter-se POP (paciente, otimista e persistente). Sei o que é depressão, pois essa é uma herança em minha família materna. Essa doença atinge cada vez mais um número maior de pessoas em todo o mundo e são muitas as razões para isso, além da causa hereditária, o homem vem perdendo o contato com as coisas simples da vida.

      Amiguinha, nós, depressivos, temos que ter consciência de nossa capacidade para criar doenças psicossomáticas, pois nossa mente é por demais fantasiosa. Quando elas aparecem, o melhor a fazer é buscar um médico e fazer os exames pedidos, a fim de tirarmos qualquer tipo de preocupação da cuca. Quanto a uma segunda crise de depressão sua médica está certa, pois até o antidepressivo demora a fazer efeito. Nossa luta é diária, minha amiguinha, mas temos força para isso.

      Tereza, nesse mundo louco em que vivemos, dominado pelo TER em vez do SER, o desânimo e a tristeza vêm sendo comuns na vida das pessoas. Isso para nós depressivos, portadores de muita sensibilidade, pesa muito mais. Portanto, é necessário que sempre busquemos racionalizar os acontecimentos de modo a não nos deixarem para baixo. Isso é para mim uma luta diária, minha querida. Temos que desenvolver uma teia protetora em torno de nós, fortalecer nossas raízes, fazer o que está ao nosso alcance e seguir adiante sem medo, pois nós temos esta força.

      Obrigada por visitar este cantinho. Você já faz parte dele.

      Abraços,

      Lu

      1. Mônica

        Lu
        Como suas palavras me ajudam!

        Por esses dias estou me sentindo estranha, fazia dias que não me sentia assim, sempre com sentimentos de que vai acontecer alguma coisa e que minha cabeça vai parar de funcionar. Daí procuro seu blog, leio os comentários e isso me ajuda.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mônica

          É muito bom saber que este cantinho tem ajudado você, minha amiguinha.

          A sensação de que algo ruim vai acontecer e que a cabeça vai parar de funcionar faz parte de nossos problemas mentais. Somos extremamente sensíveis e tudo nos afeta. Acabei de responder a um comentário em que digo que, ainda que façamos uso de antidepressivo, continuamos tendo emoções ruins, como qualquer ser humano, pois o medicamento não nos transforma em robôs. A angústia tem sido um mal de nossos dias, principalmente para o brasileiro que vive uma crise em todos os sentidos. Imagine então como é isso para nós que trazemos a sensibilidade à flor da pele! Não são poucos os dias em que me sinto assim. Mas é preciso seguir em frente, vivendo um dia de cada vez.

          Um grande beijo,

          Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      WR

      Muito obrigada pela sua confiança, contudo, eu vejo o “zap” a cada dez dias, pois acho que toma muito o tempo da pessoa e o meu é muito corrido. O comentário aqui no blogue ainda é o lugar com maior visibilidade, pois estou sempre checando o espaço. Às vezes pode demorar um pouquinho em razão dos muitos comentários que chegam no dia. Espero que tenha melhorado.

      Abraços,

      Lu

  47. WR

    Lu

    Hoje é o terceiro dia em que estou mal e desanimado. Estava tão bem que não estou acreditando que isso possa estar acontecendo. Perdi o apetite e voltei a ficar impaciente, coisas que não estavam acontecendo. Marquei às pressas uma consulta com a psiquiatra. Faz uns vinte dias que aumentei a dosagem. Será que esses efeitos estão aparecendo agora? Ou será que que ela vai aumentar a dose? Estou muito chateado, pois estava tão bem que essa recaída me deixou triste demais. Uso a paroxetina há dois meses, será que essa medicação não está sendo mais aceita em meu organismo? Queria uma opinião. Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      WR

      Você já sabe que o antidepressivo leva cerca de três semanas para mostrar seus efeitos benéficos, normalmente. Quando se aumenta a dosagem para uma quantidade bem maior, como foi o seu caso, os efeitos adversos aparecem. O organismo reage como se fosse a primeira vez que o medicamento estivesse sendo usado e são necessárias cerca de três semanas para desaparecerem tais sintomas. Portanto, é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Você já está saindo dessa fase ruim. Fique tranquilo, não se trata de inaceitação do organismo, mas de adaptação. Tudo de que precisa é confiança e otimismo.

      Abraços,

      Lu

      1. WR

        Lu

        Fui à psiquiatra e ela me disse que pode ser a marca do remédio, pois tomo genérico. Tantas pessoas tomam genérico achei estranho ela dizer isso, enfim o que ela quis passar custa mais de R$100,00, mas no final ela decidiu aumentar a dose de: 30 mg para 40 mg e manter o genérico.

        Ela falou sobre um estabilizador de humor, mas também não quis me dar agora. Estou muito chateado, pois essa medicação e essa dosagem vinham me fazendo muito bem. Vamos começar a nova dose e seja o que DEUS quiser. Comentou também de terapia, mas já fiz e não gostei, vamos ver se acho algum terapeuta bom, pois ela disse que terapia é legal por falar de “dores”.

        Obrigado

        1. LuDiasBH Autor do post

          WR

          Eu não acredito nessa diferença entre medicamento original e genérico, pois sempre tomo genérico (no início tomava o original) e não vejo diferença alguma, pois tem o preço mais em conta. Em relação ao medicamento que você toma, pode ler nos comentários sobre pessoas que tomam o genérico. Basta lembrar a história da fluoxetina no início, quando o original vinha com o nome de Prozac, nome esse que ninguém mais leva em conta, mas que certos médicos exigiam que se comprasse o original. Quanto ao aumento da dosagem, eu esperaria mais alguns dias (30) para ver se os efeitos colaterais passariam antes de passar para uma nova dose. Se não ocorresse a melhora, usaria a indicada.

          Existem estabilizadores da emoção que são fitoterápicos, comprados até sem receita. Por que não vai a um médico homeopata para que ele veja isso? Quanto à terapia, ela poderá fazer toda a diferença, ao tratar problemas emocionais enraizados em nossa mente. Um bom terapeuta faz toda a diferença. Tente de novo! E juntando tudo isso, não se esqueça de ser POP. Volte a ler o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Abraços,

          Lu

  48. Girlane Autor do post

    Lu

    Conheci seu blog hoje fazendo uma pesquisa sobre o escitalopram e acompanhei os comentários das pessoas que fazem o uso dele. Faço uso do ESC de 10 mg por indicação da minha ginecologista, pois, como entrei na menopausa precoce, estava praticamente em depressão com tantas mudanças que aconteceram na minha vida, no meu casamento, enfim, não conseguia me adaptar. Faz 4 meses que uso um comprimido pela manhã, melhorei no caso da depressão, mas eu já sou uma pessoa bem agitada, super elétrica e percebi que depois que comecei a usar esse medicamento fiquei ainda mais elétrica, e ansiosa. É normal isso? Será que um dia essa agitação irá melhorar?

    Abraços
    Girlane

    1. LuDiasBH Autor do post

      Girlane

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Muitas vezes faz-se necessário agregar ao antidepressivo um segundo medicamento. Como você é uma pessoa ansiosa e percebeu que sua ansiedade ficou ainda pior após a medicação com o oxalato de escitalopram, aconselho-a a buscar um psiquiatra que poderá ver com mais precisão o seu caso. Talvez seja necessário até o uso de psicoterapia. Saiba que para sua agitação haverá jeito, sim, portanto, não deixe de buscar um especialista. Aguardo notícias suas!

      Abraços,

      Lu

  49. WR

    Lu

    Aumentei a dose da PAROXETINA, conforme orientação médica. Nos primeiros dias tive alguns efeitos colaterais, mas passaram-se os efeitos e vieram os benefícios, entretanto, venho tendo desânimos e ficando com medo de ficar com falta de ar, coisas que não havia vindo sentido, pergunta: isso é normal? Ter algumas crises faz parte do tratamento? Ou tenho que relatar os sintomas para a médica? Essas recaídas acontecem ao aumentar a dose, pois sempre que reclamamos vem uma dose mais elevada da medicação? Queria saber se é normal essas recaídas, pois sou novato nesse mundo de antidepressivos e suas surpresas.

    Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      WR

      É normal, sim, sentir efeitos adversos ao aumentar a dose do antidepressivo, mas eles não tardarão a passar. Fique tranquilo! Contudo, se não passarem dentro de três semanas, seria bom conversar com a sua médica. O medo de ficar com falta de ar é algo que precisa superar. Procure racionalizar, dizendo para si mesmo que se trata apenas de invenções de sua mente e, portanto, não devem ser levadas em conta.

      Abraços,

      Lu

  50. Maria

    Lu

    Estou tratando a SP e TD com o Exodus e às vezes clonazepam. Porém desde ontem com o calor horrível de 37 graus e caminhando ao sol quase desmaiei. Aí tive falta de apetite e indisposição. Não saio de casa, pois me sinto mal graças ao sol e o calor. Parece sintoma de labirintite. O escitalopram pode interagir com esse calor e sol? Tenho também uma leve dor de cabeça com o calor. Estou me sentindo uma ameba.

    Obrigada, querida!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria

      É normal que todos se sintam assim com o sol muito quente e o excesso de calor. Os hospitais estão cheios de pessoas com problemas relativos às altas temperaturas. A falta de apetite, a dor de cabeça e a indisposição são em razão disso. É preciso beber muito líquido e evitar, o máximo que puder, o excesso de sol. Ao sair, procure usar sombrinha. O antidepressivo não tem nada a ver com o calor. Fique tranquila. Procure ficar em ambientes ventilados. Estamos todos neste barco. Vamos torcer para que este tempo quente passe logo, mas isso é resultado dos desmatamentos em todo o país… E ainda querem acabar com a Amazônia!

      Abraços,

      Lu

  51. Gisele

    Lu

    Estou um pouco receosa porque faço tratamento com cloridrato de duloxetina já um tempinho para tratar fibromialgia, (acompanhamento com reumatologista). Só que agora a cardiologista passou reconter para tratar a ansiedade (estava com a sensação no coração de batidas fortes e descompassadas, suores noturnos seguidos de calafrios e agonia nas pernas, braços e mãos, com a necessidade de mexer o tempo todo). Uma coisa horrível esse último das pernas e braços, só de me lembrar já me dá desespero.

    Eu não entendo muito bem, mas pelo o que eu li, os dois medicamentos são antidepressivos será que não tem problema eu ficar tomando os dois?
    Eu me adaptei melhor tomando o cymbi pela manhã (já q não durmo muito bem à noite) e a cardiologista passou o reconter para tomar pela manhã, mas estou muito receosa em tomar os dois no mesmo horário. A cardiologista falou que não teria problemas, já que a dosagem do cymbi é “baixa”…

    Não estou me sentindo segura e gostaria muito de uma orientação em relação a esses dois remédios e seus horários .

    Desde já obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Gisele

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, é muito comum o uso de dois antidepressivos ao mesmo tempo. Várias pessoas fazem uso de dois medicamentos. Se a sua cardiologista fez tal prescrição, não há porque ficar com receio. Ninguém melhor do que ela para conhecer o efeito de um e de outro. Além disso, ela não iria querer incorrer num processo judicial indicando medicamentos que causem danos à sua saúde. Poderá tomar sem medo. Quanto ao horário, como você tem insônia à noite, o melhor é tomá-los na parte da manhã, conforme indicação.

      Continue trazendo notícias suas!

      Beijos,

      Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rui

      Nós, portadores de transtornos mentais, precisamos tomar os medicamentos direitinho, de acordo com a prescrição médica, se quisermos ter uma vida com qualidade.

      Abraços,

      Lu

  52. Gabriel

    Lu

    Após 15 dias de tratamento com Oxalato de Escitalopram, retornei ao psiquiatra para avaliação. Estou indo bem sem efeitos adversos, a ansiedade diminuiu e voltei a dormir. Porém o pânico, a angústia e os pensamentos negativos com preocupações exarcebadas ainda estão muito muito presentes. O psquiatra pediu para aumentar a dosagem, sendo que no meu caso o TOC nível grave chegará a 30 mg/dia. Confesso que estou com um pouco de receio porém sempre POP. Obrigado Lu pelas dicas! Vou postando novidades 🙂

    1. LuDiasBH Autor do post

      Gabriel

      Você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, daí o pânico, a angústia e os pensamentos negativos. À medida que for superando esta fase, tudo irá melhorando. Continue POP!

      Abraços,

      Lu

  53. Gabriel

    Lu

    Parabéns pelo belíssimo trabalho e por dispor do seu tempo para nos ajudar.

    Desde criança sempre fui muito ansioso, inclusive com relação à comida. Nunca fui deprimido e sempre fui divertido e bem humorado. Com o passar dos anos a ansiedade foi aumentado, aumentado… Com ela veio a insônia e aos 40 anos a síndrome do Pânico. Em 2015 tomei Sertralina, receitada pelo médico do sono, por um mês e parei por conselho dos familiares.

    Em 2016 quando tive a primeira SP tive que tomar Assert (Sertralina) tive crise serotoninérgica e abandonei o tratamento. Em 2017 tive depressão e procurei o primeiro psiquiatra que me receitou Lexapro, tomei por um mês e parei porque fiquei ótimo. No final do ano passado, voltou tudo em dobro e mais um pouco. No começo deste ano procurei um psiquiatra e fui diagnosticado com:

    TCAP :Transtorno compulsivo alimentar provisório
    -TAG:Transtorno de Ansiedade Generalizada
    -TOC: Transtorno Obsessivo Compulsivo
    -Síndrome do Pânico
    -Depressão

    O pacote completo… rsrsrs.

    O psquiatra me receitou Oxalato de Escitalopram. Agora, ao invés de sentir calafrios de medo, tenho um calor muito grande e suor nas mãos e nos pés. Sinto uma sensibilidade na pele ao calor e ao frio, o que já está amenizando. Estou no 4º dia. Tomo à noite e consigo dormir. Sinto uma preocupação excessiva, exacerbada, como se algo muito ruim fosse acontecer. Estou otimista que vai passar muito rápido e que isso é o remédio corrigindo as falhas. Não vou ouvir os conselhos para que eu jogue os remédios fora como fiz anteriormente. Vou fazer o tratamento até ao fim. Chega de sofrer, pois são mais de 37 anos sofrendo, fazendo vista grossa ao problema. Hoje com 42 anos tenho em mente que antes tarde do que nunca.

    Deus a abençoe,

    Gabriel

    1. LuDiasBH Autor do post

      Gabriel

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, os familiares, muitas vezes, pelo desconhecimento das doenças mentais, só fazem açodar o sofrimento do doente. Cheios de boas intenções, mas desprovidos de conhecimento, acabam metendo o bedelho onde não devem, pois qualquer transtorno mental deve ser tratado o mais rápido possível, para evitar um sofrimento desnecessário ao seu portador. Quanto mais cedo esse tratamento acontecer, mais cedo as crises serão contidas, possibilitando à pessoa melhor qualidade de vida. Caso aconteça o contrário, elas só tendem a ficar cada vez mais fortes e constantes. Parabéns pelo retorno ao médico e pela firme decisão de não mais interromper o seu tratamento sem o consentimento médico.

      Todo antidepressivo traz efeitos adversos, mas que passam em torno de três semanas. Nessa fase é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Na fase inicial há inclusive o aumento da ansiedade, as preocupações descabidas, a sensação de que estamos piores, etc. Não desanime, pois isso é normal, mas logo passará. Contudo, atenha-se aos efeitos adversos, se achar que estão descabidos, não hesite em contatar seu médico (seguirá texto sobre o assunto).

      Gabriel, continue em contato conosco, contando-nos como vai o seu tratamento (também faço uso de oxalato de escitalopram). Não se sinta sozinho e continue não ouvindo conversa fiada de terceiros. Estamos todos torcendo por você.

      Abraços,

      Lu

  54. Well

    Lu

    Aumentei a dose conforme a psiquiatra orientou, entretanto, sinto preguiça, pensamentos confusos e sem muita disposição. Estava tão bem, porém, ontem tive um dia estranho sem disposição para nada, será normal? Às vezes bate uns medos estranhos e fico pensando: será que o medicamento está fazendo o efeito que fazia no começo, após os efeitos colaterais.

    Não sei se você tem algumas recaídas de tristezas e se for normal gostaria que me dissesse. Voltei a tomar café pela manhã e teve uns dias de final de ano que ingeri bebida alcoólica (cerveja), não passando de três copos, será que isso atrapalha o tratamento? Minha psiquiatra disse que poderia beber moderadamente.

    Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Well

      O antidepressivo, ao ter a sua dosagem aumentada, costuma trazer de volta alguns efeitos adversos, como os citados em seu comentário. Você só estará totalmente livre deles quando atingir a dosagem que a sua médica quer. Aí, sim, o seu organismo se estabilizará. Fique tranquilo quanto a isso, pois está dentro da normalidade. Continue seguindo direitinho a prescrição médica sem qualquer medo.

      Amiguinho, a tristeza é algo constante na vida de todo ser humano, quer tome antidepressivos ou não. Faz parte da vida. Tenho, sim, momentos de tristezas, o que é um bom sinal, ou seja, as minhas emoções humanas continuam, logo, não me transformei num zumbi. A cafeína só afeta o sono, devendo ser evitada antes de dormir. Fora disso não vejo problema algum. Quanto à cervejinha, se bebida com parcimônia, não afetará o seu tratamento. Aguardo novas notícias.

      Abraços,

      Lu

      1. Well

        Lu

        Obrigado por nos confortar com suas respostas.

        Já estou melhor e a paranoia já passou um pouco. Quanto à cerveja, quando ela for ingerida não pode ser usado o medicamento? Tipo, sei que vou beber à noite e pela manhã não uso o remédio? Na maioria das vezes os eventos do finais de semanas aparecem do nada e acabam nos pegando de surpresa. Num final de semana usei o remédio às sete da manhã (horário que uso sempre), mas quando foi às onze horas da manhã estava ingerindo bebida alcoólicas (cerveja). Cada caso é um caso, mas não fica muito em cima da hora? Quanto ao café estou mais seguro sobre a sua resposta.
        Vamos em frente e se houver novos relatos meus, volto a perturbar.

        Abraços a todos!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Well

          O oxalato de escitalopram não deve ser descontinuado. Você deve tomá-lo religiosamente para obter bons resultados. Não há necessidade de não tomar a medicação quando for beber uma cervejinha, embora haja outros antidepressivos em que a ingestão de álcool é totalmente proibida. Aconselho-o a não beber a cerveja logo após tomar o seu remédio, devendo haver um espaço de pelo menos cinco horas. Saiba que a bebida deve ser moderada para não tirar o efeito de seu medicamento e não trazer nenhum efeito colateral. Se tomar algum ansiolítico (rivotril, por exemplo) não deverá fazer uso de álcool. Quanto ao café, não há problema algum, devendo evitá-lo na hora de dormir. Se estiver agitado, opte por um bom chá calmante (camomila, melissa…), pois a cafeína é um estimulante.

          Abraços,

          Lu

  55. Neiva

    Lu

    Fui à primeira consulta ao psiquiatra. Tenho horror a músicas altas e principalmente automotivas, e pela recorrência muito frequente de meus vizinhos, fiquei com pânico até mesmo de ir para casa. Já diminuíram muito os barulhos por lá, mas continuo pensando que vão colocar as músicas altas e que isso vai durar muito, pois não consigo ficar bem nem mesmo quando não tocam as músicas. Chego até acordar no meio da noite e achar que estão tocando músicas.

    O psiquiatra me receitou Reconter. Só que comprei o Oxalato de Escitalopram para começar com 05 gotas na primeira semana e ir aumentando. Fiquei meio apreensiva pela medicação. Iniciei hoje pela manhã. Fique também pensando se este medicamento pode me engordar e fazer perder a libido.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Neiva

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, você fez muito bem ao buscar ajudar médica, pois quanto mais cedo for medicada em relação a seu transtorno mental, menos sofrerá. É bom que saiba que todo antidepressivo traz alguns efeitos adversos na fase inicial que dura cerca de três semanas. Assim que os efeitos ruins forem passando, os bons irão aparecendo. O importante é ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Os antidepressivos não trazem efeitos iguais para todas as pessoas. Algumas podem engordar e outras emagrecer. A maioria passa pela perda da libido, mas com o tempo tudo vai voltando ao normal. Não se preocupe com isso. O fato é que, se não for tratada, a libido também acaba indo pro brejo em razão das crises que se tornam cada vez mais fortes.

      Neiva, eu também tenho dificuldades com músicas altas e com certos gêneros musicais. Como você, não gosto de música automotiva. Acho a maior falta de educação uma pessoa obrigar aqueles que estão à sua volta (vizinhos, por exemplo) a ouvirem suas músicas. Não pense que esteja sozinha neste quesito. Música alta incomoda-me muito. Sinto dor de cabeça e fico sem lugar. Conversando com um otorrinolaringologista, esse me disse que pessoas como eu possuem um ouvido muito sensível. No seu caso, converse com seus vizinhos sobre seu problema. É um direito seu.

      O oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais usados. É o que uso há bastante tempo e sinto-me muito bem. Fique tranquila e faça o seu tratamento direitinho. Jamais pare por conta própria. Continue me falando sobre tudo. Não se sinta sozinha.

      Abraços,

      Lu

  56. Luciana Silva

    Lu

    Tenho síndrome do pânico, depressão e ansiedade. Já passei por vários medicamentos e não me fez nenhum tipo de efeito positivo. Atualmente estou usando o Deller. Eu me sinto mais depressiva, o meu coração acelera de mais, tenho muito desespero e não tenho apetite pra nada.
    Esses efeitos são normais?

    Eu já sofro desses problemas há 2 anos. Começo a tomar o medicamento e desisto porque não faz efeito. Às vezes acho que vou ficar assim pra sempre, sem ter vontade de viver novamente. Obrigado pelo cantinho de desabafo.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Luciana

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a Síndrome do Pânico é um transtorno que acomete cada vez mais pessoas. A ansiedade e a depressão levam a ela e vice-versa, num círculo vicioso. Tratá-la é muito importante a fim de eliminar as crises que, se não tratadas, tornam-se cada vez mais fortes. Alguns organismos são mais resistentes aos antidepressivos, demorando a encontrar um que realmente traga efeitos positivos. Não se desanime, isso acontece com muitas pessoas, mas todos terminam encontrando um medicamento efetivo.

      Luciana, todo antidepressivo traz efeitos adversos na fase inicial, como os que você elenca, inclusive a perda do apetite. Porém, passada a fase inicial, tudo volta, aos poucos, ao normal. O importante é ser POP (paciente, otimista e persistente). Procure tomar alimentos líquidos (sucos, vitaminas, chás…) para compensar a falta de apetite. É preciso manter seu organismo forte.

      Você não pode desistir do medicamento sem ordem médica, pois não há um tempo determinado para que faça efeito. Há pessoas que necessitam até mesmo de três meses para obter todos os efeitos benéficos. Cada vez que você para de tomar um antidepressivo sem a permissão médica, sua síndrome vai ficando ainda mais forte. Saiba que não irá ficar assim para sempre, pois todos nós encontramos bons resultados no uso de tais medicamentos, como poderá ver através dos comentários.

      Sil, este cantinho é um espaço aberto para falarmos sobre nossos transtornos mentais e tratamentos. Venha sempre aqui contar como anda seu tratamento.

      Beijos,

      Lu

      1. Luciana Silva

        Lu

        Voltei a me alimentar melhor, mas as minhas ansiedades ainda continuam, com o tempo espero que melhorem.

        Tenho uma grande dúvida: há dois anos atrás namorava, mas devido a alguns problemas no relacionamento, ele acabou terminando comigo. Graças a Deus com o tempo vou conseguindo esquecê-lo. Sou uma pessoa muito sozinha em questão de família, perdi minha mãe e meu irmão, agora só restou meu pai que mora em MG, e que não liga muito pra mim e o meu outro irmão que está doente e também mora em MG. Resumindo: devido eu ser uma pessoa muito carente, às vezes sinto falta de uma pessoa ao meu lado; já me relacionei com alguns caras e de renpete eles acabam se afastando de mim. Não sei se acabo assustando eles por conta da minha ansiedade. Muitas vezes fico vidrada no celular esperando por uma resposta. Será que por conta desses meus problemas eu acabo tendo essas atitudes estranhas que acabam afastando todo mundo de perto de mim?
        Só queria ser uma pessoa normal.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Luciana

          Quando iniciamos o tratamento com antidepressivos, precisamos aguardar um tempo para que o organismo aceite o medicamento e passe a dar-nos a resposta esperada. Por isso digo que nessa fase é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente).

          Nós, portadores de transtornos mentais, necessitamos de tratamento para que possamos conviver bem com as pessoas. Como nos tornamos pessoas ansiosas, sensíveis e depressivas, a convivência conosco acaba sendo muito difícil. Se muitas vezes temos dificuldades em nos aguentar, imagine os outros? Contudo, assim que o antidepressivo passa a fazer efeito, nosso comportamento muda totalmente. Mas juntamente com o medicamento também temos que aprender a lidar com o mundo, de modo que nossa vida seja mais leve. O primeiro passo é apenas viver um dia de cada vez da melhor forma possível. Penso que, como você mesma analisa, o fato de não dar certo com seus namorados acontece em razão de seu transtorno mental, mas que ao ser tratado, mudará sua vida totalmente. Gostaria que lesse o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Amiguinha, segundo estudos atuais, o ser humano vem se sentindo cada vez mais solitário, ainda que tenha muitas pessoas à sua volta, pois “solidão” é muito mais um estado de espírito do que ausência de outrem à nossa volta. Assim que você passar a sentir-se bem consigo mesma verá que esse sentimento muda. Muitas famílias são enormes, mas vivem só brigando. Como vê, o principal é o fato de sentir-se bem em sua própria companhia.

          Luciana, as pessoas mais velhas tendem a ter mais dificuldades em mudar de postura. Já pensou na possibilidade de aproximar-se de seu pai, de ser mais carinhosa com ele? Por que não fica um tempo com seu irmão doente? Se possível, dê-lhe um pouco de seu amor, principalmente agora que se encontra doente.

          O controle da sua ansiedade é fundamental para que tenha qualidade de vida. Experimente fazer yoga ou meditação. Vou lhe passar o link de uns textos que irão ajudá-la muito no controle de sua ansiedade. Procure também se libertar do celular que acaba se tornando um vício terrível que eleva muito a ansiedade. Quando menos esperar, uma pessoa maravilhosa irá entrar em sua vida. Pense nisso e crie um campo de energia positiva para atraí-la. Certo?

          Beijos,

          Lu

      2. Luciana Silva

        Lu

        O meu pai mora com uma outra mulher e ela faz a cabeça dele pra não ter contato com os filhos; todas as vezes que tento me aproximar nunca dá certo. Amo o meu pai, mais tem muita coisa que ele fez comigo e os meus irmãos que é difícil de perdoá-lo.

        Em questão do meu irmão, eu o trouxe pra são Paulo, para tentar ajudá-lo, mais devido ele ser alcoólatra, estava me dando muito trabalho. Eu o levei no caps para tratamento, mas ele não se ajudava. Sou uma pessoa sozinha, tentei ajudar da melhor forma possível, mas infelizmente fui muito fraca. Ele ficava sem beber, dava os transtorno dele de que via coisas, corria com ele para o hospital. Às vezes eu perdia dia de trabalho que preciso pra sobreviver, moro de aluguel. Então tive que o mandar de novo para MG.

        Vou tentar me desligar do celular um pouco. Estou fazendo atividades físicas, espero que com o tempo a minha vida volte a brilhar novamente.
        Pretendo começar a estudar, mas preciso me estabilizar, porque assim não consigo me concentrar.

        Beijos e mais uma vez obrigada…

        1. LuDiasBH Autor do post

          Luciana

          Realmente existem pais que ao encontrar uma nova mulher acabam colocando os filhos em segundo plano. As “má-drastas” fazem a cabeça deles. Foi isso o que aconteceu com seu pai. Somente mais tarde é que ele irá se arrepender do que está fazendo. Siga em frente, pois você é capaz de ser feliz apesar disso. Em relação ao seu irmão, você teve toda a razão de mandá-lo de volta, pois a convivência com um alcoólatra é muito difícil, principalmente quando ele não se compromete com o tratamento. O fato de ele ver coisas dizia respeito à abstinência do álcool. Nessa fase a pessoa precisa ser acompanhada de perto e, como você trabalha, ficava difícil fazer isso. Tenha a consciência tranquila, pois fez o que podia.

          Evite o celular o máximo que puder, pois ele deixa as pessoas muito ansiosas. Cuidado também com os contatos virtuais com estrangeiros (indianos, egípcios, afegãos, etc), para não se envolver em golpes. Voltar a estudar é uma coisa maravilhosa. Observo que se expressa muito bem e é muito inteligente. Siga em frente. Quando a gente estuda, acaba conhecendo pessoas novas e tudo se modifica, não havendo tempo para ficar tendo pensamentos ruins. Estou torcendo por você.

          Beijos,

          Lu

  57. Roberto Autor do post

    Oi Lu,

    Acabei achando teu blog pelo Google, com um post a respeito do oxalato de escitalopram.

    Eu fazia tratamento até há uns 8 meses atrás e me sentia tão bem a que parei por conta própria a medicação. Fui diagnosticado com síndrome do pânico há 8 anos atrás. Porém, tive uma crise faz três dias, e pronto, começou toda a angústia novamente.

    Iniciei meu tratamento com espran 10mg, novamente, e estou tomando rivotril somente em quando necessário. Mesmo eu sabendo que é minha síndrome, estou passando dias difíceis, literalmente, guerreando com minha mente, pra dizer a ela que estou bem e que isso vai passar.

    Queria saber se estou fazendo a coisa certa. Já marquei psiquiatra, mas já iniciei a medicação, pois como me adaptei muito bem a este remédio, tenho certeza de que ela irá voltar com ele. Acordo todo apreensivo, com medo de ter crises. Principalmente quando está muito quente, aí piora tudo. Fico pensando que minha pressão irá aumentar por causa do calor. Está difícil. Algo mais que posso fazer pra melhorar o mais rápido possível? E estes pensamentos ruins vão passar? Te agradeço desde já.

    Roberto

    1. LuDiasBH Autor do post

      Roberto

      Seja bem vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, deixar o antidepressivo sem permissão médica acontece muito, infelizmente, pois somente o profissional poderá dizer qual é o momento certo, após avaliar seu paciente. O importante agora é retomar o tratamento para ver-se livre das crises que tendem a ficar cada vez mais sérias se não tratadas.

      Você diz que tomava antes o oxalato de escitalopram. O ideal era ter passado primeiro pela psiquiatra, pois nem sempre o medicamento, quando tomado pela segunda vez, produz o efeito esperado. Quanto aos dias difíceis, sempre que se recomeça o tratamento, os efeitos adversos acontecem como se fosse a primeira vez, pois o organismo já desacostumou com a substância. Portanto, o que ora lhe acontece está dentro da normalidade. Saiba que o calor não interfere no tratamento, não passando de preocupações descabidas que fazem parte dos efeitos adversos. O importante agora é ser POP (paciente, otimista e persistente). Tudo isso irá passar, assim que a medicação começar a atuar com eficácia. Pode ser também que sua médica mude a medicação. Quanto ao rivotril, tome-o apenas quando julgar necessário, para que seu organismo não fique viciado.

      Roberto, assim que fizer sua consulta, conte-me como foi. Enquanto isso, continue conosco. Não se sinta só.

      Abraços,

      Lu

      1. Roberto

        Oi Lu,

        Fui a minha consulta e minha psiquiatra decidiu manter o mesmo medicamento, já que o mesmo me fez tão bem anteriormente. Quanto ao rivotril, ela decidiu manter mais uma semana, somente até o Espran começar a fazer melhores efeitos no meu organismo. Mas já me sinto muito melhor, ainda sinto dores no peito e no braço esquerdo que levam sempre meu pensamento ao infarto e à agonia da crise, porém, tento me acostumar e não lutar contra isso tudo. Irei voltar ao tratamento com a psicóloga , mas dessa vez, parar a medicação somente com ordens médicas e ser feliz novamente.

        Abraços,

        Roberto

        1. LuDiasBH Autor do post

          Roberto

          Alegra-me muito o fato de você estar se sentindo melhor. Procure tirar da cabeça sua preocupação com infarto… risos. Se ler os comentários, verá que muitas pessoas passaram por isso. Logo tudo desaparecerá, vindo apenas os efeitos positivos da medicação. Vou lhe enviar um link que o ajudará muito no controle de sua ansiedade.

          Abraços,

          Lu

        2. Roberto

          Lu

          Graças a Deus as crises estão bem fracas, graças ai Rivotril e ao meu controle que esta ficando melhor. Ainda tenho algumas dores de cabeça e me sinto meio tonto, mas tento não prestar atenção nisso. Já faz uma semana que não tomo Rivotril, obedecendo a minha psiquiatra que pediu que eu tomasse somente no início para me ajudar a dormir. Estou comendo bem melhor também, porém estou com uma pequena preocupação que gostaria que você me ajudasse. Estou notando, faz alguns dias, meu estômago bem barulhento, mesmo depois de ter comido ou mesmo durante o dia. Também notei que estou com as fezes ressecadas e muitos gases. Estou tomando bastante água e me alimentando bem para ajudar. Pergunto a você, esses sintomas fazem parte do Espran, pois hoje é só isso que me preocupa. Voltei a fazer exercícios, mesmo com os medos de infartos e pressão alta, mas tenho que enfrentar e ser “POP”, correto?

          Grande abraço,

          Roberto.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Roberto

          Todos os sintomas descritos por você fazem parte da fase inicial do tratamento. O barulho de seu estômago tem a ver com os gases. Continue tomando bastante água e comendo alimentos com fibras para ajudar na evacuação. Tire da cabeça qualquer preocupação com infarto e pressão alta. Os exercícios fazem muito bem ao corpo e à mente. Parabéns pelo sucesso do tratamento. Continue POP!

          Abraços,

          Lu

        4. Roberto

          Lu

          Vamos lá às suas dicas benéficas… rsrsrs.

          Faz mais ou menos uma semana que sinto uma bola no meu estômago, com uma vontade enlouquecida de arrotar. Há momentos em que estou ótimo e há momentos em que algo que eu como cai no estômago e preciso me acalmar, pois me desespero, não sabendo se é por causa do sistema nervoso, ou algo estomacal. Isso está me fazendo muito mal, comecei a ficar muito triste por isso, pois mil coisas passam na minha cabeça. Até em câncer de estômago já pensei, pois estava indo tão bem com o tratamento. Se eu me acalmar sinto que melhoro, porém quanto mais nervoso pior fica, por isso estou confuso. Espero sua dicas que sempre me fizeram bem.

          Abraços

        5. LuDiasBH Autor do post

          Roberto

          O nosso sistema digestório recebe todo o impacto de nossas emoções. Todos nós conhecemos expressões como: cagar de medo; frio na boca do estômago, etc. Eu, por exemplo, sempre que me encontro muito nervosa, sinto esta mesma “bola” de que fala, como se minha digestão tivesse paralisado. A sensação de peso é tamanha que muitas vezes recorro a uma colherzinha (de chá) de bicarbonato de sódio (não aconselhável para quem tem pressão alta) que me faz arrotar e em consequência melhora a sensação ruim. Saiba, portanto, meu amiguinho, que tudo não passa de uma reverberação de seu estado emocional em que tudo se transforma num círculo vicioso: você se encontra nervoso, come, vem a sensação ruim que o deixa mais nervoso ainda…

          Nós, portadores de transtornos mentais, sobretudo, devemos procurar racionalizar ao máximo o que acontece conosco, não nos deixando cair no “achismo”, sob pena de transformamo-nos em neuróticos e hipocondríacos. Esse “bolo” que diz sentir é um aviso de que deve controlar mais sua ansiedade. Veja com seu médico a possibilidade de tomar um ansiolítico. Na farmácia você compra calmantes fitoterápicos sem receita médica, mas ainda assim o ideal é que seja receitado por um médico. Outra boa dica é tomar chá de camomila, ou erva-cidreira, ou melissa, pois além de calmante são também bons para a digestão. Tome três a quatro xícaras ao dia.

          Roberto, fique tranquilo. Tudo não passa de uma consequência de seu estado emocional. Caso isso esteja a incomodá-lo demasiadamente, faça uma endoscopia, pois assim irá se tranquilizar ainda mais. Tenho certeza de que tudo não passa de um distúrbio neurovegetativo. Sinta-se feliz e continue seu bem sucedido tratamento. Não dê trelas aos descabidos pensamentos, pois eles são cruéis… risos.

          Abraços,

          Lu

        6. Roberto

          Lu

          Ontem retornei a minha psiquiatra e relatei que fora os sintomas de ansiedade que ainda não passaram estava com constipação faz dias. Ela falou que devido aos sintomas não terem melhorado muito e ainda por cima ter a constipação, seria melhor trocar a medicação. Isso me deixou muito receoso, pois o Espran me fez tão bem durante tanto tempo, que fiquei triste por começar outra medicação. Ela me receitou o Elifore, li um pouco sobre ele, porém fiquei preocupado sobre o fato de poder causar hipertensão. Fica aguardando sua opinião sobre esta nova fase do meu tratamento.

          Abraços

          Roberto

        7. LuDiasBH Autor do post

          Roberto

          É normal a troca de antidepressivos. O médico deve avaliar sempre que isso é necessário, pois não adianta ficar gastando dinheiro com um medicamento que não está fazendo efeito. Eu mesma já passei por muitos. Não se preocupe com isso. Quanto à bula que leu, saiba que todas elas são bem amedrontadoras, qualquer que seja o antidepressivo. A indústria farmacêutica é obrigada a colocar até mesmo um único caso registrado. O importante é que você tome o medicamento e vá avaliando os resultados. Se necessário, meça sua pressão uma vez por semana ou a cada 15 dias, durante um tempo, para que a sua preocupação não interfira no tratamento. Certo?

          Continue me dando notícias.

          Abraços,

          Lu

  58. Raquel Santos

    Lu e amigos
    Há um ano tomo escitalopram para depressão, felizmente com dois meses de tratamento senti me bem melhor. Tentei com seis meses a diminuição da dosagem sem sucesso. Hoje consegui a desenvolver minhas atividades de antes, como trabalhar, mas o vazio interior às vezes me assombra, situações difícies que infelizmente todos somos acometidos me deixam deprimida, tenho medo de tudo voltar, procuro nessas horas pensar que minha mente tem que ser positiva.

    Ultimamente tenho passado por um momento difícil no meu casamento, no qual meu esposo tem sido muito frio e ríspido comigo. Não tenho forças para tentar argumentar nada, ouço tudo e me recolho no meu canto, rezando para que tudo melhore. Se não fosse pela minha filha, teria largado tudo. Estou extremamente cansada mentalmente, é muita exigência em casa, no trabalho, na família. Todos me acham incrível, boa, responsável, parece que pensam que sou de aço, se errar… Enfim, estou num momento tristonho mesmo, acho que nunca me verei sem o remédio pela vida que levo. Mas, continuo tratando todos com amor e carinho, agradecendo cada segundo de minha vida.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      É muito bom saber que o tratamento com o antidepressivo tem lhe feito bem. Jamais pare ou diminua a dosagem sem o parecer médico, pois o retorno ao medicamento é muito difícil, demando muito sofrimento.

      Amiguinha, o vazio que traz por dentro somente você poderá preenchê-lo. É preciso escolher um momento para você e, honestamente, avaliar as causas que a estão deixando assim. Depois disso precisa trabalhá-las. Se achar que não consegue fazer isso sozinha, busque uma terapia. Comece não dando muita importância à opinião dos outros e sendo você mesma. Os problemas têm a importância que damos a eles. Procure viver apenas um dia de cada vez e mais nada. Você diz:

      “Todos me acham incrível, boa, responsável, parece que pensam que sou de aço, se errar…”

      Quem tem que se achar incrível é você mesma. Não adianta ser boazinha para todo mundo, carregando um peso maior do que aguenta. Não se preocupe em ser “boazinha” com os outros, mas seja “maravilhosa” consigo mesma. Sendo boa consigo mesma será boa com os outros, por consequência, mas o contrário não é verdadeiro. Ignore a opinião daqueles que apenas veem em você alguém de aço, sempre pronta a servir sem nada cobrar. Qualquer relacionamento é feito de trocas e quando apenas um dos lados faz a sua parte, o melhor é cortar laços. Em razão disso já cortei muitos, mesmo, e sou hoje muito mais consciente de mim e mais feliz.

      Raquel, quanto ao seu casamento, virar um caramujo não irá resolver nada. Só existe o opressor porque a vítima assim o permite. É isso que você tem feito. Ninguém respeita quem não se respeita e, ao que me parece, é o que tem feito, como diz:

      “Não tenho forças para tentar argumentar nada, ouço tudo e me recolho no meu canto, rezando para que tudo melhore.”

      Por favor, não se encolha, exija seu espaço e respeito, pois só tem agravado a sua situação ao não se colocar como pessoa. Você não é coisa para se recolher num canto. Você é gente. É “reza” não ajuda se não vier junto com uma atitude concreta. Onde não há respeito e admiração jamais existirá amor. Chame seu marido para uma conversa e ponha as cartas na mesa. Veja também se ele não está passando por um período difícil, em razão deste nosso país que vive dias trágicos, com tudo despencando. Muitos homens costumam descontar na família seus insucessos e preocupações. Se for isso, diga-lhe que é uma companheira e amiga e que lutarão juntos para melhorar. Converse, jamais se encolha!

      “Mas, continuo tratando todos com amor e carinho, agradecendo cada segundo de minha vida.”

      Faça isso, mas também exija respeito por parte das pessoas. Mostre-lhes que também é humana.

      Aguardo novas notícias,

      Lu

  59. WR

    Lu

    Após 26 dias de uso da medicação, venho relatar a minha melhora e minha felicidade que voltou.

    Os primeiros dias foram terríveis, sentimentos de angústias, pânicos e muitas desconfianças se o medicamento ia dar certo, pois na situação em que eu me encontrava era TUDO ou NADA. Acredito muito em Deus, mas temos que usar os médicos e as medicações para nos tratarmos e deixarmos os preconceitos de lado. Vale lembrar que ao usar o medicamento não será igual o uso de um DORIL, TOMOU sumiu. O remédio deixa você pior para depois melhorar, essa doença é toda estranha, por isso, muitos não vão até o final do tratamento e depois ficam criticando a medicação.

    Vale lembrar que quem usa essa medicação vai ter problemas e picos de tristezas como qualquer ser humano comum, entretanto, ela não deixa você entrar naquela tristeza profunda na qual muitos ficam quando têm depressão e muitos confundem com tristeza (totalmente diferente). Alguns falam que é falta de DEUS e que estamos possuídos por demônios, etc. Após o uso da medicação vemos que era uma doença e não algo espiritual.

    As síndromes de pânico que eu tinha em agosto sumiram, ansiedade ainda tenho, mas é controlável, pois o remédios também não fazem milagres, apenas controlam a situação. Temos que mudar os hábitos e ver que somos falhos e que as pessoas também falham com a gente. Aceitando isso não criaremos muitas expectativas.

    Estou muito contente com os resultados e quem sofre com isso, deve procurar ajuda médica para lhe diagnosticar e passar um tratamento de acordo com os sintomas. Vale a pena passar pela fase ruim dos remédios e depois recuperar a qualidade de vida, não mais continuando a sofrendo dentro de uma caverna mental.

    FELIZ NATAL E BOAS FESTAS para todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      WR

      Estou feliz com suas notícias, sabendo que melhorou consideravelmente com o tratamento. O seu comentário é um estímulo para todos aqueles que passam ou virão a passar pela fase inicial com antidepressivos, podendo ficar confiantes, pois tudo será para a melhoria da qualidade de vida.

      Agradeço os votos de BOAS FESTAS e FELIZ NATAL. Desejo o mesmo para você.

      Abraços,

      Lu

      1. WR

        Lu

        Feliz Ano Novo!

        Fui à psiquiatra, conforme havia dito. Minha dosagem foi aumentada, devido aos relatos que fiz. Como minha psiquiatra não é de falar muito saí de lá com bastante dúvidas. Sei que não é medica, mas esse aumento vai me dar muitos efeitos colaterais? Parece algo psicológico, pois acho que o remédio não faz mais efeitos devido à dose estar baixa. Sinto-me bem ainda, mas já começo ter as paranoias rs.
        Obrigado Lu.

        1. LuDiasBH Autor do post

          WR

          Feliz Ano Novo para você também!

          Quando o antidepressivo em uso mostra-se fraco para conter os distúrbios mentais, o psiquiatra aumenta a dosagem ou muda para outro. Quando tem a dosagem aumentada é comum algumas pessoas sentirem alguns efeitos adversos que logo passam. Não se preocupe com isso! Como já lhe disse, é preciso aliar ao tratamento mudanças em sua vida. Busque sempre viver com leveza, um dia de cada vez. É preciso, sobretudo, ser POP (paciente, otimista e persistente).

          Abraços,

          Lu

  60. Tereza Rayol Autor do post

    Oi, Lu!

    Gostaria de tirar outra dúvida. Como já comentei interiormente, eu me trato de depressão e tag e ainda não encontrei a estabilidade que desejo. Mas a dúvida é esta: situações traumáticas podem retardar o progresso do tratamento?

    Em 16 de outubro eu tive um acidente de bike e fraturei o tornozelo e acabei indo para a cirurgia que fiz com muito pavor. Mexeu um pouco comigo, pois estava com os nervos à flor da pele, mas graças a Deus tudo saiu bem. Em novembro perdi meu avô, foi muito ruim. Desde esses acontecimentos eu desenvolvi uma dor abdominal terrível no final de outubro, quando aconteceu o acidente. Fiz exames do abdome, sangue e ultrassom e tudo normal…

    Eu estava até um pouco controlada antes disso, mas agora sinto a dor abdominal, de manhã fico irritada ou depressiva e à noite não durmo direito, vou ter que dominar tudo de novo, aos poucos..

    Um abraço

    1. LuDiasBH Autor do post

      Tereza

      Nós, pessoas com transtornos mentais, somo extremamente sensíveis. Somos como esponja que se embebe de tudo que acontece em derredor. Debelar isso, ou pelo menos minimizá-lo, exige muito esforço. Temos que aprender a racionalizar os acontecimentos de modo que não possam interferir tanto em nossa vida. Você não encontrará total estabilidade na depressão e TAG se não trabalhar esse ponto. Como disse num texto anterior, o remédio contribui com 50% do tratamento, mas a outra metade cabe a nós.

      Tê, procure ver o que está lhe incomodando, no presente momento, e trabalhe isso. Pense também que os seus exames estão ótimos e que tudo não passa de somatização.

      Os fatos que lhe aconteceram contribuíram, sim, para alterar o seu estado de saúde. A dor abdominal, cujos exames nada apresentaram, não passa de um transtorno neurovegetativo. Também tive um problema semelhante em 2016 (época do golpe), com esse mesmo tipo de dor. Cheguei a fazer, dentre outros exames, colonoscopia e endoscopia. Tudo normal. Depois disso fiquei boa, sem mais problemas, após me conscientizar que era uma resposta do meu organismo ao meu estado emocional.

      Beijos,

      Lu

  61. Aline

    Lu
    Hoje faz 10 dias que estou tomando oxalato de escitalopram, não tive muitos efeitos colaterais e ainda não tive uma melhora na minha tristeza. Há dias que são piores que os outros, mas devemos ser persistentes, sei que isso é questão de tempo, as coisas vão melhorar e eu creio nisso.

    Obrigada pelo blog e pela ajuda !

    1. LuDiasBH Autor do post

      Aline

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, você se encontra na fase inicial do tratamento, portanto, é normal que ainda não tenha sentido nenhuma melhora. Isso acontece, normalmente, após a terceira semana. Tenha calma e seja POP (paciente, otimista e persistente). Vou lhe enviar uns textos que irão ajudá-la. Continue dando notícias suas.

      Beijos,

      Lu

  62. Karina Mendes

    Lu
    Estou há 4 dias tomando oxalato de escitalopram 10 mg. Desde a primeira dose já senti efeitos horríveis. Um ataque de pânico tão forte como nunca havia tido. Estou desesperada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Karina

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos causam efeitos adversos, mas que passam em cerca de três semanas. Essa fase inicial é realmente bem difícil, todos passam por isso. O importante é não parar o tratamento e aguentar firme. Sempre que necessário, informe seu médico sobre o que está sentindo. Seja POP (paciente, otimista e persistente) e logo terá melhor qualidade de vida. Vou lhe enviar os textos que irão ajudá-la a entender o tratamento.

      Beijos,

      Lu

  63. WR

    Lu
    Após muitas resistências, resolvi tomar o antidepressivo. Tentei de tudo antes, remédios naturais (ômega 3, B12, magnésio PA, florais, etc) sendo que até o café eliminei e nada disso adiantou. Após três meses de luta contra meu transtorno mental, decidi que era hora de enfrentar a medicação e seus efeitos colaterais. Esqueci-me de avisar ao psiquiatra que tinha tomado paroxetina há uns três meses atrás e parei. Após três meses conforme tive que voltar a tomá-la.

    Quando tomei o antidepressivo pela primeira vez foi muito ruim, pois não tinha conhecimento dos efeitos colaterais e esses me assustaram muito: tonturas, enjoo, falta de apetite e ansiedade, entre outros. O pior foi a falta de apetite que no começo. O psiquiatra não me disse nada, paguei consulta e sai com a receita etc.

    Tenho muita ansiedade que leva ao pânico e à depressão, se não tratada. Devido à tortura que essa doença faz, ao ficar limitado e com medo de fazer as coisas que antes eram prazerosas, não tem sido fácil para mim.

    As pessoas que dizem que dá para levar sem remédios (eu também acreditava nisso) é porque não estão em fase aguda, sei lá. Olha que sou bem preconceituoso com remédios, mas não tem jeito de lutar contra uma química que esta descontrolada. ESTRESS, COMPETITIVIDADE, a luta é grande e temos que dar respostas à sociedade, nisso a saúde mental vai para o beleleu. Cada um tem um gatilho, muitos vão tentar levar de boa esses traumas ou tropeços, mas vejo muitas pessoas camufladas numa máscara, fingindo felicidade, ou buscando ajuda no álcool e nas drogas. Como dizia o trecho de uma musica: “sozinho cê não guenta”

    O antidepressivo devolve a ordem química e faz você ter uma tranquilidade que antes não tinha, mas no início surgem os efeitos colaterais, pois tudo tem seu preço. Muitos param, pois se assustam no início, o que foi o meu caso. Estou no nono dia. Pela manhã é pior. FÁCIL NÃO GALERA! Olhe, não é falta de DEUS, senão DIABETE também seria. Tenho muita fé de que isso irá melhorar, mas a vida agitada e o excesso de preocupação uma hora estoura, nesse caso é o cérebro pedindo CALMA!

    Pessoal, boa sorte e não hesitem em se tratarem, pois todos sabem a agonia que passam. VITAMINAS sais mineiras e comidas naturais até ajudam, mas se associadas aos remédios.

    Obrigado pelo espaço, pois ajuda muito, viu?

    1. LuDiasBH Autor do post

      WR

      Seja bem-vindo a este espaço. Sinta-se em família.

      Vejo que você está bem ciente sobre os efeitos adversos iniciais ocasionados pelo medicamento e sobre a necessidade de tomá-lo para eliminar as crises. Se essas não forem controladas, só tendem a aumentar a ponto de incapacitar totalmente a pessoa. É muito melhor conviver alguns dias com os efeitos ruins e depois ganhar qualidade de vida. Seu alerta às pessoas com transtornos mentais é muito importante, pois o nosso mundo vive hoje um capitalismo selvagem em que a competição exacerbada só gera estresse, atingindo até mesmo as crianças.

      Mais uma vez agradeço a sua presença. Volte sempre!

      Abraços,

      Lu

      1. WR

        Lu

        Hoje faz vinte dias de medicação, entretanto, ainda pela manhã tenho levantado muito mal. A melhora já é de 50% do estado em que eu me encontrava. Vou continuar o tratamento até o fim, pois ainda está muito recente e não vejo prazo de término da medicação (quem vê isso é o psiquiatra). Quanto à pressão, não é fácil mesmo, temos que “rebolar” para cumprir metas. Outra coisa de que tenho medo é a sensação de que vou enlouquecer, isso é normal? Obrigado, sempre vou estar dando uma olhadinha aqui, pois ajuda muito, Lu. Existem outros espaços na internet muito maldosos, levando as pessoas a ficarem com medo dessa doença.

        1. LuDiasBH Autor do post

          WR

          Você está começando a sair da fase mais difícil da medicação. A tendência agora é que os efeitos colaterais comecem a desaparecer e os bons aumentarem mais e mais. Uma melhora de 50% com apenas 20 dias de medicação é uma resposta muito positiva de seu organismo ao tratamento. Parabéns! Continue POP (paciente, otimista e persistente).

          Amiguinho, a sensação de que vai enlouquecer é normal, sim. Muitas pessoas passam por isso, como poderá ler nos comentários. O importante é que continue tomando direitinho o antidepressivo. Tudo isso irá passar. Procure também fazer exercícios físicos (caminhada é uma boa pedida).

          Procure não ficar fuçando na internet sobre o assunto, pois existem realmente muitos sites apelativos, sem nenhuma credibilidade. Não há motivo para ter medo, desde que esteja fazendo o tratamento direitinho. É possível hoje encontrar até mesmo crianças com transtornos mentais. O tratamento faz todo o diferencial. Não deixe de ler o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Abraços,

          Lu

      2. WR

        Lu,
        obrigado novamente pela resposta.

        Já li também OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, por sinal muito bom. É verdade, cada um reage de um jeito diferente à medicação.

        Amanhã tenho consulta médica, vamos ver o que ela vai dizer sobre esse início, estou meio ansioso rs. Quanto aos exercícios, sempre pratiquei academia.

        Obrigado novamente e estaremos sempre por aqui.

        1. LuDiasBH Autor do post

          WR

          Fique tranquilo quanto à consulta médica de amanhã, pois você está seguindo tudo direitinho. Não há motivo para ficar ansioso. É bom saber que faz exercícios físicos, pois isso ajuda muito na recuperação. Quanto aos seus comentários, estão todos muito bem escritos e fáceis de entender, pois um complementa o outro.

          Dê-me notícias sobre como foi a consulta.

          Abraços,

          Lu

  64. Antonio

    Lu

    Comecei a tomar oxalato de escitalopram por uma crise nervosa recorrente de estresse de muito tempo e não tratada. Poucos são os que tiveram mais medo do que eu e sentiram efeitos colaterais piores. Tive muita depressão, fome zero e uma quase certeza de que não iria sair dessa situaçao. Mas a partir da segunda semana tudo foi melhorando muito rapidamente a cada dia! Estou no 15º dia e um amigo que estava num estado emocional pior que o meu não teve nenhuma reação adversa e está mais feliz do que nunca!

    Não desista, galera! Pode ter a certeza que essa situação passará.

    Abracos e parabéns a Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Antônio

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      O seu comentário é muito importante para que todos sintam que, apesar do medo e dos efeitos colaterais, você não desistiu, encontrando um resultado positivo antes mesmo do período esperado. Aquele que desiste voltará à medicação mais cedo ou mais tarde, com crises ainda piores, realmente.

      Abraços,

      Lu

  65. Matheus Autor do post

    Oi, Lu!

    Sofri muito com o lexapro no início, mas eu só precisei ser POP pra superar as primeiras semanas. Voltei a ser a pessoa de antes, agora atualizado pras festas da faculdade rs. Passei a me interagir mais, conhecer pessoas novas. Conheci uma menina bem legal, que me mostrou lados maravilhosos da vida (como eu nunca parei para apreciar um pôr-do-sol?!)

    Logo as coisas ficaram mais próximas e aquele efeito colateral da libido me causou certo incômodo. Relatei ao psiquiatra e reiniciei tudo de novo com desvenlafaxina (Elifore). Sabia que era preciso ser POP e superar o início. Não sei se você lembra, mas eu lhe disse que tarjas pretas me causavam muita angústia pelo meu medo da dependência. Hoje eu os vejo como aliados. Usei Rivotril no início do tratamento com desvenlafaxina e 2 semanas depois não senti mais nenhuma necessidade.
    Hoje levo na carteira uns comprimidos pra evitar intercorrências no dia a dia com o probleminha da ansiedade, mas me sinto feliz em dizer que nunca mais precisei usar.

    Eu me dei muito bem com o Elifore. As coisas com a minha amiga terminaram, mas superei aos poucos o peso da perda e hoje sigo minha vida. Mês passado acabei caindo na besteira de comprar novamente um genérico. Eu me senti piorando aos pouquinhos, mas já identifiquei o problema e estou corrigindo, comprando novamente o remédio comercial.

    Lu, saudações do menino que busca de novo ser a pessoa de antes!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Matheus

      Foi muito bom receber a sua visita e saber como se encontra. O fato de desaparecer é comum a todos, pois, passado o período de crises, não mais aparecem para dar notícias, retornando quando elas voltam. Obrigada por voltar para dizer-me que se encontra bem.

      Então a libido entrou nos eixos… Maravilha! A sua convivência com essa agora foi muito importante, pois mostrou-lhe que existem várias possibilidades para ser feliz.Outras garotas virão para tornar sua vida ainda mais prazerosa. Nada como alguém legal para compartilhar nossa vida.

      Você acha que o genérico não lhe faz bem. Penso que esteja enganado, pois sempre comprei o antidepressivo que se encontra mais barato e dou-me sempre bem, sem sentir nenhuma diferença. O mesmo acontece com outros comentaristas aqui. Na época do Prozac (fluoxetina), os médicos diziam que só o original era bom. Hoje ninguém se lembra do nome “Prozac”, sendo a fluoxetina produzida pelos mais diferentes laboratórios. Quanto ao Rivotril, use-o apenas quando for extremamente necessário. Ter um comprimido no bolso aumenta a confiança, eu entendo.

      Menininho, continue POP e sempre traga notícias.

      Abraços,

      Lu

  66. Ana Carolina

    Oi, Lu!

    Primeiramente, parabéns pelo site e pela disponibilidade em responder a tantos e tantos comentários. De fato, você é uma pessoal muito iluminada. Que Deus lhe ajude grandemente!

    Não imaginava precisar recorrer novamente aos medicamentos após 4 anos da minha primeira crise de pânico. Na época, tentei todos os outros meios alternativos para fugir do temido antidepressivo, até que me rendi. Tomei por cerca de 2 anos o Oxalato de Escitalopram e confesso que tão logo comecei a sentir os efeitos benéficos, desejei ter começado a tomar muito antes. Teria evitado muitas crises.

    Tive alta do medicamento. Porém, no início do ano, após um diagnóstico de câncer da minha mãe, estremeci, e sentindo que aquilo poderia me levar a novas crises, voltei ao médico. Ele me receitou o Exodus novamente. Porem, diferentemente daquela primeira vez, eu me senti extremamente agitada com o medicamento, nem parecia o mesmo. Tomei por umas duas semanas e retornei ao médico. Na ocasião, ele me disse que algumas pessoas realmente não conseguiam readaptar o organismo a esse medicamento e tinham um efeito contrário mesmo, de agitação. Confesso que não insisti dessa vez como insisti da primeira. Até porque não me lembrava de ter sintomas de agitação.

    Receitou-me então fluoxetina. Comprei o medicamento, mas estou um pouco resistente a tomar. Tive um caso de amor com o Exodus e temo que a fluoxetina não me faça bem, engorde-me, enfim. Aí eu teria dois problemas, rs. Será que troco ou insisto no Exodus mais uma vez?

    Você já ouviu casos de pessoas que não conseguiram mais usar o mesmo medicamento? Preciso fazer alguma coisa, pois tudo o que não tomei do Rivotril sublingual durante o tratamento anterior (minhas caixas até venceram) estou tomando agora… praticamente 4x na semana, porque as crises de ansiedade agora me causam desconforto ao respirar e às vezes ao engolir (sintomas diferentes dos que eu tinha da primeira vez). Dê-me uma luz, por favor!

    Mais uma vez, muito obrigada e parabéns pelo lindo trabalho!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Carolina

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, os transtornos mentais são, na imensa maioria das vezes, recorrentes. Costumam desaparecer por algum tempo e, quando menos esperamos, lá estão a bater em nossa porta. Pelo visto, você apenas tentou se antecipar ao TAG, pois pressentia que os ataques de pânico poderiam surgir a qualquer momento. Penso que agiu com sabedoria.

      Ana Paula, o seu médico tem razão quanto à dificuldade de nosso organismo para readaptar-se ao medicamento antidepressivo que já foi usado. Ele reage com intensidade, negando-se a aceitar a nova substância. Muitos comentaristas relatam isso, portanto, é normal o que ora lhe acontece.

      Você me pergunta se deve insistir com o oxalato de escitalopram ou se faz uso da fluoxetina. Comigo deu-se o contrário, tomei fluoxetina por muitos anos e, uma vez não mais contando com o seu efeito positivo, foi me indicado o oxalato de escitalopram. Dei-me muito bem tanto com um quanto com o outro (atualmente tomo o oxalato de escitalopram). Ambos são medicamentos muito receitados e possuem excelentes resultados. Se fosse eu, tomaria a fluoxetina agora em vez de sofrer com as reações de seu organismo.

      Amiguinha, todo antidepressivo traz efeitos adversos. Tanto a fluoxetina quanto o oxalato de escitalopram podem engordar ou emagrecer, dar muito sono ou insônia. Isso dependerá muito do organismo da pessoa. Com ambos eu emagreci, pois o apetite tem sido pouco. Somente com o uso do antidepressivo você poderá avaliar. Imagino que não engordará, se isso não lhe aconteceu com o oxalato de escitalopram. Não há o que temer. O importante agora é que equilibre seu organismo, evitando as crises.

      Um grande beijo,

      Lu

    2. Tereza

      Oi, Carol!

      O que você está enfrentando eu também estou… dei um tempo no meu antidepressivo achando que estava bem, fiz isso sem consultar minha médica. Voltou tudo de novo e o pior é que o medicamento que eu já usava não está mais fazendo o efeito desejado. Vou completar 5 meses agora em dezembro e os males parecem indomáveis. Minha médica está de recesso. Só em janeiro provavelmente ela mudará minha medicação.

      Beijos

  67. Wellington

    Lu

    Estou completando 2 meses com o Exodus e as crises de pânico foram embora finalmente. Mas ainda tenho efeitos do remédio que não passam. Minha cabeça continua estranha, como se estivesse pesada. Um barulho na cabeça, principalmente quando está silencioso. Zumbido no ouvido esquerdo. Agora tremores internos nas pernas e braços, músculos, são bem fraco, mas ficam o tempo todo. Vou passar com a psiquiatra novamente agora no fim do mês. Devo me preocupar com isso?

    Um abraço,

    Wellington

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wellington

      É muito bom saber que você está melhorando, livre das terríveis crises de pânico. Quanto aos efeitos adversos que ainda persistem, algumas pessoas costumam precisar de mais tempo para ficar livres deles. Ao retornar ao psiquiatra, comente com ele sobre isso. Não se esqueça também de comentar sobre o retorno ao médico. Continue tranquilo!

      Abraços,

      Lu

    2. Vanusa

      Wellington

      É muito legal saber que você está melhor. Após 2 meses de tratamento, eu me encontro melhor também. Ainda sinto algumas oscilações de humor durante o dia, às vezes aflita e com pensamentos perturbadores, mas meu psicólogo disse que no início é normal e que as crises tendem a espaçar cada vez mais. Pelo menos estou com mais energia e conseguindo realizar todas as minhas tarefas. A academia, meditação e TCC estão ajudando muito.

      Quando penso em toda a turbulência daquele início de tratamento, só vem a gratidão por este espaço e pela Lu que não me deixou desistir.

      Super abraço para vocês!

      Vanusa

  68. Jerry Adriane

    Lu

    Minha esposa, há mais ou menos 5 anos atrás, teve uma depressão e se tratou com limbitrol, venlafaxina e rivotril. Durante esse tempo teve uma boa melhora, mas infelizmente não fizemos o acompanhamento com um especialista, apenas fomos na primeira consulta onde foi passado o tratamento.

    Agora voltou tudo de novo e ela está tomando deciprax (escitalopram) e quetiapina há 8 dias, sendo que após mais ou menos uma hora e meia ambos fazem uma reação muito ruim, segundo ela, parece que pioram os sintomas e os nervos e veias ficam alterados, daí tentamos com calmante (Ex: alprazolam) remediar essas crises.

    Lu, é normal isso no começo do tratamento?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jerry

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Todos os antidepressivos trazem efeitos adversos no início do tratamento, mas que normalmente passam em torno de três semanas. Quanto a isso sua esposa pode ficar tranquila. Contudo, é sempre bom acompanhar os tipos de reação para ver se estão dentro da normalidade. Vou lhe mandar um texto a respeito do assunto (INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM).

      A depressão, quando não é de origem traumática (ocasionada por um trauma), é recorrente. Some por um bom tempo e, quando menos se espera, ela bate na porta. O oxalato de escitalopram é um dos bons antidepressivos encontrados no mercado. Eu também faço uso dele. O importante é que faça uso direitinho do antidepressivo e só pare com a permissão do psiquiatra. Quanto ao ansiolítico, esse é recomendado para a fase inicial, período mais difícil do tratamento. Assim que ela for se sentido melhor, deverá ser retirado aos poucos, para que o organismo não fique dependente dele.

      Continue em contato conosco, contando-nos como anda o tratamento de sua esposa.

      Abraços,

      Lu

  69. Soares

    Lu,

    Já li todos os depoimentos que constam no site e o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Vou iniciar o tratamento novamente pela manhã, tentar fazer mudanças na minha vida e compreendê-la melhor. Espero que esse pesadelo passe logo. Já tinha ouvido falar da melatonina, você sabe em quanto tempo ela começa a fazer efeito? Ela pode viciar como os remédios de tarja preta?
    abraço!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Soares

      Esses pesadelos são frutos do momento de crise vivido por você. Saiba que eles irão passar. Leve seu tratamento com carinho e logo poderá ver luz surgindo no final do túnel. Você irá ficar bem, pode confiar nisso. Logo estará aqui falando sobre seus progressos. Você nem imagina quantas pessoas aqui chegam no mesmo estado que você. Depois ficam boas e desaparecem… risos.

      A melatonina é um dos hormônios do sono e já está sendo vendida no país. A minha é feita em farmácia de manipulação. Sempre mando fazer para seis meses, o que reduz bastante o preço que é relativamente baixo. Foi receitada pelo meu médico para me ajudar no sono. Senti-me muito bem. Deixo-lhe um link abaixo para que tenha maiores informações:

      https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/21338-melatonina

      Abraços,

      Lu

  70. Soares

    Boa tarde,

    Fui diagnosticado com TAG, estou assim desde julho deste ano e procurei ajuda em outubro. O médico me passou ESC 10 mg e alprazolam 1 mg (mandou tomar 0,5) pra conseguir dormir. Tentei tomar o medicamento por duas vezes e parei, não aguentei os efeitos colaterais, muita ansiedade e nervosismo. Mas nesta semana estou decidido a tomar sem interromper novamente. Minha pergunta é a seguinte: quando o antidepressivo começar a fazer efeito, ele vai regular meu sono novamente? Não quero ficar dependente de ansiolítico pra dormir.

    Obrigado.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Soares

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, o primeiro passo importante você deu: procurar ajuda médica. O segundo passo é fazer uso do medicamento receitado. É fato que os efeitos adversos costumam ser terríveis, mas eles duram apenas cerca de duas a três semanas e passam, permitindo-lhe uma vida de qualidade. Se não fizer uso do medicamento, suas crises tendem a ficar mais fortes e constantes. Saiba que todos nós passamos por isso e estamos aqui firmes. Para passar pela fase ruim, venha aqui conversar conosco e leia os comentários de outros companheiros de luta. Isso lhe dará forças para prosseguir. Saiba que poderá contar sempre conosco. Você não se encontra só.

      É normal o fato de antidepressivos mexerem com o sono. Algumas pessoas passam a dormir em demasia e outras perdem o sono. Isso, porém, acontece apenas na fase inicial da medicação, depois, aos poucos, o organismo vai voltando à sua normalidade. Isso também aconteceu comigo. O ansiolítico funciona apenas como um coadjuvante no início do tratamento. A que horas você toma seu medicamento?

      Abraços,

      Lu

      1. Soares

        Lu

        Obrigado pela rápida resposta.

        O psiquiatra me mandou tomar o antidepressivo às 20:30, depois do jantar, mas mesmo tomando o ansiolítico eu acordo de madrugada e não consigo dormir mais. Aí fico ansioso e tenho calores pelo corpo, formigamento nos braços e pernas, como se fossem agulhadas e o coração, apesar de estar normal, fica com taquicardia, consigo senti-lo pulsando. Na hora que se aproxima de dormir, eu começo a ficar ansioso. Depois dessa crise de 2010, meu sono nunca mais foi o mesmo, ainda assim conseguia dormir com facilidade, mesmo acordando algumas vezes de madrugada.

        Comecei a fazer academia, mas mesmo assim não consigo dormir direito sem o remédio. Eu tinha tido esses sintomas em 2010, na época tomei fluoxetina por uns 6 meses e depois parei e fiquei bom, mas já faz uns dois anos que sinto alguns sintomas de vez em quando, como falta de ar e preocupação excessiva, inclusive acho que tive dois ataques de pânico no ônibus (falta de ar, formigamento nos braços e um medo absurdo de morrer). Depois isso passou e nunca mais senti nada até o meio desse ano quando tive os piores sintomas, como dor no peito e aperto, falta de ar, pensamentos negativos, medo de alguém da minha família morrer ou eu mesmo morrer.

        Acho que tive uma crise existencial, me perguntando o sentido da vida e por que estamos aqui. Depois disso fiquei com um pensamento constante e obsessivo sobre a morte, medo da morte e do processo. Todo o dia penso nisso e isso que tem me dado crises e falta de sono, não consigo tirar isso da cabeça. Tenho uma vida boa, 41 anos, uma esposa amada e um filho de 7 anos maravilhoso, mesmo assim não consigo me concentrar neles e no meu presente, preocupando-me somente com isso que está me causando um medo excessivo e não me deixa viver minha vida com plenitude como antes. Faço minhas coisas normalmente, mas mesmo assim fico com esse pensamento na minha cabeça.
        Obrigado pelo espaço para desabafar.

        Abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Soares

          As doenças mentais estão presentes em todo o mundo e vêm sendo uma preocupação constante da indústria farmacêutica (também visando o ganho financeiro). Novos antidepressivos estão sendo jogados no mercado a cada dia, a fim de possibilitar aos doentes melhor qualidade de vida. Não resta dúvida de que precisamos tratar os descontroles de nosso cérebro, pois retardar a busca por ajuda médica somente nos traz sofrimento, ainda que a fase inicial do tratamento seja bem difícil, mas é possível de ser vencida desde que a pessoa tenha como meta ser POP (paciente, otimista e persiste).

          É sabido que o uso de antidepressivo nem sempre traz os mesmos efeitos adversos na fase inicial. Tomando por base o oxalato de escitalopram, medicamento do qual fará uso, algumas pessoas sentem muita fome com ele, outras ficam inapetentes, alguns dormem muito e outros passam a sofrer de insônia. Eu também passei por insônia e inapetência na fase inicial, mas agora tenho o meu organismo normalizado. É comum, quando o paciente passa a ter insônia, o médico passar o medicamento para ser tomado de manhã. Poderá ver isso com seu médico. Caso seja difícil contatá-lo, você poderá fazer a mudança, mas veja bem:

          1- Se já começou a tomar o medicamento, pule um dia sem tomar, e passe a tomar de manhã, após o café. O fato de pular um dia é para não haver super dosagem.
          2- Se ainda não iniciou o tratamento, comece a tomá-lo de manhã, após o café.
          3- Na próxima consulta, peça a seu médico para lhe receitar melatonina (um dos hormônios do sono). Mande manipulá-la para um período de seis meses, pois fica bem mais barata em razão da quantidade.
          4- Na fase inicial do tratamento evite o uso de café, chocolate, refrigerantes cola, etc. Tome chá de camomila pelo menos três xícaras ao dia.
          5- Antes de dormir tome um banho tépido e depois um copo de leite morno.

          Os sintomas ruins, assim como os pensamentos negativos que o acometem fazem parte de seu transtorno. Eles desaparecerão assim que o medicamento começar a fazer efeito. Fique tranquilo. Ao ler os comentários poderá ver que não é o único a passar por isso. O importante é levar a sério a medicação, só parando com o consentimento médico. Saiba também que o antidepressivo não faz milagres sozinho, sendo muito importante mudanças profundas em sua vida. Também já passei por tudo isso, principalmente quanto aos pensamentos negativos. Fiz um trabalho de racionalização e compreensão de minha vida, dando destaque aos pontos positivos, mudando o foco de meus pensamentos sempre que os negativos apareciam. Veja o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Exercícios físicos também são de suma importância. Saiba também esperar pelas mudanças. Nada acontece da noite para o dia. Preencha sua vida com coisas boas e não permita que o medo doentio trace os caminhos de sua vida. Como? Fazendo o tratamento e preenchendo o espaço de seu dia com coisas boas. Não deixe de ler os textos que lhe enviei no e-mail.

          Amiguinho, você não se encontra só. Venha aqui quantas vezes quiser.

          Abraços,

          Lu

  71. Aline

    Lu,

    Cheguei no site por acaso, pesquisando sobre esse terror que estou vivendo. Há umas 3 semanas comecei a sentir falta de ar, sufoco e desrealização. Era a síndrome do pânico voltando depois de anos. Desde então não consigo me alimentar, perdi 7 quilos, estou bem debilitada, passei por diversas emergências, tomei reconter, mirtazapina, mas o psiquiatra que me acompanha agora me passou o Deller 50 mg.

    Estão sendo dias terríveis, sensação de estar fora do corpo, cansaço, desespero, angústia, ansiedade para que tudo volte ao normal. Estou há 9 dias tomando o Deller e no auge desses efeitos sinto vontade de desistir, mas algo me diz pra persistir. Preciso de força pra seguir em frente. Será que consigo?

    Que bela atitude a sua ao nos dar uma palavra de conforto nestes momentos difíceis.

    Um beijo!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Aline

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, sei que não é fácil conviver com a SP (Síndrome do Pânico). O melhor é saber que você procurou ajuda médica e está sendo medicada. Agora é preciso ter paciência nessa fase inicial, sem dúvida alguma a mais difícil, quando o medicamento faz surgir os transtornos adversos ou reforça os sintomas já existentes. Normalmente essa fase dura cerca de três semanas, tempo necessário para que o organismo passe a receber bem a nova substância. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente), pois dias bem melhores encontram-se a caminho.

      Aline, as sensações a que se refere fazem parte dos transtornos adversos, mas lembre-se de que elas são passageiras. Desistir da medicação é preparar-se para sofrer mais ainda com o transtorno do pânico que passa a ser cada vez mais constante, com crises ainda mais severas. A saída mais rápida é a medicação e, se necessário, o acompanhamento psicoterápico indicado por seu médico. No momento você se encontra no olho das crises, pois toma o antidepressivo há um pouco mais de uma semana. Isso acontece com quase todas as pessoas que dão início ao tratamento, mas nada que não consiga ser transposto, como mostram os comentários.

      Lindinha, saiba que terá toda a nossa força para prosseguir em frente, pois somos todos guerreiros em luta contra os transtornos mentais. Logo estará comentando que se sente bem melhor. Continue vindo a este espaço, falando sobre a evolução de seu tratamento. Não se sinta só!

      Beijos,

      Lu

      1. Aline

        Lu, muito obrigada!
        Espero em breve estar aqui falando da minha melhora, se Deus quiser 🙂

        Beijo

        1. LuDiasBH Autor do post

          Aline

          Tenho a certeza de que logo isso acontecerá.

          Abraços,

          Lu

  72. Wellington

    Lu

    Estou aqui para desabafar. Eu sinto que estou melhorando com o Exudus, mas minha cabeça continua estranha, como se estivesse pesada, como se eu estivesse tonto, mas não estou… estou preocupado porque esse sintoma ainda não passou. Hoje vindo ao trabalho, criei coragem e vim a pé, mas senti dores no peito durante a caminhada. Isso me dá medo. Além disso, tenho dores e fraqueza nas pernas e braços, acho que por causa da estatina (remédio de colesterol).

    Você tem algum conselho? Ainda continuo POP, mas esses sintomas físicos me preocupam muito. Hoje é o 38º dia de Exodus.

    Um beijo grande para você e obrigado por tudo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wellington

      Como já disse anteriormente, o antidepressivo pode levar até três meses para mostrar toda a sua eficiência. O importante é que você continua sentindo melhoras. Através dos exames feitos você já viu que não tem nenhum problema cardíaco. Fique tranquilo, pois nossa mente costuma nos pregar peças, sendo o medo o maior inimigo nesta nossa caminhada. É preciso libertar-se dele. Eu lhe passei a receita do remédio caseiro para colesterol? Veja no YouTube “vinagre de maçã para combater o colesterol”.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Wellington

        Obrigado, Lu pela, ajuda. Eu estou seguindo em frente, vou tirar essas coisas da cabeça. Vou conversar com a minha médica a respeito também. A psicóloga está me ajudando também. Ela está me ensinando algumas técnicas, como a EPR. Vamos em frente!

        Grande abraço,

        Wellington

        1. LuDiasBH Autor do post

          Wellington

          É isso mesmo, meu amiguinho! Trabalhar nossos pensamentos é o caminho mais acertado.

          Abraços,

          Lu

    2. Vanusa

      Oi, Wellington!

      Também estou há cerca de 40 dias com o Escitalopram. Estou sentindo melhoras e as pessoas em volta de mim também perceberam que estou diferente. Comecei a planejar as férias, tenho ido ao shopping e retomei o mestrado. Tive também momentos de felicidade, sentimento que não sentia há meses (também fui diagnosticada com depressão moderada). Mas, eventualmente oscilo e começo a ficar com medos, pensamentos ruins e sentir falta de ar. Ainda assim, eu me animo em saber que a melhora é progressiva e que o remédio ainda tem tempo à frente para fazer mais efeito.

      Você tem conversado com o seu médico sobre esses sintomas? O meu médico disse que vai reavaliar se precisarei aumentar a dose depois de 6 semanas. Ele pesquisa farmacogenética e também me pediu um exame genético chamado MTHFR para avaliar algumas mutações para ver se preciso de doses de methilfolato, complementar ao remédio (essa substância tem um papel importante para a psiquiatria). Comecei a TCC, estou indo pra segunda sessão essa semana. Eu te conto os resultados!

      Mantenha a força amigo. Apesar de eu ainda não estar vendo unicórnios coloridos (rsrs) e ter voltado a ser como eu era antes, estou bem mais feliz do que estava há 6 meses atrás, quando tudo começou, porque agora vejo luz no fundo do túnel e estou confiante de que vou melhorar ainda mais. Pensa no quanto você melhorou nesses últimos 40 dias e como ficará bem se continuar se esforçando e melhorando nos próximos 40 dias!

      Abraço,

      Vanusa

  73. Wellington Autor do post

    Vanusa

    Fico muito feliz que esteja melhorando aos poucos e está sendo POP. Essa nossa saga é bem extensa e já somos grandes guerreiros por isso. Eu estou finalizando a quarta semana agora e sinto, sim, uma grande melhora comparada com a primeira e segunda semanas (Deus me livre!).

    Eu estou fazendo TCC com uma ótima psicóloga e recomendo muito se puder fazer também. Estou na quarta consulta e ela está me ensinando algumas coisas que preciso mudar na minha mente, além de investigar junto comigo a origem desses pensamentos ruins e o que os motiva além de ensinar alguns exercícios. Confesso que ainda tem uma nuvem escura na minha cabeça e que ela não para por um segundo… sou como ela disse “hiperfocado e hiperpensador”, mas com sua ajuda, com a da Lu, do Exodus e da psicóloga, vou vencer. Alias, todos nos aqui venceremos!

    Se eu puder ajudar com relação a minha TCC, só dizer. Vamos trocar experiência para nos enriquecermos juntos. Conte com minha ajuda também nessa saga para desvendar os “segredos” da nossa mente diferenciada.

    Um abraço

  74. Wellington

    Oi, querida Lu!

    Estou aqui para relatar mais um dia com o Exodus.

    Voltei a trabalhar e confesso que já queria arranjar um afastamento para ficar mais tempo e melhorar mais. De qualquer forma, resolvi ir mesmo com medo. Enfrentei até bem a semana e sobrevivi… rs. Em alguns momentos a preocupação vem, alguns sintomas ali, mas no geral foi uma boa semana. Alguns sintomas estão aqui ainda, mas não é toda hora e sinto que estou mais disposto. Posso citar a dor no peito, cansaço, uma estranha sensação na cabeça que não sei descrever direito (peso, meio aérea) e às vezes um leve formigamento/dor nas articulações e pernas e braços (acho que por causa do remédio do colesterol).

    Quero relatar que fui à psiquiatra ontem e conversei sobre esses efeitos que mesmo mais fracos, estão aqui ainda. Ela me disse que eu poderia mudar e tomar o remédio à noite ao invés da manhã ou fracionar em dois, ou seja, meio de manhã, meio à noite. Achei estranho essa menção de fracionar. O que você acha? Eu tenho medo de tomar à noite e atrapalhar o sono, já que estou voltando a dormir normalmente.E fracionar, acho que vai piorar os sintomas, pois estou colocando remédio duas vezes no meu corpo por dia.

    Um grande abraço!

    Wellington

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wellington

      É muito bom saber que você voltou a trabalhar, tendo passado uma semana relativamente tranquila. Temos que seguir em frente, sem deixar que os transtornos mentais paralisem-nos, caso contrário acabarão por nos encarcerar. O fato de enfrentar os afazeres diários contribui para fortalecer a nossa autoestima e confiança.

      Fracionar o medicamento, pode ser indicado, sim, sem problema algum. Se está dormindo bem, deveria continuar como está. Muitas pessoas tomam o antidepressivo de manhã porque ele pode afetar o sono à noite (para mais ou para menos). Aquelas que tomam de manhã e ficam muito sonolentas durante o dia, são aconselhadas a tomarem à noite. Quando se faz a mudança de horário, deve-se ficar um dia sem tomar o medicamento, para não incorrer numa super dosagem.

      Abraços,

      Lu

  75. Ligia

    Lu!

    Hoje faz seis dias que aumentei a dose de Fluxetina de 20 para 40 mg. Essa madrugada passei muito mal! Achei que meu coração fosse sair pela boca de tão acelerado que ficou! Tive uma crise de ansiedade muito forte! Estou tendo também pontadas na cabeça que vem do nada! Lu, me ajude Lu! Até quando vai durar isso?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Como já disse, é normal que ao aumentar a dosagem do antidepressivo, a pessoa sinta os efeitos adversos que teve no início do tratamento, pois o organismo está passando por uma nova readaptação. Portanto, não se apavore com a crise de ansiedade que sentiu, pois logo tudo isso passará. É preciso ter paciência, ser POP e continuar o tratamento. As pessoas otimistas sentem os resultados positivos mais rapidamente. Não deixe de ler os textos explicativos do blogue, pois informação é poder.

      Beijos,

      Lu

  76. Ligia

    Oi, Lu!

    Fui ontem ao meu médico e ele aumentou a Fluxetina de 20 para 40 mg! Estou com medo de tomar, principalmente por causa da piora da ansiedade nos primeiros dias! Ele aumentou porque ainda continuo com muitos sintomas de ansiedade.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Não há motivo para ter medo. A dosagem é aumentada quando o psiquiatra vê necessidade. Ainda que haja uma piora nos primeiros dias da mudança, isso logo passará. O importante é que a melhora seja permanente, uma vez que a dosagem de 20 mg está sendo insuficiente. Coragem, amiguinha, pois afinal é uma grande guerreira POP. Dê logo início à nova prescrição médica.

      Beijos,

      Lu

  77. José Airton

    Lu, parabéns por ajudar tanta gente!

    Eu passei por todo esse perrengue de mudança de antidepressivo e a suspensão abrupta de seu uso. Foi um processo de muito sofrimento, meu médico prescreveu a venlafaxina de 75 e com uma depressão muito severa não acreditava na melhora, mas passados cerca de 35 dias de uso já me sinto bem melhor, mas estou com dificuldade pra estabelecer uma nova rotina de vida. Fico ainda entediado nos finais de semana. Será que esta dificuldade é por que ainda estou com sintomas da depressão? Tenho 48 anos e me sinto meio perdido.

    1. LuDiasBH Autor do post

      José Airton

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, como você já deve saber, todo antidepressivo provoca efeitos adversos no início do tratamento, pois o nosso organismo rejeita a substância estranha. Contudo, depois de um tempo, medicamento e corpo passam a se dar muito bem e, quando o primeiro falta abruptamente, o corpo ressente. Por isso, é sempre necessário o desmame. A Venlafaxina vem sendo usada por muitos frequentadores deste espaço com muito sucesso.

      É normal o fato de você ainda se sentir meio entediado, pois seu tratamento ainda é relativamente novo. Há pessoas que só têm uma resposta completa após três meses. O importante é que vá devagar, acompanhando o ritmo de seu corpo. Não deixe de praticar algum exercício (caminhada, por exemplo, o que o ajudará muito. Não há porque se sentir perdido em meio a tantas pessoas que convivem com o seu mesmo transtorno em todo o mundo. O modo como olhamos a vida é importante para o nosso tratamento. Os otimistas obtêm resultados mais rápidos. Mude o seu foco. Viva apenas um dia de cada vez e conte sempre conosco.

      Abraços,

      Lu

  78. Wellington

    Lu e amigos,

    Cá estou eu para contar mais uma parte da minha saga com o Exudos. Hoje é o 17º dia de 10 mg. Posso dizer que melhorei mais um pouco. Alguns sintomas estão mais fracos, como as dores no peito e a queimação. Outra coisa que melhorou foi a “gravidade”, parece que agora ando normalmente, sem sentir aquela sensação estranha. Ainda tenho o cansaço, não está tão forte, mas está aqui ainda. Os pensamentos de que vou morrer diminuíram, mas ainda ficam quando aparecem sintomas físicos dor no peito, queimação). Minha pressão arterial também está melhor graças a Deus.

    O que fica ainda é o zumbido estranho no ouvido direito, não é perceptível durante o dia, mas à noite é bem chato. Outra coisa que acontece, algumas vezes, é uma fome absurda com fraqueza e calor no corpo, eu tenho que comer alguma coisa para ficar melhor.

    Bom, por enquanto é isso que tenho para relatar, sinto-me “melhor”, mas ainda não totalmente. Espero que fiquemos todos bem o quanto antes.

    Um forte abraço para você, Lu, e também para a Vanusa. Vocês são seres iluminados.

    Wellington

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wellington

      É muito bom saber que você já começa a ver luz no fim do túnel. Ainda que não totais, as melhoras são bem acentuadas, o que é uma excelente notícia. Esses pensamentos ruins não tardarão a desaparecer, também. Mas lembre-se de que você também tem que fazer a sua parte, pois o antidepressivo sozinho não realiza milagres. A conscientização de que tais sintomas não são fatores de perigo é o primeiro passo. Somente você poderá mudar o rumo de seus pensamentos, sempre que necessário.

      Quero lhe dar os parabéns por sua luta e coragem. Você é realmente um guerreiro POP! Continue sempre assim, amiguinho.

      Abraços,

      Lu

    2. Vanusa

      Wellington

      Estamos aqui para nos ajudar. Como você está se sentindo nesta semana?

      Abraço!

      1. Wellington

        Oi, Vanusa!

        Voltei hoje a trabalhar. Ainda sinto algumas coisas:

        – Cansaço (está menos forte)
        – Dor no peito (não sempre, mas de vez em quando me dá medo)
        – Cabeça estranha, como se eu fosse zumbi, sei lá. Parece pesada eu fico lento.
        – Minha pressão está mais controlada.

        No geral, eu me sinto melhor. Sinto uns desânimos e fico checando meu corpo o tempo todo para ver os sintomas. É o 24º dia do Exodus 10 mg. Não vejo a hora de me sentir 100%. Sem dores e essas sensações estranhas. Por favor, me fale como você está também 🙂

        Continuemos POP!

        Um abraço para você e a Lu que estão me ajudando tanto,

        Wellington

        1. Vanusa

          Wellinton

          Estou no 24º dia de escitalopram 10mg, e ainda tenho alguns sintomas também, como cansaço, tontura e falta de ar, mas estão mais fracos. Estou feliz que voltou ao trabalho. Recomeçar para mim foi difícil após a licença de 15 dias, mas logo já peguei o ritmo de novo. Eu tive essa sensação de lesera, lentidão, cabeça pesada, mas foi passando com os dias.

          Eu também fico checando o meu corpo para ver os sintomas físicos! Isso é próprio do nosso quadro, de não conseguirmos desviar o pensamento para outra coisa. Mas assim que atingirmos o equilíbrio vai resolver. Por isso, não podemos parar o tratamento de forma alguma.

          Queria compartilhar que ontem eu tive consulta com meu psiquiatra (maravilhoso) e ele me animou MUITO acerca do tratamento. Lógico que às vezes ficamos receosos de não dar certo. Eu estava com medo de precisar trocar o remédio e voltar pra fase de adaptação. Mas ele disse que o escitalopram melhora a maioria das pessoas e que se eu não ficar bem, ainda temos a possibilidade de fazer novos ajustes na dose. Ele me falou que até agora tudo que aconteceu comigo está dentro do esperado e que os benefícios começam a partir da terceira semana, mas que precisamos esperar até a sexta semana para conseguirmos avaliar, porque o remédio ainda vai fazer efeito. Ele notou que estou um pouco melhor e tem certeza que vou me recuperar. E me indicou para fazer a TCC (Terapia Cognitivo Comportamental). Eu já faço terapia há 5 anos, mas com a linha da psicanálise. Eu não vou parar a psicanálise, porque também é importante, mas vou adicionar a TCC por alguns meses para ajudar. Ele disse que a TCC ajuda muito quem está com pânico e ansiedade, porque dá ferramentas para você conseguir lidar com as crises.

          Abraço pra você e para o nosso anjo que é a Lu!

          Vanusa

        2. Well

          Olá, Wellington!

          Eu também postei um comentário sobre a minha situação. Quanto aos zumbidos, também os tenho. Essa agonia começou por isso, tonturas e zumbidos, razão pela qual me apavorei no início, procurando todos os médicos até chegar a um psiquiatra. Eu estou tomando PAROXETINA, já fiz meu relato sobre a medicação. Boa sorte!

  79. Maria Claudia

    Oi, Lu! Passando para dar notícias.

    Não são muito boas, mas não tenebrosas. Nada com que eu já não esteja familiarizada, que eu desconheça, mas que me deixa cansada.

    Eu estava razoavelmente bem com a Venlafaxina, mas agora que me conheço melhor, sinto o efeito indo embora e os dias de tormenta retornando. Uma montanha russa nada agradável das minhas emoções, dos meus sentimentos. Venho alternando tristeza profunda, apatia, desânimo, picos de euforia, de ódio do mundo, de vontade de amar as pessoas, vontade de exterminar metade da humanidade e daí por diante.

    Nos dias de tristeza sinto como se uma sombra me envolvesse. Eu choro aquele choro de soluçar, que nem criança. Do nariz ficar inchado e vermelho e os olhos arderem. As pessoas notam, a cidade é pequena, e muitas vezes escuto de comerciantes conhecidos: você está com uma carinha de cansada. E é o suficiente pra que eu precise segurar as lágrimas e não desabar na frente de um estranho conhecido, me agarrar a ele e chorar todas minhas dores e mágoas.

    Quando vem a euforia, que não dura muito, consigo fazer várias coisas. O que acontece também é que estou sobrecarregada demais, a frente de tudo em casa, absolutamente tudo. Não tenho tempo pra mim. Aliás até teria se não fosse o maldito vício em redes sociais. Ainda mais em época de eleições.

    Estou anti-social. Não quero conhecer gente nova, não quero conversa, se vejo algum amigo na rua desvio o caminho. Tenho me isolado mesmo. Sinto preguiça de sair, de conversar, de conhecer alguém. Irrita-me pensar nisso.Tenho sentido dores no corpo, na coluna, durmo com a dor e acordo com ela.

    Meu médico é só dia 03/10, estava sem grana pra consulta e tive que adiar. Eu podia resumir em cansaço, estresse, mas sei que é bem mais que isso… Sem falar na TAG que me acompanha na tristeza e na alegria. Vou aguardar sua resposta, porque você sempre faz com que eu me sinta melhor.

    Beijo grande!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Claudia

      Pelos comentários e e-mails que tenho recebido, acho que metade do país está passando por isso. Vivemos uma época amargurada, tentando sobreviver no caótico mundo das sombras que pairam sobre o Brasil. Eu deveria dar-lhe um suporte emocional, mas devo lhe dizer que ando no mesmo barco, vivenciando altos e baixos. Sei que precisamos ser POPs para alcançar a outra margem deste turbulento rio. A esperança e a bondade haverão de vencer, sempre!

      Amiguinha, parte do que você anda sentindo é efeito do período turbulento que ora vivemos. As emoções acabam explodindo em desesperanças, choros, incertezas, desencantos, indignações… A gente já nem sabe mais o que é transtorno mental e estresse. Virou tudo um mingau amargo. Mas, como bem disse o amado Chico Xavier: Tudo passa!

      Um beijo em seu coração,

      Lu

  80. Wellington

    Lu e pessoal

    Estou aqui de novo. Esqueci de falar que tomo também Vytorin pra colesterol. Será que os efeitos são devido a eu tomar os dois remédios? A minha psicóloga disse que não… Mas agora pensando. Quase não dormi essa noite… Afff…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wellington

      Sua psicóloga está correta. Muita gente toma remédio para colesterol e antidepressivo. Fique tranquilo. Quanto ao colesterol, estou seguindo uma receitinha dada na tevê por um entrevistado (acho que era médico): Um litro e meio de água, meia garrafa de vinagre de maçã e três colheres de mel. Misturar e colocar na geladeira. Tomar 50 mg meia hora antes do almoço e do jantar. Ainda não fiz exame para ver o resultado.

      Abraços,

      Lu

      1. Wellington

        Lu

        Pode me responder quando fazer exame para ver se diminuiu o colesterol? Acho que seria legal eu seguir essa dieta ao invés de remédios. Vou falar com meu cardiologista também.

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Wellington

          Estou tomando o “remédio” há mais de um mês, mas não sei se realmente está fazendo efeito. Em novembro irei fazer exames para comprovar, pois não sei qual é a credibilidade da receita. Foi lançada em livro na tevê, mas não me lembro mais quem foi o autor. Você não deve parar com o remédio do cardiologista. Poderá usar esse junto, pois não tem nada que prejudique (vinagre de maçã, mel e água).

          Encontrei a fonte. Assista ao vídeo:

          https://www.youtube.com/watch?v=fDuaFPmN94U

          Abraços,

          Lu

  81. Ligia

    Lu!

    Aqueles pensamentos de morte e desespero passaram na semana passada… Mas voltaram com tudo nessa última sexta feira. E continuam até agora! Por que será, Lu? Será que a dose de Fluxetina está baixa ou será que é ela que esta me causando isso? Ja não tomo mais o bca e nem frontal.

    Ajude-me, Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Esses altos e baixos do tratamento são normais, até que nosso organismo possa obter um progresso continuado. Como não há um exame que se possa fazer para saber qual caminho seguir, o tratamento vai sendo feito através de experiências com medicamentos e dosagens. Esta fase exige muita paciência por parte da vítima dos transtornos. Somente seu médico, conversando com você, poderá avaliar quais são as causas. O que se precisa ter mesmo é paciência e otimismo, pois nenhum medicamento age sozinho sem a ajuda da pessoa. É essencial uma interação ativa entre o comportamento do paciente e o medicamento, sendo que um ajuda o outro. Veja o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA e compreenderá melhor o que lhe digo. Veja também os filmes que cito na última postagem que fiz no blogue. Comece por TOC TOC que se encontra na Netflix ou no YouTube. Preencha sua mente com coisas diferentes, mude seu fluxo, busque alimentar pensamentos positivos.

      Volte a dar-me notícias.

      Beijos,

      Lu

  82. Vandisa

    Lu

    Que bom encontrar esse cantinho… gratidão!

    Lendo os comentários, comecei a ter coragem pra tomar o remédio.Tomo Fluoxetina há quase dois anos e desde o mês passado piorei da ansiedade e pânico. Mudei de médico e ele me passou o Oxalato de Escitalopram, disse pra eu parar com a Fluoxetina e já no dia seguinte iniciar com ele, mas ainda não tive coragem, pois pelo que li na bula e nas pesquisas, a parada deve ser gradual e ter uma pausa de 15 dias pra começar o outro. Até conversei com o psiquiatra, mas ele continuou falando pra fazer dessa forma. Não sei como vou fazer, tenho medo que além de ter os efeitos adversos também possa ter a síndrome da serotonina.

    Gostaria da sua ajuda!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vandisa

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Também já tomei a fluoxetina por muito tempo, mas meu organismo acostumou-se com o seu uso continuado. Isso é normal, devendo então haver a mudança para outro medicamento. Atualmente tomo oxalato de escitalopram com o qual tenho me dado muito bem.

      Amiguinha, os médicos não têm sidos unânimes quanto a aguardar ou não um tempo entre a fluoxetina e o oxalato de escitalopram. Alguns exigem e outros não. Muita gente aqui parte imediatamente de um para o outro medicamento. De qualquer forma o que manda é a prescrição do seu médico, pois toda a responsabilidade passa a ser dele. Se aguentar esperar os 15 dias, aja assim, se não, confie nele e siga avante. Faça aquilo que lhe passar mais segurança.

      Continue em contato conosco.

      Abraços,

      Lu

      1. Vandisa

        Lu!
        Muito obrigada pela atenção!Sempre me senti muito sozinha em relação ao meu transtorno e com muitas dúvidas e perguntas. Poder compartilhar com alguém, além dos profissionais, é muito gratificante. Se Deus permitir, volto pra contar minha luta!

        Um beijo!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Vandisa

          Você aportou no cantinho certo, pois aqui formamos uma grande família. Não mais se sentirá sozinha. Volte sempre que sentir vontade. Jamais se sinta só.

          Beijos,

          Lu

  83. Wellington

    Lu e amigos

    Estou aqui novamente para relatar mais um pouco da minha saga com o Exodus. Hoje é o sétimo dia com 10 mg e estou bem estranho, sinto coisas assim (não necessariamente ao mesmo tempo):
    – Dores no centro do peito
    – Queimação no peito que vai para os dois braços
    – Um cansaço que Deus me livre. Só para se ter uma ideia. Para limpar minha casa, apenas varrer foi absurdo de cansativo. Não transpirei nem nada. Mas é um cansaço que tive que parar no intervalo de uma tarefa para outra
    – Essa noite começou um zumbido novo no meu ouvido. Muito estranho.
    – Acordei com as pernas e braços dormentes. Acho que devido à posição, não necessariamente o remédio
    – Peso na cabeça
    – Dores de cabeça
    – Cabeça estranha. Pesada
    – Sensação estranha quando ando. É como se a gravidade ficasse mais forte.

    O engraçado é que quando terminei as tarefas, eu me senti melhor um pouco. Talvez porque eu tenha esquecido um pouco o problema. Ainda fico pensando que vou morrer, que tenho um problema. Mas tenho que ser POP não é? Não posso me entregar. Mas confesso que penso em largar o remédio.

    A coisa boa é que a ansiedade parece ter diminuído um pouco já. Comecei com uma psicóloga para tentar ajudar no meu tratamento. Farei a tal terapia cognitiva comportamental. Espero que ajude.

    Lu está muito difícil. Muito mesmo. Consegui férias do trabalho. Mas só fico em casa pensando. Tenho medo de sair, pois as dores me incomodam… Que fase! Mas vamos lá, serei POP. Continuarei voltando aqui para contar minha saga.

    Abraços,

    Wellington

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wellington

      O início do tratamento está judiando com você, não é meu amiguinho? A Ciência ainda não sabe explicar o porquê de alguns organismos reagirem melhor ao antidepressivo quanto aos efeitos adversos em algumas pessoas, e simplesmente levar outras a um sofrimento que parece não ter fim. Não sou poucos os que aqui chegam como você, mas o bom é que, depois de tanto sofrimento, a luz acaba surgindo no final do túnel. E, como diz um conceituado escritor, também vitimado por transtornos mentais, esses são doenças de guerreiros. E como somos!

      Como já lhe disse, Wellington, você se encontra ainda no olho do furacão que está prestes a deixá-lo no chão. É necessário mais um pouco de paciência para superar o tempo que falta (cerca de duas semanas). Sempre que a dosagem é aumentada, deve-se contar o tempo imediatamente após.

      Você escreveu algo que me surpreendeu muito: “O engraçado é que quando terminei as tarefas, eu me senti melhor um pouco. Talvez porque eu tenha esquecido um pouco o problema”.

      Ainda que inconscientemente, você descobriu o pulo do gato, ou seja, nós precisamos ajudar o antidepressivo a nos ajudar. É isso mesmo! Ao desviar sua atenção para as tarefas, sua mente viu-se livre dos pensamentos ruins e teve um pequeno descanso. Devemos agir exatamente assim, trocando nossos pensamentos, interagindo com os afazeres, pessoas, animais e, sobretudo, acreditando no poder regenerador de nosso corpo. Quanto mais curvarmos nossa cabeça, mais frágil ela se torna. Daí a necessidade de continuar POP, principalmente quando as dificuldades parecem ainda maiores.

      Não pare a medicação por conta própria. Isso somente o fará retroceder, tendo que voltar a ela com crises mais fortes, dando início a todo o tormento da fase inicial. Converse com seu médico. A terapia cognitiva comportamental irá ajudá-lo muito (já escrevi sobre ela aqui neste espaço).

      Wellington, você pode até não perceber, mas já sinto que está melhor. O encadeamento de seu comentário, a clareza, o modo como se expressou e pôs para fora seus medos e emoções, deixou evidente para mim que se encontra bem melhor da ansiedade. Avante, meu amiguinho! Você está junto com muitos amigos nesta caminhada. Não se sinta só.

      Gostaria que relesse os textos (procure na parte de pesquisa do blogue) OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA e também INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. Há também uma postagem nova (na primeira página) sobre filmes que falam sobre transtornos mentais. Veja inicialmente TOC TOC (Netflix e Google) e depois me diga o que achou.

      Tudo irá passar, meu amiguinho! Fique tranquilo! Não tardará a superar tudo isso e sentir como a vida possui mais valor ainda. Escreva-me sempre!

      Abraços,

      Lu

    2. Vanusa

      Wellington

      Fique tranquilo. Eu também estou no início do tratamento com Escitalopram e estou sentindo tudo isso que você relatou e algumas coisas a mais. Como meu organismo é muito sensível, eu fiquei com a dose de 5 mg por uns 20 dias e há 7 dias aumentei para 10 mg. Depois de uns 18 dias com a dose de 5 mg, os efeitos colaterais realmente começaram a melhorar. Eu fiquei de licença do trabalho durante esse período. Mas, o que me ajudou muito a dispersar os sintomas foi (mesmo estando afastada do trabalho) ter todo dia uma atividade que me ajudasse na recuperação da saúde e equilíbrio: caminhadas diárias ao ar livre, acupuntura, meditação, tomar chá com a minha mãe nos cafés aqui do bairro, ir à academia do prédio. Várias vezes eu fui andar ao ar livre empurrada pelo meu noivo, estando super zonza e com essa sensação estranha ao andar. E sempre voltava me sentindo melhor! Vamos continuar otimistas pela nossa recuperação, amigo.

      Abraços,

      Vanusa

      1. Wellington

        Vanusa

        Obrigado pelo seu depoimento.

        Estou tentando e acho que estou melhorando. O problema ainda é o cansaço, as dores e a queimação no peito. Você sente esse cansaço ainda quando faz suas atividades? Fico assustado com meu coração a mais de 100, apenas ficando em pé ou andando um pouco. Que fase ruim… não consigo tirar isso da cabeça.

        Abraços,

        Wellington

        1. Vanusa

          Wellington

          Sinto bastante cansaço e baixa energia principalmente na parte da manhã. Eu li em um comentário da querida Lu que alguns efeitos colaterais vão embora mais rápido e outros persistem um pouquinho mais. O importante é que a gente perceba que estamos melhorando progressivamente e nos mantenhamos POP. No meu caso, eu também tenho respeitado o meu corpo, sem forçar muito. Quando estou cansada eu faço uma pausa para descanso. Uma dica: eu já faço acompanhamento nutricional há um tempo, a dieta é importante para ajudar no cansaço. Se estiver com dificuldade em comer, faça sucos nutritivos (ex: cenoura com beterraba, couve, etc.). Eu também não como alimentos processados e refinados, eles pioram a nossa disposição.

          Beijos

          Vanusa

  84. Vanusa

    Lu!

    Eu agradeço imensamente a sua generosidade e a força que tem me dado neste início de tratamento!

    Conforme te informei, comecei com 5 gotas de lexapro. Na semana passada fui aumentando a dose e estou há 4 dias com 10 gotas. Hoje acordei com a cabeça meio vazia, esquecida, deprimida e com a sensação de respiração fraca. Isso é normal na readaptação da dose aumentada, certo?

    Uma dúvida que eu tenho é como a gente sente que o remédio fez efeito? Sempre leio nos depoimentos que as pessoas passaram a se sentir bem e ter suas vidas normais (meu sonho atualmente), mas fico na dúvida como vai acontecer e se vai acontecer comigo. Às vezes sinto como se não fosse dar certo comigo e que nunca mais vou voltar ao normal.

    Um grande abraço, querida!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanusa

      Ao que me parece você chegou na dosagem que seu médico quer: 10 gotas. Se assim for, passe a contar a partir do dia em que começou a tomar tal dosagem. Se a toma há quatro dias, deverá começar a livrar-se dos efeitos adversos daqui a duas semanas e meia, mais ou menos. Eles irão enfraquecendo até desaparecerem por completo. Portanto, ainda se encontra no olho do furacão, não se assuste com eles. Siga em frente, companheira! Força no manche!

      Você saberá quando o remédio fizer efeito, a começar pela ausência dos transtornos adversos e com o aumento de sua disposição. É claro que irá acontecer com você, amiguinha, a menos que seja uma “robozinha”… risos. Sou eu agora quem quer saber o que estará sentindo quando estiver bem. Fica me devendo essa!

      Um grande beijo,

      Lu

      1. Vanusa

        Querida Lu,

        Vim relatar o meu progresso no tratamento. Estou há 16 dias com 10 mg do escitalopram. Na semana passada, meu noivo, familiares e colegas de trabalho notaram minha melhora. Comecei a ter pouquíssimos efeitos colaterais do medicamento e a me sentir mais disposta. Consegui trabalhar bem no desenvolvimento dos meus projetos assim como fazia antes. Comecei também a ter pensamentos diferentes daqueles que a TAG gera: a pensar nas próximas férias, consegui ir ao shopping e quis sair para jantar com meu noivo (coisa que não fazia há meses). Apesar da disposição, senti alguns momentos de euforia um pouco estranhas, risos
        Como você sempre diz, é como se fosse uma luz no fundo do túnel!

        Esta semana tive uma recaída. Não sei se o fato de eu menstruar pode ter contribuído para isso. Ontem comecei a sentir novamente a sensação que a respiração ia sumir, a ficar um pouco mais abatida e com pensamentos ruins. Sei que o tratamento está muito no início ainda e que essas oscilações devem ser normais. Então, vou continuar POP e volto aqui para te dar notícias.

        Grande beijo!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Vanusa

          Sinto-me muito alegre com as suas boas notícias. Parabéns, guerreirinha!

          Amiguinha, como digo sempre, a vida de todo ser humano é um lidar constante com altos e baixos. Isso faz parte da natureza humana. Nem é preciso ter transtornos mentais para entrar neste ciclo. A existência de cada um de nós é assim e ponto final. O que podemos escolher é como lidar com os baixos. Isso, sim, faz toda a diferença. Nenhum antidepressivo é milagroso. Metade do tratamento cabe a nós, aprendendo, sobretudo, a ser tolerantes com nós mesmos e com os que nos rodeiam. O modo como direcionamos nossa vida, muitas vezes mudando pontos de vista e, sempre, buscando viver um dia de cada vez, é a outra parte de nosso tratamento.

          O período menstrual afeta toda mulher, pois descarrega em seu corpo muito hormônio. É fato que ele contribuiu para o seu estado emocional. Como já lhe disse, racionalize sempre que sentir a respiração sumir. Lembre-se que isso não está acontecendo de fato, mas apenas no seu pensamento. Enfrente com coragem, não deixe que o “medo” direcione sua vida. Tome você as próprias rédeas. Certa vez fui à Gruta de Maquiné (MG) e tive medo de entrar (claustrofobia), mas ao ver uma garotinha de seis anos entrando na maior felicidade, usei aquilo para dar a volta por cima. Foi tudo maravilhoso!

          Leia o texto: OS DESAFIOS IMPEDEM A ESTAGNAÇÃO

          Um grande abraço,

          Lu

  85. Wellington

    Lu e amigos

    Estou voltando para dizer que estou no terceiro dia com 10 mg do Exodus. E está bem difícil. Aquela sensação de ansiedade está mais fraca, mas as dores no peito e um cansaço absurdo estão aqui, não dá para explicar. Além disso, eu me sinto estranho… lento. Estou escrevendo do trabalho e está muito difícil me concentrar. Estou pensando seriamente em pedir férias e ficar em casa nesse período.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wellington

      Agora que a sua dosagem foi aumentada, a tendência é equilibrar seu organismo. É normal que ainda continue sentindo os efeitos adversos, pois ainda se encontra na fase inicial do tratamento. Eles irão diminuindo até desaparecerem por completo. Seja POP! Se as dores no peito não diminuírem, aconselho-o a procurar seu médico para avaliar seu quadro e, se necessário, mudar a medicação.

      Amiguinho, caso tenha tempo para tirar férias, seria muito bom passar essa fase inicial em casa, até ter seu organismo normalizado. Se não tem, tente pegar quinze dias de licença, se tiver certeza de que isso não irá prejudicá-lo, pois emprego neste país enlouquecido é ouro e não se pode perder o que se tem.

      Abraços,

      Lu

  86. Ligia

    Lu

    Posso dizer que estou 50% melhor do que da última vez que falei com você. Durante o dia ainda tenho vários pensamentos ruins, o que me dá até medo! Você acha que vai normalizar ainda?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Claro que sim! A sua melhora é uma prova disso. Continue POP (paciente, otimista e persistente) e logo estará muito bem e feliz. Mas não vá se esquecer deste cantinho.

      Beijos,

      Lu

  87. Wellington

    Olá, Lu e pessoal!

    Acompanho o blog já há bastante tempo e sou mais um neste mundo lutando contra esta doença que habita minha mente. Meu caso é com relação à ansiedade. Tenho muita ansiedade e ela é muito forte.

    Antes, eu fazia corrida e academia. Tinha uma vida saudável. Até que um dia na academia eu, fazendo um exercício tranquilamente, meu coração começou a acelerar, minha vista embaçou, minhas pernas e mãos ficaram dormentes. Entrei em desespero. Fui ao PS e lá fizeram eletrocardiograma e aquelas coisas mais. Desde então a ansiedade toma conta de mim. O meu problema é a dor no peito que não passa, fico o tempo todo com ela.

    Comecei a tomar Exodus, mas sinto meu peito arder/queimar e minha pressão sobe, chega a 16×9 (o pior é que ela está variando muito. Já fui ao cardiologista e fiz todo tipo de exame e tudo dá normal. Mas a minha cabecinha não desliga, fico o tempo todo pensando que vou morrer, ter um infarto. Fui até ao PS hoje e fiz um eletrocardiograma e não deu nada. Estou aqui em casa, triste, com o ardor no peito, pressão alterada. Não sei o que faço mais, é muito triste, dificil. Por favor, alguém aqui teve esse “ardor/queimação” no peito tomando o Exodus… é “esperado” esse efeito?

    Obrigado, Lu, pelo espaço que nos concede e continue sendo essa pessoa muito legal e otimista.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wellingtono

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Meu amiguinho, conviver com o transtorno da ansiedade não é fácil, pois quanto maior é a ansiedade, mais sofridos serão sintomas. Ainda que seja difícil, após haver feito um monte de exames e ter concluído que os resultados foram normais, você precisa trabalhar com a racionalização, para que não fique correndo para o PS desnecessariamente. Isso só o fará sofrer mais ainda. Procure se acalmar e reconhecer que tudo é criado pela doença.

      Wellington, o que lhe aconteceu na academia foi uma crise de pânico. Ela chega assim mesmo, sem mandar nenhum aviso. Imagino que tenha procurado ajuda médica logo a seguir, pois, se não controlado, o Transtorno do Pânico tende a ter crises cada vez mais agudas.

      O fato de você ainda continuar em crise, após ter passado o período inicial do tratamento (cerca de duas a três semanas), leva-me a crer que a dosagem encontra-se muito baixa. Penso que seja necessária a volta ao psiquiatra para que ele a avalie, pois a função do antidepressivo é oferecer-nos qualidade de vida. Não são poucas as pessoas com o TAG que aqui vêm, mas elas conseguem controlá-lo com o medicamento. Você me disse que toma 5 mg, o que é uma dosagem muito baixa no seu caso. Assim que houver o controle dessa, tudo voltará ao normal.

      Amiguinho, todo antidepressivo apresenta efeitos colaterais que são mais fortes ou mais brandos de acordo com o organismo de cada pessoa. Você não me disse há quanto tempo toma o medicamento, mas se for há mais de um mês, sua pressão alterada e o ardor e queimação no peito podem ter a ver com o TAG que ainda não foi controlado. O retorno ao psiquiatra e a exposição dos sintomas fará com ele tenha mais pontos para fazer uma boa avaliação. Você diz que não sabe o que deve fazer, mas eu lhe digo: retorne ao psiquiatra, em vez ficar indo ao PS. Somente ele poderá interferir em seu tratamento. Ele avaliará se a dosagem está insuficiente, se deve aumentá-la ou mudar para outra medicação, ou até mesmo acrescentar uma segunda.

      Assim como você, eu tomo o oxalato de escitalopram (compro sempre o mais barato) há quase cinco anos. Eu me dou muito bem com ele. Nunca mais tive crise de pânico. E, se ela dá sinal, eu não ofereço resistência, desvio o meu pensamento e logo tudo passa. Quanto maior for a resistência, mais forte é a crise.

      Wellington, gostaria que fizesse outro comentário, contando-me há quanto tempo faz tratamento, a dosagem e a sua idade.

      Abraços,

      Lu

      1. Wellington

        Lu

        Como o mundo é um lugar maravilhoso, principalmente conhecendo pessoas como você que se dedicam e ajudam tantos como eu. Obrigado de verdade!

        Hoje, graças a Deus, eu não estou tão mal. O ardor está aqui, vai e volta, mas minha pressão parece estar normal. Tenho 32 anos e daqui a alguns dias farei 33. Escrevi um monte de coisa e esqueci o principal: hoje é o meu 5º dia de Exodus. A psiquiatra me disse para tomar 7 dias 5 mg para me acostumar e depois aumentar para 10 mg.

        Eu bem que tentava “controlar” sozinho a ansiedade, procurei tanta coisa na internet para me ajudar (foi assim que te encontrei), pois tinha medo dos remédio (eu li a bula… coisa de ansioso). Estou em busca de uma psicóloga para tentar me adaptar a tudo isso. Como disse, minha cabeça não desliga de jeito nenhum. Fico martelando o dia todo: se eu morrer, meu coração vai parar, será hoje meu último dia, e por aí vai. Acho que a psicóloga vai me ajudar. E os sintomas da minha ansiedade são sempre no peito, dói, arde, aperta, pesa… daí a cabeça fica a mil.

        Espero que o remédio me ajude e espero também que aprenda a ajustar minha cabeça para resolver isso…

        Obrigado mais uma vez e obrigado por ser tão iluminada.

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Wellington

          Agora está explicado, ou seja, você se encontra na fase inicial do tratamento quando os efeitos adversos aparecem, mas em torno de duas a três semanas, normalmente, eles desaparecem. Fique tranquilo. Muitos médicos iniciam o tratamento com uma dosagem menor e aumentam depois. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente) principalmente nesta fase. Logo estará bem. Irá passar seu aniversário bem tranquilo.

          Como já lhe disse, todo antidepressivo traz transtornos adversos. Saiba que as crises de pânico não causam risco de morte, embora sejam terríveis. Por isso, os exames dão todos negativos. Num dos links que lhe passei, o Prof. Hermógenes ensina-nos como passar por elas, eliminando o medo e a tensão. É preciso trabalhar sua mente para conseguir se desligar. O remédio ajuda 50%, mas a outra parte pertence ao doente, principalmente na fase inicial. Procure racionalizar, dizendo para si mesmo que tudo o que está sentindo é passageiro e logo estará bem.

          Wellington, saiba que você não irá morrer por isso, embora seja uma situação penosa. Seu coração não irá parar e tampouco será seu último dia de vida… risos. Ler a bula é mesmo aterrador. Todos sentem medo. Para melhor superar esta fase, mantenha contato com seu médico. Alguns profissionais costumam passar um ansiolítico para o doente superar os transtornos iniciais, quando muito fortes. Converse com seu médico a respeito disso. Procure ver filmes relaxantes, sair com os amigos, retornar à academia e ler os artigos referentes aos transtornos mentais que estão presentes em nosso espaço. Procure tomar chá de camomila e melissa. Sucos naturais gelados também acalmam bastante.

          Amiguinho, nesta fase inicial principalmente, continue mantendo contato conosco. Sempre que não se sentir bem, venha aqui aliviar sua tensão. Saiba que não se encontra sozinho nesta caminhada.

          Abraços,

          Lu

  88. Ligia

    Lu

    Minha consulta é dia 27/09, estou pensando em esperar antes de tentar adiantar, porque até lá possa ser que já tenha retomado o meu estado normal. Corro o risco de alterar o remédio sem necessidade! O que você acha? O meu pensamento está certo?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Através de seus últimos comentários eu tenho percebido que vem melhorando. Acho que está certa ao querer esperar, o que demonstra que, ainda que lentamente, seu estado de saúde vem se equilibrando. Como é também uma guerreirinha POP (paciente, otimista e persistente), tenho a certeza de que está vencendo a batalha contra a dona deprê que a acometeu. Parabéns!

      Abraços,

      Lu

  89. Ligia

    Lu, não entendi, se eu já tomo antidepressivo, porque eu teria que pedir outro medicamento para a psiquiatra.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Você não irá pedir outro medicamento para a psiquiatra. Ela que irá avaliar o seu quadro e decidir o que fazer. Muitas vezes o uso de outro antidepressivo junto contribui para acelerar a recuperação. Mas não se preocupe com isso.

  90. Ligia

    Lu
    O último comprimido de alprazolam que tomei foi no sábado, mas hoje é terça-feia e ainda continuo mal! Eu já não eliminei todo ele do meu organismo?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Você já eliminou, sim, mas quando caímos em depressão, precisamos de um tempo maior para que nosso organismo recupere o vigor de antes, ainda que tenhamos parado de tomar esse ou aquele remédio. Aconselho-a a voltar à sua médica para que ela analise o seu quadro e veja se é necessário usar outro medicamento para apressar a sua melhora. Gostaria que lesse o texto da Isamara, publicado no site ontem.

      Beijos,

      Lu

  91. Ligia

    Lu
    Você já ouviu relatos que o alprazolam causou como efeito colateral depressão e pensamento suicida? Mesmo que com o uso pontual, não rotineiro, como no meu caso? Obrigada pela força!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Já ouvi, sim. Algumas pessoas tiveram que parar com o medicamento.

      Abraços,

      Lu

  92. Ligia

    Lu
    A Fluoxetina não era para estar evitando esse meu estado depressivo e suicida? Tomo há quase três meses 20 mg. Estava super bem. Agora que deu esse negócio ruim.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Como já disse, pode ter havido uma interferência do suplemento ou o alprazolam pode ter causado a reação. Não lhe contei sobre a caipirinha que tomei e interferiu na fluoxetina? Na época, eu já a tomava há muito tempo. O importante é que suspendeu os dois até descobrir a real causa. Continue tomando o antidepressivo e logo estará bem.

      Beijos,

      Lu

  93. Ligia

    Lu
    Estou com medo… Minha consulta é só no final do mês… Só estou tomando Fluxetina.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      A palavra “medo” não deveria existir em nosso dicionário, quando se trata de lidar com os transtornos mentais, pois essa emoção só é importante quando nos encontramos em perigo e nosso corpo prepara-se para nos proteger. Como já disse em vários textos, nós, portadores de transtornos mentais, costumamos passar por altos e baixos, mas nada que não possa ser superado com o nosso otimismo e nossa vontade de ver luz no final do túnel. A fluoxetina é um excelente antidepressivo. Já fiz uso dessa substância por longos anos, até que meu organismo acabou se acostumando com ela e eu tive que mudar para outra. Ela logo se adaptará ao seu organismo, trazendo os efeitos positivos que tanto esperamos.

      Lindinha, lembre-se de que não é a única a passar por momentos ruins como agora. Isto quer dizer que não se encontra só. Conscientize-se de que são apenas momentos passageiros, pois há sempre um novo dia. Tenho a certeza de que esta fase ruim já se encontra no fim. Não se pergunte quanto tempo ela durará, diga apenas para si: “Ela é passageira! Logo estarei bem, pois sou uma guerreira POP!”. Saiba que cada manhã é um novo dia com mil e uma possibilidades para ser feliz.

      Um grande beijo no coração,

      Lu

  94. Ligia

    Lu

    Muito obrigada pela preocupação e atenção!
    Pior é que tomei novamente o alprazolam ontem à noite e só hoje foi me cair a ficha que pode ter sido ele que me faz ter esses pensamentos suicidas e depressivos! Continuo mal, Lu… Mas vou parar o alprazolam. Acha que vou melhorar?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      É claro que você irá ficar bem. Se não acredita, leia os comentários de pessoas que vivenciaram o mesmo que você. O que está lhe acontecendo é uma fase passageira. Procure preencher sua mente com coisas boas. Procure preencher seu dia com algo diferente. Converse com pessoas agradáveis, vá ao parque, ao cinema… Desvie seu pensamento para outras coisas. Amanhã, se achar que está pior, busque ajuda médica. Tome bastante líquido (suco, vitaminas, chá de camomila ou melissa) para hidratar seu corpo e eliminar os resíduos do alprazolam ou do suplemento. Leia os textos da categoria ÍNDICE – CORPO E MENTE, pois irão lhe dar uma grande força. Siga em frente, garota POP!

      Beijos,

      Lu

  95. Ligia

    Lu, estava pensando se não poderia ser o alprazolam que pode me ter causado essa depressão e pensamentos suicidas, pois tomo Fluoxetina para ansiedade, mas minha minha médica mandou eu tomar alprazolam quando estivesse com a ansiedade muito alta. Nunca tinha tomado mas semana passada tomei 3 durante a semana e foi quando comecei a me sentir tão mal assim! Será que não foi ele que me causou isso? Pois li agora na bula que entre os efeitos colaterais comuns está a depressão!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      É preciso trabalhar com todas as possibilidades. Você viu que aquele suplemento pode mexer com seu humor e o alprazolam também pode apresentar efeitos colaterais como os que leu. No seu lugar, eu pararia com os dois, até ter certeza sobre qual mexeu tanto consigo. Ao retornar à sua psiquiatra, converse com ela a respeito do que lhe aconteceu e fale-lhe também sobre o suplemento. Um medicamento que me tem feito muito bem é a melatonina (faço manipulada e quanto mais comprimidos, mais barata fica) que é um hormônio produzido por nossa glândula pineal que regula nosso sono e humor.

      Beijos,

      Lu

  96. Ligia

    Lu
    Muito obrigada por tudo! Parei ontem de tomar o bcaa… Em quantos dias você acha que vai normalizar minha serotonina? Estou com medo de não passar isso!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Você fez muito bem em parar. Quando voltar ao seu médico, relate-lhe o que lhe aconteceu e veja qual é a opinião dele sobre o assunto. Acho que dentro de duas semanas você se sentirá bem melhor.

      Abraços,

      Lu

  97. Isabela

    Bom dia Lu, tudo bem?
    Passei quase a madrugada toda lendo os depoimentos, vi sua ajuda com as pessoas e isso me motivou a pedir sua ajuda também! Desde já agradeço por ter esse site e por ajudar tantas pessoas!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Isabela

      Seu comentário será transformado num texto. Será postado logo. E lá lhe darei a minha resposta.

      Beijos,

      Lu

      1. Isabela Autor do post

        Lu

        Pode ser! Muito obrigada!
        Que você continue ajudando várias pessoas! Seu site e os comentários me tranquilizaram essa madrugada. É bom saber que não estou sozinha nessa luta, como me sinto diariamente, e que diversas outras pessoas sofrem como eu.

        Beijos

  98. Ligia

    Lu
    Não tenho dúvida que você é um anjo em forma de gente que veio nesta Terra com a missão de ajudar pessoas com problemas mentais! Que pessoa iluminada você é!

    Parei de tomar o bcaa ontem, mas ainda continuo muito pra baixo, com uma tristeza e pensamento ruim como nunca tive. Às vezes esqueço de tomar a Fluxetina. Será que pode ser isso também? Minha esperança agora é que seja o bcaa que esteja me fazendo tão mal. Pensamento suicida não pode ter efeito Colateral da Fluxetina? Desculpe-me por tudo isso, mas você me conforta tanto…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Não sou esse anjo que você imagina… risos. A vontade de ajudar as pessoas veio quando escrevi um texto, ao passar da fluoxetina para o oxalato de escitalopram, usando uma linguagem bem divertida, e recebi uma enxurrada de comentários. Não imaginava que tantas pessoas precisassem de ajuda. O meu site que era praticamente só de arte, passou a conter textos sobre saúde mental. Achei que eu, tendo convivido com a depressão desde a adolescência e vinda de uma família materna altamente depressiva, poderia criar um espaço especial para pessoas como nós. Passei a ler muito sobre os transtornos mentais, pesquisar em diversas fontes e a dar um suporte emocional a quem me procura, pois os nossos médicos falham muito no tratamento, ao ver o paciente apenas como “coisa”. Muitos nem mesmo orientam quanto aos efeitos adversos iniciais e o perigo de parar abruptamente. E aqui estou eu com minhas amiguinhas e amiguinhos maravilhosos. Eu amo todos vocês que já fazem parte da minha vida, ainda que sumam, na maioria das vezes, quando já se encontram bem.

      Lindinha, é mais do que normal que ainda continue para baixo. Irá precisar de paciência para esperar passar essa fase ruim. O esquecimento também está ligado ao momento que vive. Não mais tenho dúvidas de que o Bcaa mexeu muito na sua saúde mental (leu o link?). Temos a impressão de que os suplementos alimentares não fazem mal, mas não é bem assim. Em muitos países eles passam por uma fiscalização muito séria, como se fossem medicamentos, sendo muitos deles retirados do mercado. Há, inclusive uma série de reportagens sobre o assunto. Nunca tome um suplemento para malhar sem passar pela supervisão médica.

      A fluoxetina, assim como qualquer outro antidepressivo, possui efeitos adversos, inclusive pensamentos suicidas. Acredito eu que, como já a toma há tempo, o que está acontecendo seja resultado da junção da fluoxetina com o Bcaa, pois tudo começou após o consumo de tal suplemento. Acompanhe com atenção sua saúde neste fim de semana e, se continuar com tais pensamentos ruins, procure seu médico. Peça a alguém de sua família para ficar de olho em você, nesse período. Não fique só!

      Lígia, certa vez, quando ainda tomava fluoxetina, fui à casa de uma amiga (poucas horas após tomar o medicamento) e tomei uma caipirinha. Menina, eu surtei totalmente. Perdi a noção de tudo. Fiquei fora de mim, era uma outra pessoa. Fiz coisas que jamais faria. Seria capaz de pular de um avião sem usar paraquedas. Chegando em casa (ainda meio doidona), um laivo de consciência levou-me a fechar portas e janelas (moro em apartamento), pois sentia uma sensação quase que incontrolável de pular. Avisei para meu marido e filha que ficaram o tempo todo de olho em mim e encheram-me de líquido. Fiquei depois, durante uma semana, muito abatida. Vixe Maria, foi uma doidura só!

      Guerreirinha, continue firme! Tudo serve como experiência. Logo essa fase ruim ficará para trás. Veja um bom filme, ouça música, converse com amigos… Se observar que não está tendo melhoras, busque ajuda médica. Continue me escrevendo.

      Beijos POPs,

      Lu

  99. Ligia

    Lu

    Estou muito mal mesmo. Tomo Fluoxetina para ansiedade a cerca de três meses! Mas há oito dias me bateu um negócio muito ruim, até suicídio já passou pela minha cabeça… Uma angústia, tristeza do nada. E estou piorando só! O que eu faço? Lu, comecei a tomar bcaa (suplemento de academia) há 20 dias, será que foi ele que me causou essa depressão grave? Li que o bcaa é um aminoácido que compete com o triptofano, diminuindo a produção de serotonina! O que você acha? Já ouviu falar disso? Estou muito mal, mesmo, ajude-me!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lígia

      Fofinha, esqueceu-se de que nós somos mulheres POPs, guerreiras das boas? As crises chegam, mas a gente roda a baiana e bota-as para correr. Tudo é questão de tempo. Portanto, levante sua cabecinha linda e inteligente e toque o barco para frente, certa de que tudo isso passará. Lembre-se sempre do provérbio que diz: “Estava chorando porque não tinha sapatos e encontrei uma pessoa que não tinha pés”, ou seja, há sempre alguém sofrendo mais do que nós…

      Lígia, não conheço o suplemento citado, mas pesquisei a respeito. Não resta dúvida de que tem tudo a ver com o estado em que você se encontra. Nunca fui a favor de tais suplementos. Pare o mais rápido possível e logo ficará boa. Tome bastante líquido para eliminar o suplemento de seu organismo. Quero notícias suas diárias, até ficar boa. Veja o que encontrei:

      “Efeitos colaterais do BCAA:
      Alterações bruscas de humor;
      Desordens compulsivo-obsessivas, como TOC”

      Leia todo o artigo do link

      https://www.ativosaude.com/fitness/bcaa-para-que-serve/

  100. Correa

    Lu

    A minha vida já retornou ao normal novamente, graças a Deus. O médico me explicou que meu quadro é de depressão leve com ansiedade forte, ou seja, minha depressão aparece por conta da ansiedade que fico por algum acontecimento ou algo que vai acontecer. Ele manteve o bup e o esc por 2 meses, após esse tempo irá tirar o bup e manter só o esc, porém adicionou o rivotril sublingual, somente quando eu sentir que a ansiedade está chegando para ficar. Disse para ter sempre ao meu alcance o rivotril, para diminuir a ansiedade, não a deixando disparar a depressão. Qual a sua visão sobre isto?

    Gente, os remédios trazem ótimos benefícios quando administrados e controlados corretamente. Força para todos do blog, pois todos nós conseguiremos vencer esta batalha.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Correa

      É muito bom saber que tudo está sob controle.

      O rivotril é sempre indicado para o controle de crises, principalmente na fase inicial do tratamento. Contudo, você deve fazer uso desse medicamento apenas quando for necessário, pois o organismo pode acabar se viciando com ele. Leia os comentários e verá que foi indicado a muitos comentaristas. Continue lendo os textos sobre o assunto para saber como diminuir a ansiedade.

      Abraços,

      Lu

  101. Lucas Alves

    Lu, qual é a diferença do remédio Partz sublingual para o clonazepam? Se possível me indicar um que posso substituir o clonazepam, outro que posso inibir pra tirar a fissura do cigarro, porque quero parar.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lucas

      O Partz tem como substância principal o zolpidem e é indicado para insônia, enquanto o Clonazepam é indicado para transtornos de ansiedade. Ambos devem ser vendidos com receita médica. Hoje as farmácias já vendem remédios específicos para a ajudar a pessoa a passar pela abstinência da nicotina. Sugiro que passe por um médico antes. Parabéns por querer parar, pois o cigarro é um veneno para nosso corpo.

      Abraços,

      Lu

  102. Correa

    Lu

    Não me encontro no meu estado normal de vida, tenho consulta agora dia 24 e irei passar as informações ao médico. Talvez ele precise mexer ou trocar o remédio, depois deixo informações aqui para você analisar junto comigo. Quero aprender com você como controlar essa coisa quando vem querendo aparecer. Você é um ser humano fantástico. Obrigado pelas palavras e ajuda de sempre.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Correa

      Sei que você está passando por uma fase difícil de seu tratamento. Essa fase inicial de mudança ou acréscimo de medicamentos é muito sofrida, pois o organismo teima em rejeitar as novas substâncias. É preciso muita paciência. Quando sentir que uma crise está a caminho, não lute contra ela, pois resistência gera resistência. Apenas tente relaxar e mudar o foco de sua atenção. Lembre-se sempre de que você não corre perigo algum, não havendo porque ter medo. Continue lendo os textos sobre o assunto. Não se esqueça de anotar o que vem sentindo, após o uso da nova substância, para repassar informações corretas a seu médico. Assim que voltar da consulta, diga-me como foi. Estamos todos torcendo por você.

      Abraços,

      Lu

  103. Correa

    Lu

    Obrigado pelas palavras!

    Você acha que a bupropiona com o escitalopram pode estar atrapalhando ao invés de trazer bons efeitos? Até dia 10 de junho vinha tomando o escitalopram e tendo vida normal, tudo correndo certo comigo. Mesmo com os reveses da vida eu estava controlado. Retornei ao médico, já me sentindo mal e ele adicionou a bupropiona junto com o escitalopram e parece que piorou, pois fico inquieto, não consigo ficar bem. Quero me sentir bem e isso incomoda. Parece que a bupropiona aumentou a ansiedade. Vou ver se na próxima consulta ele troca o remédio, pois necessito voltar às boas comigo e com minha vida. Claro que nem só os remédios fazem isso, mas são grandes aliados para nos dar força e qualidade de vida.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Correa

      Seu depoimento no comentário anterior leva-me a imaginar que não se encontra bem, apesar de seu médico ter inserido a bupropiona em seu tratamento. Pode ser que necessite de mais tempo de uso. Continue tomando, conforme orientação médica, e veja como se encontrará na próxima consulta. Seu psiquiatra irá fazer um balanço e, se necessário, fará a mudança. Como já lhe disse, muitas vezes somos obrigados a experimentar antidepressivos diferentes até encontrar aquele que se adequa melhor ao nosso organismo, o que exige muita paciência, mesmo.

      Como bem disse: “os remédios são grandes aliados para nos dar força e qualidade de vida”. Ter consciência disso é um passo importante para o tratamento. Não deixe de ler os textos que lhe indiquei.

      Abraços,

      Lu

  104. Correa

    Lu

    Tenho tomado bupropiona antes do almoço e escitalopram após, porém estou desde o dia 10 de junho neste quadro ruim como antigamente. Dormir a noite beleza pra mim, está sendo a melhor hora do dia, mas acordar é difícil. Fico enrolando, porque quero que melhore e quando acordo não me sinto melhor, a vontade é de ficar mais em casa, sem ver muito as pessoas. A autoestima toda hora vai no espelho para ver se está bem e começa a achar defeito, não dando vontade de encarar o dia. Fico dentro de casa falando só o necessário, embora eu seja conversado demais. Adoro o dia dia no meu estado normal, ver as pessoas lá fora brincando, conversando, rindo. Estou sem conseguir ter estas emoções.

    Tenho psiquiatra de novo e acho que terei de mudar essa bupropiona, pois parece que ela aumentou minha ansiedade, tirou meu apetite, mas o escitalopram sempre me fez bem, uso-o há 2 anos. O médico adicionou a bupropiona e não sei se estou me adaptando a ela até agora. Isso e normal? Quero logo voltar a ter minha qualidade de vida. Estou tentando ser POP, pois já passei outras vezes por esta situação e isso me atrapalha em tudo: vida social, vida de trabalho, tudo fica difícil quando se está assim.

    Abraco.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Correa

      Eu o entendo perfeitamente. Você está há mais dois meses tomando os medicamentos citados e ainda não obteve melhoras. Estas já eram para estar começando a aparecer, embora algumas pessoas levem até três meses para senti-las em toda a sua totalidade, o que eu acho muito tempo de espera. Pelo que pude entender, você se sentia bem melhor só com o oxalato de escitalopram. Como tem retorno agora com seu médico, deverá repassar-lhe todas essas observações. Para não se esquecer, liste-as num papel.

      Correa, acontece muito de nosso organismo não responder a um ou outro antidepressivo. É por isso que o início é sempre muito difícil, pois funciona como uma espécie de experimentação, até acertar em cheio naquele que irá resolver o problema. É preciso paciência. É sofrido? Sim! Infelizmente não existem testes que nos digam qual irá nos fazer bem. Continue sendo POP, pois este é o melhor caminho.

      A maioria das pessoas, ao conviver com os transtornos mentais, sente dificuldades na parte da manhã, quando tem que encarar um novo dia. Isto é muito comum. Eu também me sinto assim, quando o medicamento começa a perder o seu efeito e eu tenho que mudar para outro. Quanto à autoestima e querer ficar só em casa, procure ler os textos do Prof. Hermógenes aqui no nosso blogue, pois eles são maravilhosos e têm ajudado muitos leitores.

      Amiguinho, estou torcendo para que volte a ter qualidade de vida. Siga firme em seus propósitos, pois não tardará a ver a luz no fim do túnel. Tudo isso irá passar.

      Abraços,

      Lu

  105. Priscila Gramacho

    Lu

    Em 2010 tive as primeiras crises de pânico e depressão, fui na época ao psiquiatra, sendo passado o clonazepam em gotas. Logo voltei, e foi acrescentado o cloridrato de sertralina. Assim vivi 7 anos, passando no psiquiatra que nenhuma vez tentou diminuir a dosagem.

    Em 2017, em junho, tive crises de pânico e depressão fortes. A psiquiatra aumentou a sertralina. Após uma melhora, eu falei sobre diminuir o clonazepam, que hoje tomo 14 gotas. No domingo passado, acordei com crise de pânico e desde então sinto dores de cabeça, na nuca e nos olhos. Desânimo leve a médio, pensamentos de inutilidade, medo, culpa, etc. Faço tratamento com uma psicóloga há uns 4 meses. Ela e conversou com a psiquiatra. Fui hoje a uma consulta e ela me disse que isso pode ser uma crise passageira e receitou escitalopram 10 mg.

    Sempre me culpei por tomar muita medicação (no meu conceito), por não conseguir melhorar. Gostaria de saber se você acha que devo tentar essa medicação ou tentar sozinha. Me ajude com sua experiência. Adorei o blog/site, continue, pois nos ajuda muito. Li vários comentários e você é muito disposta, simpática e inteligente. Parabéns!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Priscila

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, nós, vítimas dos transtornos mentais, sabemos que eles costumam ser recorrentes, ou seja, somem por um tempo e depois retornam. Alguns são crônicos, necessitando de um tratamento contínuo, como é o meu caso. Sofro de depressão e síndrome do pânico, mas o antidepressivo permite-me levar uma vida perfeitamente normal. Como todo e qualquer ser humano, tenho dias bons e outros nem tanto, mas o importante é viver um dia de cada vez.

      A depressão é quase sempre recorrente, necessitando, na maioria das vezes, de um tratamento prolongado ou até mesmo contínuo. Portanto, não se sinta surpresa quando ela ressurgir. Aceitar o diagnóstico já meio caminho andado no seu tratamento. O importante é que existem antidepressivos maravilhosos no mercado, permitindo-nos levar uma vida normalíssima.

      Pri, em nenhum momento você fala que parou a medicação por conta própria e, se ainda assim, as crises tornaram-se fortes, significa que a dosagem encontra-se fraca ou que seu organismo já se acostumou com a substância do antidepressivo, pois, ao que me parece, você já toma esse depressivo há muitos anos, possivelmente terá que mudar para outra. Converse com sua médica a respeito. Os sintomas citados por você são relativos à depressão. Ao acertar na medicação ficará ótima. Eu já passei por inúmeros medicamentos. Há cinco anos tomo oxalato de escitalopram que continua me fazendo bem. Acho que você se dará muito bem com ele.

      Amiguinha, você deve continuar com a medicação prescrita. Jamais tome qualquer antidepressivo por contar própria, pois cada um tem as suas especificidades. Sem falar que o médico deverá acompanhar a fase inicial com um novo remédio, devendo você relatar os transtornos adversos que vier a ter. Gostaria apenas que você conversasse com sua médica sobre o clonazepam que já toma há muitos anos. Esse deve ser diminuído, lentamente. Por que motivo você o toma há tanto tempo e numa dosagem alta?

      Não há por se culpar por tomar medicação, minha lindinha. O que devemos é agradecer por encontrar remédios maravilhosos que melhoram a nossa qualidade de vida. Sem eles, os manicômios e sanatórios ainda existiriam. Pense no sofrimento daqueles que viveram sem eles. Eu bendigo todos os dias os meus comprimidinhos (oxalato de escitalopram e melatonina). Acredite, você agora irá melhorar. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Saiba também que sempre estaremos aqui, fazendo-lhe companhia. Conte conosco! Conte comigo! Não tarde a enviar-me notícias. Quero muitos contatos, principalmente agora na fase inicial com o oxalato de escitalopram.

      Pri, vou lhe enviar uns links para ajudá-la.

      Beijos,

      Lu

      1. Priscila Gramacho

        Lu
        Eu tomo essa dosagem do clonazepam faz tantos anos porque nunca nenhum dos dois psiquiatras me disse: “você esta bem, vamos diminuir a dosagem”. Para mim, na época, era pra ser assim. Entendi que o clonazepam só ajuda a acalmar e não na melhora da transtorno. Uma vez tentei parar de tomar, mas no 3º dia fiquei com medo de coisas pequenas, tontura, tristeza e voltei a tomar novamente. Neste ano questionei a psiquiatra do porquê de todos os remédios. Ela falou que o clonazepam só mascara, não auxilia na melhora do transtorno. Desde fev/março comecei a diminuir 1 gota por vez, hoje tomo 14.

        O CAPS aqui de São José dos Campos deixa muito a desejar, pois as consultas são marcadas de 6 em 6 meses,coisa que é um absurdo, pois tomamos remédios controlados. Ela não acompanha o meu desmame de perto, o que me preocupa. Ela perguntou se eu queria tomar o escitalopram, eu esperava que receitasse o melhor para mim. Disse que eu ia continuar a tomar a sertralina, ela disse que se ficasse melhor faria o desmame.

        LU, não me senti confiante nessa consulta, então amanhã vou falar com minha psicóloga que também é do CAPS para ver o que devo fazer. O que você acha do clonazepam, sertralina e agora o escitalopram (ainda não tomei nenhum), não acha ser muita medicação.

        Muito obrigada pelo respaldo, agradeço a Deus por existirem pessoas tão sábias como você, simpática, boa, que dá seu tempo para ajudar outras. Deus nos abençoe!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Priscila

          Alguns médicos, em razão do estado inicial da pessoa, principalmente quando os efeitos adversos são muito fortes, costumam receitar um ansiolítico para ajudá-la a passar pela fase difícil. Contudo, assim que há uma melhora, eles vão retirando-o lentamente, diminuindo a dosagem, como você está fazendo agora. Não pode ser suprimido de uma vez, para que o organismo não sinta sua falta. É bom saber que já se encontra diminuindo a dosagem do clonazepam.

          É uma vergonha ter que esperar por uma consulta durante seis meses. A saúde em nosso país está uma vergonha. Como você consegue as receitas? A respeito de qual desmame está falando? Não entendi bem, já que continua com a sertralina. Muitas pessoas costumam tomar dois antidepressivos ao mesmo tempo, pois cada um tem uma atuação diferente, ou seja, um ajuda o outro. Penso que irá se dar muito bem com o oxalato de escitalopram que é atualmente um dos mais indicados.

          Pri, você não deveria ter interrompido a prescrição médica, pois poderá ter crises fortes sem os medicamentos. Tome direitinho a dosagem indicada. Quanto ao clonazepam, continue fazendo a diminuição, conforme orientação médica. Converse com a sua psicóloga a respeito.

          Abraços,

          Lu

  106. Ana

    Oi, Lu!
    Eu comecei a tomar o olaxato em 2016, mais ou menos no mês de abril/maio. Não me recordo de como foi a adaptação com o medicamento, mas sei que depois de um tempo minha vida voltou ao normal. Tomei até mais ou menos setembro/ outubro de 2017, a partir desse momento fiquei sem a medicação até 3 dias atrás. Voltei com a medicação porque os sintomas de ansiedade e pânico voltaram, tentei resistir a não tomar o remédio, mas não aguentei. Ontem à noite me deu uma crise de pânico que veio do nada, foi o segundo dia da medicação, e essa crise ainda não melhorou, tento me acalmar mas o desespero vem, algo incontrolável. Está horrível, não me lembro da primeira vez de ter sido assim .

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana

      Eu ainda me lembro de seus comentários aqui.

      Você não me disse se parou por conta própria. Se agiu assim, cometeu um erro. O retorno ao medicamento é sempre muito sofrido, pois os efeitos adversos vêm como se fosse a primeira vez, sendo que o organismo fica bem mais resiste. O Transtorno do Pânico e a ansiedade costumam ser recorrentes. Todos os pacientes precisam estar preparados para isso, recorrendo ao psiquiatra assim que reaparecem. Foi isso que aconteceu com você. O início da medicação, mesmo que seja a segunda vez, costuma ser mais severo do que da primeira. As crises que estão acontecendo estão dentro da normalidade, mas logo passarão. Continue POP e siga a orientação dos textos encontrados no site que ensinam como vivenciar essa fase ruim. Comente como se encontra agora.

      Beijos,

      Lu

      1. Ana

        Oi, Lu!

        Estou no quarto dia e me sinto um pouquinho de nada melhor que ontem. Eu tomava 15 mg quando parei a medicação, agora o médico iniciou com 10 mg por 2 meses. Mas tudo me assusta, qualquer barulho ou a voz mais alta de alguém ou o telefone tocando dispara meu coração. É um frio persistente na barriga. Sinto fome, mas não consigo comer, eu me sinto muito fraca e tento me forçar a comer alguma coisa. Está muito difícil!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ana

          Você ainda se encontra na fase inicial da medicação, quando os efeitos adversos estão a todo vapor. Nesse período é preciso muita paciência. Precisa continuar sendo POP (paciente, otimista e persistente). Lembre-se de que tudo isso irá passar e você ficará ótima. Percebo que se encontra muito sensível. Aconselho-a continuar com a medicação (jamais pare por conta própria), relatando a seu médico suas reações adversas. Sua inapetência tem a ver com o medicamento. Algumas pessoas comem bastante e outras de menos. É preciso alimentar-se. Opte por vitaminas, chás e sucos, já que está tendo dificuldades para comer. Logo estará bem. Continue sendo uma guerreirinha!

          Abraços,

          Lu

  107. Lucas Alves

    Estou com um problema grave, pois tomei ontem um comprimido de imapri, sem prescrição médica ontem. O meu coração parece que vai explodir fora do peito, não sei como faço pra esta sensação de ataque cardíaco passar. Foi apenas um comprimido, estou sem sono e apenas grogue,e com sensação que vou ficar louco ou vou morrer. A onda do remédio não passa. O que devo fazer, quais remédios que pode tira este efeito,,chá ,leite…,Estou escrevendo isso porque não quero ir ao médico pra ser entubado. Ajude-me por favor…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lucas

      Acalme-se! Muitas das reações são produzidas pela nossa imaginação. Um só comprimido não daria um efeito tão forte. O seu medo é o responsável por criar todo este quadro. Controle-o. Você teve apenas uma crise de pânico. Ela já deve ter passado, pois me escreveu há algumas horas atrás. Você já sabe como as crises funcionam. O terror só faz a adrenalina subir e aumentar a potência da crise. Não precisa fazer nada, quando isso acontece. Apenas procurar relaxar. Tome um leitinho morno. Aguardo um novo comunicado seu.

      Abraços,

      Lu

  108. Diego

    Lu
    Obrigado pela resposta.

    Os sintomas iniciais me estranharam muito, porque ano passado tive muitos sintomas desagradáveis no início do tratamento, e como se passou um ano sem eu tomar antidepressivo, o organismo deveria ter novamente sentido os efeitos iniciais do medicamento.

    Tomo antidepressivo porque sofro de transtorno de ansiedade generalizada, além de síndrome do pânico, em que o gatilho é o convívio social, dependendo da situação. Ou seja, sofro de fobia social também. Ontem completaram 14 dias que estou tomando o escitalopram 10 mg, além de Rivotril 0,5 mg que infelizmente acho que estou dependente dele, porque já tomo há um ano. Até o momento não obtive êxito no resultado.

    O que me deixa pior é essa tontura crônica que certamente é causada pela ansiedade. Antes eu tinha uma vida social muito ativa, terminei minha graduação, praticava esportes, frequentava igreja, saia para festas normalmente. Aos poucos fui ficando muito caseiro, me isolando do social e acabei por ficar apenas, literalmente, indo do trabalho pra casa, essa é minha rotina. Acho que isso fez com que a ansiedade aflorasse de maneira colossal. Quanto a ter parado ano passado com três meses de uso do medicamento foi porque tive uma taquicardia muito intensa. No eletrocardiograma não deu nada, era ansiedade mesmo. Mas coloquei na cabeça que poderia ser causada pelo remédio, e parei por conta própria, grande erro meu.

    Iniciei este ano com o escitalopram. Com três semanas devem começar os efeitos positivos da medicação? Caso isso não aconteça é provável que tenha que ser feito um ajuste na dose?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Diego

      Todo antidepressivo traz efeitos adversos, mas algumas pessoas passam por eles sem dificuldades. Como teve muitos desses efeitos no tratamento anterior, era para ter agora, mas isso não significa que o medicamento não faça efeito, pois nosso organismo é sempre uma caixinha de surpresas. Normalmente o antidepressivo passa a mostrar seus bons efeitos após três semanas de uso, embora algumas pessoas precisem de mais tempo e outras de menos. É preciso esperar esse tempo para fazer uma avaliação mais segura sobre os resultados positivos. Caso nada perceba, aconselho-o a voltar ao seu psiquiatra para ver o que está acontecendo. Fique tranquilo, tudo irá dar certo.

      O Transtorno de Ansiedade Generalizada vem se espalhando mundo afora. Não são poucos os que aqui chegam, relatando sua luta contra ele. O bom é que a Ciência tem vez mais jogado no mercado bons medicamentos, capazes de oferecer aos portadores de tal incômodo uma vida de qualidade. O oxalato de escitalopram tem sido uma das substâncias mais usadas atualmente, trazendo excelentes resultados, mas existem muitas outras, o que permite a mudança de uma para outra, até que nosso organismo acerte. Quanto ao transtorno do pânico, este está sempre agregado à ansiedade. Tratando-a, ele desaparece, assim como a fobia social. Através dos comentários nos diversos textos sobre o tema poderá ver como são muitas as pessoas que vêm obtendo bons resultados com o tratamento com antidepressivos.

      Amiguinho, o TAG, quando acompanhado do SP (síndrome do pânico), leva suas vítimas muitas vezes ao hospital, achando que estão tendo um ataque cardíaco, mas os exames mostram que nada disso está acontecendo. Acaba também impedindo as pessoas de terem uma vida social, pois elas passam a não se sentir confiante quando estãi fora de casa, mas com a eficácia do tratamento tudo volta ao normal. Aconselho-o a ser POP (paciente, otimista e paciente). Logo estará bem.

      O uso do rivotril por um tempo muito longo é preocupante, pois traz dependência, esquecimento e outros efeitos ruins. Converse com seu médico a respeito disso ou lhe peça para mudar para outro.

      Diego, como gostou deste cantinho, gostaria que nos ajudasse a torná-lo conhecido, para que as pessoas com problemas semelhantes possam ser ajudadas. Certo?

      Abraços,

      Lu

  109. Diego

    Lu

    Queria tirar uma dúvida em relação ao uso de antidepressivos. Há um ano fiz o uso de escitalopram 10 mg (genérico da Medley), tive vários efeitos colaterais de início, mas depois passaram. Fiz o tratamento por 3 meses e parei em agosto de 2017. Precisei voltar a tomar este ano novamente o escitalopram, porém o similar Exodus da Aché 10 mg. Fiquei praticamente 1 ano sem tomar, mas dessa vez não senti efeito colateral nenhum, mesmo passando esse tempo todo sem tomá-lo. Será normal isso? Será que posso duvidar da eficácia desse laboratório atual? Estou no terceiro dia e nenhum efeito colateral, sendo que no ano passado os efeitos foram muito difíceis no início…

    Agradeço desde já. Parabéns pela página, é de grande ajuda…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Diego

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, todo antidepressivo traz efeitos adversos, reagindo cada organismo de um jeito diferente. Alguns poucos felizardos passam por eles praticamente incólumes. E este pode ser o seu caso na segunda vez. A existência ou não de efeitos adversos não está ligada à eficácia do medicamento. Quanto ao laboratório, também tomo o mesmo antidepressivo, tendo passado por variados laboratórios sem ter sentido nenhuma diferença na eficácia do mesmo. Sempre compro o que está mais barato, portanto, não me parece que seja esta a questão.

      Diego, gostaria de saber se está se sentindo melhor após ter iniciado o tratamento, embora ainda se encontre na fase inicial e sobre qual motivo levou-o a tomar um antidepressivo. Se após três semanas não houver melhoras em seu quadro, deverá procurar seu médico, pois pode ser que a dosagem esteja insuficiente. Chamou a minha atenção o fato de você ter feito o tratamento, da primeira vez, apenas por três meses, quando o mínimo de tempo recomendado é de seis meses.

      Abraços,

      Lu

  110. Fernanda

    Lu
    Comecei fazer uso do esc 10 mg atualmente, como nunca tinha feito uso de medicamentos para transtorno mental estou com muito medo. Tenho procurado sobre os efeitos colaterais, o que faz com que meu medo aumente tanto que parece que 5 minutos depois do medicamento eu já sinto algum efeito colateral. Queria compartilhar isso, preciso conversar com quem entenda sobre esse medo inicial. Sei que tenho que ter paciência até que o medicamento faça efeito, mas é tão difícil, só quero não sentir mais nada desses sintomas horríveis da ansiedade e do transtorno do pânico.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernanda

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos colaterais, mas que passam após cerca de três semanas, tempo que costuma variar de uma pessoa para outra. Não é preciso ter medo, pois eles são comuns. No início do tratamento, o organismo luta contra a substância estranha que passa a receber, mas depois ele se acostuma, vindo os efeitos positivos. Nessa fase é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Quando os bons resultados surgirem, você nem mais se lembrará dessa etapa ruim. E estará livre da ansiedade e do transtorno do pânico. Vou lhe enviar alguns links que irão ajudá-la. Retorne para nos dizer como se encontra atualmente.

      Abraços,

      Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Matheus

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Seu comentário será transformado num texto para publicação.

      Abraços,

      Lu

  111. Correa

    Lu,
    aqui estou eu de volta, após 1 ano que visitei o blog com a deprê e comecei com escitalopram. Em meados de julho do ano passado, eu me firmei bem e fiquei com minha vida normal até agora. Em junho deste ano voltei a sentir tudo de novo. Fui ao médico e ele, além do escitalopram que já venho tomando,adicionou o bup de 150 mg. Por enquanto estou pra baixo, não querendo lidar muito com gente, querendo ficar mais em casa e a mente fazendo várias confusões. Essa combinação de bupropiona com escitalopram irá me ajudar? Alguém toma os 2 medicamentos? Preciso melhorar, voltar ao meu normal e sumir com essa deprê de novo.

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Correa

      Os transtornos mentais são recorrentes. Eles somem por algum tempo e depois retornam. Devemos estar conscientes disso, seguindo sempre em frente. Muitas vezes acontece de a dosagem ficar fraca ou ser necessário acrescentar uma segunda substância, como aconteceu com você. Conheço, sim, pessoas que tomam oxalato de escitalopram e bupropiona, não apenas entre os comentaristas do blog como um amigo pessoal. É normal que esteja para baixo, pois é necessário que seu organismo acostume-se com o novo medicamento. Essa combinação tem o objetivo de ajudá-lo, sim. Procure manter-se POP (paciente, otimista e persistente). Logo alcançará a fase boa. Continue lendo os artigos postados no blogue sobre assuntos relativos a transtornos mentais, pois quanto mais bem informados estivermos melhor lidaremos com nossos transtornos. Continue em contato.

      Abraços,

      Lu

      1. Correa

        Lu

        O problema é que quando se tem estas recaídas é complicado mexer com tudo. Não estou querendo sair de casa, pois na cabeça passa um monte de coisas. Na hora de acordar, você só quer ficar na cama pra não ter que conviver com a recaída. Espero que logo retorne a fase boa e eu possa seguir a vida normalmente, porque desta forma que ficamos tudo se torna muito difícil.

        Obrigado pelas palavras de sempre.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Correa

          Realmente passar por tudo é muito sofrido, mas é preciso ter paciência, pois é assim que funciona. Não há outra saída. Com persistência logo vencerá esta fase ruim. O mais difícil mesmo é na hora de levantar-se da cama, pois temos que buscar forças para recomeçar um novo dia. Como heróis que somos, tenho a certeza de que você está se saindo bem. Força, meu amiguinho.

          Abraços,

          Lu

        2. Correa

          Lu

          Tenho levantado tarde, pois estou sem emprego, tentando encontrar um, enviando curriculum. Em breve vai aparecer algo, mas é ruim você esperar, levantar melhor e isso não acontecer. Da outra vez de um dia pro outro me senti bem e fiquei firme durante 9 meses, sem nenhum vestígio de qualquer coisa relacionada à mente. Agora sempre nesta mesma época do ano (entre maio, junho e julho) acontece isto comigo. Estou tomando o escitalopram, achei que estava firme e não voltaria a acontecer isto, mas já normalizam as coisas.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Correa

          Os transtornos mentais, na maioria das vezes, são recorrentes. O importante é fazer o tratamento direitinho, só parando com o aval médico. Com relação à mesma época do ano em que o seu aparece, seria bom pesquisar o porquê, pois compreendendo a causa que faz disparar o gatilho poderá saná-la. Quanto ao emprego, a situação em nosso país está perversa, aumentando assustadoramente o número de desempregados. Tenho vários amigos e parentes que também o perderam e agora lutam para encontrar outro. Isto também contribui para o surgimento dos transtornos mentais como depressão e ansiedade. É preciso fé, força e coragem para passar por esta crise. Nosso país nunca esteve tão mal. Fora Temer e sua corja!

          Abraços,

          Lu

  112. Flávia

    Oi Lu

    Ano passado fiz uso do Reconter de 20 mg devido à ansiedade generalizada. Ao final do tratamento reduzimos a dose e fiquei bem por uns 3 meses. Porém, voltei com um vício antigo do cigarro e em janeiro desse ano, já estava fora de controle. Tenho problemas pra lidar com luto e em fevereiro perdi um amigo com 29 anos. Comecei a pirar novamente…

    Fico muito irritada e pessimista. Tentei vários tratamentos alternativos como acupuntura, pratico yoga, faço esporte regularmente e me mantenho firme e forte na terapia. E nada de melhorar. Voltei então ao psiquiatra que me receitou novamente o Reconter na mesma dosagem. Usei durante 4 semanas e só piorei. Chorava sem motivo, várias crises. Retornei ao médico que optou por trocar a medicação e entramos com o Zodel 50 mg. Ele me pediu que continuasse com o Reconter por 20 dias junto ao Zodel.

    Estou péssima. Choro sem motivo, sinto-me incapaz de trabalhar e até mesmo de cuidar dos meus filhos. Estou no nono dia da nova medicação e não senti nenhuma melhora. Fico na dúvida se pode ser o Reconter que está me deixando assim ou se também não vai dar certo com o Zodel. Já estou tomando apenas 6 gotas do Reconter. Vejo comentários terríveis sobre o rompimento com Zodel… estou com tanto medo. Às vezes parece que eu não vou sair dessa…

    Obrigada por este espaço

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Flávia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, o número de pessoas com ansiedade generalizada cresce cada vez mais. E quando o Transtorno do Pânico torna-se presente, a situação complica, mesmo. O bom é que a medicina está trabalhando firme no campo dos transtornos mentais, oferecendo-nos uma gama de antidepressivos excelentes. É normal que algumas pessoas não se deem bem com esse ou aquele medicamento, tendo que mudar para outro. Os psiquiatras trabalham com experiências, para ver qual será o antidepressivo que o organismo da pessoa irá aceitar. Ao ler os comentários, verá que isso é muito normal. Não se apavore, pois acabará encontrando um medicamento que lhe fará bem.

      Nós, que lidamos com transtornos mentais, devemos nos afastar dos vícios, sendo o cigarro um deles. Ainda que pense que esse canudinho irá diminuir a sua tensão, na verdade acontece o contrário. A nicotina aumenta seu nível de ansiedade. Portanto, abra mão de tal vício e procure levar uma vida o mais saudável possível. Quanto às perdas, elas são sempre muito dolorosas e acabam nos afetando intensamente. Isso é normal! Mas, temos que racionalizá-las, compreendendo que não somos senhores da vida, tampouco carregamos nas mãos o destino das pessoas. Trata-se de uma lei natural da vida. Vivemos num porto em que alguns chegam (bebês) e outros partem. Quando compreendemos essa transitoriedade, fica bem mais fácil aceitá-la. Também sofro muito com as perdas que acontecem em minha vida, mas sempre tento seguir em frente, pois a vida continua para nós que aqui ficamos. Pense nisto! Há muita gente precisando de você. Seu amigo não mais. Pense nele como uma estrela no céu, a iluminar sua vida.

      Flávia, tudo tem o seu tempo. Não adianta se preocupar com o seu transtorno, estabelecendo datas para se ver livre dele. Tal procedimento só aumenta a sua tensão. Deixe as coisas caminharem com naturalidade, pois o tempo de um não é o mesmo do outro. Sempre digo que precisamos ser POPs (pacientes, otimistas e persistentes) para que obtenhamos bons resultados. Deixe o seu organismo livre para agir, não o pressione, procure tornar mais leve o seu fardo, vivendo apenas um dia de cada vez. Se fizer apenas isso, verá como as coisas encaminharão com muito mais facilidade, pois otimismo atrai respostas positivas.

      O oxalato de escitalopram é um antidepressivo muito indicado para os transtornos mentais. Inúmeras pessoas que participam deste espaço fazem uso dele, inclusive eu. Ainda que o tenha tomado anteriormente, ao reiniciá-lo, também poderá passar pelos transtornos adversos, como se fosse a primeira vez. O Zodel é também um medicamento muito indicado no tratamento do transtorno depressivo maior (TDM) que é diagnosticado como um estado de profunda e persistente infelicidade ou tristeza, acompanhado de uma perda completa do interesse pelas atividades diárias normais. Você ainda se encontra no início do tratamento, vivenciando os efeitos negativos, transpondo a zona de turbulência. Como sabe, são necessárias cerca de três semanas para os efeitos ruins desaparecerem e surgirem os bons. Toda paciência e calma são fundamentais nessa fase.

      Amiguinha, siga direitinho o tratamento, conforme orientação de seu médico, e continue com as atividades descritas por você. E não tenha pressa. Dê tempo ao tempo. Procure pelo relaxamento de seu corpo e de sua mente. Dê ao seu corpo o tempo necessário para reagir. Compreenda-o e ame-o. Outra coisa, tira esta palavra feia de sua vida (medo), que só tem importância quanto nos encontramos em perigo real. Não se deixe levar pelas ilusões de sua mente. Não estabeleça prazos ou metas, apenas siga caminhando, pois, quando menos esperar, tudo isso terá passado. Lembre-se de que você é a personagem principal de sua vida. O roteiro é seu. Saiba como conduzi-lo. Não restará dúvida de que se sairá vencedora. Acredite.

      Por falar em Yoga, estou publicando uma série de textos do Prof. Hermógenes. Gostaria muito que os seguisse, aqui neste espaço. Quero continuar recebendo notícias suas. E lembre-se de que não se encontra só, pois nós, seus amigos, estamos sempre aqui para recebê-la.

      Um grande abraço,

      Lu

  113. Maria Claudia

    Lu

    Meu médico optou por continuarmos com a Venlafaxina, pois não quer ficar trocando de remédios, e ficarmos sem opção.

    O que eu notei é que agora comecei a melhorar. Não tive grandes efeitos colaterais físicos, mas sim emocionais. Bem verdade que duraram mais tempo, aproximadamente 4 meses até que eu começasse a sentir uma certa melhora. É como disse meu médico, preciso criar hábitos, esforçar-me um pouco para que as coisas aconteçam. Como por exemplo, começar uma pequena caminhada, acordar todos os dias no mesmo horário, comprometer-me com a meditação todos os dias, retomar aos poucos os estudos da Rosacruz, ou seja, fazer as coisas acontecerem!

    A medicação ajuda muito, mas não faz milagres. Precisamos aproveitar a melhora, esse impulso que sentimos e nos movimentar.
    Devagar e sempre! Um passo de cada vez, lembrando que passos alegres valem por três. Continuo acompanhando o blog e nosso cantinho. Só gratidão por ter seu apoio! E por voltar a ser POP!

    Beijo grande

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Cláudia

      É sempre muito bom receber notícias suas. Seu médico está corretíssimo. É aquilo mesmo que ensino no texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Os textos do Prof. Hermógenes também são fantásticos, pois ele nos ensina esse cuidado com a nossa mente e corpo que devem ser vistos sempre como uma Unidade, pois agem na mais perfeita simbiose. É muito bom saber que continua acompanhando os artigos de nosso blogue e este cantinho compostos por pessoas muito, mas muito especiais.

      Abraço,

      Lu

      1. Maria Claudia

        Oi, Lu!

        Passando pra te dar notícias!

        Continuo com a Venlafaxina, e a quet. O que eu notei é que fiquei mais linear no campo das emoções. A terapia tem fluído muito bem. Consigo ver e analisar problemas, situações e acontecimentos com muito mais clareza. Não me desespero mais com coisas que não posso resolver de imediato, parece que estou mais presente e que a vida tomou um outro valor, muito mais real, sensato e equilibrado.

        Ainda preciso começar muitas coisas, como caminhar, rs, iniciar minha empresa, mas a coragem já chegou pra vários outros setores e sempre agradeço por isso. São pequenas mudanças que vou notando e me sentindo feliz por estarem acontecendo. Voltei a escrever e até garimpei uns trabalhos pela internet. Se não fosse sua confiança em me dar o primeiro artigo pra escrever, eu teria continuado escondida, rs. Só gratidão por você, minha amiga!

        Às vezes sinto um pouco de agitação, como se fosse uma euforia, mas minha pressão se mantém estável. Eu só noto um desequilíbrio maior na TPM, mas creio ser normal e encaro numa boa. Fico um pouco mais sensível, irritada, mas sei que são os hormônios. Tenho consulta em setembro, e retorno pra te dar notícias!

        Beijo grande, Lu, e obrigada pelo apoio maravilhoso e essencial que tenho de você.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria Cláudia

          Como é bom receber um comentário tão otimista e saber que a fase ruim ficou para trás. Mais do que os resultados dos medicamentos em si, conquistar essa capacidade de “… ver e analisar problemas, situações e acontecimentos com muito mais clareza” é uma dádiva poderosa, pois poderá ser aplicada nos mais diferentes momentos de sua vida. Não se trata mais de mero conhecimento, mas de pura sabedoria. É esse caminho de equilíbrio que nos ensina o Prof. Hermógenes em seus textos, o que faz toda a diferença em nossa vida. Parabéns!

          Você diz: “Ainda preciso começar muitas coisas, como caminhar, rs, iniciar minha empresa, mas a coragem já chegou pra vários outros setores e sempre agradeço por isso). Tem toda a razão, vivenciar uma coisa de cada vez, um dia após o outro é mais sábia meta. Quanto ao desequilíbrio provocado pela TPM, isso é normal, pois não é fácil lidar com o desarranjo hormonal que acomete um grande número de mulheres.

          Amiguinha, nada de só voltar em setembro! Precisamos de sua presença aqui. Continue escrevendo, coisa que faz com maestria.

          Beijos,

          Lu

  114. Lucas Alves

    Lu
    Eu gostaria de ajuda, pois voltei a tomar antidepressivos, mas meu estômago rejeita produzindo um ardor. Tomo omeprazol junto com o escitrolopam e achei que iria resolver, mas estou sentindo o mesmo desconforto. O que devo fazer, por favor?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lucas

      Não o reconheci, pois seu e-mail está diferente. Imagino que seja o nosso Lucas músico.

      Amiguinho, você havia parado de tomar antidepressivos? Foi por ordem médica? Houve mudança de substância? Se mesmo com o omeprazol você continua tendo o mesmo desconforto, deverá repassar a seu médico esta informação, caso não haja melhoras. Procure tomar com o estômago cheio, talvez assim diminua o mal-estar.

      Abraços,

      Lu

      1. Lucas Alves

        Eu já notifiquei o médico. O remédio que ele passou foi mas fraco e já tomo com barriga cheia, infelizmente estou perdido, pois me trato no SUS, o médico disse que pro meu caso já não tem solução e que este é único remédio, pois já tentei fluoxetina, paroxesetina, certralina, enfim só me restou o escitrolopam, não existe outro. Se fosse um desconforto pequeno passaria despercebido, mas realmente é muito forte. Fico de cama. Como você poderia me ajudar…Eu poderia estar falando realmente do que sofro e você me aconselhar a experimentar outro remédio ou não exite mais medicamentos?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lucas

          Para tudo há um jeito. Existe um sem conta de antidepressivos com substâncias diferentes. Há muitas pessoas que passam por diversas, até acertarem em uma. Eu mesma já passei por todas essas substâncias e hoje uso o oxalato de escitalopram. O que você precisa é agir com paciência, pois muita gente aqui trata pelo SUS. Gostaria que me fizesse um histórico de seu tratamento. Qual é o seu transtorno? Quando o percebeu? Quando iniciou seu tratamento? Há quanto tempo passou a tomar o oxalato de escitalopram? Descreva o que sente ao tomar este medicamento. Enquanto isso, leia o texto que lhe passarei via e-mail.

          Abraços,

          Lu

    2. Carla

      Lu,
      adorei seu blog. Venho pedir ajuda. Comecei tomar hoje 10 mg de oxalato de escitalopram e quase morri, muito suor, mal-estar, ansiedade e vômito, é normal ter estes efeitos? Achei que ia morrer, estou emagrecendo demais.Quanto tempo passa? Achei que ia morrer, estou emagrecendo demais. Você acha que vão passar os efeitos ou procuro o médico?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Carla

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

        Amiguinha, o início do tratamento com antidepressivo é mesmo muito difícil em razão dos transtornos adversos. O organismo reluta em receber uma substância estranha, mas após cerca de três semanas, de acordo com carda pessoa, os sintomas ruins vão desaparecendo e os bons surgindo. Nesta fase é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). O que você relata são os efeitos adversos do medicamento. Vou lhe enviar um link para que leia com atenção e saiba o que é normal sentir e quando deve buscar o médico. Contudo, não entendi uma coisa: você diz que começou a tomar o oxalato de escitalopram hoje e já está emagrecendo. Não tomava outro antes? Explique-se melhor.

        Beijos,

        Lu

        1. Carla

          Já estava emagrecendo com a ansiedade e agora com os vômitos, piorou. Só estava tomando alprazolan pra dormir. Hoje fui parar na emergência, resolvi procurar o médico amanhã, talvez meu organismo não se adaptou ao medicamento e precisarei mudar pra outro antidepressivo.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Carla

          Já vi seu último comentário dizendo que já se encontra bem.

          Beijos,

          Lu

        3. Carla

          Eu queria dividir a experiência que tive, procurei o médico que tinha receitado o escitalopram e ele disse que o remédio não dava efeitos colaterais e que eu estava com pânico. Então, resolvi pagar uma consulta com um psiquiatra e ele disse que o escitalopram potencializou a minha ansiedade. Trocou o antidepressivo para paroxetina e aumentou um pouco a dose do alprazolam. Com dois dias de paroxetina já estou me sentindo outra pessoa, passaram o mal-estar e suor. Existem remédios que nosso organismo não aceita, não deixem de procurar um bom profissional. Que Deus nos ajude!

        4. LuDiasBH Autor do post

          Karla

          Todo antidepressivo traz efeitos adversos que podem ser mais fortes ou mais fracos, dependendo de como o organismo de cada pessoa reage ao medicamento. É fato que nosso corpo não aceita algumas substâncias, devendo o médico mudar para outras. É muito bom saber que você está dando bem com a paroxetina. Quanto ao alprazolam, tome-o somente quando sentir necessidade e, com o tempo, vá diminuindo a dosagem, pois esse medicamento não deve ser tomado por um tempo muito grande, porque vicia.

          Abraços,

          Lu

    3. Samuel

      Lucas Alves

      Olá, tudo bem? Peço licença para responder o seu comentário. Na bula do medicamento informa que “fazer uso de Omeprazol, lanzoprazol ou similares aumenta a quantidade do ecitalopran no organismo”. Leia, por favor a bula na parte de interações medicamentosas e informe ao seu médico.

      Abraço e paz

    4. Ligia

      Oi, Lu,
      preciso da sua ajuda. Estava tomando reconter 10 mg para ansiedade e pânico, mas não tive melhora. Hoje fui ao psiquiatra e ele trocou pela Fluoxetina 20 mg. Falou para eu começar a tomar já, sem fazer nenhuma pausa para trocar de remédio. E nos momentos de crise tomar alprazolam 0,25 mg… Estou com medo de trocar de remédio e ter toda aquela piora inicial novamente! O que você acha?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Lígia

        Não adianta ficar gastando dinheiro com um medicamento que não está fazendo efeito. Normalmente o psiquiatra aumenta a dosagem para ver se, assim, faz efeito. Será que com 20 mg de reconter não faria efeito? Eu já tomei fluoxetina durante muito tempo. Dei-me muito bem com ela, até que deixou de fazer efeito, migrando eu para o oxalato de escitalopram. O meu psiquiatra exigiu que eu aguardasse um tempo (acho que oito dias) para mudar da fluoxetina para o oxalato de escitalopram (com você é o contrário), mas alguns médicos não pedem esse tempo, como tenho visto nos comentários.

        Amiguinha, muitas vezes a troca acontece de maneira muito tranquila e não adianta tomar um medicamento que não surte efeito. Não se preocupe quanto a isso. O importante é quer resolva seu problema. Se não der para conversar com seu psiquiatra, pergunte a seu farmacêutico se não há problema em tomar a fluoxetina logo após ter parado com o oxalato de escitalopram.

        Beijos,

        Lu

        1. Ligia

          Lu

          Muito obrigada pela seu retorno… Estou com medo de tomar a Fluoxetina sem fazer nenhuma pausa… Será que não tem nenhum problema? O alprazolam você já tomou? Costuma cortar as crises?

        2. LuDiasBH Autor do post

          Lígia

          Eu nunca tomei o alprazolam, mas vejo, através dos comentários, que é o mais receitado atualmente. Ele possui um efeito calmante, sim. Mas só deve ser tomado por um determinado tempo, como explica a própria bula, pois pode viciar. Quanto à fluoxetina, se estiver com receio (e não tiver perguntado seu médico) aguarde uma semana, então.

          Abraços,

          Lu

        3. Livia

          Olá a todos,

          Sei que estou muito sumida. Até escrevi um e-mail para a Lu explicando sobre o meu sumiço. Meu pai teve um avc e minha irmã e eu estamos cuidando dele. Isso modificou bastante nossas vidas. Além disso, estou com uma proposta de sair do Brasil a trabalho, mas o visto vem me dando problema. Então estou super enrolada tentando resolver tudo. Pra somar, sou professora e junho/julho é final de semestre, então as coisas têm andado um pouco aceleradas pro meu lado. Mas recebo todos os novos comentários, bem como os e-mails sobre os novos e sempre maravilhosos textos da Lu. Logo, não tenho escrito, mas estou sempre lendo, unida pelo coração e pela mente com todos!

          Vim hoje relatar sobre como estou após quase 6 meses com escitalopram. Sinto-me bem próxima ao que era antes da crise. Aí vocês podem me perguntar: “mas você não se sente 100% como antes?” Eu digo que não por 2 motivos: um deles é que eu acho que essa doença nos muda. Passar e sobreviver a uma crise braba sempre nos gera transformações. E essa já foi minha terceira crise. Não tem como ser totalmente igual às anteriores. O outro motivo é que o remédio que eu tomava antes, eu já o tomava há 5 anos. Comparar 6 meses de medicação com a estabilidade dada por uma outra medicação constante há 5 anos, não é justo. Após 5 anos tomando a mesma medicação, eu nem lembrava mais o que era ter uma crise. Eu nem lembrava que o remédio poderia “perder” seu efeito (eu acabar ficando tolerante a ele). Logo, aquela sensação de paz, de não vou ter mais crise nenhuma, etc, já estava mais enraizada em mim após 5 anos. Quando a crise aconteceu, todos os meus medos e angústias voltaram mais fortes ainda e ainda venho vencendo essa batalha. Mas posso resumir em: eu me sinto 99% a Lívia de antes. Eu achava que não ia melhorar, que não ia voltar a ser quem era, tinha medo da medicação não fazer efeito, de que não seria mais “normal”, etc.

          Toco minha vida super intensa no compasso do cotidiano e vou vivendo na estabilidade do escitalopram que me ajuda a equilibrar quem eu sou com a melhor versão de mim. E vamos vivendo e agradecendo essa ajuda medicamentosa que nos gera esse encontro equilibrado com nosso eu! E só tenho a agradecer e dizer a todos que é possível melhorar, sim. Mas tem que deixar o tempo passar (o que eu bem sei que não é nada fácil quando estamos no olho do furacão). Todos vão melhorar, vão superar… eu sou a prova viva disso…

          Um beijo cheio de luz e gratidão no coração de todos,

          Livia

        4. LuDiasBH Autor do post

          Lívia

          Segundo o Prof. Hermógenes, após vivenciar tais crises, nós vamos nos transformando em pessoas melhores. Não vou antecipar as suas explicações porque ainda vou postar seus maravilhosos textos sobre o assunto, pois são verdadeiras aulas de vida e de aceitação. Fico feliz com as suas mudanças, torcendo pelas melhoras de seu pai e para que ajeite sua viagem ao exterior. Espero que sempre continue aqui conosco, fazendo parte desta família maravilhosa.

          Abraços,

          Lu

        5. Ligia

          Lu

          Muito obrigada por toda sua ajuda e paciência… Comecei a tomar ontem a Fluoxetina de 20 mg e parei com o Lexapro. Eu terei aquela piora inicial da ansiedade novamente com essa troca? Em quanto tempo já posso perceber se a fluoxetina começou a fazer efeito para a ansiedade?

        6. LuDiasBH Autor do post

          Lígia

          As reações a um novo medicamento variam de um organismo para outro. Pode ser que nem venha a senti-las. Não se preocupe quanto a isso. A melhora costuma ser rápida. Eu me dei muito bem com esse antidepressivo. Usei por vários anos até que meu organismo se acostumou com ele, sendo necessário a mudança para o oxalato de escitalopram. Mantenha a sua tranquilidade! Tudo irá dar certo.

          Beijos,

          Lu

        7. Ligia

          Lu,
          estou com medo de ter a piora inicial da ansiedade com a Fluoxetina 20 mg. Em quanto tempo vou começar a perceber melhoras na tag?

        8. LuDiasBH Autor do post

          Lígia

          Procure tirar a palavra “medo” de seu tratamento, pois ela é muito negativa. Procure pensar sempre positivamente. O Prof. Hermógenes, em um de seus sábios textos, ensina-nos que a preocupação com o tempo de melhora provoca ainda mais ansiedade.

          Como já lhe disse anteriormente, cada organismo age de um jeito em relação a essa ou aquela substância dos antidepressivos. Contudo, presumo que leve em torno de duas a três semanas. Continue POP e não deixe de ler os textos do Prof. Hermógenes.

          Abraços,

          Lu

        9. Ligia

          Lu
          Estou com uma dúvida… Tomando Fluxetina 20 mg posso tomar Whey protein que tem Triptofano e creatina? Há algum problema?

        10. LuDiasBH Autor do post

          Lígia

          Não vejo problema algum, até porque o segundo é um complemento alimentar. Sem medo de ser feliz! Espero que seu pai esteja bem.

          Abraços,

          Lu

        11. Ligia

          Lu…

          Hoje faz 9 dias que comecei a tomar Fluxetina 20 mg para TAG… Não tenho mais efeito colateral, porém a ansiedade não melhorou nada. Continua tudo igual. E meu médico está marcado só para agosto… Será que não vai fazer efeito, Lu?

        12. LuDiasBH Autor do post

          Lígia

          Cada organismo reage num modo diferente em relação aos efeitos do antidepressivo. A média fica dentro de três semanas, mas alguns precisam até de 30 dias. Você se encontra ainda no período inicial com a fluoxetina, necessitando aguardar mais tempo para lidar com os bons resultados, ainda que não esteja sentindo efeitos adversos. Paciência, minha amiguinha!

          Gostaria muito que estivesse lendo os textos do Prof. Hermógenes que venho publicando no site, inclusive o último publicado fala sobre o relaxamento do corpo e da mente. Num dos textos dele que ainda irei publicar, possivelmente amanhã, ele nos alerta para o estopim da ansiedade que é ficar monitorando o tempo de melhora. Segundo o Prof. Hermógenes, tal conduta é responsável por levar a ansiedade a pícaros. Portanto, vá levando com paciência seu tratamento até que os bons efeitos surjam com o novo medicamento.

          Tomei fluoxetina durante muitos anos. Trata-se de um excelente antidepressivo. Só parei porque perdeu o efeito. Não adianta ficar indo e voltando ao médico, sem aguardar o tempo necessário para que obtenha um bom resultado do medicamento. Agosto seria mesmo o ideal. Não se esqueça de fazer exercícios físicos, como caminhadas.

          Beijos,

          Lu

        13. Ligia

          Lu

          Se a Fluxetina 20 mg não diminuir a minha ansiedade, qual será a alternativa provável que minha psiquiatra irá tomar? Estou achando que nunca irei encontrar um remédio que acabe de vez com este tormento.

        14. LuDiasBH Autor do post

          Lígia

          A sabedoria ensina-nos a viver um dia de cada vez. Ansiedade só gera ansiedade. O maior inimigo de qualquer que seja o tratamento é o pessimismo, por isso temos que ser POPs (pacientes, otimistas e persistentes). Vou lhe mandar uns links para que medite sobre o assunto.

          Abraços,

          Lu

        15. Ligia

          Lu estou muito triste… Hoje faz 15 dias que comecei a tomar Fluxetina 20 mg para tag, mas estou me sentindo pior do que quando tomava Lexapro 10 mg… Meu nó na garganta, meu aperto no peito e minha taquicardia só aumentaram depois que o médico fez essa troca. Será que a dosagem é baixa, Lu?

        16. LuDiasBH Autor do post

          Lígia

          Você ainda se encontra sob os efeitos adversos do novo antidepressivo. Eles normalmente desaparecem depois de três semanas (21 dias). Nesta fase é preciso ter muita paciência. Tomei Fluoxetina durante muitos anos e senti-me muito bem. Sugiro que aguarde as três semanas para voltar ao médico. Poderá lhe pedir um ansiolítico para aguentar esses efeitos ruins agora na fase inicial com o novo medicamento. Continue sendo uma guerreira POP (paciente, otimista e persistente)! Não acho que a dosagem esteja baixa, mas que são efeitos adversos. Sei que não é fácil passar por isso, mas é preciso ter paciência. Veja se consegue um ansiolítico para ajudá-la. Estamos todos torcendo por você. Procure também viver um dia de cada vez. Jogue fora o fardo das preocupações.

          Aguardo notícias suas amanhã.

          Beijos,

          Lu

        17. LuDiasBH Autor do post

          Priscila

          A qual professor você se refere? Este texto foi escrito por mim.

          Beijos,

          Lu

  115. Leandro

    Lu

    Já estive por aqui há 2 anos atrás e suas dicas me ajudaram muito. Na época estava com depressão e TAG e tinha medo de ir ao psiquiatra. Fui e iniciei o tratamento com o oxalato de escitalopram. Algum tempo depois me livrei totalmente dos sintomas. Ainda estou em tratamento com 20 mg do remédio, mas há uma semana atrás tive uma recaída. Não consigo identificar nenhuma situação que tenha sido o gatilho, não passei por nenhum momento turbulento e seguia minha vida normalmente. Não consegui ir à minha psiquiatra devido à greve dos caminhoneiros, porque moro no litoral e minha médica fica em outra cidade e por aqui o combustível ainda não chegou.

    Os sintomas não estão tão fortes quanto da primeira vez, mas fiquei apático, perdi o apetite, sinto um pouco de angústia e o ânimo bem abaixo do normal.
    Como você usa este medicamento há mais tempo, já aconteceu com você alguma recaída nesse período?

    Agradeço mais uma vez a sua ajuda.

    Atenciosamente, Leandro.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Leandro

      Mesmo tomando antidepressivo é normal o transtorno do pânico fazer ameaças. Isso já aconteceu comigo, sim. O diferencial é o modo como ajo em relação às crises agora. Antes, eu as alimentava, achava que estava tendo um ataque cardíaco. Hoje, quando uma delas ameaça me fazer uma visita, eu simplesmente não lhe dou corda. Mudo imediatamente o pensamento para algo diferente, ligo para uma pessoa amiga para conversar, ouço uma música, em suma, dou um olé nesta visita nada desejável. A palavra-chave é racionalizar. Muitas vezes o gatilho encontra-se nas entranhas de nossa mente e, com um país passando por uma situação de caos como o nosso, gatilhos são o que não faltam.

      Amiguinho, não deixe que esta crise derrube-o. Elimine-a de seus pensamentos. Veja tudo com normalidade. Quando puder, volte à sua médica para que ela faça uma revisão de seu estado de saúde. Eu tomo oxalato de escitalopram há mais de cinco anos e ainda não precisei trocar, ainda que tenha sentido o vislumbrar de uma crise de pânico vez ou outra. Reveja o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

      Assim que for à médica, conte-me o resultado.

      Abraços,

      Lu

      1. Sabrina

        Lu!

        Faz muito tempo que não venho aqui, pensei que não ia achar mais seu precioso espaço! vai fazer 1 ano que trato a TAG com escitalopram e posso dizer que estou bem melhor, porém, assim como meu colega disse no comentário acima, a crise às vezes ameaça. Fiz uma retrospectiva para encontrar a causa e percebi que ando tomando muito café e tomei bastante cerveja preta. Será que essa alimentação pode piorar meu quadro?
        Preciso ser mais atenta com o que ingiro?

        Obrigada!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Sabrina

          É muito prazeroso reencontrá-la depois de tanto tempo. Não suma, assim, menina!

          Amiguinha, é claro que uma boa alimentação influi muito em nossa saúde, contudo, não vejo correlação entre o café e a cerveja preta no que diz respeito ao problema relativo ao TAG. Algumas pesquisas dizem que o café em excesso é responsável levar à insônia e à gastrite, mas em equilíbrio não faz mal algum, ao contrário, tem seus benefícios. O mesmo dizem a respeito da cerveja preta quando são respeitados os limites. No momento estou estudando sobre a Síndrome do Pânico e o TAG, para trazer boas informações para vocês. Aguardem.

          Você deve estar atenta, sim, a uma alimentação nutritiva, eliminando os excessos. O corpo agradece! Procure acompanhar os textos que venho postando sobre transtornos mentais.

          Abraços,

          Lu

  116. Elaine Santos

    Oi Lu,

    quanto tempo, continuo lendo todos os comentários novos e às vezes revejo os antigos, para lembrar que mais pessoas estão na mesma situação que eu. Nesse tempo que fiquei longe, muitas coisas aconteceram, troquei de remédios três vezes, passei pelo neuro e quase perdi minha vida pelo descaso dos médicos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Elaine

      Seu comentário é muito importante e será transformado num poste, publicado amanhã à noite. Estou feliz por tê-la conosco.

      Beijos,

      Lu

  117. Natani

    Oi, Lu!

    Conheci sua página através de uma pesquisa no Google.

    Tenho 22 anos e faz uns dois meses que estou fazendo tratamento para ansiedade e depressão. Há uns 5 anos atrás eu já fazia, mas interrompi por ouvir as pessoas falarem que era besteira. Já tentei suicídio e tinha a prática de automutilação.

    No final do mês de março, eu tive uma recaída muito grande por conta da ansiedade, tinha medo de sair sozinha e quando saía queria que acontecesse algo ruim comigo. Pensei em suicídio várias vezes. Meu irmão e minha mãe me incentivaram a procurar ajuda médica. Comecei tomando fluoxetina, durante um mês, eu ainda tinha crises mais leves e não conseguia dormir sem o diazepan. Voltei ao médico (clínico geral) relatei todos os problemas, a perda de peso de quase 10 kg, as mudanças de humor e as crises menores. Ele me receitou o escitalopram para tomar durante o dia e continuar com a fluoxetina durante a noite.

    No começo eu tinha muita tontura. Porém depois percebi que o meu sono melhorou, mas continuei perdendo peso, vômitos, dores de cabeça, e muitas vezes depois de tomar a fluoxetina eu ficava com muita raiva. Os picos de humor pioraram. E as crises leves passaram. Porém, começaram umas mais pesadas, daquelas que a gente se trava e acaba se machucando. Em menos de 15 dias tomando as duas combinações de remédios eu tive duas dessas crises, fora as crises menores. Os pensamentos de automutilação voltaram e os de fazer coisas absurdas também. Os picos de humor se assemelham a uma “bipolaridade”. Não faço acompanhamento psicológico, pois ainda estou no aguardo.

    Qual a sua opinião sobre isto? Ficaria muito grata se respondesse.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Natani

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, os transtornos mentais crescem em todo o mundo, mas o bom é que já existem remédios para combatê-los. O tratamento médico e psicoterápico permite-nos ter uma vida de qualidade.

      O primeiro ponto é buscar um profissional da área (psiquiatra) para que ele faça um diagnóstico correto, de acordo com os relatos que você lhe passar. Por isso, é necessário que seja bastante sincera com ele, uma vez que os sintomas de alguns transtornos mentais são muito parecidos. Você tanto pode ter TAG como Transtorno Bipolar, mas somente o psiquiatra poderá avaliar o que realmente está a afetá-la. Fique tranquila, pois hoje já existem remédios que tratam tais transtornos, possibilitando-nos uma vida normal.

      Natani, todos os antidepressivos trazem consigo efeitos adversos, mas que passam depois de certo tempo de uso, cerca de três semanas, variando de um organismo para outro. Em razão da automutilação, pensamentos suicidas e dos picos de humor, você deverá buscar ajuda médica especializada o mais rápido possível. Muitas pessoas aqui já passaram por isso e hoje se encontram bem. Antes do tratamento psicológico você terá que passar pelo psiquiátrico. Certo?

      Amiguinha, quero que saiba que não se encontra sozinha. Somos uma família cujos membros se ajudam mutuamente. Quero que todos os dias venha aqui conversar conosco, contando como foi o seu dia. Nós nos empenharemos em ajudá-la.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Lucas

      Oi, Natani!

      Seu comentário chamou muito a minha atenção, pois você é apenas 3 anos mais velha que eu e passa por problemas similares.

      Tenho síndrome do pânico, sei como é ter medo de sair sozinho, ter medo de sair na rua, ter medo de ver as pessoas olhando para nós. Mesmo sendo tão jovem, traçamos uma longa caminhada em uma curta distância, nossas doenças nos prendem em uma escuridão e qualquer comentário parece ser uma luz, e nós seguimos, para tentar achar uma saída.

      Sei que muitas pessoas dizem que é besteira, que é só ter força de vontade, mas não é bem assim. Quero que siga as luzes boas, os comentários bons. Cada vez que você tiver vontade de fazer algo ruim, lembre-se de sua infância, agarre-se às suas memórias boas, lembre-se da época em que sorrir não custava muito e pense que tudo isso irá acontecer novamente, pois assim como os momentos ruins aparecem em nossas vidas, os bons também surgem do nada.

      A vida é uma grande roda gigante, uma montanha russa com altos e baixos que tentamos controlar, mas que sempre foge de nossas mãos, como as ondas do mar, algumas calmas, outras destruidoras. Tudo o que podemos fazer é tentar não se afogar, aprender a nadar nos mares de nossas doenças para que possamos ir contra as ondas, contra os desejos e contra a escuridão. Sua doença lhe faz parecer que a vida não tem sentido, mas diga a ela, que se a vida não tem sentido, a morte não tem razão.

      Fazem dois ou três meses, mais ou menos, que iniciei meu tratamento com psiquiatra, hoje não tenho mais crises e estou completamente normal, por isso é importante que você busque ajuda especializada, pois eu lhe garanto que tudo irá passar. Você não está sozinha, venha sempre aqui conversar conosco, falar do seu dia a dia.

  118. Maria Claudia

    Oi, Lu!

    A última vez te falei que estava tomando Bup e que me causou falta de emoções, então na consulta meu médico passou a Venlafaxina de 37,5 mg durante 1 mês e depois 75 mg. Ele disse que estava zerando meu tratamento e que não tinha data pra terminar, explicou que precisa entender como meu cérebro funciona, pois não tive boas respostas para um inibidor de dopamina e para um captador de serotonina (acho que é isso ou ao contrário, rs). Eu tomo a Venlafaxina pela manhã, e continuo com a Quet à noite.

    Os efeitos não estão sendo dos piores: dores de cabeça, certo tremor no início, tonteiras leves, visão um pouco turva, aumento de peso, alguns esquecimentos, pensamento meio confuso, sensação de aperto dentro da cabeça, mas nada de muito ruim. Já estou na dose de 75 mg por dia. Notei que continuo com sono, com desânimo, sem vontade e me sentindo exausta. Acordo com a sensação de que levei uma surra, com dores no corpo e principalmente na coluna. Isso acaba causando desânimo…

    A única coisa que notei de bom nos primeiros dias em que a dose foi aumentada, é que não senti mais ansiedade. As crises de choro cessaram, a angústia, o desespero, mas as emoções continuavam ali. Eu continuava sendo eu! Mas de uma semana pra cá a ansiedade parece querer voltar. Não fisicamente, mas mentalmente.

    Volto ao médico na primeira quinzena de junho e não sei se minha resposta está sendo o que ele esperava.
    Ah! E teve mais um efeito colateral, meus sonhos intuitivos, recados do meu inconsciente, sumiram. Só tenho sonhos sem nexo, confusos, sem pé nem cabeça. Confesso que isso me deixa frustrada. Fiz terapia junguiana durante um tempo, então sempre interpretei meus sonhos.

    Não tô nada feliz com essa troca de remédios e com o fato de que o desânimo não me larga. Sei que eu preciso fazer minha parte, a me ajudar, a me “empurrar”, mas não estou conseguindo.

    Saudades!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Cláudia

      Existem organismos extremamente complexos que exigem um estudo mais elaborado do uso de medicamentos. O seu me parece ser um deles. Em casos assim é preciso muita paciência, persistência e otimismo. Infelizmente ainda não existem exames físicos que mostrem como o cérebro funciona diante deste ou daquele medicamento, embora haja muitas pesquisas caminhando para isso. Os médicos trabalham com erros e acertos. Não resta dúvida de que encontrará o melhor medicamento para o seu organismo. Não se desespere. O otimismo é a nossa melhor alavanca.

      Amiguinha, há muitos comentaristas aqui no blogue que tomam Venlafaxina e dizem se dar muito bem. Aguarde mais tempo para analisar o seu resultado. Quanto à ansiedade, procure trabalhá-la também com a meditação (temos um texto aqui sobre isso). Quanto aos sonhos, com o tempo eles se normalizarão, pois estão ainda sob a interferência do medicamento. Em tudo é preciso paciência.

      Estarei sempre torcendo por você. Sempre que precisar, bata aqui na nossa portinha virtual.

      Abraços,

      Lu

      1. Maria Claudia

        Oi, Lu!

        Que saudades daqui, que felicidade em ver sua resposta.

        Eu sei que preciso ser paciente e tenho tentado. No início do aumento da dose eu estava até me sentindo melhor, mas agora aquele efeito já passou. E aos poucos sinto a ansiedade voltar. Vou ao meu médico no início de junho e acredito que ele continue a Venlafaxina, pois ainda não cheguei no terceiro mês de uso. Comecei faz pouco tempo.

        Meu filho toma o mesmo medicamento há quase dois anos, e ele se deu muito bem. Tivemos na verdade uma tragédia que afetou a todos nós. Além do meu relacionamento abusivo, isso contribuiu muito para tristeza, desequilíbrio, enfim, é algo que lidamos até hoje, desde 2015. A Venlafaxina o tirou de uma depressão braba e hoje ele trabalha, diverte-se, faz terapia também, sei que o tratamento dele está pertinho de acabar. O nosso psiquiatra também é homeopata, quando acabar o tratamento ele dará continuidade com a homeopatia, evitando efeitos rebotes.

        Meu organismo é meio estranho mesmo, Lu. Já ouvi isso de outros médicos. Nem sempre tenho a resposta esperada a determinados medicamentos, anestesia, enfim, com os antidepressivos se torna mais difícil porque o médico lida com erros e acertos. Vou continuar meu tratamento, a terapia (não paro nunca! Eu amo fazer terapia) e vou tentar incluir hábitos bons na minha rotina, como a meditação.

        Eu fiz a Vipassana e não tenho praticado. Na época que pratiquei e fiz o curso, livrei-me até dos remédios para pressão. Essa meditação leva 12 dias pra aprender. É gratuita, ficamos num lugar com alojamento, refeições e damos um mergulho no inconsciente. Muita gente desiste, mas eu consegui concluir. Indico para quem eu posso, é libertador. Sei que eu tenho uma ferramenta maravilhosa, e estou me boicotando. Mas só de ler sua resposta sobre a medicação, sobre os meus sonhos e sobre a meditação já me deu ânimo!

        Obrigada minha amiga! Depois do médico passo aqui para te dar notícias!

        Beijo grande.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria Cláudia

          Você está com a faca e o queijo na mão, bastando apenas fazer uso. Muita gente sente dificuldades em meditar, pois se trata de um processo que demanda um certo tempo. Mas, se já tem a prática da Vipassana, bote-a em prática. Pesquisas científicas demonstram que a meditação traz um grande relaxamento, sendo eficaz, sobretudo, para a ansiedade. Seria difícil nos enviar um texto dizendo como se faz e funciona a Vipassana a fim de ajudar nossos amiguinhos e amiguinhas?

          Beijos

        2. Maria Claudia

          Oi, Lu!

          Posso fazer um texto explicando sobre a Vipassana e tudo que ocorre desde o momento em que entramos nesse mergulho de 12 dias, onde na verdade, vivemos como monge. Não posso passar a prática, pois no local que faz gratuitamente temos vários procedimentos e regras, nos comprometemos com nós mesmos, temos palestras diárias e o auxílio de um professor que nos acompanha. Mas detalhar todo o movimento necessário, o que acontece, será um prazer! Só tive oportunidade de escrever sobre a Vipassana uma única vez e gostaria de fazer de novo. É um divisor de águas na nossa vida.

          Beijo grande

        3. LuDiasBH Autor do post

          Maria Cláudia

          Repasse apenas aquilo que puder. Envie o endereço, no final do texto, para os que estiverem interessados na prática.

          Abraços,

          Lu

  119. Thaisa Nogueira

    Lu,
    primeiramente quero dizer que sou grata por você ser sempre tão solícita e amiga de todos, isso não tem preço! Gratidão em nome de todos!

    Estou tomando reconter(oxalato de escitalopram) 15 mg, há 45 dias. O início foi bem ruim, mas às vezes ainda sinto alguns sintomas físicos como taquicardia, e isso me leva a ter um medo de ter crises….piora na TPM. Você acha que ainda estou adaptando à dose com 45 dias já?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Thaisa

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, você não me disse qual o transtorno mental que a leva a tomar esse medicamento. Cada organismo tem o seu tempo próprio para adaptar-se ao medicamento, embora a maioria leve cerca de três semanas a um mês, há casos até de 90 dias. Você deverá voltar ao seu médico para que ele avalie a recepção do antidepressivo e inclusive da dosagem tomada. Pode ser que esteja baixa, possibilitando alguns sintomas ruins. Saiba também que o medicamento faz apenas 50% do tratamento, cabendo a outra parte à pessoa. Vou lhe enviar alguns liks de textos para ajudá-la. Continue em contato conosco.

      Um grande abraço,

      Lu

  120. Mislania

    Oi, Lu!

    Há alguns meses comecei a sentir vários sintomas diferentes e fui muitas vezes para o hospital, achando que era taquicardia ou um derrame e muito medo de morrer. Sempre que eu era atendida, o médico falava que era estresse, mas esses sintomas começaram a ser frequentes, então procurei fazer exame do coração, procurei uma pneumologista porque eu sempre tinha minha respiração ruim. Os exames deram normais, então meu noivo começou a desconfiar que tudo isso era crise de ansiedade. Comecei a psicoterapia e a tomar o calmante PASALIX e me senti um pouco melhor. Mas “vira e mexe” as crises voltavam, então procurei novamente o médico e ele me passou ESCITALOPRAM. Nos primeiros dias senti uma angústia, tremores, algo como uma crise de ansiedade, mas logo passava, ainda estou no início, e estou tentando ser POP, e ficar boa logo.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mislania

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, conforme deve ter lido nos comentários, as crises de ansiedade, quando acompanhadas da Síndrome do Pânico apresentam sintomas semelhantes a um infarto. Não são poucos os que vão parar no hospital, onde fazem um rol de exames, dando tudo negativo. Embora a pessoa sinta um alívio com os resultados, o transtorno continua de modo que as crises se repetem, até que se comece a fazer o tratamento.

      Todo antidepressivo traz efeitos adversos que duram cerca de três semanas, mas após esse tempo os bons resultados começam a chegar. Nessa fase é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente), aguentando firme. Vou lhe indicar alguns textos que a ajudarão muito. Lembre-se também de que não se encontra sozinha. Volte sempre para nos dar notícia sobre como anda seu tratamento.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Mislania

        Olá, Lu!

        Continuo o tratamento, o médico tirou o PASSALIX, e agora estou tomando CLONAZEPAM em gotas e sublingual; estou me sentindo bem melhor e minha rotina está voltando ao normal, infelizmente as crises ainda aparecem, mas bem mais fracas…

        Beijos Lu, você nos ajuda muito!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mislânia

          É sempre muito bom ter notícias suas, ainda mais sabendo que seu tratamento está trazendo bons resultados. As crises também não tardarão a desaparecer. Siga as instruções do Prof. Hermógenes que nos ensina a não opor resistência. Não deixe de ler os artigos deste grande mestre e conhecedor da psique humana.

          Abraços,

          Lu

  121. Allan

    Olá, Lu!

    Estou tomando oxalato de escitalopram há 36 dias para ansiedade e estou ficando cada vez melhor. Confesso que há momentos em que meu pensamento fica acelerado, não sei se é por causa da dosagem de 10 mg. Os pensamentos negativos quase não existem, mas confesso que ainda tenho sensação de estar em um sonho, mas acredito que vai passar e logo estarei 100% ou o mais próximo disso!

    O começo é complicado mesmo, os primeiros 10 dias são terríveis, mas tudo vai voltando e aos poucos e a gente percebe que não estava bem fazia tempo. Segurando as pontas tudo dá certo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Allan

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, depois de três semanas, os efeitos adversos desaparecem, embora algumas pessoas precisem de mais tempo. Quanto à sua dosagem, ela não está alta, sendo o que toma a maioria das pessoas. Os pensamentos negativos irão ficando cada vez mais espaçados até sumirem, mas saiba que todos nós temos tendência a ser mais pessimistas em certos dias, quer tenhamos transtornos mentais ou não. Os 100% buscados não existem, pois somos humanos e temos que conviver com os problemas e reveses da vida. A finalidade do antidepressivo é a de nos dar equilíbrio para resolvê-los. O começo é mesmo complicado, mas passada a tempestade começamos a ver luz no fim do túnel.

      Allan, continue direitinho o seu tratamento e só pare com o consentimento médico.

      Abraços,

      Lu

  122. Rene

    Olá, pessoal!

    Prossigo no tratamento para a denominada “crise de ansiedade” que estou vivendo desde o início desse ano. Muitas coisas têm me ajudado a superar este desafio, entre elas estão os ensinamentos do mestre Eckhart Tolle (autor do fundamental livro “O Poder do Agora”, Ed. Sextante ), caminhadas diárias e psicoterapia. Essa última comecei há um mês, pois percebi que apenas a medicação não estava sendo suficiente para trabalhar esta situação de vida. Desejo a todos muito entusiasmo, muita luz e muita presença nessa incrível jornada que é viver aqui e agora.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rene
      O mesmo desejo para você. Irei dar uma olhada no livro indicado. Parece muito bom. Muito obrigada!

      Beijos,

      Lu

  123. Ana

    Lu
    Estou fazendo uso de escitalopram, 10 mg, pela segunda vez, tratando Tag. Estou com muito medo ainda. Sinto um incômodo no abdômen e estou apavorada! Me ajude!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, como você está tomando oxalato de escitalopram pela segunda vez, já sabe que no início do tratamento terá que passar pelos transtornos adversos que duram cerca de três semanas. Tal fase é mesmo angustiante, mas é preciso superá-la. Portanto, busque ficar tranquila e acreditar que logo começará a ficar bem. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Saiba que há muitas pessoas passando pelo mesmo que você. Vou lhe enviar uns links para ajudá-la.

      Abraços,

      Lu

  124. Henrique

    Lu!

    Eu tomei exodus durante 2 anos e meio, após crises de pânico, início de depressão e pensamentos horríveis, nesse período fui muito feliz mesmo, inclusive conheci uma pessoa maravilhosa e me casei. Tenho 24 anos e minha segurança era tanta que havia dias em que me esquecia da medicação.

    Minha psiquiatra e eu decidimos parar o medicamento gradativamente, mas após 10 dias de interromper o uso, tive crises de pânico e junto com vieram os pensamentos negativos de que jamais iria ficar bem. Como tinha medicamento em casa, fui orientado a voltar a tomá-lo no dia seguinte da crise.

    Hoje faz 6 dias que estou tomando e segunda vou começar com 20 mg. Estou tomando alprazolan pra controlar a ansiedade, mas meu medo de não ser feliz novamente é muito grande, pois modéstia a parte a minha vida é muito feliz, com tudo nos conformes, como trabalho por conta estou em casa neste período. Minha maior preocupação é o oxalato de escitalopram não fazer mais o mesmo efeito que antes, mesmo tendo ficado tão pouco tempo sem tomar e voltado em 10 dias. Sinto medo e estou ansioso que tudo possa dar errado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Henrique

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família!

      Amiguinho, é muito comum a interrupção do tratamento achando que já se encontra bem, até que uma crise diz que é preciso dar continuidade ao mesmo. Isso acontece demais, pois não há um teste que nos prove que já não necessitamos mais do medicamento. Tanto o médico quanto o paciente trabalham com possibilidades. Não há nada de anormal nisso. Não são poucos os que vivenciam tal situação, como poderá ler nos comentários.

      Henrique, o retorno a qualquer antidepressivo traz efeitos adversos. O organismo, depois de se ver livre de tal substância, precisa de um novo tempo para adaptar-se a ela. É como se você estivesse iniciando o tratamento pela primeira vez. Esse desconforto dura cerca de três semanas, dependendo de cada organismo. Não se preocupe. O alprazolam é usado nessa fase para ajudar na contenção dos transtornos, depois deverá ser retirado.

      O “medo” faz parte da vida de todo ser humano como um meio de defesa, mas em nós, portadores de contornos adversos, ele se faz mais presente quando não estamos medicados ou na fase inicial do tratamento. Não dê atenção a ele. Mude o foco de seus pensamentos, quando ele aparecer. Faça algo diferente. Saiba que é unicamente fruto do momento que está vivendo e que a mensagem que passa é ilusória, mentirosa, sem nenhuma razão de ser. Eu sempre aconselho as pessoas a serem POPs (pacientes, otimistas e persistentes), vivendo apenas um dia de cada vez. Quem vive apenas o hoje não dá margem para esse monstrengo chamado “medo”. Faça isso, viva intensamente o hoje. Nada mais que isso e verá como o foco de seus pensamentos mudará. Tome a sua vida em suas mãos e não a entregue ao utópico destino.

      O efeito dos antidepressivos é prolongado. Eu já tomo oxalato de escitalopram há mais de cinco anos. Há casos em que o organismo não aceita esta ou aquela substância, quando o psiquiatra muda para outra. Há no mercado uma infinidade de antidepressivos cada vez mais modernos. Isso não é motivo de preocupação. Certo? Assim que passar esta fase de adaptação ao retorno do medicamento, tudo voltará a ser como antes. Você continuará feliz ao lado de sua amada, pois a nossa felicidade é feita de pequenos momentos e de agradecer por tudo que recebemos de bom. As pessoas cheias de gratidão produzem energia positiva que atrai mais energia positiva.

      Henrique, gostaria muito que lesse todos os artigos referentes aos transtornos mentais, presentes aqui no site, pois o conhecimento facilita o tratamento. Continue sempre em contato conosco. Quando se sentir precisando de ajuda venha para cá.

      Um grande abraço,

      Lu

  125. Livia

    Oi, Lu!
    Como você sabe, eu já venho tomando escitalopram há 3 meses e meio, e há um mês aumentei a dose para 20 mg. Eu estava bem, mas desde ontem a ansiedade atacou. Hoje quase tive uma crise de pânico. Estou apavorada, com medo do remédio ter parado o efeito e da doença estar voltando. Só penso coisas negativas. Alguém passou por isso? Estou muito chateada e assustada!

    Beijos,

    Lívia

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lívia

      Acalme-se minha amiguinha POP. O antidepressivo jamais para de fazer efeito em tão pouco tempo. Tomo o oxalato de escitalopram há mais de cinco anos. Como aumentou a dosagem para 20 mg há apenas um mês, pode ser efeito do aumento da dosagem, pois algumas pessoas levam atém três meses para se adequar a uma mudança. Não se apavore, pois isso não é motivo para preocupação. Veja também se há algum problema que está a preocupá-la. Muitas vezes uma bobagem qualquer tira-nos do sério. Busque manter o equilíbrio e o otimismo. Quando suspeitar da possibilidade de ter uma crise, faça meditação e relaxe o máximo possível, sem oferecer nenhuma resistência. Caso ache que a tensão está aumentando, marque uma nova consulta com seu médico, mas lembre-se de que é preciso também mudar certos hábitos de vida. Muitos aqui já passaram por essas crises, como mostram os comentários.

      Amanhã irei postar um texto sobre os pensamentos negativos e espero que ajude a todos. Continue em contato conosco. Não se sinta só. Aguardo novas notícias suas.

      1. Livia

        Querida Lu,

        Obrigada por sempre me acalmar. As minhas crises de pânico vêm com um desespero tão grande, que tenho medo sempre de cometer um desatino. Hoje, pra tentar tirar minha cabeça do momento, entrei no seu blog e te escrevi. Mas me deu uma tristeza muito profunda.

        Até dois dias atrás eu estava ótima! Vinha sentindo uma melhora tão grande que nem sei explicar. E essa crise de ansiedade me assustou muito. Me deu a sensação que a doença está voltando… você sabe que tenho uma viagem pra ir morar e trabalhar fora, e eu comecei a somatizar tudo, que não vou melhorar, que eu posso adoecer lá fora sozinha, e virou uma bola de neve dentro de mim. Até agora estou com aperto no peito e um nó na garganta.

        Enfim, comparo muito as situações. Antes da cirurgia, com a duloxetina, eu tinha 100% de resultado. Depois da cirurgia, mesmo associando o escitalopram com a duloxetina, não vejo isso. E fico procurando os 100%. A verdade é que não sei lidar com as crises. O estado de desespero em que fico me causa muito medo.

        Por último, a minha maior preocupação é não conseguir trabalhar. Ter que me afastar do trabalho. E sem contar que eu tenho vergonha dos transtornos mentais que tenho, então também me sinto mal pelo pessoal do trabalho ficar sabendo… sei que não é algo certo, mas as pessoas são tão pouco compreensivas neste assunto, e eu sinto vergonha de assumir a doença.

        Enfim, obrigada pela sua resposta tão prontamente. E, mais uma vez, seu blog me ajudou. Enquanto eu escrevia fui capaz de controlar a crise de pânico por desfocar dela. Obrigada por tudo, Lu. Espero, em breve, te trazer notícias melhores!

        Beijos,

        Livia

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lívia

          Você agiu corretamente ao tentar desfocar-se da crise. É exatamente isso que deve ser feito. Quando se oferece resistência, a crise torna-se mais forte. O fato de deitar-se, ouvir uma música, pensar em algo diferente ou escrever (como fez) é sempre a melhor saída. Depois que se toma consciência de que se trata apenas de uma crise de pânico, é preciso ir aprendendo a driblá-la. Mesmo eu, depois de anos e anos de oxalato de escitalopram, lá de vez em quando percebo que ela quer me fazer uma visita. Embora seja acessíveis aos meus visitantes, sou obrigada a bater a porta na cara desta senhora… risos. Lembro-me que da última vez em que ela quis dar a cara, eu fui bater papo com a vizinha (sem tocar no assunto). Poucos minutos depois, nem mais me lembrava do ocorrido.

          Esse desespero tem a dimensão do seu medo, pois é por ele alimentado. Quando não se pode lutar contra o inimigo num determinado momento, alia-se a ele. Passe, portanto, a diminuir a importância que dá a essa senhora indesejável. Diga-lhe: “Não vem que não tem! Já conheço todas as suas manhas”. Verá que ela passa a perder a sua importância e, consequentemente, vai perdendo a sua intensidade, pois, como disse, ela se alimenta de nosso pavor.

          Amiguinha, o nosso tratamento é assim mesmo, com altos e baixos. Precisamos aceitar isso. Haverá dias em que estaremos para baixo, como acontece com qualquer ser humano, independentemente de possuir uma síndrome mental ou não. Não pense que eu não passe por isso. Estava para baixo no final de semana (sinto-me abatida com os dias escuros e nublados). Fiquei o domingo praticamente deitada, vendo filmes. Na segunda-feira, levantei-me, tomei um banho da cabeça aos pés e retomei meus afazeres. Como vê, nossa luta é constante. E isso é bom, pois não nos acomodamos.

          Lívia, não busque por 100% de resultados. Isso é irreal, pois somos humanos. Aprenda a aceitar suas melhoras, ainda que oscilantes. Agradeça por cada dia vivido. Quando houver uma recaída, acredite que melhoras virão. Não jogue toda a sua esperança nos medicamentos. Também é necessário adquirir um novo olhar em relação ao transtorno, buscando e descobrindo saídas. Não faça dele uma muleta, mas um estímulo para o seu crescimento, pois o bastão da vida é seu. Não estou lhe falando de filosofia barata, mas de como eu ajo diariamente.

          O transtorno mental não é incapacitante. Isso só acontece quando não é tratado. Prova disso é a minha vida produtiva de revisora e escritora. Ri muito de um comentário de um amiguinho adolescente que, segundo disse, ao ver que eu era uma pessoa “normal” ganhou coragem para tomar o antidepressivo… hahahaha. Achei ótimo! Quanto à vergonha, ela irá sendo superada com o tempo. Não se preocupe com isso. No momento ideal você saberá falar sobre seu transtono. Tudo tem o seu tempo. Vai ver que a metade de seus colegas faz uso de antidepressivos… risos… inclusive o chefe.

          Lívia, viva apenas um dia de cada vez. Por que trazer para o presente as preocupações de uma viagem que ainda se encontra distante? Viva bem agora, aprendendo a domar suas emoções, trabalhando com o seu equilíbrio mental e tal problema não existirá no futuro. Para que buscar um fardo que não tem condições de carregar? Isso é uma forma de masoquismo. Veja o comentário de um dos nossos amiguinhos, com este mesmo problema seu, e cujo trabalho exige viagens constantes para o exterior. Agora mesmo voltou do México. Portanto, amiguinha, vamos combinar de viver apenas o hoje. Certo? Que tal escrever um diário para depois transformar em livro? Prometo fazer a revisão como presente. E olhe que você escreve muito bem!

          Um beijo no coração,

          Lu

  126. Vanessa Autor do post

    Lu
    Entro sempre no seu blog pelo Google e gostaria de tirar uma dúvida, se possível. Eu tomei durante dois meses o escitalopram manipulado, só que como não sabia que tinha que voltar uns dias antes na consulta para pegar a receita novamente fiquei um mês sem tomar o remédio. Você acha que se eu começar a tomá-lo agora vou passar por aquela fase ruim de novo?

    Desde já obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, os antidepressivos não podem ser comprados sem receita médica. Assim que a sua caixinha estiver acabando, deverá providenciar uma nova receita que qualquer médico (inclusive clínico geral) poderá lhe dar. Leve sempre a receita anterior e apresente-a. Pode ser até num Posto de Saúde.

      O retorno ao uso do antidepressivo depois de um tempo sem tomá-lo pode ocasionar, sim, transtornos adversos em algumas pessoas, mas, como o período que ficou sem tomá-lo é pequeno, pode ser que não sinta nada. De qualquer forma, como ainda não teve alta do medicamento, deverá voltar a fazer uso dele o mais rápido possível, para que não venha a ter uma crise. Certo?

      Grande abraço,

      Lu

  127. Luiza Alves Mignot

    Lu

    Passando aqui para dar notícias sobre o meu tratamento e agradecer (sempre!) o seu carinho e apoio com todos, sem dúvidas o seu blog me ajudou muito e sempre que puder darei uma passadinha aqui para compartilhar e poder ajudar também.

    Estou indo para o 3º mês de tratamento com o Escitalopram e me sentindo outra pessoa. Minha vida ganhou mais sentido, e diferente de antes, quando estava com um imenso vazio, uma ingratidão com tudo e uma ansiedade desenfreada, hoje, sinto-me grata por cada respirada e cada dia vivido.

    Sou formada em Direito e apesar das pressões por todos os lados para que eu passe no Exame da Ordem e em concurso, eu não me sinto mais desesperada e ansiosa com o amanhã. Fiz o Exame da Ordem nesse domingo e não passei, fiquei triste, porém, já estou pronta pra continuar estudando e inclusive vou começar a fazer concursos, apesar de ter decepcionado bastante as pessoas em minha volta.

    Parece que nada mais me abala num nível grande (antes qualquer mínimo problema me fazia querer deixar de respirar). Por isso, eu aconselho a todos que estão passando pelo mesmo ou algo parecido: NÃO DESISTAM! Sejam POP! A vida tem muito a nos proporcionar e estar vivo é um milagre (apesar dos tantos males do mundo).

    Um grande beijo da Lu pra Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Luiza

      Como é bom saber que está levando a vida à frente tal como deve ser: viver apenas um dia de cada vez. Parabéns por não mais se preocupar com a opinião dos outros e caminhar dentro do seu próprio ritmo. É assim que deve ser! O Exame para a Ordem você poderá fazer um sem conta de vezes, não sendo motivo algum de desânimo não ter passado agora. O principal “exame” é saber se você se encontra bem consigo mesma. Todo o resto não passa de complemento. Há muito tempo que que o tal QI (quociente intelectual) foi substituído pelo QE (quociente emocional). E é nesse caminho que devemos levar a nossa vida.

      Um grande abraço,

      Lu

  128. Rebeca Peixoto

    Oi, Lu,
    espero que esteja tudo em paz com todos vocês! Venho aqui novamente buscar uma informação, já que sempre recebi apoio neste querido blog. Faço uso do escitalopram e precisei extrair um dente, portanto estou tomando antibiótico (amoxilina) e desde então sinto uma coisa muito ruim, uma fadiga, falta de vontade de tudo, assim como quando tinha minhas crises de pânico ou fobia social. Você teria alguma informação sobre o efeito desse remédio, se há interação? Eu estava me sentindo tão bem, ativa … Agora fico só deitada, morrendo de sono. Estou com medo do efeito do remédio. Obrigada desde já.

    Beijos no coração!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rebeca

      Eu nunca ouvi falar que houvesse interação entre o oxalato de escitalopram e antibióticos. Inclusive faço uso desse mesmo medicamento e, ao fazer transplante de um dente, também tomei antibiótico, sem ter qualquer problema. Penso que pode ficar tranquila quanto a isso.

      Dê-me notícias suas.

      Abraços,

      Lu

  129. Elaine Chapani

    Oi, Lu,
    tenho síndrome do pânico há três anos, eu me tratei e achei que estava curada. Parei com os remédios e depois de uma crise voltei a me tratar. Há três meses estou tomando escitalopram, estava muito bem, mas esses dias tive uma crise, quer dizer acho que foi uma crise, fui parar na emergência do hospital. Acharam que era infarto, a pressão subiu e os batimento foram para 140. O primeiro eletro deu alterado, mas os outros que fiz não deu nada, mas estava com dor no peito.

    Depois de tantos remédios, senti um gelo subindo pelas pernas e quando chegou na cabeça começou a queimar os olhos e a garganta. Será que é pânico? Será que o remédio parou de fazer efeito? Faz 5 dias hoje e ainda sinto essa dor no peito e uma angústia. Medo de dar de novo.

    Será que vai passar? O que devo fazer?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Elaine Chapani

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, fique tranquila, pois todas as pessoas acometidas pela síndrome do pânico correm para o hospital achando que estão tendo um ataque cardíaco, uma vez que os sintomas são bem parecidos. Você fez os exames e esses mostraram que está tudo bem, portanto, não há o que temer. Mesmo o primeiro exame que deu alterado, pode ter sido em função de sua crise de pânico. Essa dor no peito pode ser, também, consequência do próprio transtorno mental que também traz no seu bojo alterações físicas, assim como pode estar aliada à sua angústia.

      Elaine, tudo o que me disse leva a crer que tenha tido um forte ataque de pânico (leia os comentários e veja como é comum isso acontecer). O nosso organismo, com o tempo, vai se acostumando, sim, com o antidepressivo. Já passei por muitos (tomo oxalato de escitalopram atualmente), mas como o seu ainda se encontra muito recente, pode ser que a dosagem esteja baixa. O melhor a fazer é retornar ao seu psiquiatra e conversar com ele. Fique tranquila, pois logo estará bem. É comum também carregar esse “medo” de a crise aparecer de novo. Todos passam por essa situação. Se ela reaparecer, apenas se deite e procure relaxar. Não ofereça resistência. Vá respirando fundo e calmamente…

      Amiguinha, você não se encontra só. Agora tem uma grande família. Venha todo dia para cá. Estamos ao seu lado. Nada de angústia… Vou lhe passar uns textos que quero que leia. Eles irão ajudá-la muito.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Samuel

        Olá, Lu!

        Estou lendo os depoimentos aqui há mais de uma hora.

        Tive uma síndrome do pânico quando dormia, na noite do meu aniversário. Cheguei a desmaiar rapidamente com a pressão 8/5. Fiz todos os exames e tudo deu normal. Fui ao psiquiatra e iniciei o tratamento com ESC. O meu psiquiatra me orientou a tomar gradativamente. Ele me receitou também 0.25 de aprazolam, porém, meio comprimido de manhã e meio a noite. No momento alcancei 5 gotas do ESC, com mínimo efeito colateral. Porém à noite, quando tomo o alprazolam, começo dormindo bem e no meio da noite já acho que é de manhã e ainda são três horas. Imagino que o aprazolam esteja me deixando sozinho no meio da noite.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Samuel

          Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinho, é muito importante ler todas as informações relativas ao seu transtorno mental, pois quanto mais bem informado, melhor compreenderá e se tratará. Além do mais, saberá que não se encontra sozinho.

          Você não me disse quando iniciou o tratamento, mas pelo que já leu, sabe que demanda alguns dias, após iniciá-lo, para que seu organismo encontre o equilíbrio. O oxalato de escitalopram é um antidepressivo que vem sendo muito receitado pelos médicos, obtendo as pessoas uma boa resposta. Quanto ao alprazolam que funciona como um ansiolítico, deve ser tomado apenas na fase inicial do tratamento. Assim que passar a fase difícil é bom ir diminuindo a dosagem até parar completamente. Este medicamento não pode ser tomado por muito tempo, porque vicia e traz outros problemas. Penso que o fato de acordar no meio da madrugada deve-se ao oxalato de escitalopram. Assim que atingir a dosagem total indicada pelo psiquiatra, tendo passado pelos efeitos colaterais, o seu sono voltará com qualidade. Neste momento é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente).

          Samuel, venha sempre conversar conosco acerca de como anda o seu tratamento. Estamos torcendo por você.

          Abraços,

          Lu

        2. Samuel

          Obrigado, Lu!

          Admiro seu empenho e atenção a todos. O aprazolam, eu estou tomando a metade da menor dose que existe. Sigo meticulosamente as orientações do psiquiatra.

          Deus abençoe a todos.

  130. Lucas

    Lu
    Conheci seu site esta tarde quando estava procurando por informações sobre o escitalopram que estou tomando, me identifiquei muito com as histórias e comentários de todos aqui, fiquei na dúvida se deveria ou não compartilhar minha experiência com vocês também, até que agora resolvi falar um pouco, afinal, talvez ajude alguém passando pelas mesmas situações.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lucas

      Transformei seu comentário num texto que será publicado na página principal em DEPOIMENTOS. Deixarei lá a minha resposta, após sua publicação.

      Abraços,

      Lu

      1. Lucas

        Claro, aguardo, como disse, espero poder ajudar alguém, e quem sabe, também me ajude no processo.

  131. Eugênio Autor do post

    Lu

    Desde meus 18 anos sofro de pânico, ansiedade e depressão severa. Passei por vários médicos e usei várias medicações e, quando me senti bem, achando que estava curado, abandonei a medicação por conta própria e aí vieram, após 2 anos, crises mais fortes. Hoje só consigo andar se tomar rivotril e as crises não passam. Procurei ajuda e devido os efeitos colaterais perdi o emprego, vida social e sexual. Hoje estou com 49 anos e os problemas só vêm aumentando devido à idade ou me deixando de lado para cuidar de meus pais idosos. Ganhei hipertensão, colesterol , triglicerídeos, ácido úrico e pré diabetes. Jesus! São muitas medicações e sei que se a cabeça não está bem o resto só tende a piorar.

    Apesar de estar tomando remédios e fazendo dieta para os problemas acima mencionados, resolvi também cuidar da cabeça (pânico, ansiedade e depressão ) e me receitaram escitalopram 15 mg a começar com meio comprimido. Meu medo é acrescentar mais um medicamento diante de todos os outros. O médico disse que sem problemas. Preciso me reencontrar mentalmente e fisicamente para cuidar de meus pais. Estou desesperado, sem apoio, sem poder simplesmente exercer tarefas fáceis para os que não tem esses problemas como ex: escovar dentes, tomar banho, fazer barba, enfrentar fila sem que a maldita ansiedade me deixe fazer. Desculpe texto grande. Tentei resumir o máximo.

    Beijos e luz a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Eugênio

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, lidar com os transtornos mentais não é fácil para ninguém, mas podemos começar aceitando que necessitamos de tratamento. Este é o maior e mais importante passo. Todo o resto é questão de tempo. O que tem atrapalhado as pessoas vitimadas por tais transtornos é a falta de informação. Um problema que avança em todo o mundo, que chegará a ocupar o pódio de número 1 até 2030 merecia maior divulgação por parte dos governantes, sendo veiculado em toda a mídia. Por isso, muitos paralisam o tratamento sem um parecer médico, enquanto a maioria não busca ajuda médica, achando se tratar apenas de uma tristeza passageira. Somente quando as crises passam a incapacitar o doente é que a ajuda médica é buscada, depois de muito sofrimento desnecessário. E os médicos também pecam ao não explicar direitinho aos pacientes, dando-lhes informações de suma importância sobre essa doença. Aqui neste espaço tentamos suprir estas falhas, dando um pouco de suporte emocional e informações aos que aqui chegam diariamente.

      Ao que me parece, você procurou ajuda médica, ficou bom, parou com a medicação e somente agora retorna ao tratamento. Como não possível mexer no passado, quero cumprimentá-lo pela busca de tratamento. Parabéns! Ninguém merece viver sofrendo, quando pode encontrar ajuda. Vida para frente. É muito importante cuidar da cabeça, pois se ela não vai bem todo o resto desanda. A depressão (quase sempre recorrente) traz em seu bojo uma série de doenças. Por isso, precisa ser tratada com urgência.

      Amigo, não há porque ter medo de tomar o antidepressivo. Ele lhe fará muito bem, oferecendo-lhe melhor qualidade de vida. Somos um batalhão a tomá-lo. Se o seu médico diz que não há interação com outros medicamentos que toma, não há porque ter receio. Não se assuste com os transtornos iniciais que duram cerca de três semanas. Eles são normais. Depois verá a luz no final do túnel. O oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais receitados em todo o mundo (eu mesma faço uso dele). Pode tomá-lo sem medo. Gostaria que nos escrevesse sempre falando como anda seu tratamento.

      Eugênio, você não se encontra mais sem apoio, porque nós, seus novos amigos, estamos aqui. Nós estaremos aqui todos os dias, prontos para ouvi-lo. Essa apatia e incapacidade de fazer as coisa são provenientes de sua depressão. Ao conter a ansiedade, verá como as coisas irão melhorar. Vá com calma. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Muitos aqui chegam em estado pior que o seu e hoje já se encontram bem, após o tratamento. Melhorando a cabeça (o processador do corpo) tudo irá melhorar, a começar pelo rol de doenças citadas por você, muitas delas oriundas de seu transtorno mental. Muitos não têm ideia do quanto a depressão incapacita o doente.

      Amigo, em qualquer que seja a nossa idade, faz-se necessário dedicarmos um tempo a nós mesmos. Só podemos cuidar dos outros na medida em que nos amamos e cuidamos de nós. Fora disso é impossível, pois, se estivermos murchos por dentro, nossos afetos também serão tristes e vazios. Além disso você está muito jovem (é um gatinho… risos), cheio de amor para dar e com um espaço imenso para ser preenchido. Os seus cuidados com seus pais merecem aplausos, mas tenho a certeza de que eles também querem vê-lo feliz.

      Eugênio, quando escrever aqui, não se preocupe em resumir. Deixe a sua alma ditar, pois isso alivia o coração. Mais uma vez quero lhe dizer que não se encontra só. É um de nós. E todos nós já o amamos. Caiu aqui… é afeto de todo lado… risos. As pessoas são muito afetivas e generosas. Escreva quantas vezes quiser e o quanto sentir vontade.

      Um grande abraço,

      Lu

  132. Elaine

    Oi, Lu e pessoal,

    faz um tempinho que eu não escrevi aqui, mas estou sempre lendo os novos comentários.

    Vou contar um pouco do que tem acontecido comigo depois de sete meses de tratamento com o escitalopram. O remédio perdeu totalmente o efeito sobre meu organismo,comecei a sentir tudo de novo, as crises voltaram tão ou mais fortes que antes, uma canseira sem limites, já faz três meses que tenho formigamento e choque nos pés e nas pernas, perdi 13 quilos, passei do manequim 42 para o 36, desenvolvi um transtorno alimentar, não consigo comer (como às vezes uma refeição o dia todo), não sei mais o que fazer, comecei a perder os movimentos das pernas, agora ando arrastando uma das pernas e o médico só sabe dizer que é estresse.

    Agora comecei a tomar o velija, faz uns cinco dias e tenho me sentido muito mal. Acordo vomitando, tenho crises, só ontem tive mais de quinze, meu peito dói e não consigo respirar direito, fico tossindo pra que o ar volte. As coisas não tem sido fáceis, continuo lutando contra tudo isso. Esse ano pode ser meu ano de formatura, estou tentando não deixar que isso me atrapalhe, mas alguns dias vou pra faculdade e não consigo ficar até o final das aulas e tenho que vir pra casa.

    A cobrança das pessoas pra que a gente melhore é o pior, como se fosse mágica e tudo pudesse sumir, não é tão fácil assim, bem se fosse. Tem dias que fico perdida, a tontura me deixa aérea, pensamento longe, olhar distante, parece que não estou aqui. No final das contas fico no aguardo pra ver o que vai acontecer, continuo com fé que Deus vai me ajudar. Queria saber se alguém aqui toma velija e quais são os sintomas mais comuns, porque estou meio assustada com tantas crises e essa dor no peito.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Elaine

      Minha querida, é normal que, após um determinado tempo, nosso organismo se acostume com a substância principal do antidepressivo usado. Isso me aconteceu muitas vezes, inclusive quando eu tomava fluoxetina, antes de passar para o oxalato de escitalopram. Quando isso acontece e a dosagem encontra-se baixa, o médico costuma aumentá-la, mas, quando já se encontra alta, ele precisa mudar para outro antidepressivo, muitas vezes usando até mesmo dois medicamentos. Portanto, isso não é motivo para ficar assustada. O bom é que, com um novo antidepressivo poderá não ter esta predisposição para emagrecer (algumas pessoas emagrecem e outras engordam com o oxalato de escitalopram), recuperando os quilos perdidos (com esse também existem as duas probabilidades: engordar ou emagrecer), mas não se esqueça que deve se esforçar, fazendo a sua parte na alimentação. Se não come, aos transtornos adversos causados pelo medicamento se juntarão outros mais, inclusive anemia profunda. Peça seu médico para lhe passar um complemento alimentar. Existem muitos no mercado, como a conhecida Sustagem. Pode também tomar um estimulante do apetite, não fique sem se alimentar.

      Embora o estresse de formatura não seja fácil, trazendo muitos problemas de saúde, é bom estar atenta aos problemas mentais, pois os problemas descritos por você são mais sérios. Posso perceber através de seu comentário que não se encontra satisfeita com seu psiquiatra. Que tal procurar um segundo para ter mais informações? Se não está achando o profissional competente para cuidar de seu quadro, não tarde em buscar outro. A maioria das pessoas faz isso. É preciso olhar o que está acontecendo com sua perna (não sei a sua idade, mas pode ser osteoartrite). Os transtornos mentais podem nos transformar em farrapos humanos, quando não tratados devidamente. Estarei aguardando a sua ida a um novo psiquiatra.

      Amiguinha, não ligue para a cobrança das pessoas. Ninguém fica doente porque quer. É tudo muito doloroso, já falamos sobre isso em alguns textos aqui neste espaço. O que não pode é ficar parada sem buscar apoio médico. No meu entendimento você se encontra num profundo quadro depressivo, o chamado “transtorno depressivo maior”. Confie em Deus, mas trabalhe para que sua melhora aconteça. A fé (sem a sua obra) não tem valia alguma. Quanto ao novo medicamento, trata-se de um antidepressivo (cloridrato de duloxetina), também muito usado. Você poderá ler mais sobre o mesmo, inclusive sobre os efeitos adversos em https://www.bulario.com/velija/

      Elaine, por que não nos procurou há mais tempo? Não sofra calada, menininha! Quero notícias suas sempre, até ficar boa.

      Grande abraço,

      Lu

    2. Dudu

      Lu

      Tomo escitalopram desde 2007.

      Depois de ler o livro sobre a máfia dos remédios, concluí que talvez nunca consiga parar, porque ao contrário do que pensava, vicia e é quase impossível parar e que cria a doença pela qual a pessoa está tratando. Já tomei quase todos que existem desde o ano de 2000 e não me sinto melhor ou pior que antes da primeira vez q tomei. Agora fazer o desmame e tentar parar é uma tarefa quase impossível porque no caso o antidepressivo muda a estrutura do cérebro. Sinto-me num beco sem saída ao ter iniciado o uso de antidepressivo. Faixa preta já me livrei há uns 9 anos e era um estresse na minha vida! Vivia cansada e com sono. Durante muito tempo me achei estável com o escitalopram porque achava que faltava serotonina no cérebro. Hj já acho que estou tolerante a ele. Tentei trocar e fiquei muito ruim. Nem sei mais o que fazer em relação a tudo isto. Não me sinto mais bem e também sou uma múmia emocional.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Dudu

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

        Amiguinha, caminhando os Transtornos Depressivos para ocuparem o primeiro lugar no pódio até 2030 e estando hoje entre as doenças com maior incidência, a literatura médica tem sido cada vez mais especializada no assunto. Não se trata de um faz de conta, como muitos imaginam. A depressão é uma doença seriíssima, pois traz no seu bojo muitas outras, além de poder levar o doente ao suicídio, sendo hoje uma das maiores causas de tal comportamento fatal. Portanto, quero alertá-la para certas leituras no que diz respeito aos transtornos mentais, pois, o alerta da associação médica mundial, atualmente, é para que o profissional não minimize os sintomas, fazendo com que o paciente ache que se trate de algo à toa, mas que o trate com a maior seriedade possível.

        Dudu, eu posso lhe falar de cadeira sobre transtornos mentais, pois a depressão é hereditária em minha família pelo lado materno, vindo, até onde se sabe, desde minha bisavó. Para ser mais direta acerca da minha árvore genealógica, essa herança passou por minha avó, minha mãe, chegando até mim. Isto sem falar nos inúmeros tios e primos. Para você ter uma ideia, minha amiga, perdi uma tia há três anos por ter se recusado a viver, numa espécie de suicídio lento: recusava comer, tomar medicamento, sair da cama… Também tive um primo que cometeu suicídio. Todos depressivos. Por isso é preciso ter muito cuidado com o que lê acerca do assunto, buscando apenas fontes sérias, amparadas por pesquisas médicas.

        Os antidepressivos foram uma luz no fim do túnel para as vítimas de transtornos mentais. Quem não acredita, basta ler como viviam essas pessoas em tempos atrás, sendo chamadas de loucas e, muitas vezes, jogadas em verdadeiros depósitos humanos, os manicômios e sanatórios (ver artigo aqui no blog: A LOUCURA NA IDADE MÉDIA). Também já passei por um sem conta de antidepressivos. Sempre que um perde o efeito, pois o organismo se acostuma, passo para outro. Em contrapartida, levo uma vida normal, sou produtiva (escritora) e tento ajudar outras pessoas que também sofrem com o mau funcionamento dos neurônios. É fato que a Ciência ainda não encontrou uma resposta exata para o problema, pois são muitos os fatores que conduzem às doenças depressivas, contudo, não podemos negar que a vida de um paciente depressivo hoje é infinitamente melhor do que em tempos atrás. Isso é inegável.

        A máfia dos remédios existe,sim. Todos sabem disso, pois já foi denunciada várias vezes, assim como foram denunciados laboratórios e médicos. Em razão disso, é preciso buscar profissionais sérios, comprometidos com o paciente. O que não se pode é colocar todos na mesma gamela. Há um profissional muito sério no mercado com livros sobre os transtornos mentais: Dr. Augusto Cury (seus livros estão em todas as livrarias e custam muito pouco) que dá excelentes informações.

        Dudu, não é por existir a máfia dos remédios que podemos abrir mão dos medicamentos. Nosso cérebro adoece assim como qualquer outro órgão de nosso corpo. Se seu rim ou coração está doente, você deixaria de tomar remédios por que leu sobre a máfia dos remédios? Claro que não! A negação das doenças mentais já ficou num passado remoto. Quanto ao medicamento faixa preta (ansiolítico), ele deve ser tomado com cuidado e por um curto espaço de tempo, pois realmente vicia, mas as pesquisas médicas negam que o antidepressivo vicie. Tanto é fato que eles perdem o efeito, mudando a pessoa para outro com uma substância totalmente diferente (são inúmeras as substâncias com que são feitos). Outro fator que nos prova isso é que, muitas pessoas tratam o transtorno, fazem o desmame e ficam anos e anos sem o medicamento, mas, como tais doenças são reincidentes na maioria dos casos, acabam voltando ao tratamento. Outra coisa, o antidepressivo não muda a estrutura do cérebro, mas apenas contribui para o rearranjo dos neurônios que estavam trabalhando mal. Apenas isso. O mesmo acontece com qualquer órgão corporal que esteja funcionando mal, ao receber o medicamento.

        Amiguinha, se ainda não encontrou uma reposta eficaz para o seu tratamento, aconselho-a a buscar um bom profissional, repassar para ele, além do que sente, sua preocupação com os medicamentos. Talvez seu tratamento também precise estar atrelado à psicoterapia. A função dos antidepressivos é nos permitir uma vida com qualidade e não nos transformar em múmias. Há alguma coisa errada com o seu tratamento. Saiba também que o início com qualquer antidepressivo traz crises sérias, mas que passam após cerca de três semanas. Busque outro especialista o mais rápido possível. No que precisar, estaremos aqui. Poderá contar conosco.

        Leia: A LOUCURA NA IDADE MÉDIA
        Um grande abraço,

        Lu

  133. Resende

    Olá, Lu!

    Gostaria da sua opinião…
    Eu sempre tive problemas com depressão e fobia social.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Resende

      Seu comentário foi transformado num texto para ser postado na página principal. Respondê-lo-ei lá.

      Abraços,

      Lu

  134. Rene

    Oi, Lu e pessoal!

    Hoje venho em um tom de desabafo. Estou há 40 dias tomando. Tenho poucos efeitos colaterais físicos a essa altura, que incluem boca seca, taquicardia, dormência na perna e braço do lado esquerdo, bocejos, nó na garganta, pressão no peito, desconfortos no sistema digestivo, pressão na cabeça, tensão muscular (nuca, pernas, às vezes no pé esquerdo). No nível das emoções, ainda sinto alguma instabilidade, ansiedade, pensamentos negativos, às vezes angústia, sensação de que vou perder o controle, por assim dizer. Como disse em outras postagens, cada vez sinto menos esses efeitos. Tem dias que eles não aparecem. Mas em outros, aparecem um pouco mais fortes. Às vezes é difícil de lidar. Na semana passada tive uma crise, depois de tempos sem ter nenhuma. Não foi tão forte, mas fiquei um pouco assustado com a intensidade. Fiz o exercícios que conheço de respiração, fiquei a testemunhar os meus pensamentos e assim foi passando. Mas tive que tomar um lorazepam pra dormir. Ontem tive o início de uma crise, que foi bem menor que anterior. Estava com a respiração alta (peito cheio de ar), com dificuldade de engolir e a boca foi ficando muito seca, o coração foi acelerando. E tinha passado o dia super bem, tranquilo, nada de exaltações. Confesso que nesses momentos, ainda sinto uma certa frustração, mas tento relembrar da chave da superação da crise que é justamente a aceitação do momento como ele é. Sem isso, não dá nem pra começar. Começo a amarrar mil histórias do meu passado remoto, surgem lembranças ruins, traumas recentes e passados, e tudo se torna, automaticamente, uma grande armadilha mental. É preciso ter paciência mesmo. Estar alerta sempre. E confiar na vida.

    Desejo a todos que passam por essa e outras experiências muita coragem, pois sei que todos nós estamos conseguindo superar essas situações tão desafiadoras, mesmo que seja só um pouquinho, a cada momento.

    Paz no coração de todos vocês!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rene

      A conclusão a que chego é que a sua dosagem de cloridrato de escitalopram (10 mg) está muito baixa para o seu caso, incapaz de conter os sintomas de seu transtorno. Talvez seja por isso que as crises de ansiedade não estejam sendo contidas. Você deverá voltar ao seu psiquiatra, repassar para ele tudo o que está sentindo (leve escrito para não se esquecer). Essas oscilações são normais no início do tratamento, pois alguns organismos levam um tempo maior para se adequarem à dosagem necessária. É preciso continuar tendo paciência, otimismo e persistência. Estarei aguardando novas notícias. Não deixe de retornar ao seu médico.

      Abraços,

      Lu

  135. Alexandra Carvalho

    Querida Lu,

    Já não sou marinheira de primeira viagem, nem aqui no Vírus da Arte, nem nesta ‘dança’ da depressão e dos transtornos de ansiedade/pânico, mas, por esta altura, os meus comentários já se devem ter perdido nas areias do tempo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alexandra

      Seu comentário está sendo preparado para ser postado como texto, na página principal do blog.

      Abraços,

      Lu

  136. Rene

    Lu e pessoal!

    Hoje completei 30 dias tomando 10 mg do oxalato de escitalopram. Dos sintomas adversos que tive ainda restam alguns, em menor intensidade, como bocejos (não é sono), sensação de nó na garganta (uns dias mais, outros menos) e algumas cismas que estão diminuindo. Também sinto desconforto no estômago, que afeta um pouco o sistema digestivo. Acordo algumas vezes um pouco acelerado, com muitos pensamentos, mas vai passando. A ansiedade ainda aparece, embora menor e por menos tempo, mas não tenho tido crises. Enfim, tenho uns dias melhores que outros, mas sinto melhora geral.

    Relatei isso ao psiquiatra nessa semana e ele me sugeriu dividir o comprimido de 10 mg em duas partes, tomar metade de manhã e outra à noite, na tentativa de reduzir os efeitos causados pelo aumento da dosagem.

    Lu, na sua experiência, você acha que vale a pena tentar isso? Ou é melhor deixar como está e aguardar mais uns dias pra ver se passa? Só tenho receio de, ao tomar à noite, prejudicar mais o sono. O que você acha?

    Obrigado sempre pela sua atenção e generosidade!

    Um abraço!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rene

      Se a sua melhora tem sido progressiva e os efeitos adversos regressivos, penso que deveria esperar mais uma ou duas semanas tomando o medicamento como está. Sem falar que ao tomar apenas uma vez ao dia, você corre o risco de não se esquecer. Caso persistam os efeitos ruins e estejam a incomodá-lo, experimente a sugestão médica. Sugiro que também tome três ou mais xícaras de chá (camomila, erva-cidreira, erva-doce ou melissa) ao dia, pois além de funcionarem como calmantes, também agem no sistema digestivo. Ao deitar-se, tome um copo de leite morno, pois ajuda no sono.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Rene

        Lu, vou experimentar a sua sugestão. Muito obrigado pela ajuda e pelas dicas do chá 😉

        Um abraço!

  137. Crisneide Autor do post

    Lu,
    estive no psiquiatra hoje depois de 15 dias tomando o Esc e sem ver resultado de melhora. Ele mudou pra depois do café, tomar 1 e depois do almoço outro,totalizando 20 mg e na hora de me deitar tomar zolpidem. Quando tiver com pânico tomar rivotril de 0,25. Você conhece esse zolpidem e o rivotril, pois pra mim são novos e estou meio assustada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Crisneide

      O oxalato de escitalopram é um antidepressivo muito receitado pelos médicos atualmente. É normal o fato de ainda não estar sentindo melhoras, pois ela acontece, normalmente, após três semanas de uso do medicamento. É preciso um pouco mais de paciência. Quanto ao zolpidem, trata-se de um remédio para insônia e o rivotril é um ansiolítico para as crises. Assim que estiver se sentindo melhor, seu médico deverá suspender o rivotril. Pode tomá-los sem susto, pois muita gente aqui faz uso dos mesmos.

      Abraços,

      Lu

  138. Sirlei Autor do post

    Oi, Lu!

    Eu nunca tinha tido depressão, mas em agosto passado comecei a ficar mal com tristeza, uma agonia, vontade de só dormir,parece que nada mais tinha sentido. Depois de uns 2 meses fui no médico e ele me encaminhou para um psiquiatra que me passou uns remédios. Hoje tomo esc de 20 mg e deve de 50 mg, mas mesmo assim ainda não me sinto bem, parece que isso nunca vai passar. Há 4 meses melhorei um pouco, mas ainda não estou bem… continuo triste.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Sirlei

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se bem neste cantinho.

      Amiguinha, convivendo com a depressão desde a minha adolescência e vindo de uma família portadora de tal síndrome, sei muito bem como se sente. Saiba, contudo, que além dos medicamentos (precisamos aprender a conviver com tal transtorno, como fazem as pessoas com problemas diabéticos, cardíacos, tireoidianos, de lúpus, etc.). Os medicamentos são responsáveis 50% pela nossa melhora, mas a outra parte cabe a nós.

      Sirlei, as pessoas depressivas (como nós) são extremamente sensíveis de modo que, além do transtorno ainda têm dificuldades em lidar com a vida, pois tudo as agride. O que passa despercebido àqueles que não têm esse problema, a elas é visível, machucando-as, mas em compensação são as mais artísticas. Você poderá ver tal exemplo nos grandes gênios como Van Gogh, Munch, Lautrec e muitos outros (ver a história deles aqui no site).

      O que necessitamos, amiguinha, além dos medicamentos, é aprender a lidar com a vida de um jeito que não nos machuquemos tanto. Não podemos continuar sendo uma esponja que absorve a maldade do mundo, pois somos impotentes diante de tanta danação. Temos que convergir essa nossa dor e consequente tristeza para algo que nos traga alegria. No meu caso, passei a escrever e faço trabalho de voluntariado, além de estar sempre fazendo uma reflexão sobre o meu modo de agir diante das coisas que me entristecem (ver texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA).

      Sirlei, a depressão é recorrente (quando não é traumática, ou seja, ocasionada por um trauma), mas tais períodos ruins passam, sim, contudo, precisamos mudar o nosso modo de viver e sentir a vida. A primeira coisa é esquecer o passado e não ficar pensando no futuro, vivendo apenas o presente, mas um dia de cada vez. O que nos importa é o hoje e é nele que temos que investir. Necessitamos, sobretudo, de tornar nosso fardo mais leve, não levando tudo a ferro e fogo, sendo mais tolerantes com os outros e com nós mesmos. Precisamos olhar com olhos de ternura as pequenas coisas e não sermos tão exigentes e perfeccionistas, o que nos traz um grande vazio diante de nossa impotência para mudar as coisas.

      Sirlei, saiba que somos muitos nesta caminhada. Você não se encontra só. Terá aqui uma carinhosa família. Venha sempre nos visitar e falar de seu dia a dia. Será um motivo de grande alegria tê-la ao nosso lado. Juntos, somos fortes! Aguardo seu retorno.

      Abraços,

      Lu

      1. Dea

        Oi, Lu!

        Somente agora descobri e aceitei essa doença como hereditária e estou tentando me tratar. Até então era uma super mãe e advogada “arretada” que hoje “baixou sua bola”com tantos episódios de surtos que passam para a esfera física: ondas de calor intensas e sentidas sempre num momento de nervosismo com algo externo, dores em ambas as mãos, hipertensão, secura na boca, extremo cansaço sem esforço, intolerância no dia a dia e insônia crônica vivida desde a adolescência…

        Neste seu texto eu me identifiquei muito. Só não comecei as consultas com o psicólogo porque não encontrei um que atendesse o plano. Fui pela primeira vez ao psiquiatra há 15 dias, mas sem sucesso (nada conversou nem se interessou por meu caso, se limitando a receitar luvox que sequer tive coragem de comprar devido aos diversos comentários lidos na net). Enfim, penso que já foi um avanço para mim, aceitar-me como doente e ter encontrado esse seu site bem específico mais ainda.

        Obrigada pelo esclarecimento benéfico ao meu problema (irritabilidade, hiper sensibilidade à vida, dores físicas sem diagnósticos, falta de ar repentina, dificuldade de expressar o pensamento, medo do futuro, desânimo, necessidade de aprovação, sentimento repentino de inferioridade, muito choro, abandono a minha profissão de advocacia exercida há 30 anos).
        Encontrei um “cantinho” como você mesma diz.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Dea

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, diz um velho ditado que, quando a vida nos oferece um limão, dele devemos fazer uma limonada. É importante que você tenha aceitado o seu transtorno mental, pois este é o primeiro passo para a eficácia do tratamento. Saiba que você continua sendo uma mãe “arretada” e com a bola para cima, apesar das crises de pânico. Sempre digo que somos guerreiros e guerreiras POPs para aguentar todos esses reveses. Não somos de deixar a peteca cair. Podemos até curvar, mas como o pequeno bambu da fábula, voltamos a ficar de pé, qualquer que seja o vendaval.

          Realmente existem alguns médicos que são uma merda, nada acrescentando à nossa vida. O bom é que podemos jogá-los no esquecimento e partir em busca de um melhor, pois existem aos montes. Penso que antes de fazer uma terapia deverá passar por um psiquiatra, apesar do desencanto com o primeiro. Alguns comentaristas aqui dizem tomar luvox, mas eu nada conheço sobre este medicamento.

          Dea, não se sinta só, pois nós formamos uma grande família em que uns ajudam os outros. Tenho a certeza de que logo estará bem. O que não pode é ignorar o tratamento, pois as crises só tendem a ficar mais agressivas. Você já ficou tempo demais sem buscar ajuda médica. O importante agora é estabilizar o seu emocional. Conte conosco! Aguardo mais notícias suas.

          Abraços,

          Lu

  139. Iza Santos

    Lu

    Estava procurando respostas sobre o Esc e encontrei o seu site. Li muitos comentários e respostas, mas ainda assim a minha preocupação continua.

    Estou incluída no rol das ansiosas. Por causa de uma gastrite enantematosa persistente que tenho há anos e refluxo gastroesofágico, o gastro me encaminhou ao psiquiatra, achando que a ansiedade estava agravando e impedindo a cura da gastrite.

    O psiquiatra receitou metade de um comprimido de Esc 10mg, ao almoço por 15 dias e Zolpidem 1 hora antes de dormir. Eu já tomava o Zolpidem receitado pelo clínico. Hoje foi o quinto dia que tomei o Esc e estou passando muito mal, a ponto de pensar seriamente em abandonar o tratamento. Muito enjoo, aperto no peito, cansaço, dores nas pernas e falta de ar. Tanto que não consegui almoçar. Vi muitos relatos de pessoas que tomam Rivotril para amenizar os efeitos colaterais do Esc. Quero saber se posso tomar Rivotril 0,5 mg à tarde, quando os sintomas são mais fortes e o Zolpidem na hora de dormir.

    Tenho hipotireoidismo e a endocrinologista já me receitou o Rivotril para situações de emergência. Há alguma interação negativa entre esses medicamentos? Esc, Rivotril e Zolpidem. Quero muito continuar o tratamento, mas tomo conta de casa e de dois filhos e com esses sintomas não estou conseguindo dar conta do trabalho. E sinto muita fome, já que não consegui almoçar. Me oriente, por favor.

    Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Iza

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos na primeira fase do tratamento, mas esses passam em torno de três semanas, normalmente, de acordo com o organismo de cada pessoa. Você se encontra na fase inicial do tratamento, no período turbulento de adaptação do organismo, quando os efeitos adversos aparecem. Não se assuste, pois eles desaparecerão! Procure aguentar firme, mas não deixe de comunicar a seu psiquiatra os sintomas que achar que estão fora da normalidade (vou lhe enviar um texto sobre o assunto).

      Iza, também concordo que a ansiedade esteja agindo negativamente no seu tratamento gástrico, pois ela acomete principalmente o sistema digestivo. Você não deve tomar o rivotril sem a autorização do psiquiatra. Entre em contato com ele e exponha seu problema. Somente o especialista que acompanha o paciente e conhece seu histórico poderá adicionar ou retirar medicamentos.

      Não pare o seu tratamento, pois as crises tendem a ficarem mais fortes, resvalando para a Síndrome do Pânico. Quanto mais cedo domar sua ansiedade, melhor. Alie a seu tratamento chás (camomila, erva-doce, melissa, erva-cidreira), tomando três xícaras ao dia.

      Continue sempre em contato conosco. Não se sinta só. Aguardo novas notícias suas.

      Abraços,

      Lu

  140. Leandro

    Lu

    Tomo ESC e me sinto muito melhor, porém tenho uma única situação que me perturba por conta da Síndrome do Pânico: viajar de avião, não pelo fato de voar, mas sim de estar lá e não haver um escape se eu passar mal. No meu caso são dores de barriga desesperadoras. E o maior problema é que meu trabalho exige muitas viagens internacionais. Voce sugere que antes de embarcar eu faça uso de um alprazolan ou rivotril ou diazepan, por exemplo. Acha que me ajudaria nesses casos?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Leandro

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, quase todos nós que vivenciamos a Síndrome do Pânico passamos por esse tormento que é o medo de voar, ver-se fechados dentro de um espaço em que não vemos a saída. Eu também sinto isso, além de ter fobia de lugares fechados. Houve períodos em minha vida em que até uma sala de cinema, elevadores e mesmo a possibilidade de me encontrar em casa com as portas fechadas, sem as chaves nas portas, destravavam o gatilho do meu pânico. Confesso-lhe que dentre os muitos antidepressivos tomados, o oxalato de escitalopram foi o que mais me trouxe resultados positivos. Atualmente, logo que entro no avião, o temor vai se acalmando, enquanto eu procuro me distrair com outras coisas (conversar, ver filmes, ler…). E é claro que antes tomo um comprimidinho de bromazepam para me relaxar.

      Leandro, se esse temor ainda é muito forte, sugiro que converse com seu médico, pois pode ser que a dosagem do antidepressivo esteja muito baixa, pois não era para ter essas dores de barriga desesperadoras. Aliado a isso, procure fazer um trabalho de racionalização, lembrando-se de que o avião se encontra entre os meios mais seguros de transportes… Quantas pessoas também estão viajando de avião naquele momento, nas mais diferentes partes do mundo… Como é bom conhecer países diferentes… Travar conhecimento com pessoas… Conhecer outras culturas… Que seu trabalho é maravilhoso, muitos gostariam de estar em seu lugar… Que não pode deixar a SP tomar o controle de sua vida… E assim por diante.

      Como disse anteriormente, sempre tomo um diazepam para eu me relaxar nessas ocasiões. Faz muita diferença, sim… Ajudaria muito, se você tomasse. Quero que, após a sua próxima viagem (onde será?), volte aqui para me contar como foi. E saiba que milhares e milhares e milhares de pessoas passam por esse problema… risos, inclusive esta que lhe escreve. Depois de acalmada, passo a amar a viagem…

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Leandro

        Oi, Lu!

        Aqui vai…rs. Domingo estou indo para o México, uma semana lá… rs. Parece que estava adivinhando. Se não aparecer nenhum noticiário dizendo que um doido pulou do avião, volto aqui pra dizer como foi…rs.

        Beijão

        1. LuDiasBH Autor do post

          Leandro

          Que maravilha! É um dos países que tenho vontade de conhecer, pois o mexicano é muito parecido com o brasileiro em seu modo de ser. Quando chegar lá, se possível, diga-me como foi a viagem. Não se esqueça de colocar em prática a nossa conversa e o bromazepam… risos. Faça propaganda do virusdaarte.net por lá, mas nada de pular do avião para dar ibope… risos. Lembre-se de que conhecer outras culturas é tudo de bom… Se encontrar o Luiz Miguel (cantor) por lá, diga-lhe que gosto muito de sua voz, mas que precisa aprender a gritar menos… Hahahahaha!

          Será uma viagem maravilhosa, tenho a certeza disso! Afinal, você é um garoto POP (paciente, otimista e persistente). Estarei torcendo por você.

          Abraços,

          Lu

        2. Leandro

          Oi, Lu!

          Foi tudo maravilhoso! Tanto no trabalho quanto nos passeios. Confesso que em um dos jantares com o pessoal da empresa foi um pouco desconfortável. Lugar apertado, sem escape, tipo numa montanha, parece doideira, porque o lugar era lindo e não aproveitei, pois as minhas anteninhas ficavam sempre alerta. No voo de ida tive que tomar um alprazolam, na verdade de tanto medo, tomei dois. O que aconteceu? Não vi filme, não jantei, não tomei café, fui acordado por duas aeromoças e o avião vazio. Seria cômico se não fosse mais ou menos trágico… kkkkk.

          Bom, esse ano tenho mais duas viagens marcadas pra lá. O bicho papão foi superado, acho que as outras vão ser melhores. Obrigado por tudo. Queria te mandar uma foto de lá. Não sei como… rs

          Grande abraço!

          PS: não pulei do avião e nem apareci nos jornais!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Leandro

          É bom saber que foi tudo muito bem em sua viagem ao México, embora ali tenha chegado com a barriga vazia… risos. Você e o amigo alprazolam dormiram muito. Vixe Maria! O importante é que conseguiu botar um freio na sua fobia (você a nocauteou) e dado conta de seus afazeres naquele país, dando um grande passo à frente no seu transtorno fóbico. Houve uma época em que eu não entrava nem em elevador… risos. Hoje amo viajar de avião.

          Estou feliz por você. Quando chegarem as outras viagens, avise-nos, pois queremos acompanhar todo o seu progresso. O site tem o meu e-mail à direita, dentro de um pequeno quadro. Quero fotos das outras viagens… risos. Que bom que não pulou do avião e nem saiu nos jornais! Vixe Maria! Cruz credo três vezes!

          Um grande abraço,

          Lu

  141. Cristineide Aparecida Autor do post

    Lu e amigos

    Sou nova aqui, que bom que encontrei este cantinho. Estou no sexto dia do esc 10 mg. A médica receitou para eu tomar à tarde. Durante o dia fico sonolenta e à noite tenho insônia . Estou muito inquieta e irritada e às vezes com pânico, perdi o apetite e sinto-me fraca .

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cristineide

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa!

      Amiguinha, todo antidepressivo apresenta efeitos adversos nas primeiras semanas de uso, portanto, é normal que se sinta inquieta e irritada. Você ainda se encontra no período de adaptação ao medicamento, o que normalmente dura três semanas.

      Cris, já que está sonolenta durante o dia e insone à noite, pergunte a sua médica se poderá passar a tomar a medicação à noite. Não faça isso por conta própria, pois será necessário pular um dia sem tomar, senão a dosagem ficará muito alta. Esse medicamento em algumas pessoas leva à perda do apetite, mas não fique sem comer. Procure tomar sucos, chás e vitaminas. Com o tempo seu apetite irá voltar.

      Continue em contato conosco.

      Abraços,

      Lu

      1. Cristineide

        Lu

        Obrigada por sua atenção e carinho. Darei notícias, sim, na próxima semana.

        Beijos!

  142. Rene

    Oi, Lu!

    Estou há 19 dias tomando o oxalato de escitalopram 10 mg (Deciprax) para crise de ansiedade. Já fazia tratamento para insônia, com Loredon e Zolpidem. Tenho tomado Olcadil 1 mg nesse início de tratamento com o escitalopram, pois ainda sinto ansiedade, às vezes mais forte, que acredito ser parte dos efeitos adversos. Aliás, descobri e confirmei com o laboratório responsável que o Olcadil não está sendo fabricado temporariamente e está esgotado em muitos lugares. Talvez eu tenha que utilizar um medicamento similar, pois ainda sinto ansiedade forte. Fica o aviso para quem usa Olcadil.

    O que também tem me ajudado muito nessa fase é estar conscientemente e com aceitação plena. Ou seja, aceitar esse momento como ele é, pois acredito ser o primeiro passo para transformações realmente positivas. Por exemplo: assim que comecei a sentir melhoras, cheguei a pensar “pronto, agora acabou! Já estou praticamente bom! Não vou ter mais nada!”. Depois disso, tive crises brandas, sensações desagradáveis ou estranhas, possivelmente por causa dos efeitos do próprio remédio, e isso me gerou uma frustração, um desânimo. Então percebi que embora eu queira melhorar logo, não devo lidar com isso como um gol a ser marcado ou uma meta a ser alcançada, com um prazo determinado. E isso não quer dizer que não acredito que vou ficar bem. Pelo contrário: eu sei que estou ficando melhor a cada momento, sei que os efeitos adversos do remédio estão passando.

    Percebi que quanto mais eu aceito cada momento como ele é, com atenção nos momentos de bem-estar, melhor eu vivo, tendo mais qualidade de vida. Enfim, estou entendendo que a aceitação é uma chave para superar a própria ansiedade. E vamos seguindo POPs!

    Obrigado pelo espaço, Lu, sempre!

    Um grande abraço!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rene

      Sinto-me muito contente quando leio um depoimento otimista como seu, ainda que se encontre lidando com os transtornos adversos ocasionados pelo antidepressivo. É essa consciência de que tudo está melhorando e que é preciso dar mais ênfase aos momentos de melhora do que aos das crises passageiras que o impulsiona para cima. No tratamento é assim: o pessimista só fica a lamentar, enquanto o otimista vê luz nos pequenos e bons momentos.

      Amiguinho, seu comentário deve ser lido com atenção por todos que aqui veem, por isso, eu coloco em destaque a parte abaixo:

      “Então percebi que embora eu queira melhorar logo, não devo lidar com isso como um gol a ser marcado ou uma meta a ser alcançada, com um prazo determinado. E isso não quer dizer que não acredito que vou ficar bem. Pelo contrário: eu sei que estou ficando melhor a cada momento, sei que os efeitos adversos do remédio estão passando.”

      A aceitação é mesmo a mais importante das chaves:

      “Percebi que quanto mais eu aceito cada momento como ele é, com atenção nos momentos de bem-estar, melhor eu vivo, tendo mais qualidade de vida. Enfim, estou entendendo que a aceitação é uma chave para superar a própria ansiedade.”

      Grande abraço,

      Lu

  143. Marina

    Lu

    Faz 6 meses desde que finalizei o tratamento de SP e parei de tomar o escitalopram 10 mg ao dia. Quando fui diagnosticada, meu desespero era tão grande que procurei muitas saídas para que aquela ansiedade e medo de morrer acabasse da noite pro dia, mas, quando conheci este blog cheguei a mandar minha história e pedir conselhos. Você sempre me respondeu com palavras de apoio e conselhos em cima das minhas dúvidas. Naquela época, o medo de morrer, a agitação , as paranoias e tudo mais estavam presentes fortemente, mas com o tempo a medicação ajudou, a leitura sobre o que eu tinha ajudou, minha aceitação, os métodos de respiração (que faço até hoje) e muita muita fé…

    Não digo que estou curada, pois o meu estado mental jamais será o mesmo, isso também é uma coisa boa, pois aprendi a me controlar, a me conhecer, a saber que as piores fases da vida tem fim, que todo esforço será compensado, que a vida é um eterno aprendizado e a força que nos fez “cair” será transformada para nos fazer levantar.

    Amigos, acreditem, tudo ficará bem de algum jeito! Aguentem firme, pois há dias péssimos e dias ótimos, mais isso acontece com todos, essa é a vida… não desistam nunca!

    Obrigada, Lu, pelo apoio!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marina

      Como é bom saber que aquela fase difícil ficou para trás. Daqui para frente você só tende a melhorar mais e mais. Você aborda uma grande verdade ao dizer que:

      “… aprendi a me controlar, a me conhecer, a saber que as piores fases da vida tem fim, que todo esforço será compensado, que a vida é um eterno aprendizado e a força que nos fez cair será transformada para nos fazer levantar”.

      Fica a sua mensagem otimista para todos que aqui chegam. Espero que esteja sempre aqui conosco.

      Beijo no coração,

      Lu

    2. Rene

      Marina

      Gostaria de agradecer pelo seu comentário, pois é muito importante, principalmente para quem está iniciando o tratamento agora, como eu. Fico mais confiante de que tudo irá dar certo! Sucesso pra você!

      Um abraço!

  144. Vanessa Pegorin

    Lu

    Estava passeando pela net e achei seu blog e comecei a ler, pois são coisas que passo no meu dia a dia. Há mais de 3 anos fui diagnosticada com SP. Comecei o tratamento com o Pondera, mais visto que ele tira a libido, meu médico me receitou Duloxetkna, o qual tomei até semana passada. Estou com uma compulsão alimentar terrível e de 2016 pra cá engordei 23kgs. Como por pura ansiedade, para me satisfazer e o pior MAIS DOCES. Por isso, decidi trocar de médico e eu que tomava uma medicação passei a tomar 3. Esse médico novo me receitou ESC, BUP e DEKAPOTE. Faz 3 dias que estou tomando, mas tenho medo de tomar remédios. Não sei mais o que fazer, não sei se paro de tomar alguma dessas mediações, se troco novamente de médico. Sinceramente já não sei mais o que fazer.

    Beijos e um ótimo final de semana!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos, no início do tratamento, possuem efeitos adversos(cada organismo reage de um modo diferente), mas, com o passar da fase inicial, esses tendem a desaparecer. Dentre tais efeitos estão a diminuição da libido e o ganho ou perda de peso. Já existem estudos (em relação aos antidepressivos) no sentido de eliminar tais efeitos ruins. Tudo é questão de tempo. No momento, o que se deve levar em conta é o medicamento (ou medicamentos) que melhor se adapta ao seu organismo.

      Vanessa, é preciso realmente cortar sua ansiedade de modo a inibir essa sua compulsão alimentar. Tomar os medicamentos indicados por seu psiquiatra causam menos “medo” do que o excesso de peso que pode resvalar para a obesidade mórbida, detonando a sua saúde. É preciso que confie em seu psiquiatra. Não pare com a medicação, pois cada ruptura só faz aumentar os transtornos mentais, levando a crises severas. Se ler os comentários (são vários textos) verá que, dependendo do caso, faz-se necessário aliar um medicamento a outros para obter efeitos mais consistentes e mais rapidamente. Não há nada de anormal nisso. Você não deve trocar de médico mais, pois é preciso seguir adiante com a medicação indicada para que ela faça efeito. À medida que os resultados bons forem chegando, seu psiquiatra irá retirando os medicamentos que não forem mais necessários.

      Não é preciso ter receio, minha amiguinha. Seja POP (paciente, otimista e persistente) e logo passará por essa fase ruim. Enquanto isso, continue em contato conosco. Gostaria muito de acompanhar seu progresso. Saiba que não se encontra só. Fale deste espaço para seus amigos.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Vanessa Pegorin

        Lu!

        Obrigada por suas palavras! Realmente preciso confiar mais no médico. Na minha cabeça acho que estou tomando muito remédio e aí terei que tomar par a vida toda. Hoje mesmo estou muito ansiosa. Ele disse que posso tomar no máximo até 4 gotinhas de clonazepam para dormir dormir, se for preciso. Hoje faz 5 dias que estou tomando as medicações.

        Obrigada é um grande abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Vanessa

          Não se preocupe com o tempo que levará tomando os medicamentos, pois isso varia de pessoa para pessoa. O importante é que fique bem com o tratamento. Parabéns por ter completado cinco dias. Sinto que você é também uma guerreirinha. Continue! Estamos todos torcendo por você.

          Beijos,

          Lu

  145. Wenderson Fonseca

    Lu

    Estou tomando roxetin há 4 dias, só que estou com as mãos sempre suadas, é normal isso?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wenderson

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, todos os antidepressivos, no início do tratamento, possuem efeitos adversos(cada organismo reage de um modo diferente), mas, com o passar da fase inicial, esses tendem a desaparecer.

      Veja parte desta pesquisa:

      “Em pesquisas clínicas controladas as reações adversas mais comumente observadas e associadas ao uso de cloridrato de paroxetina foram náusea, sonolência, sudorese, tremor, astenia, boca seca, insônia, disfunção sexual (incluindo impotência e distúrbios de ejaculação), vertigem, constipação, vômito, diarréia e apetite diminuído. A maioria destas reações adversas pode diminuir em intensidade e freqüência com a continuação do tratamento e, em geral, não causam a interrupção do tratamento.”

      Como vê, ter as mãos suadas (transpiração) está dentro da normalidade, contudo, é sempre muito bom relatar ao psiquiatra, na fase inicial do tratamento, quais os sintomas adversos que sente.

      Wanderson, continue em contato conosco em relação ao seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

  146. Rene

    Oi, Lu!

    Completei 2 semanas tomando as 10 mg do oxalato de escitalopram, pela manhã. Tenho me sentido melhor, na maior parte do dia. As sensações físicas que descrevi em outros comentários, atenuaram bastante, e muitas delas quase não sinto mais. O que ainda ocorre, geralmente mais pro final da tarde e à noite, é alguma ansiedade, às vezes mais, às vezes menos. Também ainda sou surpreendido por alguns pensamentos de preocupação ou medo, mas consigo identificá-los e deixá-los passar muitas das vezes, pois sei que não representam uma realidade de fato, são apenas sensações. Não preciso nem “concordar” com esses pensamentos, ainda que eles venham.

    Ainda sinto um pouco de dificuldade de ficar assistindo TV, por exemplo. Dá uma certa confusão, cansaço mental. Mas também é algo que oscila e tem melhorado aos poucos, ultimamente. O que tem me ajudado muito é aplicar técnicas que me tragam para o momento presente, o “aqui e agora”. Volto a atenção para a minha respiração, acompanhando o ar entrar e sair. Se surge um pensamento ou sensação desagradável, tento trazer a atenção novamente para a respiração, que faço um pouco mais lenta e puxada pelo movimento do diafragma. Tem me ajudado bastante.Enfim, tenho visto que estão acontecendo os avanços, momento a momento. Há momento difíceis, mas eles passam mesmo.

    Peço ao pessoal que está começando o tratamento, não desanime! O começo é mais exigente, mas a gente vai melhorando com certeza.

    Lu, obrigado pelo espaço e pela atenção! Não tem preço 😉

    Um grande abraço!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rene

      É muito bom receber notícias suas, pois trazem sempre palavras de incentivo a todos que passam pelo mesmo processo. Tenho a certeza de que você caminha para se sentir cada vez melhor. É normal que ainda esteja sentindo os efeitos adversos, uma vez que ainda se encontra dentro da fase de turbulência. Tudo isso não tardará a passar. As técnicas respiratórias são ótimas.

      Quando à TV, eu tenho me afastado dela, pois não me tem feito bem. Muita gente, mesmo quem não tem transtorno mental, assim tem feito. Não dá para receber em nossa mente tanto lixo. Nossa TV aberta é da pior qualidade, sem falar que é extremamente parcial. Você não perderá nada se afastando dela. Também deve ter cuidado com as chamadas redes sociais. Muitas pessoas estão ficando lelé da cuca e bitoladas. Dê mais espaço para livros e filmes. Certo? Nós, vitimados pelos transtornos mentais, precisamos de uma vida tranquila e leve, vivendo um dia de cada vez.

      Um grande abraço,

      Lu

  147. Maria Claudia

    Lu!

    Estava olhando os comentários e vi que você teve recomendação do seu médico para se afastar de noticiários devido à política suja de nosso país. Meu médico na última consulta, falou que o Face é a rede da discórdia! Minha terapeuta falou também que preciso encontrar prazer em outras coisas, sair desse mundo virtual cheio de opiniões absurdas, que tanto me incomodam e me irritam, porque não tem me agregado nada.

    Pessoas a favor de armamentos, de mais violência, de ditadura, de tortura, de desrespeito com o próximo. E eu não faço parte dessa turma, acho tudo isso absurdo demais. E como convivo com política desde criança por conta do meu pai, aprendi muito.
    Ler sua resposta para o Renato, foi uma sincronicidade do que preciso fazer, de que estou no caminho certo.

    As opiniões diversas de hoje, maltratam quem pensa no próximo…

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Cláudia

      Vivemos uma época muito difícil, quando os valores éticos parecem não mais contar. É tanto desrespeito, principalmente por parte daqueles que deveriam dar o exemplo, pois são os dirigentes da nação, que temos a vontade de viver como toupeiras. E quem é comprometida com o social sofre mais ainda, é verdade. Foi em razão disso que tive que me afastar dos noticiários televisivos, pois estava sendo muito afetada. Comecei a dormir mal e a ter crises de depressão, ainda mais por termos uma mídia muito parcial, sem nenhum crédito. Hoje busco notícias em lugares específicos (247, blog do Nassif, blog do Eduardo Magalhães, do Paulo Henrique Amorim e do Euler). Deletei os demais espaços.

      Amiguinha, não sou afeita às redes sociais, até porque tomam muito tempo. Não gosto de “grupo de família” ou disso e daquilo. Acho uma xaropada. Prefiro um bom livro ou filme, pois irei realmente me enriquecer. Mesmo o “zap”, abro-o uma vez por semana. Haja paciência! As pessoas estão ficando cada vez mais emburrecidas com tanto lixo. Precisamos fazer a reciclagem… risos. Dê uma boa pausa à sua mente e opte apenas por aquilo que lhe acrescente algo de bom.

      Beijos,

      Lu

      1. Maria Claudia

        Oi, Lu!

        Você disse tudo, as opiniões dos insensatos nos maltratam muito! E ver que muitas pessoas defendem a desigualdade, a violência, perda de direitos básicos… me deixa muito angustiada. Vou deixar de lado também, porque concordo com o que você disse. Um bom livro, um filme, dar uma caminhada, apreciar uma paisagem enriquecem muito mais. O que eu notei também é que me “viciei” nisso (redes sociais). Achava bobagem até enxergar que eu estava nessa situação. Estou deixando rede social de lado e olhando mais pra mim, até porque necessito desse carinho comigo mesma.

        Beijo grande!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria Cláudia

          Precisamos direcionar nossa atenção para nós mesmos, pois cada um de nós é a pessoa mais importante para si mesmo. Se não nos amarmos, quem fará isso por nós? Além disso, amiguinha, nós, que temos transtornos mentais, necessitamos nos precaver, pois somos bem mais fragilizados que os outros.Temos que nos distanciar de pessoas e de fatos que nos aborrecem e desagregam. O que não quer dizer que tenhamos que nos transformar em pessoas omissas, sem compromisso com a nossa realidade. Dar uma parada com as redes sociais é uma boa pedida, porque evita o efeito viciante. Faça isso, mesmo!

          Beijos,

          Lu

  148. Maria Claudia

    Oi, Lu!

    Sei que estou sumida… Mas nunca me esqueço de você, do cantinho seguro e acolhedor que tenho aqui.

    Da última vez te falei que o Esc não estava mais fazendo o efeito do início. O que aconteceu é que ele passou a me dar sono. O equilíbrio com a Quet foi embora, então eu acordava muito tarde. Somando a isso vieram as crises de ansiedade, choro, instabilidade e desânimo. Meu médico achou melhor trocar e me passou o Bup. Eu deveria ter começado início de janeiro, mas perdi a receita e só achei semana passada. E como tenho q retirar o Esc, ele fez um “esqueminha” complicado, com dias alternados, horários diferentes, enfim comecei quarta passada. E lá fui eu pros efeitos colaterais. Não li a bula pra não me sugestionar, mas ontem tive que ler.

    O Esc foi mais confortável! Estou sofrendo, Lu! Tremor, ansiedade nível hard, tonteira, confusão mental, sensação de aperto na cabeça, sensação de que minhas pernas não vão me obedecer, aperto no peito, esquecimento, umas sensações estranhas que mais parece que vou enlouquecer, dores musculares, dor de cabeça, enjoo, e por aí vai… Amanhã vou tentar uma consulta com ele, pois estou somente fazendo a troca e tomando 1 comprimido por dia e depois passo pra 2 comprimidos, então estou meio que em pânico.

    Eu escrevo agora e tenho a sensação de que meu pensamento não está ordenado, sinto que meus dedos não me obedecem muito.
    Senti uma mudança brusca na mente, muito mais do que qualquer sintoma físico. Uma sensação muito estranha. O Rivotril, estou somente com 0,5 mg, acho q mesmo assim ele vai retirar aos poucos (ele parou com as lixadas, pois o comprimido já estava bem pequeno e deixou o de 0,5). Espero conseguir uma consulta amanhã, porque está pra lá de complicado. E como olhei a bula ontem, reconheci todos os efeitos colaterais, e sim, estou tendo os piores, inclusive aperto no peito, suor excessivo, taquicardia… Tá difícil! Saudades dos efeitos do Esc que me fez tão bem no início!

    Senti muita falta daqui, mas fiquei meio alheia a muitas coisas.

    É isso minha amiga,
    Uma beijo grande pra você, e pra nossa família.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Claudia

      Realmente eu me encontrava preocupada com você, mas compreendo perfeitamente como é lidar com os transtornos mentais. São muitas as idas e vindas até nos adaptarmos a um medicamento que fará toda a diferença. Enquanto isso, vamos passando por erros e acertos. Fique tranquila, pois tudo dará certo ao final.

      Você diz que o oxalato de escitalopram estava dando sono, se mudasse o horário a ser tomado não teria feito a diferença, bastando apenas mudar o Quet? O Bup é tomado por vários leitores deste espaço, conforme poderá ler nos comentários dos vários textos sobre o assunto.

      A mocinha não deveria ter ficado tanto tempo sem tomar a medicação, pois as crises tendem a agravar-se. Quanto aos efeitos adversos, todos os antidepressivos apresentam alguns, ainda que você já tenha tomado outros. Nosso organismo é bem exigente. O contato com seu médico é mesmo muito importante. Ele deve acompanhar todo esse novo processo, até que você se encontre bem. Assim que voltar da nova consulta, conte-me como foi.

      Amiguinha, perdoe-me a demora em responder seu comentário, pois ele (assim como três outros) caiu na caixa de spam, onde dificilmente vou. Somente hoje eu o encontrei. Será um prazer contar com o seu texto, mas só o faça quando estiver se sentindo bem. Não há pressa. Quanto a ficar alheia a algumas coisas, isso é muito bom, pois dá um descanso para a nossa mente. Precisamos desenvolver a capacidade de não nos preocuparmos com certas coisas que são realmente um “porre”. Nada melhor do que ficarmos na “nossa”. Nós, pessoas mais comprometidas com o social, carregamos um grande fardo, pois não carregamos a máscara da indiferença e da omissão. E que Deus tenha piedade de nosso país.

      Abraços,

      Lu

      1. Maria Claudia

        Oi, Lu!

        É tão gratificante receber seu carinho! Eu ainda não consegui falar com meu médico, mas já deixei recado. Notei que o Bup aumentou minha pressão também, então vou aguardar pra saber o que ele vai decidir.Eu não parei a medicação não, rs. Venho tomando tudo certinho, só demorei pra entrar com o Bup, mas continuei esse tempo (uns 2 meses) com a medicação de antes.
        Ele tentou passar o Esc pra de manhã, mas eu acordava e me dava um sono terrível umas 2 horas depois. O que eu observei é que tomando 5 mg do Esc pela manhã, não tenho sentido sono e acordo cedo! O dia rende muito! Assim que eu for na consulta, volto pra te falar o que ele resolveu.

        Obrigada pelo carinho, Lu!
        Eu estava sentindo falta do seu apoio!

        Beijo grande
        (Eu imaginei que tivesse caído no spam rsrs, ia enviar outra mensagem, mas vi a resposta agora)

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria Claudia

          É engraçado ver a reação de cada organismo. Imagine que a maioria das pessoas sente insônia com o oxalato de escitalopram. Algumas emagrecem e outras engordam… Entendi! Era o Bup que estava faltando. Vou aguardar o resultado de sua consulta.

          Também estava sentindo falta de sua presença querida aqui.

          Beijos,

          Lu

  149. Wilma

    Olá, Lu!

    Nossa! Quanta experiência bacana neste blog, às vezes achamos que estamos sozinhos com nossos problemas!

    Estou no início do quadro de depressão e com ansiedade a mil… Os dois universos em uma mesma pessoa. O cardiologista com quem faço tratamento receitou o oxalato de escitalopram de 10 mg fa mais de um mês. Comprei e confesso que estou com muito medo de tomar, por isso cheguei até aqui. Nunca tomei antidepressivos, sou uma pessoa muito medrosa com medicamentos, porém preciso resolver esse problema que está no início. Sinto que sozinha (sem o medicamento), não terei sucesso, pois não consigo dar o primeiro passo.

    Tenho uma dúvida: Será que precisamos tomar a vida inteira? Sei que cada organismo é de uma forma, mas já ouviu dizer alguém que iniciou e conseguiu parar com sucesso?

    Muito obrigada por você e outras pessoas com tamanha generosidade em contar suas histórias e assim ajudar o próximo.

    Beijão

    Wilma

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wilma

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, é normal que uma pessoa, ao ter que tomar antidepressivo pela primeira vez, sinta-se como você, pois os transtornos mentais ainda são vistos com certo preconceito em nosso país, embora cresçam a cada dia. É bom que saiba que vivemos uma época privilegiada, pois, se voltarmos os olhos para o passado, veremos como sofriam os doentes vitimados por tais transtornos, quando inexistiam os antidepressivos. Ou eram jogados nas estradas pelas famílias (há um texto a respeito no site) ou enterrados em manicômios. Portanto, resta-nos agradecer diariamente aos cientistas que trabalham com esses medicamentos maravilhosos que mudaram radicalmente a vida das pessoas com problemas mentais. A cada dia, ao tomar nas mãos meu comprimidinho de oxalato de excitalopram (já tomei outros), apenas agradeço.

      Wilma, é sabido que se faz necessário deter os transtornos mentais ainda no nascedouro. Não mais há necessidade de ficar sofrendo, pois quanto mais tarde iniciar o tratamento, mais fortes as crises irão se tornando. Chegará um ponto em que “se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”, ou seja, não haverá escapatória senão fazer uso do medicamento. Portanto, não tenha medo. Todos nós, neste espaço, fazemos (ou fizemos) o tratamento. Você não se encontrará só. É preciso livrar-se dessa agoniação, pois a ansiedade resvala para algo terrível: a Síndrome do Pânico.

      O tempo que deverá tomar o medicamento é de acordo com a reação de seu organismo. Apenas os doentes crônicos (como eu) terão necessidade de fazer uso contínuo. Muitos tomam o antidepressivo durante seis meses, um ano… Isso não importa, mas, sim, a sua saúde. Todo esse medo não é justificável. Nunca vi uma pessoa que tome remédio para pressão (diabetes, câncer, tireoide) lamentado tal fato. Temos que aceitar que nosso cérebro adoece e que necessita de tratamento. Fora disso não há caminhos. Há muitos comentários de pessoas que só usaram o medicamento por um tempo (ver nos textos sobre o assunto).

      Você deve iniciar o seu tratamento o mais depressa possível, antes que surjam as crises de pânico e tenha que parar no hospital. Que tal começar amanhã? Vamos lá… Estamos todos torcendo por você. E contará com este cantinho para apoiá-la.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Wilma

        Lu, muito obrigada pelo apoio. Vou iniciar, sim, pois o NÃO eu já tenho, vou atrás do SIM.

        Beijão

      2. Anderson

        Lu
        Pesquisando sobre o escitalopram, acabei chegando ao seu site.Tenho uma dúvida e gostaria que me ajudasse: tomo esse medicamento há 18 dias (10 dias 5 mg e 8 dias 10 mg), porém sinto que o medicamento meio que cortou as emoções sei lá, me percebo bem diferente, posso parar de tomá-lo?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Anderson

          Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinho, todos os antidepressivos apresentam efeitos adversos por um determinado tempo. Esses duram mais ou menos três semanas, de acordo com cada organismo. O que você está sentindo é parte de tais efeitos, por isso, aconselho-o a não paralisar o tratamento. Tenha calma, pois não tardarão a passar. Caso pare, poderá ter que voltar tomando uma dosagem ainda mais forte. Seja POP (paciente, otimista e persistente)! Aguarde mais um tempo. Quase todos passam por isso.

          Abraços,

          Lu

  150. Rene

    Lu e amigos

    Estou passando pra contar como tem sido esses dias com o oxalato de escitalopram 10 mg.

    Hoje faz 8 dias que estou tomando esse medicamento. No quadro geral, estou me sentindo bem melhor do que na primeira semana. O apetite deu uma ligeira queda assim que aumentei a dose, mas a intensidade foi inferior ao que ocorreu quando do início do tratamento. Também aconteceram algumas reações que não tinha experimentado, mas foram brandas (formigamentos nas mãos, nos pés, nos lábios, coração um pouquinho acelerado, a língua um pouco estranha, mas todos passageiros). Toda vez que percebia alguma reação física, apenas me lembrava que era algo passageiro, nada sério, mesmo que não fosse “agradável”. A certeza de que a sensação passa, fez com que eu a sentisse de forma mais suave. Ainda tive algumas ondas de ansiedade, alguns dias mais fortes, mas na maioria das vezes foram mais brandas e muito mais breves, e aconteceram em horários diferentes – geralmente ocorreram à noite ou pela manhã, assim que estou acordando.

    Hoje acordei bem melhor do que ontem. A atenção também está melhorando. São 16 dias corridos da medicação. Percebo que tenho mais momentos de bem-estar também. Tenho feito caminhadas, porque ajudam bastante: além de melhorar a disposição física, é ótimo olhar as pessoas, as coisas ao redor, perceber o mundo e se perceber nesse mundo como ele é. A respiração diafragmática e mais lenta, também tem ajudado muito, não só quando as crises aparecem, mas também em outros momentos. É um bom calmante. Recomendo muito a todos! 😉 Também faço uso de Loredon e Zolpidem, no tratamento para insônia. De vez em quando, tenho tomado Olcadil, só à noite, quando percebo que é necessário.

    Bem, posso dizer que com pouco tempo de tratamento já estou sentindo diferenças positivas. Percebo que aos poucos as sensações desagradáveis estão ficando pra trás e as sensações agradáveis estão cada vez mais presentes. Pensar positivo está me ajudando muito, em qualquer situação. Sempre me ajuda voltar aqui e ler os depoimentos de todos, pois sempre me encorajam.

    Obrigado a todos que vêm aqui compartilhar seus momentos. Eu sempre fui um pouco tímido, principalmente com situações como essa, mas vejo como a importância do compartilhar experiências podem ajudar outras pessoas. A mim ajuda muito. E vamos em frente, sempre POP!

    Obrigado sempre LU! Este espaço faz toda a diferença!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rene

      Adotar uma atitude positiva durante o tratamento é fundamental para o seu sucesso (e isso em qualquer tipo de tratamento).

      “A certeza de que a sensação passa, fez com que eu a sentisse de forma mais suave.”

      Você se encontra na fase inicial da medicação, o que ainda traz muitos efeitos adversos, mas, com o tempo, eles irão tornando-se mais fracos até desaparecerem completamente. Ainda assim é importante acompanhá-los com atenção para saber quando é necessário buscar ajuda médica (ver INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM), ou seja, quando os efeitos adversos não se encontram dentro da normalidade.

      Amiguinho, é mesmo muito importante o exercício físico. Caminhadas são uma maravilha, pois trazem disposição e fazem com que a pessoa continue em contato com o mundo. Ficar preso a um casulo só piora o nosso estado de ânimo. Quanto ao contato com os depoimentos de outras pessoas, é realmente o que você diz:

      “[…] mas vejo como a importância do compartilhar experiências podem ajudar outras pessoas. A mim ajuda muito.”, pois juntos nós nos sentiremos mais fortes.

      Abraços,

      Lu

      1. Rene

        Lu,
        obrigado pela sua resposta, sempre reconfortante e animadora!

        Pelo que tenho lido nos textos e comentários, estou com reações comuns ao medicamento nessa fase, que pode durar cerca de três semanas, certo? Mas estou fazendo o que você disse e observando sempre. Hoje a ansiedade foi um pouco forte, mas agora melhorou. Estou confiante que logo esses efeitos vão passar.

        Mais uma vez obrigado, Lu!

        Um abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rene

          Os efeitos adversos duram em média cerca de três semanas, embora alguns organismo exijam mais tempo e outros menos. Como você é uma pessoa bastante otimista, não demorará a sentir-se bem.

          Amiguinho, você não tem nada a agradecer, pois sou quem sente feliz com a sua presença querida.

          Abraços,

          Lu

  151. Raquel Santos

    Lu

    Desde setembro faço uso do esc 20 mg para depressão, mas no início de dezembro, ao me ver tão bem, minha médica reduziu para 10 mg, mas após quase um mês tomando essa dosagem mais baixa comecei a sentir me mal (taquicardia, apatia, dores na nuca). Voltei à médica em janeiro e ela voltou com a dosagem de 20 mg. Sinto-me muito bem novamente.

    Como saber a hora certa de tentar diminuir a dosagem? Voltei à minha vida normal felizmente, trabalhando, atividade física, lazer e já até iniciei mais uma pós graduação. Apesar de tudo posso dizer que estou muito bem.

    Quero dizer a todos que ainda se encontram na fase ruim do tratamento que sejam otimista, não desistam, pois logo o tratamento trará resultados excelentes.

    Obrigada, Lu, sempre, por ter criado este cantinho no qual podemos relatar nossos momentos difíceis e de vitórias, sendo muitas vezes não compreendidos por todos. Felizmente sempre tive um apoio e amor incondicional de meu esposo e filha nessa trajetória. Sempre vou aparecer pra compartilhar com todos como estou indo. Sejam POPs!

    Beijos a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      É muito bom saber que está se dando bem com o tratamento, já tendo voltado à normalidade de sua vida de antes. Quanto ao tempo certo de parar com a medicação, não há como saber. Apenas seu psiquiatra poderá pedir o desmame, mas nem ele mesmo saberá se você irá ficar bem sem o medicamento. Tudo acontece através de acertos e erros, ou seja, de experiências. Como observou, o simples fato de reduzir a medicação já mostrou que ainda não se encontrava bem. Aguarde mais um tempo.

      Não suma, pois todos nós precisamos de sua força.

      Abraços,

      Lu

  152. Rene

    Lu

    Parabéns por este espaço aqui. Encontrei-o justamente pesquisando sobre o oxalato de escitalopram, pois estou tomando há três dias.

    Na última terça-feira, tive uma crise de ansiedade – mas ainda sem ter certeza de que era realmente isso. Eu Já fazia um tratamento para insônia com um psiquiatra, desde o ano passado, e já estava com uma consulta marcada para esta semana. Dois dias antes da consulta, tive a inesperada crise. Enfim, conversei com ele, expliquei tudo o que senti e ele identificou uma crise de ansiedade. Receitou o oxalato de escitalopram começando com 5 mg por oito dias e logo após 10 mg, até retornar pra nova consulta. Sei que ainda é muito cedo, mas me sinto melhor do que no primeiro dia e, sem dúvida, melhor do que no dia em que aconteceu a crise. Ainda sinto certa ansiedade, mas procuro me ocupar, sempre respirar fundo, conversar um pouco quando possível, caminhar e, como você tem dito aqui, pensar positivo, ser receptivo com o medicamento.

    Quero encorajar as pessoas que estiverem passando por aqui a procurar ajuda médica. Não tenham medo nem vergonha, pois o importante é a gente se sentir bem. Estou otimista com o medicamento. Tive um pouco de redução do apetite e ainda algumas ondinhas de ansiedade, mas pelo que estou entendendo pelos comentários, são efeitos adversos que logo passam. De qualquer forma, tenho me sentido melhor pouco a pouco, mesmo sendo o início do tratamento e estou confiante que vai melhorar ainda mais.

    Obrigado a todos que contribuem aqui com seus comentários, pois faz muita diferença pra quem, como eu, está começando agora o tratamento. E obrigado Lu, pois a sua iniciativa traz muitos esclarecimentos, consolo e nos ajuda ter mais coragem e mais positividade.

    Muito obrigado! Muita paz e muita luz!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rene

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, pelo seu comentário pude observar que é uma pessoa POP (paciente, otimista e persistente), logo, os resultados obtidos com seu tratamento serão bem rápidos, pois pesquisas comprovam que os otimistas tendem a ter uma resposta bem mais rápida. Continue assim!

      O oxalato de escitalopram encontra-se entre as substâncias mais indicadas pelos médicos, para os transtornos mentais. É fato que também possui efeitos adversos, mas esses passam após um tempo de uso.

      Rene, percebo que você é uma pessoa muito especial que se preocupa com os outros, fato incomum nos dias de hoje. Achei generosa a sua postura, já no seu primeiro comentário, agradecer aos que aqui trazem seus comentários, incentivando-os a fazer o tratamento. Será muito bom contar com a sua presença, sempre.

      A existência deste espaço tem realmente ajudado muitas pessoas, mas eu também sou privilegiada por ter como companhia, ainda que virtualmente, pessoas tão especiais. você é um exemplo do que falo.

      Abraços,

      Lu

      1. Rene

        Lu

        Fiquei muito feliz com a sua resposta. É sempre bom saber que estamos todos juntos nesta caminhada, ajudando e encorajando uns aos outros. A felicidade vai ocupando os espaços 😉

        Hoje estou no oitavo dia do tratamento e tomando 5 mg do oxalato (tomo no café da manhã), e amanhã inicio com 10 mg. A cada dia tenho momentos maiores de bem-estar. O apetite já está muito melhor, de fato. A ansiedade, quando vem, geralmente é mais no final do dia, mas como eu já consigo identificar a ondinha, apenas tento dirigir a minha atenção ao que se passa no meu corpo, sem julgamentos, apenas permitindo acontecer, vendo, ouvindo, pois sei que nada de grave irá de fato acontecer. Olho os objetos em volta, vou conduzindo uma respiração mais lenta e aos poucos vou me sentindo bem melhor, bem mais calmo. Realmente melhora. E é como você sabiamente diz aqui: ser POP faz toda a diferença. Ser POP com tudo, na vida, momento a momento, um dia de cada vez 😉

        Gosto muito deste site! Parabéns de coração!

        Um grande abraço a você e a todos!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rene

          Você realmente aprendeu a “manha” para lidar com as crises. É exatamente isso que deve ser feito, o que torna o momento bem menos sofrido. Todos nós devemos agir assim, quando as crises chegam. Não adianta correr para o hospital, quando sabemos as causas de nosso organismo estar procedendo de tal maneira. É aí que entra a racionalidade, como explico no texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Nós precisamos tomar as rédeas de nosso tratamento num trabalho mútuo de cooperação. Que o seu exemplo sirva para todos nós.

          Obrigada por seu carinho!

          Abraços,

          Lu

  153. Renato

    Lu

    Sendo sucinto, meu caso é o seguinte: há meses venho sentindo dores físicas e diagnósticos não fechados por exames. Desde então minha mente se “perturbou” e com isso aumentou o sentimento físico das dores e mudou meu padrão mental para dormir, pensar e viver.

    Passei e passo por diversos especialistas e até internado para investigação fiquei. Uma médica da Família do Posto de Saúde que também é farmacêutica e me acompanha há meses me sugeriu o uso do Escitalopram 10 mg e o iniciei hoje. Confesso que tive meus medos em relação a tomá-lo. Fiquei imaginando que os médicos estão com dificuldades de diagnosticar meus sintomas e acham que é tudo mental. Mas acredito que as dores físicas me levaram a um quadro ansioso e depressivo. Meu receio é que uso Monicordil e mesmo assim a médica receitou e meu deu 2 caixas do Esc. Sei que preciso de algo para frear minha mente neste sentido pois estou com estafa disso tudo.

    Gostei deste espaço e li tudo que vi. Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Renato

      Nossa mente pode somatizar nossas preocupações, transferido-as para o plano físico. Pelo seu relato, penso eu que isso pode estar acontecendo com você, pois em 2016 passei por isso. Senti uma dor abdominal, no lado esquerdo, que aumentava a cada dia. Cheguei ao ponto de não aguentar ficar sentada. Passei pelos mais diversos exames (colonoscopia, endoscopia, ultrassonografia, exames de sangue…) e nada. Tudo era ocasionado pelo meu sistema nervoso vegetativo, em razão das minhas preocupações com o nosso país, naquele ano do golpe, quando participei de diversos movimentos. Meu psiquiatra aconselhou-me a distanciar-me do noticiário político. E foi assim que as dores desapareceram. Ainda hoje busco fugir deles.

      O que quero dizer é que suas dores podem ser fruto de seus sistema neurovegetativo, sendo a prescrição de um antidepressivo muito importante. A depressão pode assumir diferentes caras. Muitos imaginam que seja apenas a com cara de choro e sofrimento. Não é verdade! Muitas vezes carregamo-la ocultamente por anos e anos.

      O antidepressivo, normalmente, pode ser tomado com outros medicamentos. E se sua médica receitou-o, não há porque ter receios, ela sabe o que faz. Não se preocupe, logo você estará bem. Continue dando notícias.

      Abraços,

      Lu

      Renato, uma vez tendo feito os exames e nada encontrado, busque relaxar (como eu fiz). Como dizia minha avó: “Não fique buscando chifre em cabeça de cavalo”. Acho que o oxalato de escitalopram irá resolver seu problema. Quanto à insônia, caso ainda continue, peça a seu médico para lhe receitar um ansiolítico para tomar no primeiro mês do tratamento. Também faço uso do mesmo antidepressivo que lhe foi receitado (compro sempre o genérico mais barato). E me sinto muito bem.

      Você diz: “Mas acredito que as dores físicas me levaram a um quadro ansioso e depressivo.”. Acho que a correlação é inversa, ainda que você não tenha percebido que estava ansioso e depressivo antes. Você precisa tratar apenas o transtorno mental, pois fisicamente nada possui. Seu médico agiu corretamente. Foram feitos exames e nada foi encontrado, agora é preciso tratar a parte mental.

      1. Renato

        Lu
        Obrigado pela atenção e empatia com seus leitores.

        Estou indo pro terceiro dia com o Esc e dia 08 retornarei à médica para o acompanhamento. Estou sentindo “calafrios” e a cabeça um tanto “leve” “aéreo”. Estou confiante do efeito progressivo da medicação e vou precisar muito da minha mente saudável para continuar minha caminhada. Se depender de mim farei o meu possível e sei que muitos passam e passaram por momentos difíceis, eu sou apenas mais um humano, sendo humano não é?!

        Obrigado por repassar sua inteligência, sensibilidade e força. Muita Luz!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Renato

          Posso perceber que você é mais um guerreiro POP. É isso aí, meu amiguinho, o nosso otimismo pesa muito no nosso tratamento. Quanto aos efeitos adversos (calafrios e cabeça aérea), esses são normais no início da medicação, mas passarão, normalmente, dentro de três semanas, dependendo de cada organismo.

          Saiba que tudo irá dar certo, pois depende muitíssimo de você. Pesquisas científicas demonstram que as pessoas otimistas têm um resultado positivo mais rapidamente do que as pessimistas. Quero acompanhar todo o seu progresso. Está intimado a ficar sempre em contato conosco. E não há nada a agradecer, pois vocês me tornam mais humana e imensamente mais espiritualizada, com a luz que me enviam.

          Abraços,

          Lu

  154. Livia

    Querida Lu,

    Estou aqui de volta. Meu 34º dia de medicação, tomando 13 gotas e hoje vou pra 15ª. Ainda não me sinto bem. Consigo ver que melhorei um pouco, mas estou APAVORADA com medo de não melhorar o suficiente. Segunda-feira tenho que voltar a trabalhar e já estou mal por pensar nisso. Meu texto vai ficar grande, mas vou te contar minha história do início.

    Eu já tomo duloxetina há 5 anos, por causa de uma síndrome do pânico e depressão que tive. Eu estava super estabilizada, mas ganhei muito peso ao longo dos últimos anos e decidi fazer uma cirurgia bariátrica em dezembro passado. Depois da cirurgia minha depressão, até então estabilizada, voltou com força. Com 2 semanas de cirurgia, tive que ir ao psiquiatra, pois não parava de chorar, de ter crises de pânico e de querer morrer. Ela me receitou escitalopram em gotas, 10 mg. Há cerca de 10 dias ela pediu pra aumentar pra 13 mg. E hoje 15 mg. Ela quer diminuir a duloxetina pra aumentar as gotas pra 20 mg, mas o desmame da duloxetina é muito difícil e tenho medo. E ela tem medo de aumentar os dois por causa da síndrome serotoninérgica, que é rara, mas existe.

    Eu sinto uma culpa tremenda por ter feito a cirurgia, pois eu estava bem, estável. E estou apavorada de não sair desse quadro depressivo, o terceiro que eu tenho. Vejo um monte de gente que não melhora da depressão, que fica refratário (acho que é assim que se fala). E eu não vou aguentar se isso acontecer comigo. Passa muito pela minha cabeça que um dia vou acabar com tudo, pois perdi o prazer de viver, nada me alegra, nada me da prazer. E a culpa e o arrependimento me corroem. Porque nada pra mim é mais importante que a minha saúde mental, nem mesmo estar gorda, magra, etc…

    Com mais de um mês de medicação já era pra eu estar bem… nas outras duas vezes foi mais rápido… e eu continuo sentindo uma tristeza e uma apatia sem fim… ao mesmo tempo, tenho pavor de pensar em mexer na medicação e começar tudo de novo. Como posso trabalhar assim? Ao mesmo tempo, tenho uma oferta pra sair do Brasil em junho, algo que eu queria e batalhei muito, e se eu pedir licença pra saúde, eu perco essa chance. E quando penso em sair do Brasil não estando bem, aí que eu piro mesmo.

    Enfim, DESESPERADA é a palavra que me define. E eu sei que você diz que medo é uma palavra que não podemos usar, mas eu estou apavorada em não melhorar. Só acho que eu já devia estar bem pelo tempo…

    Lu, desculpa pelo textão, mas eu estou em pânico com isso tudo que relatei. Minha mãe, que cuida de mim, está cada dia mais estressada em me ver assim, ela quer que eu melhore pra hoje, não sei mais o que fazer!

    Beijos,

    Lívia

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lívia

      Amiguinha, respire fundo e acalme-se. Vou começar este comentário citando uma frase de Lao Tsé, filósofo e alquimista chinês: “Na condução das questões humanas, não existe lei melhor do que o autocontrole”.

      Nada há que possamos resolver sem o autocontrole, pois é quando a nossa mente trabalha a nosso favor. O desespero apenas anuvia tudo, impedindo a nossa razão de se manifestar. Ninguém é capaz de resolver qualquer questão quando põe a aflição extrema à frente. Aí viramos crianças mimadas e desesperadas, que quer resolver tudo no choro ou no grito. Como adultos, temos a obrigação de trabalhar usando a nossa racionalidade, levantando prós, contras, possibilidades… Comece por agir assim.

      Lívia, ao dizer: “…mas estou APAVORADA com medo de não melhorar o suficiente”, você está dando ordens a seu organismo para agir em conformidade com seu pensamento, pois, de certa forma, nós somos aquilo que pensamos ser. O pensamento possui uma força imensurável, tanto é que a Ciência já comprovou que as pessoas otimistas melhoram muito mais rapidamente do que as pessimistas.

      Todas as pessoas que vão voltar ao trabalho, depois de um tempo afastadas por motivos de saúde, possuem esse mesmo medo de que fala. Se ler os comentários nos textos sobre tal assunto verá que não são poucas as que passam isso, o que é normalíssimo! Não há porque temer nada. Pense nos pontos positivos e elimine os negativos. Volte alegre, de bem com a vida. Seus colegas sentiram a sua falta. Leve-lhes um bolo para o café ou bombons… Surpreenda-os. Mostre alegria por estar de novo ao lado deles.

      Em relação à cirurgia bariátrica, saiba que a depressão após tê-la feito é muito comum (seu médico deveria ter dito a você). Isso é também comum em quem retira o útero, uma perna… Você está sentindo como se tivesse perdido uma parte de si mesma… Mas pense na importância que isso terá para a sua saúde. Tenho três amigas (e inúmeros conhecidos) que a fizeram, passaram pela fase de depressão e hoje se encontram muito felizes. Portanto, compreenda que essa tristeza é normal e que dissipará logo, logo… Não a alimente. Você é uma privilegiada, pois centenas de milhares de pessoas estão nas filas do SUS aguardando uma cirurgia bariátrica e você já fez a sua, pouco importando se foi particular ou não. Nos EE.UU., onde a obesidade avoluma-se, esta cirurgia tende a ocupar o primeiro lugar no pódio das intervenções cirúrgicas. A obesidade é uma das maiores causas de morte e um gatilho fortíssimo para os transtornos mentais. Veja com otimismo o fato de ter se livrado do excesso de gordura ruim. Agora trabalhe seu corpo para ficar bem lindinha. Uau! Depois quero uma foto do antes e do depois. Sei que estará lindona, como ficaram minhas amigas. Se eu tivesse muitos quilos a mais, não relutaria em dispensá-los. Não diga essa asneira: “Eu sinto uma culpa tremenda por ter feito a cirurgia, pois eu estava bem, estável.”. Você estava “estável” agora, mas não sabe o que lhe reservaria o futuro, pois a obesidade vai minando o bem-estar. Sua saúde irá melhorar em todos os aspectos e seu corpo irá agradecer muito. Agora é cuidar da boquinha, a fim de que os quilos eliminados não acabem voltando.

      Amiguinha, o fato de estar vivendo momentos de depressão não é motivo para ficar assim. Imagine se eu que tenho depressão crônica (bisavó, avó, mãe…), tendo que lidar com isso ao longo de toda a minha vida, fosse perder a esperança de ficar bem! Vixe Maria! Mesmo sabendo que herdei tal genética, estou aqui bem “felizinha da silva”, buscando viver o HOJE o melhor possível. Sabe por quê? Nós, detentoras de transtornos mentais, transformamo-nos em guerreiras, pessoas que não se abatem com praticamente nada. Nossa lema passa a ser vencer… e vencer cada dia (eu disse cada dia), buscando ver beleza nas coisas mais simples que nos rodeiam. O prazer de viver está nas nossas mãos. Não o compramos em farmácias, mas precisamos tirá-lo de dentro de nós.

      Sabia que as pessoas depressivas são perfeccionistas? E que põem defeito em tudo? E que nada lhes agrada? Precisamos girar esta chave e nos transformar em pessoas tolerantes, menos exigentes, abertas ao novo e propícias a ver beleza nas coisas simples. Ontem ganhei uma sandália linda… passei o dia feliz. Uau! Meu marido está fazendo uma comidinha vegetariana e estou sentindo o cheirinho… Uau!… estou feliz de novo… Meu gatinho Lulu, um albininho sapeca, está aqui deitado perto de mim, enquanto lhe escrevo… Uau!… estou feliz novamente… Lá fora cai uma chuva fininha, deixando tudo verde… mais feliz estou… Uau!… No meu mini-jardim, meu pé de camarão deu sua primeira flor amarela… Uau!… é lindinha demais… mais felicidade… O seu é o décimo primeiro comentário que respondo hoje… saber que confiam em mim redobrou a minha felicidade… Uau!… Tenho dois livros para fazer revisão (sou revisora)… Uau!… E assim vou vivendo apenas hoje. Apenas hoje…

      Lívia, não marque tempo para ficar bem no que diz respeito à sua medicação. Quem determina isso é o seu corpo e cada organismo tem o seu tempo. Não fiquei comparando etapas, menina pirracentinha. Siga a recomendação médica e irá ficar bem… pense assim. Você estará bem quando chegar o tempo de sair do Brasil, tenha a certeza disso, mas tenha paciência, danadinha apressada. Quando fora estiver, quero que me escreva sempre, contando tudo. Cada comentário falando sobre a nova cultura será uma gota de felicidade para mim. E nada de pedir mais licença para saúde. Já chega! Afinal você é uma guerreirinha POP. E pare de dar trabalho para sua mamãe. Vou aí lhe puxar as orelhas.

      Amiguinha, quero finalizar a minha resposta pedindo-lhe algo muito sério: VIVA APENAS UM DIA DE CADA VEZ… só isso, apenas isso, tão somente isso.

      Quero mais notícias suas!

      Beijos,

      Lu

      1. Livia

        Lu,

        não fique triste comigo. Estou numa ansiedade e numa angústia sem fim. Sou fraca emocionalmente e a depressão é o que mais me desequilibra. Pode parecer fútil meu desespero, mas eu realmente sou bem ansiosa e não consigo ficar vivendo um dia de cada vez. Os medos me dominam.

        Tenho verdadeiro pânico em não me sentir melhor. Na verdade, esses são meus maiores medos: não me recuperar mais da depressão, não voltar a ser a pessoa que eu era (alegre, cheia de vontade de viver e entusiamo). Eu tento não ter esses pensamentos, mas eles me consomem. E não consigo me alegrar com nada, estou totalmente apática, sem prazer em nada. Eu peço desculpas por estar assim tão pra baixo e repetitiva, mas este teu cantinho aqui me conforta demais!

        Eu só estou muito nervosa com medo do reconter não estar fazendo um bom efeito pra mim nesses 35 dias. Me preocupa se ele não é a medicação boa, e aí vou ter que esperar 2-3 meses, e depois talvez ainda tenha que mudar, essas coisas acabam somatizando tudo que estou sentindo, e a cabeça pira.

        Na questão do pânico, eu venho exercendo muito meu autocontrole, por mais que eu queria não sair de casa, eu levo minhas cadelinhas pro banho, vou à psicóloga, tento ir à casa da minha irmã…fico exausta de ter que controlar tanto minha cabeça, mas sei que essas situações são importantes pra mim, e tento mantê-las, mesmo não achando graça em nada. Me forço a dirigir, me forço a ver tv…

        Lu, só mais duas dúvidas: vi um comentário que quando a depressão é reincidente, a medicação acaba custando mais tempo pra fazer o efeito esperado. Você sabe se isso é verdade? Vou amanhã à minha psiquiatra. Ela falou sobre colocar uma nova medicação pra potencializar o efeito do antidepressivo. Eu andei vendo que é comum essa associação com bupropiona ou lítio. Você saberia me dizer algo de ambos em associação com escitalopram?

        Muito obrigada do fundo do coração por este site e por responder com tanto carinho e consideração.

        Um beijo grande,

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lívia

          Jamais ficarei triste com as minhas amiguinhas e amiguinhos que aqui chegam. Vocês são parte da minha família. Ainda que virtualmente, eu os amo muito, cada um em particular.

          Amiguinha, nós somos aquilo que pensamos ser. Você é forte, tanto é que, juntamente com centenas de milhares de nós outros, espalhados mundo afora, está aqui lutando por sua saúde mental. E é exatamente isso que fazemos todos os dias, sem deixar a peteca cair. Mais do que ninguém sei o que é ser depressiva. Essa senhora me visitou ainda na minha adolescência. Ao longo dos anos, eu fui aprendendo a lidar com ela. Hoje, posso dizer que somos amigas, mas não a deixo ficar perto de mim por muito tempo. Não nutro nenhum ódio por ela. Aceito-a e compreendo-a, mas exijo que sua visita seja rápida (risos). Quero dizer que, no meu caso, por ser depressiva crônica, de tempos em tempos tenho que aumentar a dosagem do medicamento ou mudar para outro, pois o organismo acostuma-se com ele e a deprê dá as caras. Mas não vejo nisso nenhum problema. Quantas pessoas tomam remédios diariamente pelos mais diferentes motivos (cardíacos, tireoidianos, diabéticos, hipertensos…).

          Lívia, aprendi muita coisa com o meu próprio sofrimento (e o de meus familiares). A mais importante foi viver um dia de cada vez. A nossa ansiedade repousa justamente na nossa preocupação com o amanhã. Isso não se aprende de uma hora para outra, mas com o tempo. Aos poucos você irá apreendendo esta lição. Não se preocupe. Não estabeleça prazos… apenas siga em frente confiante em suas mudanças. Quando menos esperar, os medos foram embora, pois não há mais terreno para serem cultivados.

          Sinto que você é uma pessoa maravilhosa, inteligente, criativa e muito sensível. Segundo pesquisas, as pessoas depressivas são tudo aquilo que afirmei acima. Em suma, possuem uma grande veia artística. Dentre os artistas, a depressão é uma constante. Aqui em nosso blog poderá ler sobre a vida de muitos deles (Van Gogh, Munch…) todos atingidos pela depressão. Quanto a recuperar-se da depressão, poderá ver que estou bem (e olhe que a minha amada deprê é crônica), caso contrário não estaria aqui a trocar ideia com vocês. Benditos sejam os antidepressivos e seus criadores maravilhosos! Amo o meu comprimidinho diário. Posso ficar sem o maridão, mas sem ele, não (risos). Em relação ao pânico, você é muito mais forte do que imagina. Muitos aqui não conseguiam sair de casa. Parabéns, menina!

          Amiguinha, os psiquiatras trabalham com acertos e erros no que diz respeito ao tratamento dos transtornos mentais. Não há como saber qual será a melhor substância para cada pessoa. Tampouco a dosagem. Esse fase exige muita paciência dos dois lados (médico e paciente). Muitas vezes é preciso aumentar a dosagem ou mudar o antidepressivo, noutras adicionar uma segunda medicação… até acertar em cheio. Quando chegamos à medicação correta, aí, sim, aparece a luz no final do túnel. Quase todas as pessoas passam por isso (veja comentários).

          Quando a depressão é reincidente, principalmente se a pessoa parou com a medicação por conta própria, demora-se mais tempo para obter um resultado positivo, pois o organismo vai se tornando mais forte a determinados tipos de substâncias, sendo necessário potencializar o efeito do antidepressivo com um segundo. Isso é normalíssimo. Não tenha receio. Muitos aqui fazem uso dessa dualidade. Tanto a bupropiona quanto o lítio são muito usados nesses casos (ver comentários).

          Assim que voltar da psiquiatra, conte-nos como foi. Veja também o comentário de uma amiguinha para você.

          Beijos,

          Lu

    2. Cristiane

      Lívia

      Amiga de caminhada! Gostaria de relatar a minha caminhada até aqui pra ver se você consegue aceitar nossas condições de pessoas que tem Tag e SP.

      Hoje estou no 43° dia de Escitalopram e no meio do caminho também tive que aumentar a dose de 10 mg para 20 mg. Somos ansiosas e queremos as coisas pra ontem, mas nosso corpo não entende assim, cada um tem seu tempo, pra mim não está sendo diferente. Tenho enjoos, crises de ansiedade, fobia e falta de ar, e nesses 3 últimos dias estou com uma sonolência insuportável, mas acredito fielmente que é o antidepressivo agindo a meu favor. Tem hora que dá, sim, um pavor ou desespero de que as coisas melhorem de uma vez, mas não é assim!

      Lívia, como a nossa amiga Lu diz, temos que ser POPs e viver um dia de cada vez, pois só temos o hoje, o amanhã a Deus pertence! Não se engane, achando que sou calma ou tão paciente como na escrita, também tenho meus receios, mas se entrar nessa roda viva de desespero, a única prejudicada será você. Não é fácil ter paciência, mas tenha, pois será bom pro seu corpo e mente. Pensei a noite toda em você. Lívia, nunca se esqueça que temos um Deus de misericórdia e devemos clamar a Ele por aceitação e conforto!

      Deus te abençoe, fique com a proteção Dele.

      1. Livia

        Oi Cris e Lu,

        Vou responder por aqui pois a Cris pode ler e a Lu acredito que receba notificação de todas as respostas. Antes de tudo, eu nem tenho como expressar gratidão por existirem pessoas como vocês, que são genuinamente boas e preocupadas em ajudar, em fazer a diferença na vida de outras pessoas.

        Hoje fui à médica. Eu aumentei a dose do reconter pra 15 gotas (de 13 para 15 mg) há dois dias. E aí comecei com uma coceira e placas na pele, que fica arroxeada, como se fosse algo vascular. Só coça, mas não me sinto mal. Aí controlo a coceira e as placas e somem. Como estou operada e não posso comer quase nada, e só tomo vitaminas desde que eu operei há 51 dias, acredito que foi do aumento da dose. Cheguei lá e ela pediu pra substituir o reconter pelo zodel (desvenlafaxina).

        Mas o inesperado aconteceu. Após 51 dias, hoje está sendo o primeiro dia em que me sinto melhor. Não estou 100%, porque às vezes dá uma agonia no meu coração, querendo me gerar um pânico, um desespero, mas é a primeira vez que me sinto esperançosa e um pouco me sentindo como eu era. E isso me animou tanto, como se fosse o primeiro ponto de luz nesse quarto escuro que me enfiei há quase 2 meses.

        Agora estou pensando em falar com a médica se posso ficar com o reconter mais uma semana, ver como me sinto e ver se esse efeito colateral pesa. Vi que é um efeito adverso incomum, mas como efeito adverso, ele deve passar. Até mesmo porque admito que me assusta um pouco passar pela retirada do reconter e pelos efeitos iniciais do zodel.

        Também queria a opinião sincera de vocês (vou falar com a médica de qualquer maneira, mas queria saber assim mesmo): o que vocês acham dessa minha ideia de dar uma chance maior ao reconter? Vocês conhecem algo sobre essa nova medicação, o zodel?

        Mais uma vez, obrigada do fundo do meu coração! Tenham certeza da minha gratidão profunda e sincera.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lívia

          Estou muito contente com este seu novo comentário. A guerreirinha está ressurgindo. Uau! Era isso o que eu mais esperava. Nós somos como o bambu, dobramos mas não nos quebramos.

          Amiguinha, acho ótima a sua ideia de falar com sua médica que está começando a sentir-se melhor com o oxalato de escitalopram e que gostaria de experimentá-lo por mais um tempo. Vale a pena. Quanto ao Zodel, sei que é um medicamento novo da Medley que, ao que me parece, será muito receitado, pois não interfere na libido e nem leva ao ganho de peso (algumas pessoas ganham peso com o oxalato de escitalopram, enquanto outras emagrecem), além de ser um antidepressivo mais barato. Acho que ele desbancará muitos outros antidepressivos.

          Continue firme, minha querida. Não se sinta só, pois sempre estaremos ao seu lado.

          Abraços,

          Lu

        2. Cristiane

          Lívia

          Sinto- me muito feliz por esse episódio de melhora, é isso mesmo, deve ser otimista e dar uma chance para o Escitalopram fazer o trabalho dele. Abra as janelas de seu quarto, deixe o sol da esperança entrar! Eu tive muitas reações adversas e ainda tenho, escrevo todos os dias na minha agenda sobre o meu dia e percebo o quanto melhorei, e quando li sua postagem, lembrei-me que uns 3 dias após o aumento da dosagem me deu uma coceira no nariz, no queixo, uma aflição danada (risos), aí falava comigo mesma: nossa, todo dia uma coisa diferente e brincava (e ainda brinco) com meu marido: o que será que vai acontecer comigo amanhã? Ele dizia: “não sei, mas te ajudarei a coçar!” ( risos).

          Hoje acordei bem, mas meio agoniada, mas aprendi a não dar importância pra esses sintomas chatos e pratico todos os dias “viver um dia de cada vez, sem antecipar ou mesmo bolar algo sinistro pra minha mente me incomodar”.

          A Lu é um ser humano incrível e sempre recorro aqui. Não estamos sozinhas, um dia iremos rir disso tudo! Fique com Deus amada!

  155. Luiza Mignot

    Boa noite Lu,

    Encontrei seu blog recentemente e estou extremamente aliviada. Tenho 27 anos e venho sofrendo depressão desde 2013, porém, estava há 6 meses sem remédio, segundo acordo e desmame com a psiquiatra. Ano passado comecei a ter crise de pânico e muita ansiedade. Iniciei meu tratamento com o Escitalopram (5 mg) semana passada.

    Tenho sofrido muito com os efeitos colaterais do remédio nesses primeiros dias: muita inquietude, falta de apetite, taquicardia, ranger dos dentes e queimação no corpo e insônia (tenho conseguido dormir só a partir de 6 horas da manhã e quando consigo dormir antes, acordo durante à noite muitas vezes com sensação de pânico).

    Ontem especificamente foi uma noite muito difícil, tentei fazer a respiração, tomei chá, ouvi música clássica, mas ainda assim tive uma sensação horrível, pânico novamente. Acordei me sentindo bastante mal, passei o dia aérea e com muita preguiça e anteriormente estava ligada no 220 V durante o dia.

    Estou confiante, porém um pouco com medo de aumentar a dose para 10 mg depois de uma semana (conforme orientação médica), mas ainda assim lutarei e confiarei. Graças à Deus e ao seu blog não me sinto sozinha. As pessoas que estão ao meu redor, por mais que queiram, não conseguem entender, só falam que tudo depende de mim e da minha força de vontade (como se fosse fácil!), ser grata, pensar positivo, etc.

    Fui contar à minha cunhada que iniciei o tratamento, e apesar de demonstrar preocupação e se dispor a ajudar, contestou eu estar utilizando medicação. Porém, comentei com ela sobre a parte genética (que pesa muito): minha família praticamente toda teve/ tem depressão, e ela discordou disso (disse que já chegou a ter depressão e que consultou dois médicos e lutou contra isso sozinha).

    Não tem jeito, só nós que estamos passando pela dor que sabemos mesmo, por mais que os outros queiram nosso bem. Que todos que estão passando por isso, tenham POP e apresentem melhora. Vamos confiar! Obrigada por tudo e por ser luz para nós, por ser instrumento de Deus.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Luiza

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, quando a depressão não é resultante de uma causa traumática (morte na família, término de relacionamento amoroso, pós-parto, etc), ela tende a ser reincidente. Desaparece por um tempo e, quando menos esperamos, retorna sem ao menos nos pedir licença para entrar. Por isso, muitas pessoas, ao passar pelo desmame, tendem a retornar ao tratamento, necessitando mais tempo de uso do medicamento, enquanto outras devem tomá-lo “for ever” (como eu). Não se preocupe, pois esse retorno é normalíssimo.

      Todo antidepressivo traz transtornos adversos. Trata-se de uma luta entre o organismo e a nova substância, mas tal rixa dura pouco tempo. É fato que muitas pessoas, ao iniciar o tratamento, ficam piores do que antes. Ainda assim é preciso levá-lo avante, aguardando a passagem dos efeitos adversos que duram cerca de três semanas, normalmente, aguardando ver a luz no final do túnel. Quanto à insônia, se estiver tomando o antidepressivo à noite, peça a seu médico para mudá-lo para a parte da manhã (Você não me disse a hora que toma o remédio). Ele também poderá lhe passar um ansiolítico nessa fase inicial.

      Luiza, você deverá aumentar a dosagem, conforme o parecer médico. Se ela estiver fraca, em nada irá resolver seus transtornos mentais. Não adianta ficar gastando tempo e dinheiro à toa. Coragem, guerreirinha, e siga adiante! Quanto à compreensão das pessoas em derredor, ela é realmente muito pequena, pois somente quem possui transtorno mental sabe realmente como é se levantar a cada dia carregando tal fardo. Não dê a mínima a essas pessoas, pois muitas delas, além de ignorantes, também são preconceituosas em relação ao tratamento… até o dia em que caírem na esparrela. Dizer que tudo depende de força de vontade, de ser grata, de pensar positivo, etc., sem o uso do medicamento, é uma tolice. Pergunte-lhes se tal receita pode ser repassada a quem é cardíaco, hipertenso, diabético…? Se assim for, não há necessidade de existirem remédios no mundo. O fato é que elas desconhecem (ou não aceitam) que o cérebro adoece. Esquecem das tantas histórias de loucura que existiram ao longo do tempo, durante a existência dos manicômios.

      A genética praticamente define a nossa vida. Também venho de uma família em que a depressão é crônica. Fui agraciada com tal herança. Ela se manifestou ainda na minha adolescência. Quanto à sua cunhada, ela deve ter tido uma depressão passageira, em razão de algum problema pessoal, não tendo nada a ver com o mau funcionamento neuronal de seu cérebro. Há, portanto, casos e casos. Amiguinha, evite tais conversas e venha para cá, onde encontrará pessoas que vivem ou viveram o que você ora passa. Não se sinta sozinha. Realmente é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Vou lhe repassar alguns links que irão ajudá-la. Venha sempre nos trazer informações suas.

      Abraços,

      Lu

      1. Luiza Alves Mignot

        Lu

        Hoje estou no 11º dia do tratamento, a insônia e os efeitos colaterais praticamente passaram e estou muito feliz e confiante. O que me ajudou bastante e que recomendo a todos que estão passando por isso: ocupem a cabeça ao máximo. Isso me ajudou bastante a não pensar nos efeitos e a diminuí-los. Sei que ainda é uma longa caminhada mas continuo POP sempre! Não desistam.

        Sem dúvidas este blog foi o que me ajudou a não desistir no início e agradeço demais. Lu, você é pura luz aqui na Terra. Obrigada, obrigada, obrigada!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Luiza

          Sinto-me muito feliz ao saber que o tratamento está dando certo para você. E olhe que ainda se encontra na fase inicial! Como você mesma diz, é muito importante cultivar o otimismo, a paciência e a persistência. A caminhada é longa, mas os primeiros passos significam a metade dela. Estou deveras contente, ao vê-la cada vez mais POP, minha amiguinha.

          Agradeço muitíssimo o seu carinho por este espaço, criado exatamente para pessoas como nós. Aqui somos uma família. É também muito importante que aqueles que já se encontram bem continuem vindo aqui, encorajando os outros. Contarei sempre com sua presença.

          Beijos,

          Lu

  156. Caroline

    Lu
    Tenho Síndrome de Pânico e TAG, faço tratamento com Reconter há uns 3 meses, tive uma boa melhora, porém de umas semanas pra cá voltei a ter um pouco de crise. Isso é normal? Gostaria de saber, pois estarei mudando do Reconter pro Deciprax que é mais em conta, se preciso dar o espaço de 15 dias, ou se posso mudar direto? Desde já agradeço.

    Deus abençoe você!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Caroline

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a Síndrome do Pânico tem sido constante nos dias de hoje. Foi muito bom ter procurado ajuda médica, pois, se não tratada, ela só tende a ficar mais “poderosa”.

      Você diz que, apesar de medicada, voltou a ter pequenas crises. Converse com seu médico para ver se a dosagem não se encontra baixa. Não pense que o medicamento resolve tudo sozinho. É preciso também mudar sua maneira de olhar o mundo, sendo mais tolerante consigo e com os outros e, principalmente, vivendo um dia de cada vez. Será que as pequenas crises não estão ligadas as problemas do dia a dia?

      Também sempre opto pelo produto mais barato. Não dá para comprar remédios caros. Pode dar continuidade ao medicamento sem aguardar nenhum espaço, pois ambos têm a mesma composição.

      Abraços,

      Lu

  157. Elaine

    Lu!
    Continuo sempre passando por aqui para ler os novos comentários, pois isso me conforta e me ajuda muito, sinto uma tranquilidade enorme ao ler os relatos de pessoas que passam pelo mesmo que eu. Enfim, estou passando por aqui pra contar como estou nesses últimos dias.

    A medicação me fez muito bem durante um tempo,desde agosto do ano passado me trato com esc e depois de um mês de uso passei a me sentir melhor,os efeitos adversos sumiram e até o começo de dezembro fiquei bem,consegui passar nas matérias da faculdade,,graças a Deus, e passei um final de ano bem, viajei duas vezes.

    No final de novembro fui à médica e relatei que andava tendo sensação de crise, ela aumentou minha dose de esc de 10 para 20 mg, comecei a tomar e não senti nada de início, mas depois de 20 dias comecei a me sentir mal, a taquicardia voltou e a sensação de crise aumentou, minhas mãos começaram a formigar e não pararam mais. Voltei à médica e relatei-lhe tudo. Ela voltou minha dose pra 10 mg e disse que o problema das mãos eram efeito do aumento da dosagem e que iam passar.

    O fato é que estou com esse formigamento há um mês e meio, minha mão direita perdeu a força e não consigo nem pegar em uma caneta pra escrever, meu pé esquerdo começou a formigar também e tenho perdido força na perna esquerda, acabei marcando um neuro e passo com ele amanhã, pra ver o que está acontecendo. Pra ajudar descobri uma gastrite nervosa e tenho passado muito mal,mesmo com tratamento,e com tudo isso a sensação de crise tem aumentado. Peço a Deus todos os dias pra sair logo disso, às vezes me sinto numa bola de neve, parece que nunca mais vou estar bem, mas continuo acreditando que vai passar, achei que com esse tempo de tratamento já não teria mais nada, mas não foi bem assim, mas posso dizer que apesar de tudo, o remédio me ajudou, passei a ter mais segurança e, se não fosse por esses contratempos eu estaria muito bem. Bom ,continuo sendo POP, sei que um dia vou voltar aqui pra dizer que estou curada.

    Beijos Lu e obrigada por seu carinho e atenção com todos nós.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Elaine

      Nós que fazemos tratamento para transtornos mentais, estamos sujeitos a esse sobe e desce de nossa saúde, pois até agora não foi fabricado um medicamento que pusesse um fim definitivo a eles, assim como acontece com a hipertensão, com a diabetes e os problemas tireoidianos (dentre muitos outros). O nosso organismo, com o tempo, passa a acostumar-se com o antidepressivo, sendo necessária uma troca de medicamento, sem falar que é preciso acertar na dosagem correta. Nem mais sei dizer por quantas substâncias já passei, mas fico muito contente pelo fato de elas existirem e serem aprimoradas cada vez mais.

      Amiguinha, quando estou passando por um período de ansiedade, também sinto esse formigamento nas mãos e nos pés, por isso, procuro viver o mais relaxada possível, sem dar muita importância aos problemas do dia a dia. Também costumo fazer uso de um ansiolítico nessa fase. E, como você, também tenho gastrite nervosa, o que me faz buscar uma vida o mais calma possível. Aprendi que os problemas possuem a dimensão que damos a eles. Se não podemos erradicá-los, o melhor é aceitá-los. Para ajudar a combater a minha gastrite faço uso de chás (camomila, erva-cidreira, ibisco, melissa…).

      Elaine, é preciso sair do círculo vicioso: você fica nervosa, seu sistema digestivo sofre, os problemas mentais fortalecem, tudo vira uma roda viva. A primeira coisa a fazer acalmar seu sistema nervoso. Continue a ser POP. Logo terá passado tudo isso. Saiba também que ninguém fica 100%, a menos que se transforme em robô, pois nossas emoções continuam. Aprenda também a viver apenas um dia de cada vez. Em relação ao tratamento, não fique dando tempo para se sentir bem. Deixe seu organismo reagir calmamente a ele. Não aumente a sua ansiedade. Preencha sua vida com outras coisas legais e siga a vida da melhor forma possível.

      Saiba que sempre estaremos aqui. Nunca se sinta sozinha.

      Beijo no coração,

      Lu

  158. Natalia Moura

    Lu

    Estou sempre lendo os comentários aqui, fico com medo, mas ajudam também. Tive uma crise de pânico há 2 meses, tive apenas um episódio, porém apos isso ‘desenvolvi’ depressão… Achei que os sintomas eram só da crise de pânico e que iam passar com o tempo, mas não passaram… Fiquei desesperada, pois nunca tinha sentido essas coisas ruins. (falta de apetite, meu sono ficou péssimo, durmo muito pouco, sinto enjoo, ansiedade – sempre tive – sinto apatia e anedonia, que considero a pior coisa de todas, nada me dá alegria ou prazer, não consigo nem sinto vontade de fazer as coisas mais fáceis e as coisas que eu gosto! Também sinto coisa estranhas na visão, que começaram logo após essa crise, nem havia começado a tomar o remédio ainda por isso acho que não são reações dele 🙁 Morro de medo desses sintomas nunca passarem 🙁

    Comecei a tomar o Reconter de manhã, faz só 14 dias (7 dias tomando 5g e 7 tomando 10g), sei que ainda é cedo, que o remédio pode demorar mais de um mês pra começar a fazer efeito, mas tenho muito medo de não sair dessa… Penso nisso o dia inteiro… às vezes à noite me sinto um pouco melhor (mas isso acontecia mesmo antes de tomar os remédios), porém não consigo mais dormir as 8 horas que eu sempre dormi. Agora durmo umas 4 ou 5 horas… Tem dias que penso: vou ficar bem! o remédio e a terapia vão me ajudar, mas quando acordo péssima TODOS OS DIAS minha esperança as vezes vai por água a baixo… Conheço pessoas que se trataram de depressão e hoje estão ótimas, espero que isso aconteça comigo e com todos nós!
    Obrigada por esse cantinho de desabafo!

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Natália

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, as crises de pânico são realmente assustadoras. Não é possível nos acostumarmos a elas, pois nos tornam prisioneiros. Assim que dão as caras, não nos resta outra alternativa senão buscar ajuda médica. Vivemos uma época de grandes avanços no que tange aos transtornos mentais. Os antidepressivos vêm beneficiando a nossa vida. Quem não acredita nisto basta ler pesquisas (aqui mesmo no blog) sobre a vida dos doentes mentais, antes do aparecimento de tais medicamentos. Quanto à depressão, ela vem sempre no bojo da crise de pânico e vice-versa. Antes da crise, ela já estava aí, silenciosa, sem que você percebesse. São amigas íntimas. Contudo, assim que o antidepressivo começar a fazer efeito, você passará a ter uma vida equilibrada, sem os tais sintomas citados. Tudo é questão de tempo, mas lembre-se de ser POP (paciente, otimista e persistente), inclusive o medicamento irá ajudá-la em relação à anedonia.

      Natália, faz-se necessário tirar a palavra “medo” de sua vida. Ela possui uma carga extremamente negativa. O “medo” só é importante quando prepara o nosso corpo para lutar contra o perigo, fora disso, vira um tirano, pois passa a mandar na nossa vida, dizendo o que devemos ou não fazer. Pesquisas mostram que as pessoas que pensam positivamente encontram respostas mais rápidas no tratamento. Quando você diz: “Penso nisso o dia inteiro…” fico imaginando como deve estar sofrendo, pois tornou-se refém de seu medo. Como tenho dito, viva apenas um dia de cada vez e da melhor maneira possível, minha querida. O amanhã não nos pertence e o ontem já se foi, mas se viver bem o “hoje”, certamente estará bem amanhã. Saiba, porém, que tudo isso é resultante da depressão. Logo você estará bem. Não se culpe por isso. Apenas acredite no resultado positivo de seu tratamento.

      Eu venho de uma família altamente depressiva. Essa foi a minha herança genética. Agradeço todos os dias àqueles que contribuíram para a existência dos antidepressivos (que se aprimoram cada vez mais) e que me permitem uma vida equilibrada, sem tirar a minha sensibilidade. Só tenho a agradecer. Lembro-me de minha avó, que faleceu quando eu era ainda adolescente, lutando contra a depressão, sem que remédios eficientes existissem à época. O nosso tempo é bem diferente.

      Natália, você irá ficar ótima. Continue em contato conosco para nos falar sobre a continuidade de seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Natália Moura

        Olá, Lu!
        Muito obrigada pela sua atenção! Espero muito melhorar logo… Gostaria de voltar ao ‘normal’, às vezes parece que isso vai durar pra sempre! 🙁 quero voltar a ter vontade de fazer as coisas e ter um pouquinho de alegria… as pessoas tentam ajudar, mas parece que a gente não absorve… eu não sinto forças pra nada, nem de rezar… 🙁 mas serei paciente, mesmo sendo tão difícil..

        Beijos e muito obrigada!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Natália

          Continue em contato conosco. Não se sinta só!

          Beijos,

          Lu

  159. Amanda Tomaz

    Oi, Lu,

    fui diagnosticada recentemente com TAG e hoje faz três dias que iniciei o tratamento com Esc. Minha psiquiatra já receitou de cara 20 mg e eu passei muito mal no primeiro dia (o dia inteiro). Conversando com amigos que já usaram o medicamento, todos acharam estranho ela ter dado uma dosagem tão alta, então estou tomando só meio comprimido ao menos até meu retorno com a psicóloga semana que vem.

    Sobre o remédio, queria saber se há diferença entre os genérico e não genérico, comprei o da Medley no valor de R$170,00, vi relatos na internet sobre esse genérico não funcionar e dar só efeitos colaterais, agora estou muito preocupada com isso. Não vi o preço de um não genérico, mas acredito que seja duas vezes mais caro. Qual laboratório seria mais confiável?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Amanda

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos em seu período inicial, durando cerca de três semanas, podendo chegar a um mês. Depois disso eles desaparecem. Em relação à dosagem, ela vai depender muito do estado em que se encontra o paciente. Se você chegou ao consultório muito debilitada em relação ao seu transtorno mental, estando ele num grau mais complexo, sua psiquiatra poderá ter achado que uma dosagem mais alta seria o ideal, contudo, se apresentou um quadro ainda fraco, ela poderia ter mandado você iniciar com uma dosagem mais baixa. Como vê, tudo depende da análise dela. Conversa com a mesma e tire a sua dúvida.

      Eu também uso oxalato de escitalopram e sempre compro o genérico que estiver mais barato, inclusive o da Medley. Não sinto diferença nenhuma. Para analisar a guerra entre o original e os genéricos basta se lembrar do Prozac. Lembro-me que, à época, os médicos só queriam que fosse comprado o original, mas assim que o medicamento perdeu sua patente, podendo ser vendido por todas as indústrias farmacêuticas, passaram a receitar apenas “fluoxetina”, seu princípio ativo. Para mim, existe um comércio escuso debaixo dos panos. Continuo tomando o meu genérico sem nenhuma preocupação. No momento estou tomando um da “Nova Química”.

      Um grande abraço,

      Lu

  160. Jessica

    Olá, Lu!
    Sou nova aqui e comecei a tomar Espran faz menos de uma semana, não estou tendo muitos efeitos colaterais, somente um pouco de náusea e sono, gostaria de saber se posso beber bebida alcoólica moderadamente, ou isso afetaria o tratamento?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jéssica

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a recomendação para quem toma antidepressivo é a de não fazer uso de bebida alcoólica, contudo, com o oxalato de escitalopram é possível tomar uma taça de vinho diária ou uma latinha de cerveja vez ou outra, mas é bom ter cuidado, pois todo organismo reage de uma maneira diferente.

      Abraços,

      Lu

      1. Jessica

        Lu
        Estou tomando há 2 semanas e 4 dias o Espran 10, só que de uns dias para cá estou tendo um sono quase incontrolável, na realidade sem vontade nenhuma de levantar da cama de manhã para trabalhar, será que isso vai passar? Porque no começo não sentia isso.

        Obrigada

        1. LuDiasBH Autor do post

          Jéssica

          Você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, sob os efeitos adversos. A que horas você toma seu medicamento e a que horas precisa se levantar?

          Beijos,

          Lu

  161. Maria Loverra Autor do post

    Olá, Lu!

    Achei o seu blog hoje e me senti acolhida, obrigada! Tenho 27 anos e estou tratando TAG. O primeiro remédio que tomei não me fez bem e agora tenho uma caixa dele aqui em casa quase completa (só tomei um comprimido). É o anafranil 25 mg. Gostaria que você me ajudasse a encaminhá-lo a alguém que precisa. Sou de SP.

    Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Loverra

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, o seu comentário foi publicado com a sua generosa oferta de uma caixa de ANAFRANIL. Quem tiver necessidade do medicamento deverá entrar em contato com você, através de um comentário aqui no blog, ou através de meu e-mail, presente na primeira página, à esquerda.

      Será um prazer contar com a sua presença. Venha sempre conversar conosco.

      Abraços,

      Lu

      1. Cristiane

        Bom dia, Lu!

        Tive minha primeira crise de pânico há 23 anos atrás e tomei muitos remédios, entre idas e vindas fiquei alguns anos vivendo normal, meu principal remédio, meu amigo inseparável era a Amipritilina. Mas de um ano pra cá a ansiedade estava me tirando do convívio social. Eu ia ao restaurante com meu marido, parecendo que estava indo pra forca, minhas pernas tremem muiiiiito, muito suor, falta de ar e uma agonia sem fim. No meu trabalho o mesmo, enfim, muito sofrimento.

        No mês passado fui ao meu psiquiatra e ele tirou meu Amipritilina e trocou por Escitalopram. Pronto, começou um calvário, tremores, ânsias, náuseas, sudorese, inquietude, dores, formigamentos (que me levaram para o pronto Socorro) parecia não ter fim. Mas fui persistente e comecei a ter uma melhora no 18° dia. Melhora somente na parte da manhã. No período da tarde a falta de ar, a agonia, aflição, inquietude é uma total incapacidade de me controlar fez com que eu fosse procurar meu médico no 21° dia. Contei tudo pra ele que me disse que se eu não estivesse tendo sintomas nenhum, iria me dizer que não estaria tendo melhoras. E continuando me disse o porquê de não ter melhora na parte tarde! Porque o remédio perdia o efeito.

        Ele aumentou a dosagem do meu remédio de 10 mg para 20 mg, sendo 10 mg de manhã junto com um remédio de apoio Frontal 0,25 mg, e 10 mg à tarde também junto com o remédio de apoio. O frontal ele vai começar tirar a partir de 30 dias. Hoje estou no 24° dia, estou bem na medida do possível, mas com uma dor de cabeça insuportável, tomo remédio pra dormir e minha pressão cai, mas vou continuar vivendo um dia de cada vez, até porque ainda estou de férias e certa que vou melhorar.

        Obrigada por esse cantinho, é que estou com muitos receios ao Frontal e a voltar às reações adversas, mas seguirei a risca as instruções do meu médico.

        Obrigada por sua atenção!

        1. Cristiane

          Lu,
          sei que ainda não leu nem minha primeira mensagem e estou aqui novamente, mas é que estou tendo sintomas como nós primeiros dias, com o aumento da dose!

        2. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          Sempre que a dosagem do antidepressivo é aumentada, os efeitos adversos podem voltar, pois o organismo precisa aceitar uma dose diferente da que tomava antes. É normal. Um dos links que lhe enviei, diz quando deve procurar ajuda médica em relação a tais efeitos. Se a sua pressão estiver abaixando com o frontal, comunique-se com seu médico. Pode ser apenas algo passageiro.

          Aguardo mais notícias suas.

          Abraços,

          Lu

        3. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinha, depois de um tempo muito longo, o nosso organismo acostuma-se com o antidepressivo, sendo necessário mudar para outro medicamento. Isso foi o que aconteceu consigo. Também já passei por isso muitas vezes. Quando a ansiedade chega com força total é necessário buscar ajuda médica, pois junto com ela vem a Síndrome do Pânico que realmente nos tira do convívio social, pois achamos que somente em nossa casa é que nos encontramos em segurança. Desenvolvemos um medo atroz de passar mal em outro lugar.

          Cris, você fez muito bem ao buscar ajuda médica. Realmente os antidepressivos trazem efeitos adversos, mas que desaparecem depois de determinado tempo, entre três semanas e um mês. Na fase inicial do tratamento, muitas pessoas acabam no Pronto Socorro, pois os sintomas de antes tendem a ficar mais fortes. Mas isso passa. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente).

          Na fase inicial do tratamento, muitos médicos receitam um remédio de apoio que depois é tirado. O frontal, quando tomado por um período curto, não traz problemas. Fique tranquila quanto a isso. Quanto à dosagem indicada do oxalato de escitalopram, eu nada posso lhe dizer, pois somente seu médico pode avaliar seu caso. Mas, se você se encontrar com dúvidas, a melhor coisa a fazer é consultar outro psiquiatra, para obter uma segunda opinião. Eu sempre aconselho as pessoas a fazerem isso.

          Cris, se os efeitos adversos estão sendo insuportáveis, não deixe de voltar a seu médico ou, então, busque outro. Vou lhe enviar uns links para ajudá-la. Certo?

          Abraços,

          Lu

        4. Cristiane

          Lu,
          obrigada por seu carinho!

          Hoje estou no 25° dia de Escitalopram e há 5 dias que aumentei a dose de 10 mg para 20 mg, um de manhã e outro a tarde. Estou sentindo tremores por dentro do corpo e uma fobia muito forte. Procuro me deitar e acalmar. Desde que achei este cantinho tenho praticado o ser POP, mas nesse início dos 5 dias é como se eu tivesse voltado no primeiro dia de medicamento e nem o Frontal me acalma muito. Tudo isso faz parte do aumento da dosagem?

          Desde já, agradeço seu carinho!

        5. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          Faz parte, sim, mas é necessário que leia com atenção o texto que informa sobre os efeitos adversos para saber o que é normal e o que não é, dentre os transtornos adversos. É preciso saber quando deve procurar assistência médica, pois nem todo organismo aceita esta ou aquela substância. Este acompanhamento no início do tratamento (primeiro mês) é muito importante. Procure não oferecer resistência aos ataques de pânico. Quando surgirem, deite-se, relaxe o corpo e respire bem fundo e compassadamente. Se oferecer resistência, a crise torna-se ainda mais forte. Imagino que tenha que passar mais uns 10 a 15 dias por essa turbulência. Sei que não é fácil, mas precisa vencer esta fase ruim. Você irá conseguir, tenha a certeza disso.

          Abraços,

          Lu

        6. Cristiane

          Lu,
          minha angústia tem diminuído muito, mas o que me incomoda no momento é a dor na nuca e no pescoço. Você já ouviu falar em alguém com esses sintoma? Desde já te agradeço imensamente!

          Beijos

        7. LuDiasBH Autor do post

          Cristiane

          Muitas pessoas têm relatado dores de cabeça, contudo, você deve entrar em contato com seu médico e informá-lo sobre tais efeitos adversos (dor na nuca e no pescoço). Será que não estão ligados à sua postura? Quando tiveram início. De qualquer forma, informe seu médico. Quanto à angústia, ela só tende a diminuir doravante.

          Abraços,

          Lu

        8. Cristiane

          Lu
          Fui ao ortopedista pra ver essas dores na nuca e pescoço, tirei raio x e não constou nada. Ele me disse que pode ser que ando me deitando com travesseiro errado e me passou remédio antinflamatório e a dor está amena. Quanto a mim, estou bem, mas ontem teve uma reunião na escola e aquela aglomeração de gente me fez entrar em pânico, tive que sair, não consegui permanecer lá, assim como antes. Fiquei muito frustrada, pois achei que daria conta, mas não!

          Estou aprendendo uma coisa, não me forço a ficar onde não consigo, respeito meus limites, mas tem algumas coisas que serão necessárias e se Deus quiser, vou voltar a ficar no meio do “povão”. Obrigada por sua atenção e carinho com todos!

        9. LuDiasBH Autor do post

          Cristiane

          Que bom obter notícias suas, menina! Não se preocupe pelo fato de ainda não estar sendo capaz de enfrentar aglomeração. Tudo tem o seu tempo. Aos poucos você irá criando forças para se adaptar novamente a isso. O bom mesmo é respeitar os seus limites temporários, procurando sempre dar um passo à frente, no intuito de superar as barreiras advindas do transtorno mental, pois é para isso que está fazendo uso do antidepressivo. A maioria de nós já passou por isso, inclusive eu… Continue POP e logo verá que todos esses problemas terão ficado no passado. Vá dando um passo de cada vez, adotando sempre o otimismo. O que não deu conta de fazer hoje, amanhã será capaz de fazê-lo. Continue dando notícias. Força, guerreirinha!

          Abraços,

          Lu

        10. Cristiane

          Lu

          Antes de mais nada gratidão por este espaço e por noss tornar uma família! Estou bem e feliz, voltei a trabalhar, não tenho tido mais crises que não dê para controlar, porém, faz 3 dias que ando sentindo um aperto muito forte dentro do peito, o desânimo ainda continua e a libido até hoje não voltou. Estou sendo POP, mas ainda que pequenos esses sintomas perto do que já passei, são reais, estou sentindo. O que acha que poderia ser isso agora? Fui ao retorno médico dia 8/02, ele manteve meus medicamentos assim: Escitalopram 10 mg e Frontal 0,25 mg de manhã e a tarde e 10 mg de Zolpidem antes de dormir.

          Obrigada, minha guerreira.

        11. LuDiasBH Autor do post

          Cristiane

          Sinto-me feliz ao saber do progresso de seu tratamento. Parabéns!

          Quanto ao que vem sentindo há três dias, saiba que isso está dentro da normalidade, pois nenhum antidepressivo é capaz de nos deixar livres de nossas emoções, sejam elas boas ou ruins (ainda mais nos dias de hoje, quando o nosso país passa por uma fase de intenso sofrimento para seu povo, quando a corrupção dos Podres Poderes envergonham-nos). Todo ser humano possui dias bons e outros ruins, pois assim é a vida. Somente quando o quadro descrito por você tornar-se permanente é que merece atenção. Se observar que está durando muito tempo, volte a procurar seu psiquiatra para que ele veja o que não está indo bem. Quanto ao Frontal, assim que puder, livre-se dele, usando-o apenas quando for extremamente necessário.

          Beijos,

          Lu

      2. Candida

        Alguém toma rivotril , fico super mal em ter que tomar, pois já tomo exodus.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cândida

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, muita gente toma rivotril no início do tratamento, pois esse ansiolítico ajuda a passar pelos efeitos adversos, contudo, depois de passada a fase turbulenta, ele deve ser tirado, para que o organismo não venha a viciar com ele. Pode tomá-lo sem preocupação, mas retire-o quando dele não mais precisar. Converse com seu médico.

          Abraços,

          Lu

      3. Mauro

        Lu
        sou seu fã, pois você me ajudou muito há 6 mês atrás com palavras positivas vêm por meio de comentários que só tenho a agradecer, pois tive depressão e hoje estou bem melhor, ainda tomando exudus de 25 ml. No fim do mês vou pedir pra minha médica a começar fazer o desmame e quero pedir a você que se alguém estiver tomando exudus, eu tenho duas caixas fechadas com validade até 2019 pra doar. Sou aqui do Rio de Janeiro.

        Obs.: as caixa são grandes e fechadas.
        Abraços,

        Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mauro

          Fico muito feliz ao saber que você se encontra bem, depois de passar por um período muito difícil, acompanhado por nós, aqui no blog. Contudo, meu amiguinho, não doe as suas caixas antes de conversar com a sua médica, a fim de que ela analise se já está bom para começar o desmame. Mesmo que pare com a medicação (conforme parecer de sua médica), deverá aguardar mais alguns meses para ver como seu organismo reagirá, pois há pessoas que param e têm que voltar ao medicamento, precisando de mais tempo de uso. Só faça a doação quando tiver certeza absoluta que delas não mais precisará. Quando isso acontecer, eu tenho, sim, pessoas que fazem uso do medicamento e que precisam dele e que possuem um baixo poder aquisitivo. Na época (se realmente não estiver precisando das caixas, entre em contato comigo).

          Mauro, sou eu quem agradece o seu carinho e a sua generosidade. Muitas pessoas, assim que ficam boas, esquecem-se de nós, não sabendo elas o quanto é bom receber uma visita de quem se encontra bem, pois isso dá força e esperança às outras que ainda lutam com o tratamento.

          Abraços,

          Lu

  162. Livia

    Oi Lu,

    Você não tem ideia de como achar seu site tem me ajudado. Eu já tomo antidepressivos há 7 anos. Recentemente passei por uma cirurgia e minha cabeça pirou no pós-operatório. E minha psiquiatra me passou um segundo antidepressivo pra me ajudar nesse período, que é o escitalopram. Agora estou aqui rezando pra que eu possa ver esse mundo tão bom que você descreveu. Estou no dia 11º. Ainda me sinto sem ânimo de viver, sem alegria pra nada, não vendo sentido na vida. E ao mesmo tempo me culpo por já tomar remédios há tanto tempo e não conseguir parar. Agora ainda inseri mais um. Fico pensando no meu futuro, que não poderei ter filhos tomando essas coisas, em como vai ser minha velhice. Enfim, estou cheia de neuras e precisando muito de alguém pra conversar, pra ter amizade. Aqui em casa meus pais são idosos e depressão pra eles é algo que não conseguem compreender. Eu te agradeço por ter feito esse espaço!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lívia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, aqui encontrará uma infinidade de amigos, com os quais poderá conversar. Todos são pessoas maravilhosas, que também convivem com os transtornos mentais. Como vê, não se encontra sozinha. E a melhor maneira de viver a vida é viver apenas um dia de cada vez. O que realmente nos pertence é o presente. O passado já se foi e o futuro está por vir. Gosto muito de uma trecho da oração do teólogo Reinhold Niebuhr:

      “Deus,

      Conceda-me a serenidade
      Para aceitar aquilo que não posso mudar,
      A coragem para mudar o que me for possível
      E a sabedoria para saber discernir entre as duas.
      Vivendo um dia de cada vez,
      Apreciando um momento de cada vez,
      Recebendo as dificuldades como um caminho para a paz,
      Aceitando este mundo cheio de pecados como ele é, assim como fez Jesus, e não como gostaria que ele fosse;
      Confiando que o Senhor fará tudo dar certo
      Se eu me entregar à Sua vontade;
      Pois assim poderei ser razoavelmente feliz nesta vida
      E supremamente feliz ao Seu lado na outra. Amém.”

      Tomo antidepressivo desde a minha adolescência e sinto-me gratificada por ter acesso a medicamentos tão maravilhosos, capazes de fazer com que eu tenha uma vida com qualidade. Volto à Idade Média e vejo como era um terror a vida dos portadores de transtornos mentais à época. Somos felizes por viver neste tempo. Sei que existem pessoas que tomam remédios para o coração, a diabetes, a hipertensão, a tireoide, todos os dias e, como elas, também tomo o meu antidepressivo. Vejo tudo dentro da maior normalidade. É essa mudança de foco que você deve ter. Jamais pararei com o meu antidepressivo, pois meu caso é crônico. É uma pena que muitos dos meus antepassados tenham passado por isso, sem ter acesso a remédios como os que ora tomamos. Imagine o quanto sofreram… Portanto, nós só temos a agradecer.

      Penso, minha amiga, que deva se desligar do futuro, pois não temos como prevê-lo. Viva bem hoje e terá um futuro promissor. Poderá ter filhos, sim, pois são muitas as mulheres depressivas que as têm, bastando apenas acompanhamento médico. Jogue essas neuras no lixo e busque, assim como os pássaros, viver um dia por vez. Atenha-se a algo que goste de fazer e preencha seu tempo. Viva com alegria. Agradeça o amanhecer de cada nova manhã.

      Não tive a felicidade de ter pais sem depressão, pois minha mãe também herdou tal transtorno. Quando precisar conversar, venha aqui, falar conosco. Estaremos sempre de braços abertos.

      Lívia, o oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais receitados atualmente. Também faço uso dele. Assim que passar pelos transtornos iniciais, que devem durar cerca de três semanas, começará a ver luz no fim do túnel. Isso acontece com todos. Vou lhe passar o link de uns textos que deverão ajudá-la. Venha sempre que puder conversar conosco.

      Beijos,

      Lu

      1. Livia

        Lu

        Obrigada pelo retorno tão gentil! Eu hoje estou no dia 14º do escitalopram. Desde ontem venho me sentindo melhor, parece que a angústia e a tristeza estão menores. Ainda não estou animada, não sinto vontade nenhuma de sair de casa. Eu, antes da crise, estava cheia de animação quanto ao futuro, e agora ainda não consegui sentir isso novamente. Estou naquela fase: “viver pra que? Fazer todo dia o mesmo? Qual o sentido de tudo?”

        No momento essa tem sido a minha maior preocupação, essa perda de tesão pela vida (desculpe o termo). Isso é o que eu quero mais recuperar! E estou tentando evitar de pensar em futuro, bem como ficar mais grata pelas medicações que estão aqui tentando me estabilizar. Estou disposta a fazer terapia pra melhorar meu super frágil lado emocional (já comecei). E quem sabe com alguns anos de terapia eu me sinta forte o suficiente pra tentar retirar a medicação? Uma dúvida que eu tenho e gostaria de saber é sobre a libido… alguém aqui também teve perda total de libido? Isso retorna? Há algo a ser feito?

        Mais uma vez, muito obrigada por esse espaço tão incrível. E por não deixar isso acabar, não nos deixar sem resposta, sem uma palavra amiga e de conforto.

        Beijos,

        Lívia

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lívia

          Alegra-me saber que você já está deixando a zona de turbulência (efeitos adversos). Tenho a certeza que daqui para a frente só tende a melhorar, inclusive a sua maneira de lidar com a vida. Não pense que foge à regra ao lidar com esse transtorno mental inicialmente. Quase todas as pessoas passam por esse desencanto (como poderá ver através dos comentários), mas à medida que o antidepressivo vai fazendo efeito, a luz no fim do túnel irá aparecendo. Sempre digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Que a retirada da sua medicação não seja uma preocupação (“pré” ocupando a mente desnecessariamente). Tudo se resolve com o tempo. Agora você precisa de aceitação de si e de tudo que a rodeia. Quanto à libido, isso realmente acontece. Passei por isso. Quase todos se referem ao assunto (veja comentários). Acontece que, com o tempo, o organismo vai se adaptando ao medicamento e voltando à sua normalidade. Apenas converse com seu parceiro a respeito e peça-lhe paciência. Ademais, é preferível uma amante menos “tesuda” do que uma com a mente conturbada… risos.

          Amiguinha, este cantinho é nosso. Venha sempre que sentir vontade. Será um prazer recebê-la.

          Beijos,

          Lu

        2. Livia

          Lu,

          Venho aqui mais uma vez. Estou no dia 19 do tratamento. Já vinha me sentindo bem melhor, mas hoje, em casa, sem motivo aparente, tive uma crise de pânico. Bem forte. E estou destruída, física e emocionalmente após essa crise. Pensei que, com o remédio, não voltaria a acontecer. E foi um baita balde de água fria. Ainda estou agoniada e apreensiva. Enfim, precisando de uma palavra amiga, achava realmente que não aconteceria mais com o remédio…

          Beijos,

          Livia

        3. LuDiasBH Autor do post

          Lívia

          Minha querida, você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, ou seja, na sua fase aguda, quando os efeitos adversos ainda se encontram em ação. Alguns organismos precisam até de 30 dias para contornarem tal fase. Portanto, não há nada de anormal consigo, pois nem completou as três semanas cruciais. Fique tranquila, pois só tende a melhorar daqui para frente. Essas crises esporádicas são comuns, até que o antidepressivo mostre realmente o seu poder. Nada de ficar agoniada e apreensiva. Continue POP (paciente, otimista e persistente). Guarde o balde de água fria para tomar um gostoso banho agora no calor. Ao retornar a seu médico, ele avaliará a ação do medicamento em seu organismo. Se for necessário, poderá aumentar a dosagem. Leia os comentários e veja como todos passam por isso na fase inicial do tratamento. Fique tranquila, esqueça essa crise e toque o barco para frente. Leia os comentários para ver como isso se encontra dentro da normalidade. Aguardo novas notícias.

          Beijos,

          Lu

  163. Catharina dos Prazeres

    Lu
    Estou tomando Reconter 10 mg há 4 dias e, fora alguns sintomas desagradáveis como uma pressão na cabeça, tontura e ouvidos abafados, o sintoma que mais está me preocupando são as pupilas dilatadas, pouco, mas estão! Isso passa?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Catarina

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, todos os antidepressivos apresentam efeitos adversos que passam após cerca de três semanas, contudo, alguns devem ser relatados ao psiquiatra assim que aparecem. Se suas pupilas estão dilatadas, converse com seu médico. Vou lhe enviar alguns links para que entenda melhor todo o processo inicial da medicação.

      Abraços,

      Lu

  164. Raquel Santos

    Lu
    Como relatei aqui, tomei esc 20 mg por três meses, por me sentir muito bem, minha médica reduziu a dosagem para 10 mg. Já completei um mês com essa dosagem ontem, porém faz três dias que venho sentindo dores na nunca, dor de cabeça leve, sensação de ouvido ruim. Sentia isso antes. Será que tem a ver com a redução da dosagem? Pois já completei um mês com essa dose, não deveria sentir antes, se fosse a redução da medicação? No fim de ano tomei uns drinques com a família, poderia ser isso? (minha médica liberou isso). Quando iniciei a medicação com a nova dosagem, ela me disse que se eu sentisse algo poderia voltar às 20 mg.

    Tenho consulta dia 19, você acha que aguardo ou tomo 20 mg logo nesses dias? Meu marido acha que é coisa da minha cabeça, que devo continuar com a medicação menor. Sinto-me me muito bem psicologicamente, só com esses detalhes físicos que surgiram nesses dias. Por favor, me oriente.

    Abraços a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      Tais transtornos estão ligados à diminuição da dosagem. Talvez não seja ainda o tempo de parar, mas é preciso passar por isso para que sua médica faça uma avaliação. Não há nada a ver com os drinques. Fique tranquila. Assim como seu marido, penso que deva ficar com a dosagem baixa por mais algum tempo, para avaliar a reação de seu organismo, mas se os transtornos forem aumentando, retorne à prescrição sugerida pela médica. Diga a ele que não se trata de “coisas de sua cabeça”, mas de incômodos físicos e que devem ser acompanhados para uma melhor avaliação sobre dever ou não parar agora com o medicamento.

      Beijos,

      Lu

      1. Raquel Santos

        Obrigada Lu, hoje não senti nada. Em verdade tenho receio de tudo voltar, pois é horrível tudo que passei. Vou insistir na medicação com a dosagem menor, talvez seja o organismo se adaptando e nada mais. Sei que o pior já passou.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Raquel

          O importante é ser POP. Continue observando o comportamento de seu organismo para repassar as informações à sua médica. Continue firme, minha amiguinha.

          Beijos,

          Lu

  165. Hadilton Borges

    Pessoal!

    Eu estou aqui novamente, mas graças a Deus só pra dar uma passada e dizer a todos que com fé, caminhadas, pensamentos positivos e seguir o tratamento certinho, tudo irá dar certo. ACREDITEM!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hadilton

      Todos nós ficamos felizes com as suas notícias. Venha sempre nos visitar.

      Abraços,

      Lu

  166. Elaine

    Lu

    Saiba que sempre passo por aqui pra ver novos comentários e reler outros,isso ainda me ajuda muito.

    Ainda não fez um mês que estou em tratamento com o Esc e tenho que dizer que apesar dos percalços eu fiquei bem,voltei a frequentar as aulas da faculdade, os meus dois últimos finais de semanas foram quase perfeitos, viajei e não senti nada, até estranhei de tão bem que eu estava, mas… Quando a segunda-feira chegava eu já começava a me sentir mal,fraqueza e tal, mesmo assim continuei fazendo minhas coisas.

    Neste final de semana que passei fora de casa eu estava bem, com dor no corpo, mas tudo suportável, ri muito com alguns amigos e estava feliz por uma nova etapa. O problema é que peguei uma intoxicação alimentar que me fez desabar, passei a semana de cama, só consegui ir dois dias à faculdade, mas com muito custo, fiquei frágil, as crises voltaram, fui parar no hospital duas vezes por ficar 4 dias sem comer, tive uma crise tão forte que quase não conseguia sair dela,sofri muito.

    Hoje estou um pouco melhor,consegui almoçar e jantar,estou toda furada,cansada e sem forças ainda,mas estou bem,vejo o quanto é difícil enfrentar essa doença, ainda mais quando se está sozinha. O que mais ouço é que tudo isso é frescura, choro de tristeza porque as pessoas mais próximas não entendem todo meu sofrimento, as dores e a fragilidade em que me encontro, não sou culpada, tenho sido o mais forte possível, mas está difícil.

    Todos os dias peço a Deus pra me dar forças e que eu aprenda com tudo isso, oro por todas as pessoas que escrevem aqui porque sei o quão sofrido é ter uma doença mental,espero em breve estar curada de tudo isso,ou que pelo menos esteja tudo sobre controle. Já emagreci oito quilos nesse um mês e meio de descoberta dessa doença. Não é fácil, mas creio que vai passar.

    Obrigado Lu por este espaço que nos dá um alívio imenso e nos permitr falarmos do que realmente sentimos.

    Abraço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Elaine

      É possível dizer que você ainda se encontra na fase inicial de seu tratamento que não completou um mês ainda. Se observar o progresso que fez até aqui, verá que tem sido uma grande guerreira. Esses recuos na melhora são normais, pois seu organismo ainda se encontra em fase de adaptação ao medicamento. Que isso não seja motivo de preocupação.

      Amiguinha, uma intoxicação alimentar já é ruim para quem se encontra saudável, imagine para você que ainda está na fase inicial de tratamento de seu transtorno mental! É mais do que normal que tenha passado por essa queda de humor e fragilidade física. Assim que deixar para trás os efeitos da intoxicação, sua saúde voltará ao normal. Tenha um pouco de paciência, pois afinal é uma garota POP.

      Menina POP, você ainda se deixa aborrecer com os ignorantes relativos aos nossos transtornos mentais? Minha fofa, não perca tempo com essa gente, pois ela não sabe o que diz, até que um dia venha a passar pelo que sofremos. Ignore tais pesssoas, seja lá quais forem. Esqueceu que tem uma família aqui que a ama muito e que compreende tudo que lhe acontece? Estamos sempre prontos para recebê-la.

      Elaine, esses transtornos não são fáceis, mesmo, mas nós também não somos. E nessa queda de braços quem vence somos nós, pois somos POPs. Tudo é uma questão de tempo. Procure se alimentar direitinho, para recuperar o peso perdido e ficar menos vulnerável às doenças oportunistas. E tenha mais cuidado com o que come, principalmente alimentos comprados na rua. Não coma maionese nem mesmo em festa de família, por exemplo.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Elaine

        Lu

        Como sempre suas palavras são animadoras, hoje faz um mês que comecei o tratamento com remédio, me recuperei da intoxicação, mas os sintomas voltaram, pode ser pelo fato de ser final de semestre na faculdade e estou muito ansiosa pra conseguir fechar bem. Enfim, continuo tendo crises,umas fracas outras fortes, mas continuo na luta,sei que logo vão passar. Cuido muito da minha alimentação, até mudei quando fiquei doente, mas é que tem dias que a gente não dá sorte,e maionese só como a minha kkkkk.

        Deus te abençoe Lu, por esse carinho que dispensa a todos nós. Logo darei mais notícias,

        abraço.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Elaine

          Se as crises persistirem, retorne a seu médico, pois ele poderá lhe passar um medicamento coadjuvante para ajudá-la nessa fase de final de ano que é mesmo muito estressante. Não sofra à toa. Tenho a certeza de que se sairá bem na faculdade. Não se preocupe. Viva apenas um dia de cada vez.

          Abraços,

          Lu

  167. Beca

    Lu
    Minha mãe sofre com esta doença terrível há mais de 10 anos, e dizem que é hereditário, sei lá, mas eu tenho muito medo de ter este mal mais para frente. Sou uma pessoa um pouco medrosa, mas não chego a ter ataques de pânico, não. Espero estar preparada caso ela chegue, por isso estou tentando me informar sobre ela.
    Obrigada pelas informações.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Beca

      Bem-vinda a este cantinho, sinta-se em casa.

      Amiguinha, o medo equilibrado é muito importante, pois ele nos faz avaliar os perigos à nossa volta. Contudo, quando se torna exacerbado, torna-se um transtorno mental, que deve ser tratado, para que não impossibilite a pessoa de viver. Não se preocupe com isso agora. Se um dia surgir para você, busque imediatamente ajuda médica. Espero que sua mãe esteja em tratamento, para melhorar sua qualidade de vida. Se não estiver, leve-a a um psiquiatra o mais rápido possível, pois ninguém merece tanto sofrimento.

      Abraços,

      Lu

  168. Rosa

    Olá, querida Lu,

    Volto a este espaço para agradecer a sua atenção e a dos outros comentaristas desta página tão importante. Tinha escrito que tinha uma viagem para a Europa e que estava com muito medo de fazê-la, porque tenho transtorno de ansiedade. Pois, bem, querida Lu, fiz a minha viagem de 16 dias, enfrentei as longas 11 horas de voo para ir, e mais 12 horas para voltar ao Brasil, e tudo bem. Fui feliz. Amei conhecer a Europa e já estou me planejando para voltar o mais breve que conseguir. Não passei mal, como temia, não tive crises de pânico, não parei no hospital, como todo “paniquento” imagina que vai acontecer. Um pouco antes de viajar busquei a psiquiatra, mesmo tendo tido alta há mais de dois anos, e voltei a tomar um antidepressivo e antiansiolítico. Deu certo. Pra dizer a verdade, fiquei tão envolvida com os passeios que teve dias que nem tomei a medicação. Além dos medicamentos, pratiquei a oração e a meditação medfunes, que uma terapeuta me recomendou. Tudo ajudou, além da minha determinação em viajar e ficar bem.

    Muito obrigada pela força, e torço para que todas as pessoas que enfrentam a depressão e o pânico tenham coragem, além, é claro, de tomar as medicações indicadas pelos médicos, se forem realmente necessárias.

    Grande abraço a todos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rosa

      Que maravilha! Fico feliz que tenha viajado, passado bem, e curtido tudo. Eu entendo perfeitamente como se sentia antes de viajar. Se para uma pessoa sem transtornos mentais o desconhecido já causa certo amedrontamento, imagine para nós… O que temos que fazer, sempre, é tomar as rédeas da situação e seguiar adiante, como você o fez. O primeiro passo é difícil, mas fundamental para o resto da caminhada. Que o seu exemplo sirva de lição para todos nós.

      Um grande abraço. Não suma!

      Lu

  169. Joselaine

    Lu
    Você sempre deixa a gente mais esclarecida com os efeitos colaterais do antidepressivo. Depois de 30 dias tomando 10 mg do exodus, o psquiatra achou melhor aumentar para 15 mg (1 cpm e 1/2) uma vez que continuo com muito medo, angústia e tristeza. Venho aqui te perguntar se é normal voltar uns efeitos colaterais no terceiro dia do aumento da dosagem. Hoje tive uma acelerada no coração e estava bordando e sem pensar em nada, achei estranho e gostaria saber se é normal.
    Desde já, obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Joselaine

      É normal, sim. A maioria das pessoas passam por efeitos adversos, ao aumentar a dose do antidepressivo. Mas fique tranquila, pois eles não tardarão em desaparecer. Acontece que o organismo estava acostumado com certa dosagem, quando ela muda, ele dá o grito… Se você continua com medo, angústia e tristeza seu médico agiu corretamente, ao aumentar a dosagem.

      Beijos

      Lu

      1. Joselaine

        Lu
        Muito obrigada, seus esclarecimentos sempre me deixam mais tranquila, não está fácil o aumento, mas se é necessário, vamos que vamos.

        Beijos

      2. Elizabeth

        Lu, como vai?

        Primeiramente, prazer em conhecê-la e parabéns pela iniciativa de criar este espaço para nós, pobres mortais, que sofremos tanto com SP e nos sentimos tão pouco acolhidos e entendidos! Parabéns a todos também pela coragem da partilha, que nem sempre é fácil!

        Há 17 anos atrás tive minha primeira crise. Primeiro foi uma depressão pós parto que desencadeou uma SP, a criança nasceu prematura e faleceu. Tive eclampsia. Sofri muito, mas na época procurei ajuda médica (tomei Sertralina) e psicológica e fiquei bem. Ofeito do medicamento foi rápido. Mas sempre com o medo do medo. Tive mais três filhos (hoje com 14, 12 e 8 anos, corajosa, né?). De alguns anos pra cá voltei a tomar Sertralina pra depressão. Sou professora e a profissão é muito estressante! Já usei dieloft e outros que não recordo o nome! O médico me disse que minha produção de serotonina é baixíssima (faço exames que constatam) e terei que tomar sempre antidepressivos.

        No ano de 2015 tive vários problemas, momentos dificeis, perdas! Desencadeou a SP e desde então venho nessa luta, nem preciso descrever os sintomas. Um “trem” que vai subindo e que me incomoda. O fato de ainda ter filhos pequenos, que precisam de mim e por quem eu tenho que ser exemplo não é facil. Estou ainda me adaptando a medicamentos, agora tomo o Veblaxina de 75 mg e à noite o Loredon (Donarem). Alguém do grupo toma esses medicamentos? Li vários comentários e não vi ninguém falando sobre eles! Aindo tenho crises, e quero muito encará-las com mais naturalidades, sem dar tanta importância! Acho que ainda valorizamos muito as crises e ela ganha muito espaço nas nossas vidas. Devemos controlá-las, alguém tem a receita? Eu ainda não! Penso demais nisso, fico lendo a respeito. Procuro pessoas que que saibam sobre essse assunto, acho que estou meio neurada. Pra falar a verdade, só tenho me interessado por este assunto, o resto estou achando bem sem graça. O psiquiatra a que estou indo (custei pra acertar!) disse que primeiro vai tratar da minha depressão.Também estou entrando na menopausa o que parece agravou mais as crises de depressão e pânico e ainda descobri que tenho apneia do sono.

        Tenho fé e esperança que tudo ficará bem e que aos poucos vou controlar a danada! E seremos felizes para sempre! Lu, só por curiosidade você é psicóloga, faz atendimentos em alguma área, tenho interesse, se não se importar gostaria do seu contato! Abraços pra todos! Fiquem com Deus!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Beth

          É um grande prazer recebê-la neste cantinho. Você já faz parte de nossa grande e amorosa família.

          Amiguinha, a crise de depressão pós-parto é muito comum, principalmente quando a mulher passa por um trauma. Porém, quando a pessoa já possui uma tendência a ter transtornos mentais, isso funciona como um gatilho que, sempre que for acionado, necessita de ajuda médica. A depressão recorrente é muito comum. Há inúmeros relatos aqui no site. A pessoa fica anos e anos sem a visita dessa “senhora” e, um não tão belo dia, ela resolve bater à sua porta. A demora da dita em nossa casa irá depender de como é recebida. Se relutamos em buscar tratamento para não ofender a visitante, ela vai ficando, ficando, tomando conta de tudo… Mas, se nos pomos em posição de combate, com sal e vassoura detrás da porta (ajuda médica), ela dá o fora rapidinho.

          Beth, por mais que saibamos como é o desenrolar da vida neste maravilhoso planeta chamado Terra, nem sempre conseguimos lidar com as perdas. Isso acontece com todo mundo, pois assim é a natureza humana. Somos criados aprendendo que devemos ser felizes e ter tudo que desejamos, quando a verdade é bem outra. Não temos mais os antigos filósofos que ensinavam que viver é lidar com alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, ganhos e perdas. Nossa sociedade capitalista e extremamente consumista prepara-nos apenas para o “ter”, colocando de escanteio o “ser”. E é somente com o SER que nos tornamos humanos no real sentido da palavra, cientes de nossa força e também de nossas fraquezas, compreendendo que sempre haverá dias bons e outros nem tanto, e que tudo passa, tanto os dias bons quanto os ruins. Essa compreensão é fundamental para o equilíbrio de nossa vida. E como diz Kalil Gibram em seu livro “O Profeta”, o equilíbrio deve ser a meta de cada ser humano. Por sua vez, o Budismo fala-nos do célebre “Caminho do Meio” que, em outras palavras, prega a necessidade de buscarmos sempre o equilíbrio, para termos uma vida plena. Quando a pessoa encontra-se equilibrada, seus dias não serão excessivamente bons e nem excessivamente ruins, pois ela saberá balanceá-los.

          Todos os antidepressivos trazem efeitos colaterais, mas, que passam dentro de certo período de tempo, de acordo com cada organismo. O importante é ser POP (paciente, otimista e persistente). Se nos compararmos com as pessoas que viveram em tempos passados, somos imensamente privilegiados por contarmos com tais medicamentos, livres dos sanatórios e mainicômios. Benditos sejam esses remédios maravilhosos e seus pesquisadores! Sobre os medicamentos citados por você, um deles não seria a “venlafaxina”? Se for esse, em algum das postagens sobre o assunto, encontrará quem o tome, assim como o donarem.

          Menina, você tocou num ponto fundamental ao dizer:
          “Acho que ainda valorizamos muito as crises e elas ganham muito espaço nas nossas vidas. Devemos controlá-las, alguém tem a receita? Eu ainda não!”.

          É exatamente isso! E quanto mais atenção dermos a elas, mais intensas tornam-se. O Prof. Hermógenes em seu livro “Yoga para Nervosos” ensina-nos que não devemos oferecer resistência aos ataques de pânico, pois resistência gera resistência (assim como violência gera violência). Ao centrarmos nossos pensamentos nas crises, nós as carregamos conosco o tempo todo. Uma vez em tratamento faz-se necessário buscar otimismo, centrar a atenção em outros afazeres. E parece não ser isso o que você vem fazendo. Essa “neura” só lhe trará ansiedade e perturbação. Uma busca consciente por respostas é mais do que importante, mas quando ela sai do controle, é bom parar por um tempo, para que não se transforme numa obsessão.

          A menopausa agrava, sim, a depressão. É normal! Mas ciente disso, trabalhe suas crises com mais paciência, até que venham os bons efeitos do antidepressivo. Os livros do Dr. Augusto Cury são muito bons, pois possuem uma linguagem simples, sem tecnicismos. A apneia será resolvida facilmente. E deve ser tratada, pois afeta a qualidade do sono, fazendo a pessoa acordar várias vezes, levantando-se no dia seguinte extremamente cansada e nervosa. E ser professora, algo tão maravilhoso, é muito desgastante, principalmente num país que não tem o menor respeito por seus mestres.

          Amiguinha, eu não tenho nenhuma formação na área médica. Venho de uma família (parte materna) em que a depressão, juntamente com a ansiedade, tem sido uma herança constante. Isso vem desde minha bisavó, avó, mãe, tios, primos… Tive meus primeiros ataques de pânico ainda na adolescência. À medida que fui virando gente grande, compreendendo as alegrias e também os dissabores da vida, compreendi que o tratamento alopático era apenas 50% daquilo que eu precisava. O restante teria que vir de mim mesma. Aliado a isso fui trabalhando meu equilíbrio emocional, diariamente, caindo e levantando, errando e acertando, ajudando e sendo ajudada… E, por incrível que pareça, passei a olhar minha mente com olhos compassivos, como alguém que trata de algo que lhe é muito querido. E, por consequência, passei a ter uma boa relação com a dona “deprê”, não a bendizendo nem a amaldiçoando. Quando reaparece, apenas me avisa que meu cérebro está precisando de cuidados, que seus neurônios não estão trabalhando bem. E lá vou eu os lubrificar, ou seja, ver se o antidepressivo perdeu o efeito, ou, se a dosagem está insuficiente. E assim vamos levando a vida na maior aceitação…

          Lindinha, eu não trabalho com redes sociais. Eu as tenho apenas para fazer postagens do site. O meu tempo é muito corrido, pois trabalho com revisão de livros e ainda com este site, que possui mais de 30 categorias diferentes, exigindo muitas pesquisas. O lugar mais certo para encontrar-me é aqui neste cantinho, pois dou uma atenção especial aos meus companheirinhos de caminhada. Venha todos os dias conversar conosco. Será um prazer tê-la aqui. Lembre-se de que não se encontra sozinha. Tudo irá ficar bem, disso poderá ter a mais absoluta certeza. Exercite sua paciência e o seu otimismo.

          Beijos,

          Lu

        2. Elizabeth

          Lu

          Obrigada pelo retorno! Quanta sabedoria há em suas palavras. Gostoso se sentir compreendida e acolhida em momentos em que nos sentimos tão fragilizados. A leveza do seu texto me fez sentir alivida e grata a Deus pela vida de uma pessoa que se dispõe a ser luz para as outras. Acredito no ser quando o vejo sendo luz no meio da escuridão total ou em meio a penumbras. Acredito que essa é a real vocação do ser humano: SER LUZ, ou até uma pequenina fresta, dependendo do momento é o que conseguimos ser, e para nós, ansiosos de plantão, é bom almejarmos a fresta, pois pouco a pouco a luz forte surgirá!

          Acabo escrevendo demais! Ossos do Ofício! Prof. de Português… Parabéns, grande abraço e a luta continua, com muita esperança e luz!!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Beth

          Que bom encontrá-la mais alegre hoje! É isso mesmo, minha amiguinha, temos que buscar luz para a nossa vida e, consequentemente estaremos iluminando a vida de quem de nós se aproxima. Podemos começar com uma fresta, como você ensina, que irá se avolumando à medida que compreendemos que é possível encontrar alegria nas pequenas coisas.

          Você me deixou emocionada com suas palavras generosas. Sou apenas uma fresta… Vocês também são luzes em minha vida, pois me enriquecem muito e levam-me a compreender melhor a minha existência. E não se sinta sozinha, pois nós, sua segunda família, encontramo-nos aqui, prontos para acolhê-la.

          Abraços,

          Lu

        4. Elizabeth Maia

          Oi, Lu!
          Hoje cedo te enviei uma mensagem de agradecimento pelas lindas e sábias palavras que enviou! (ainda não está aqui). Aliás todos do grupo, tenho certeza se beneficiaram com elas, pois são cheias de luz!

          Tenho me sentido melhor nos dois últimos dias, mas hoje, depois do almoço, me deu uma fraqueza (mental) tão grande, um cansaço absurdo, conversei poucos minutos com uma pessoa e saí sem energia nenhuma, vazia… As pessoas parecem que vão sumindo e em meio que flutuando! Sensação muito ruim, sem disposição alguma, pois pensar parece me gerar grande casaço, quase exaustão. QUE É ISSO? Efeito de medicamento ainda (poucos dias tomando o Donarem) , credo, meu Deus. Quero ficar bem, preciso trabalhar. Já aceitei que estou numa fase devagar, quase parando… Acho que cansaço mental é muito pior que o físico, pois com o físico a gente toma um banho, vai para a cama e descansa, o mental não!!! Estresse mental, como combatê-lo? Me ajude gente!

          Abraços!

        5. LuDiasBH Autor do post

          Beth

          Tive um dia muito atarefado. Acabei de responder o seu comentário anterior.

          Amiguinha, no início do tratamento é normal a pessoa passar por momentos bons e outros ruins em relação ao medicamento que está tomando. É a luta do organismo para adaptar-se ao antidepressivo. Isso é normal, não sendo motivo para preocupações. A conversa pode tê-la cansado mentalmente, num período em que ainda se encontra fragilizada. Existem também pessoas que, sem o saberem, exaurem nossas forças, se nos encontramos debilitados. Certos assuntos de conversa também nos levam a isso. Portanto, evite pessoas cansativas e assuntos não agradáveis nessa fase inicial do tratamento. Distancie-se de qualquer tipo de discussão. Você tem se alimentado direitinho? Há casos em que o antidepressivo tira todo o apetite. Não abra mão de alimentar-se. Se estiver com dificuldade de comer alimentos sólidos, opte por vitaminas, sucos, mingaus… Não fique sem se alimentar.

          Beth, o distúrbio da percepção de si mesmo acontece em relação ao uso de muitos antidepressivos, na fase inicial do tratamento, com muitas pessoas. Mas se notar que isso tem sido continuado, aumentando de intensidade, converse com seu médico. Procure ficar tranquila, pois as pessoas otimistas tendem a ter uma recuperação mais rápida. Realmente o cansaço mental é bem pior do que o físico. Mas não abra mão de um banho tépido e um copo de leite morno, antes de deitar-se, pois também agem sobre o cansaço mental. Ouvir música clássica, antes de dormir, relaxa a mente. Durante o dia, procure tomar chá de camomila, pelo menos 3x. Lembre-se de viver apenas um dia de cada vez.

          Abraços,

          Lu

      3. Tatiane Queiroz

        Oi, Lu!

        Estou com muito medo, pois tive umas crises de nervosismo, ansiedade e medo morrer. Fui ao médico e ele receitou efexor 37.5 mg. Tomei por 14 dias, depois ele aumentou para 75 mg, porque estou amamentando meu bebê de 3 meses, e também meio aprazolam cedo e à tarde. Comecei a sentir ondas de calor, isso será normal? Ou é por causa de minha ansiedade? Acordo assustada. Demora a fazer efeito esses remédios? Por favor, me ajude!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Tatiane

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinha, a ansiedade traz todos esses sintomas citados por você, e o início do tratamento com antidepressivo reforça-os, mas isso passa após cerca de três semanas de uso, quando o organismo passa a aceitar o medicamento. O Efexor (venlafaxina) vem sendo muito usado, como poderá ver através dos comentários. As ondas de calor são normais, sim, pois todo antidepressivo apresenta efeitos adversos na etapa inicial do tratamento, que é realmente bem sofrida. Mas lembre-se de que logo passará. Quanto ao alprazolam, procure tomá-lo apenas quando sentir necessidade. E, quando estiver se sentindo bem, descontinue seu uso, pois pode viciar se tomado durante um longo tempo.

          Tatiane, os bons efeitos do antidepressivo acontecem, normalmente, após três semanas de uso, mas isso varia de um organismo para outro, ou seja, tanto poderá vir antes desse tempo ou um pouco mais tarde. Procure ser POP (paciente, otimista e persistente), até entrar na fase boa. Além disso, comunique-se com seu médico, se sentir que está difícil passar por essa fase. Essa interação entre paciente e psiquiatra é muito importante.

          Sempre que não se sentir bem, venha conversar conosco. Não se sinta sozinha.

          Abraços,

          Lu

        2. Tatiane Queiroz

          Lu

          Eu estou em crise de novo, sinto medo do medo, ansiedade, tudo isso meu Deus. Sinto meu corpo pinicar, ondas de calor, parece que meu corpo está quente, mas está gelado. Antes de começar a tomar os remédios sentia sensação de vertigem, visão embaçada, parecia que ia cair, medo de deixar meu marido trabalhar. Eu me isolei dos meus amigos, até das redes sociais, e pior volto da minha licença maternidade dia 27. Quando esses remédios vão fazer efeito? O mal-estar é ruim, ajuda-me, Lu.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Tatiane

          Acalme-se, minha amiguinha. Respire fundo e lembre-se de que tudo isso irá passar.Preciso de informações: O que está tomando agora e quantos miligramas? Há quanto tempo? Quando começou a passar mal? Está pensando muito na volta ao trabalho?

          Abraços,

          Lu

        4. LuDiasBH Autor do post

          Tatiane

          Você já deve estar saindo da fase dos efeitos adversos. Quanto ao alprazolam, somente tome quando for necessário, ou seja, quando se encontrar em crise.

          Abraços,

          Lu

        5. Tatiane Queiroz

          Lu
          Por conta da ansiedade minha pressão não abaixa. Será que posso tomar metildopa ,de 250 mg, que meu médico receitou, com meu antidepressivo Effexor 75mg, aprazolam 25 mg? Nunca tive pressão alta, só depois que tive esta crise ansiedade.

        6. LuDiasBH Autor do post

          Tatiane

          É muito comum a ansiedade alterar a pressão. Quanto à indicação médica, não tenha medo. Não há ninguém mais bem preparado para receitar-lhe um medicamento do que seu médico. Conheço muitas pessoas que tomam antidepressivo e remédio para hipertensão. Não tenha receios. Confie em seu médico. À medida que o antidepressivo for mostrando seus bons efeitos, sua pressão irá normalizando. Depois que estiver mais tranquila, passe a medir sua pressão uma vez por dia e anotar. Quando voltar a seu médico mostre-lhe as anotações, para que ele possa saber se já deve suspender o medicamento para pressão. Quanto ao alprazolam, procure tomar somente quando necessário, para não causar dependência.

          Abraços,

          Lu

  170. Rosa

    Bom-dia, querida Lu!

    Eu já tratei o transtorno de ansiedade (síndrome do pânico) desde 2010, melhorei com o Exodus; tive alta, mas depois de quase dois anos, percebi que os sintomas estavam voltando; fui ao médico que insistiu para eu voltar a tomar o Exodus. Agi com teimosia, comprei o remédio, mas não tomei, rs. Continuei a ter picos de síndrome do pânico, voltei a outra psiquiatra que me receitou o escitalopram, o mesmo Exodus e o Alprazolan, de 0,5 mg, para dormir e combater a ansiedade; o que eu fiz? Estou tomando só o Alprazolan, tenho dormido melhor.

    Este meu texto, desculpe eu me alongar, é para dizer que estou com viagem marcada para o início de maio para Europa. É a primeira vez que vou para tão longe, e estou bem apreensiva, porque, além das horas de voo, mais de 9, ainda tenho de fazer uma conexão que vai durar mais uma hora. Estou com medo de não dar conta da viagem, espera, conexão estas coisas. Vou voltar na médica antes da viagem, mas só posso contar com o Alprazolan. Vou com um grupo de cinco
    amigas, entre elas, há uma mulher com depressão, amiga antiga, que trata há mais de 8 anos, estou preocupada com ela e comigo, rs.

    Lu, quero perguntar para você e para os outros comentaristas deste blog: Vocês já viajaram para longe tendo ANSIEDADE e DEPRESSÃO (desculpe a caixa alta)? É que temo não ter resistência física, porque sabemos que a ansiedade e a depressão tiram energia física das “vítimas”.

    Muito obrigada, querida Lu, gosto de você desde os tempos do Luiz Nassif. Obrigada aos comentaristas que também puderem dar seus depoimentos de viagem portando estas síndromes que nos assustam tanto.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rosa

      Você tem agido errado ao abrir mão do tratamento médico, ainda mais em se tratando de transtorno de ansiedade, que tende a evoluir para crises mais severas. A função do antidepressivo é justamente conter tais crises, fazendo com que o cérebro volte a funcionar direito. Saiba também que tais transtornos podem ser recorrentes, indo e vindo. A cada novo aparecimento, deve ser levado a sério, não abrindo mão do tratamento médico. É possível que tratando-o agora, fique mais uma meia dúzia de anos sem tê-lo. Se não o fizer, ele somente se agravará. O Alprazolam não combate o problema, funciona apenas no sentido de ajudá-la a dormir melhor. Somente isso! E não deve ser tomado com constância, pois vicia, mas apenas nos dias em que sentir necessidade. Depois deve ser retirado. Portanto, inicie o seu tratamento amanhã, para que ao viajar já esteja livre das semanas iniciais, quando poderá sentir os efeitos adversos. Não entendo a sua relutância em tomar o oxalato de escitalopram.

      Amiguinha, se você estiver medicada, não haverá problema algum. Mas, se não estiver, correrá o risco de ficar cada vez mais ansiosa com o preparo da viagem e com o enfrentamento de um mundo totalmente novo para você. A viagem e a conexão em si não apresentam problema algum, o que tem que levar em conta é o seu estado emocional. O tamanho do grupo é bom, principalmente se houver afinidade entre seus membros. Quanto à amiga depressiva, se ela estiver em uso do medicamento não haverá o menor problema. Não são poucos os depressivos que viajam mundo afora. A preocupação deverá ser com você, minha querida. Inicie seu tratamento e tenha a certeza de que fará uma viagem maravilhosa, com muitas coisas para contar-nos em sua volta. Não deixe de vir aqui.

      Rosa, o medo da viagem presente em seu comentário, deixa bem claro para mim, que precisa de iniciar urgentemente o tratamento. Você diz: “Estou com medo de não dar conta da viagem, espera, conexão estas coisas.”. Na verdade, você está com medo é de ter ataques de pânico. Se estiver medicada, nada disso ocorrerá. Será uma viagem tranquila e inesquecível. Eu e muitos outros aqui já fizemos tais viagens sem nenhum problema. Falando de mim, especificamente, sempre estive tomando o meu comprimido de oxalato de escitalopram, meu amiguinho inseparável, onde quer que eu vá. Leve o seu medicamento daqui, não deixe para comprar fora.

      Amiga, mais uma vez eu lhe digo que sua viagem transcorrerá na mais perfeita normalidade, se estiver medicada com o antidepressivo. Viaje com tranquilidade, e não se esqueça de tomar seu comprimido diário. Se possível, abra mão do Alprazolam, pois estará tão cansada em razão dos passeios que irá dormir com facilidade. Ao retornar, venha aqui conversar conosco. Mas volte a este espaço antes de viajar.

      Beijos,

      Lu

    2. Patricia

      Oi Lu!
      Adorei seu blog! Muito bacana sua boa vontade em ajudar, fora o bom humor.

      A minha história não é muito diferente das outras tantas que lemos. Tenho 32 anos e sofro de ansiedade há muitos anos, mas sempre foi controlável, nada patológico. No entanto, quando perdi minha mãe há dois anos atrás, meu mundo desabou. Ela tinha câncer, e pra quem conhece a doença, o final é terrível! Minha filha mais nova tinha 40 dias na época. Passados seis meses estava no auge da TAG, e foi quando iniciei tratamento com Nortriptilina. Praticamente não tive efeitos colaterais, me sentia realmente bem, mas depois de alguns meses tinha fortes lapsos de memória. Meu psiquiatra orientou então o desmame, já que eu estava melhor.

      Poucos meses depois veio a recaída, dessa vez de um jeito um pouco diferente, sem as crises de pânico, mas com altas doses de hipocondria (achei que tinha todas as doenças possíveis nos últimos 3 meses). Fui a outro psiquiatra que me indicou Venlafaxina, tomei por 45 dias e não suportei. Me sentia MUITO mal. Trocamos para escitalopram 10 mg, e hoje faz 16 dias que estou tomando.

      Na primeira semana quase não tive efeito colateral, me sentia bem. A partir da segunda semana e até agora, percebi uma piora. Os pensamentos negativos voltaram com força total. Pego no sono, mas acordo no meio da noite assustada com sonhos mirabolantes e alguns espasmos musculares (que segundo o psiquiatra são normais no início). Sinto o corpo dolorido, principalmente pernas e não sei dizer se houve melhora. Não é estranho me sentir bem nos primeiros dias e depois piorar? Não funciona inversamente? Estou um pouco desanimada com isso! O que acha?

      Beijos

      1. LuDiasBH Autor do post

        Patrícia

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se como parte de nossa família.

        Amiguinha, minha história é similar à sua em relação à perda da mãe. Sempre fui depressiva crônica (herança materna), mas, quando perdi a minha mãe, eu simplesmente naufraguei. Recusei-me a retornar ao psiquiatra (o medicamento que tomava não mais fazia efeito). Fui descendo num abismo sem fundo, até que dei conta de que estava recusando a viver, e minha mãe jamais gostaria de ver-me assim. Retornei ao médico, passei a tomar um novo antidepressivo e soergui-me. Hoje me encontro bem, sem Transtorno de Pânico, mas tomo o antidepressivo ininterruptamente. Compreendo o seu sofrimento, e, como diz, as nossas histórias são quase sempre muito parecidas. O que nos leva a compreender que o sofrimento é uma constante na vida das pessoas desde que o mundo é mundo, em quaisquer que sejam as classes ou etnias. Resta-nos a compreensão de que assim é a vida e que devemos vivê-la da melhor forma possível, mas apenas um dia de cada vez. E é assim que tenho feito.

        Patty, os transtornos mentais, que abundam em todo o mundo, são na maioria das vezes intermitentes, vão e vêm sem nenhuma explicação. Há pessoas que ficam um bom tempo livre desse ou daquele e, num “não” tão belo dia, acordam com uma visita inesperada. E tal visitante chega, muitas vezes, trazendo uma carga indesejada junto consigo, como as ditas fobias. E é preciso começar tudo de novo. E de pirraça a gente começa, até botar a visita para fora. E assim vamos levando a vida, entre altos e baixos, como qualquer ser humano presente neste mundo. Mas aliado ao medicamento, precisamos, muitas vezes, mudar nossa maneira de olhar e sentir a vida, vivendo com mais leveza e tornando-a o mais simples possível.

        Amiguinha, todos os antidepressivos trazem consigo efeitos adversos na fase inicial do tratamento. É fato que algumas pessoas sentem-se piores do que outras, pois cada organismo costuma reagir de um modo diferente. E com o oxalato de excitalopram não é diferente, embora seja um dos bons medicamentos do mercado, receitado por inúmeros médicos (faço uso dele), conforme poderá ver nos comentários. Esses efeitos ruins duram, em média, entre duas a três semanas, mas há pessoas que necessitam de mais tempo para sentirem-se melhores. O fato de você estar se sentindo pior na segunda semana é natural. Seu organismo está recebendo uma carga maior de uma substância estranha a ele (que é acumulativa) e, por isso, está lutando contra ela, mas logo será vencido (ambos haverão de ficar loucamente apaixonados). Essa piora é normal. Muitas pessoas sentem-se, nessa fase, bem piores do que antes de iniciar o tratamento. Não há nada de estranho. Fique tranquila. E tampouco há porque ficar desanimada. Seja POP (paciente, otimista e persistente), pois tudo passará. Dê tempo ao tempo. Enquanto isso, mantenha contato com seu psiquiatra nessa fase inicial, o que irá deixá-la bem mais segura. Saiba também que não se encontra sozinha. Venha sempre conversar conosco, contar-nos como anda seu tratamento. Juntos seremos fortes.

        Um grande abraço,

        Lu

        1. Patricia

          Oi, Lu!

          Já se passaram 21 dias de medicação, e a melhora é bem pequena em vista dos efeitos colaterais! Tenho sentido muita dor no corpo, principalmente nas articulações e panturrilhas. As noites parecem cada vez mais difíceis, junto com a insônia vem os pensamentos e questionamentos negativos! Não sei se tudo isso é normal, ou se devo pedir para meu médico trocar o remédio. Mesmo com tudo isso, tenho tentado viver da melhor forma possível! Continuo trabalhando e cuidando da minha família.

          Obrigada desde já e beijos!

        2. LuDiasBH Autor do post

          Patrícia

          Os antidepressivos não agem igualmente, em relação ao tempo de uso, para todas as pessoas. Algumas há que precisam de um mês ou até mesmo de três. A maioria precisa de duas a três semanas, mas não significa que isso seja uma regra geral. O ideal que você volte a seu médico, repasse-lhe todas essas informações, sem se esquecer dos pensemantos e questionamentos negativos. Se não está tomando, veja a possibilidade de ele lhe receitar um calmante, para que tenha um sono mais tranquilo. Pode ser também que seja necessário adequar a dosagem do medicamento. Mas não se aflija com isso, minha amiguinha, pois tudo terminará se encaixando direitinho. Tudo é questão de tempo e adequação ao remédio. Continue POP. Saiba que muitas pessoas passam pelo mesmo que você. Continue em contato conosco, falando-nos de como anda seu tratamento. E assim que retornar ao psiquiatra, não se esqueça de contar-me como foi.

          Abraços,

          Lu

        3. Patricia

          Oi, Lu!

          Já se passaram 21 dias de medicação e a melhora é bem pequena em vista dos efeitos colaterais! Tenho sentido muita dor no corpo, principalmente nas articulações e panturrilhas! As noites parecem cada vez mais difíceis, junto com a insônia vêm os pensamentos e questionamentos negativos!
          Não sei se tudo isso é normal ou se devo pedir para meu médico trocar o remédio! Mesmo com tudo isso, tenho tentado viver da melhor forma possível! Continuo trabalhando e cuidando da minha família!

          Obrigada desde já e beijos!

        4. LuDiasBH Autor do post

          Patrícia

          Algumas pessoas necessitam de um tempo maior para que o antidepressivo comece a mostrar todos os seus bons efeitos, pois possuem um organismo bem resistente ao medicamento. Três semanas não são suficientes para elas, que precisam de um mês ou mais. Li recentemente que alguns organismos só reagem totalmente após o terceiro mês. Para a insônia você pode pedir a seu médico um ansiolítico, para tomar nessa fase, o que lhe permitirá boas noites de sono, sem tais pensamentos negativos. E se toma o antidepressivo à noite, peça-lhe para passar para a manhã, pois isso reduz a insônia. Mas lembre-se de jamais tomar duas doses no mesmo dia. Em caso de troca de horário, terá que falhar um dia. Esses efeitos negativos, ainda que normais, devem ser comunicados a seu médico. Não é ainda tempo de trocar o medicamento. Isso só acontece quando há um efeito adverso muito grave. Parabéns por continuar POP (paciente, otimista e persistente). Continue me informando sobre seu estado de saúde.

          Abraços,

          Lu

  171. Joselaine

    Olá, Lu!
    Li vários comentários e vejo o quanto você é atenciosa para com todos. Infelizmento aos 21 anos tive minha primeira crise de pânico, fiz terapia e tomei anafranil, melhorei e desmamei o remédio após alguns anos. Tive outra recaída e me passaram lexapro. Fiz terapia, mas uma melhora e desmame do remédio, e mais uma vez me encontro em uma recaída. Fui ao psquiatra e me receitou exodos. Vou começar a fazer terapia cognitiva comportamental, porém como todos ansiosos vão para o Dr google, vejo muitas pessoas falando mal desse remédio. Você poderia me falar algo desse remédio, estou receosa de tomar, porém os sintomas de pânico e depressão paralisaram minha vida.
    Desde já obrigada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Joselaine

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha,tive meus primeiros transtornos mentais ainda na adolescência. Já tomei o anafranil. É normal o fato de termos que mudar de antidepressivo, à medida que o organismo acostuma-se em demasia com esse ou aquele. As recaídas são comuns. A maioria de nós passa por isso.

      Jose, pode-se consultar o Dr. Google, mas é preciso saber que nem todas as suas informações são verdadeiras, uma vez que as reações adversas dos antidepressivos têm muito a ver com o organismo de cada um. A opinião mais abalizada é a do psiquiatra que, além de ter formação nessa área específica, também tem um contato direto com o paciente, conhecendo o seu estado de saúde, e fazendo uma análise profunda de sua saúde física e mental. Mesmo a leitura das bulas deve ser vista com cautela, pois muitas coisas ali descritas dizem respeito a um grupo mínimo de pessoas. O oxalato de escitalopram tem sido uma das substâncias mais receitadas pelos médicos, atualmente, no tratamento de transtornos mentais. A maioria dos comentaristas aqui fazem uso dela, inclusive eu. Tomo-a há mais de 5 anos e dou-me muito bem. E quanto mais cedo você iniciar o tratamento, melhor, pois as crises de pânico, quando não tratadas, tendem a agravar-se cada vez mais, ficando o espaço entre elas cada vez mais reduzido. Para saber mais sobre o medicamento, leia os comentários.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Joselaine

        Lu, obrigada pela resposta.
        Na data em que te escrevi, comecei o tratamento com exodus, mas três dias passados parei, pois me indicaram um médico ortomolecular que estava acertando com todos. Mais uma vez gastei em consulta e fórmula, nessa tinha “cloxazolam”, que foi caríssimo. Tomei por dez dias e quase me acabei, fiquei pior dez vezes. Voltei ao outro psquiatra que me indicou exodus, para começar com 5 gotas e depois de duas semanas passar para 10. Quero perguntar se é normal essa resistência, ja comecei mas não tive coragem de tomar as cinco gotas, estou tomando 4, como é triste e horrével essa síndrome do pânico.

        Obrigada mais uma vez!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Joselaine

          Em qualquer tipo de tratamento, e em especial nos transtornos mentais, é preciso ter inteira confiança no médico. Não dá para ficar pulando de um para outro, sem ter tomado o medicamento pelo menos durante um mês. Agindo assim, você só irá gastar dinheiro desnecessariamente. Além disso, o Cloxazolam também é usado para tratamento de transtornos mentais.

          Amiguinha, você deve tomar o oxalato de escitalopram de acordo com a prescrição médica. Não vejo o porquê de tanto medo. Garanto-lhe que o efeito do medicamento não é pior do que uma crise de pânico. Além do mais, com cerca de duas a três semanas, de modo geral, os efeitos adversos irão passando e os bons surgindo. Lembre-se de que a Síndrome do Pânico é tratável. Não fique a cultivá-la. O “medo” é muito negativo, quando sem justa causa, devendo ser eliminado de nossa vida, pois só nos leva a dar um passo para trás. É preciso que você seja POP (paciente, otimista e persistente). E não pode mudar a prescrição médica, conforme sua vontade, pois assim o tratamento não surtirá efeito. Comece a tomar o medicamento direitinho e conte com o nosso apoio.

          Abraços,

          Lu

        2. Joselaine

          Muito obrigada Lu, hoje tomei as cinco gotas como foi prescrito. Você disse tudo, o efeito não pode ser pior que as crises de pânico.

          Beijos

        3. Joselaine

          Oi, Lu!
          Estou no décimo primeiro dia de 10 mg do exodus, porém ainda me sinto muito angustiada, com medo e depressiva. Isso é normal com sua experiência com esse remédio. Desde já muito obrigada por toda a sua atenção.

        4. LuDiasBH Autor do post

          Joselaine

          Como venho dizendo aqui, cada organismo tem seu tempo específico para que o antidepressivo apresente todo o seu lado positivo, ou seja, para que os efeitos adversos desapareçam. E você está deixando a fase mais difícil agora. Ainda assim, pode ser que a sua dosagem esteja baixa, não atendendo às suas necessidades. Aguente mais uma semana e, se sentir que não houve melhoras, retorne a seu psiquiatra e converse com ele, expondo tudo o que continua sentindo. O início do tratamento é mais difícil para todo mundo, porque o médico precisa trabalhar com erros e acertos, mas ao final tudo dá certo. Não se preocupe, amiguinha. Retorne para dizer-nos como anda seu tratamento.

          Abraços,

          Lu

        5. Hadilton

          Prezada Joselaine, estes remédios costumam demorar de 15 a 20 dias para começar os efeitos. Tenha paciência e fé, vai dar tudo certo!

        6. Joselaine

          Hadilton
          Muito obrigada, estou firme e aguentando, mas é fogo. Vamos que vamos!

  172. Allan

    Olá, Lu!

    As perguntas que você me fez são ótimas. Talvez meu caso seja um pouco diferente da maioria aqui relatados.

    Eu me diagnosticaria como tendo depressão leve. Dia ou outro, desde de a minha adolescência, me sentia triste por nem sempre alcançar meus objetivos. Essa tristeza, pouco durava e não interferia em nada na minha vida.

    Em Julho desde ano, depois de muito tempo e após uma “bebedeira”, a tristeza voltou. No auge da minha ignorância, achei que se tomasse uns comprimidos do meu pai (antidepressivo “cloridrato de cloripramida”), junto com álcool, me sentiria bem para curtir o fim da noite. Foi o maior erro que cometi. No outro dia, logo de manhã, já comecei a sentir os sintomas. Visão turva, sensação de desmaio, palpitações, mãos frias e suadas. Fui ao hospital, onde me fizeram fluidoterapia. Voltei para casa e passei o fim de semana bem. Na terça-feira, 2 dias após ter tomado esse coquetel, alcool e antidepressivo, indo trabalhar, descendo do carro, senti todos os sintomas novamente. Como estava sozinho, longe do hospital e com insegurança de dirigir, parei no posto de saúde do bairro, onde novamente me fizeram fluidoterapia e me deram um comprimido de Diazepam (só soube que me deram isso semana passada, pois fui pedir meu prontuário e lá constava a medicação me deram no dia). Voltei pra casa bem, mas extremamente sonolento. Dormi até o outro dia e mesmo assim continuei cansado, tanto que não fui trabalhar. Quando minha mãe chegou em casa e me viu na cama, achou melhor irmos novamente ao posto passar por uma consulta de emergência.
    Lá fui atendido por uma médica plantonista, que cobre a falta dos médicos fixos do posto. Super mal humorada e mal educada. Fui sincero e disse que os sintomas apareceram logo após a ingestão do álcool e do antidepressivo, e apenas com essas informações ela fechou o diagnóstico como crise de ansiedade e me receitou o “bendito” Alprazolam 2mg. Apenas me disse para tomar um comprimido ao me deitar, se achasse que era forte, tomar apenas 1/2, e procurar um Psiquiatra. Saí de lá, passei na farmácia e depois no CAPS da minha cidade. Só tinha vaga para consulta depois de 1 mês,

    Nos primeiros 15 dias, com medo, tomei apenas meio. Me senti bem. Nunca tive problema para dormir, mas tomando esse remédio o sono vinha mais rápido. Meu apetite aumentou e tudo corria bem até que, um dia, senti os sintomas de “ansiedade” novamente, bem mais fracos mas, me senti incomodado ao ponto de seguir a risca a prescrição médica e passei a tomar 1 comprimido de 2mg.

    Percebi que minha memória estava bem fraca. Senti também que minha percepção do dia a dia tinha mudado. Era como se eu estivesse lá apenas fisicamente, trabalhando, mas totalmente desligado emocionalmente de tudo.

    Passei com o psiquiatra que mal me ouviu e receitou Alprazolam 0.25mg e ESC 10mg. Disse à ele que ainda tinham muitos comprimidos do Alprazolam 2mg que a outra médica havia me passado e ele me orientou a tomá-los e quando acabasse comprasse os dois medicamentos que havia me passado.

    No fim de semana antes do retorno a aula, teve um churrasco da faculdade. Mesmo não lendo a bula, ou procurado informações a respeito do remédia, sabia que não era indicado beber tomando a medicação. Tomei na sexta a noite, fui para churrasco no sábado, passei o dia bem, mas a noite noite que mesmo muito cansado, estava com dificuldade em dormir. Acordava de 15 em 15 minutos. No domingo amanheci bem ruim. Diarreia, náuseas e aquele sensação de “estou aqui mas não estou” minha dobrado. Domingo fui novamente ao churrasco, mesmo ruim, me forcei a parecer bem e tomei umas duas latas de cerveja e fui-me embora. Novamente à noite, tive dificuldade com o sono e, na segunda feira, todos os sintomas se agravaram, me fazendo voltar a tomar a medicação porém, na dosagem de 1/2 comprido. Daí pra frente LuH, só piorei. Na quarta feira cheguei a conclusão de que era o remédio que me fazia mal e parei de toma-lo. Quinta e sexta, fiquei bem ruim, mas no sábado fui melhorando. Esses três dias não consegui dormi por 1 minuto se quer. No domingo, não aguentando mais, tomei novamente 1/2 comprimido. Segunda feira, como era de se esperar ruim de novo. Fui ao CAPS falar com o psiquiatra, que não me atendeu, mas pediu para dizer que o remédio não causava nada aquilo. Disse para eu voltar a tomar e procura-lo na sexta. Foi o que fiz. Passei a semana mal, no quarto deitado, e sexta feira fui falar com ele. Mal me escutou, só pediu para parar de vez de tomar o Alprazolam, me deu uma caixa de ESC e pediu para voltar dentro de 1 mês.

    Contei tudo que havia acontecido ao meu pai, onde ele me orientou a parar com tudo e procurar por Psicoterapia. Foi isso. De lá pra cá, melhorei muito, muito mesmo, mas ainda não me sinto 100%. Acredito que desde o começo dei azar nos profissionais que me atenderam. Quando tenho essas crises, por mais raras que elas tenham ficado, penso em voltar ao médico, mas acho que ele não vai me escutar e simplesmente me dará remédios para me deixar dopado.

    O psicólogo que me atende hoje foi o único que foi atrás das informações que passei e chegou a conclusão de que o que eu sinto hoje é de fato abstinência. Ele me disse que a dosagem do remédio foi alta, que não foi me passado as orientações corretas na forma de uso dele, que foi leviano. Me diz também que irá passar por completo todo esse mal estar. É nisso que tenho me apoiado quando ocorre as crises, que irá passar por si só.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Allan

      Todos os seres humanos possuem características próprias quanto à maneira de ser. Algumas lhes são agregadas pela existência, mas outras já nascem com cada um, fazendo parte da personalidade. Eu, por exemplo, nunca fui uma pessoa esfuziante. Ao contrário, sou contida, até mesmo nos gestos corporais. Também carrego comigo uma certa tristeza, talvez pelo fato de eu ser muito sensível em relação à humanidade, à flora e à fauna, ou seja, ao planeta Terra como um todo. Se eu vir alguém judiar de um bichinho, fico numa profunda tristeza, como se a dor fizesse parte de mim. Se arrancam uma árvore, cortam-me o coração. Sei que serei sempre assim, tal comportamento faz parte de minha personalidade.

      Quanto aos objetivos, procuro dar sempre o melhor de mim, mas buscando viver um dia de cada vez. Não jogo nenhum peso no passado ou no futuro. O que sou hoje determinará o meu passado (o presente é um passado a caminho) e o meu futuro. Os objetivos vão sendo edificados com base no nosso crescimento emocional, muito mais do que com o intelectual. E a palavra chave é equilíbrio. Jamais permita que o excesso de ambição tolde o seu dia.

      Amiguinho, se a sua depressão é leve, a psicoterapia irá resolvê-la. Talvez se trate de uma passagem mal resolvida de sua vida, que precisa ser revista, digerida, analisada. Saiba que estarei torcendo por você. E não deixe de sempre nos trazer notícias.

      Um abraço carinhoso,

      Lu

  173. Debora

    Gostaria de relatar que o famoso BUP, remédio que estou usando há 1 mês, me deu uma enorme irritabilidade. Ter um filho autista não é muito fácil, mas garanto que cuidá-lo tomada por uma irritabilidade incontrolável torna 1000000 vezes pior. Estou na peregrinação por um remédio que me deixe menos triste, letárgica, frustrada e com menos apetite. Desculpem o desabafo. Só queria dizer, de fato, que o tal bup não é esta maravilha que falam por aí.
    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Débora

      Estava com saudades suas, mocinha! Espero que o filhotinho esteja cada vez mais fofo.

      Lindinha, se o senhor Bup está a deixá-la irritada, procure seu psiquiatra e converse com ele. O uso de um tranquilizante (existem ótimos fitoterápicos) conjuntamente com o antidepressivo poderá ajudá-la muito, principalmente na fase inicial. Quanto à letargia e à frustração, somente você poderá trabalhar isso. Comece vivendo um dia de cada vez. Nenhuma mudança acontecerá se não vier de dentro para fora. E se você não quiser. Lembre-se do texto “Os Antidepressivos em nossa Vida”. Não existe a pílula da felicidade. A aceitação é o primeiro degrau de nossas mudanças pessoais. Você está fazendo algum tipo de terapia?

      Beijos,

      Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Débora

          Que bom, minha amiguinha, pois unindo o tratamento com a psicoterapia, os resultados serão imediatos. Também amo sua presença aqui.

          Beijos,

          Lu

      1. Paula

        Oi, Lu! O meu psiquiatra me passou Orap 1 mg. Conhece? Ele falou que é para tirar os medos da minha cabeça. O que me preocupa um pouco é que na bula diz pra não usar junto com antidepressivo e eu faço uso do reconter (escitalopram), mas ele é o médico e falou pra eu tomar. Eu uso o Orap pela manhã e o reconter à noite. Tem quatro dias que estou usando e o meu medo já diminuiu um pouco.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Paula

          Não conhecia este medicamento, mas dei uma olhada na bula, agora. Realmente lá está escrito: “É contraindicado o uso concomitante de Orap com inibidores da recaptação de serotonina tais como: sertralina, paroxetina, citalopram e escitalopram.”. Pode ser que se refira ao uso no mesmo horário e não em horários diferentes. De qualquer forma, se isso a está preocupando, procure seu médico e converse com ele. Fale-lhe sobre a observação que leu na bula e sobre sua preocupação. Não guarde dúvidas. O médico deve esclarecer todas as indagações do paciente. O bom é que você já está se sentindo melhor. Depois me conte como foi a conversa.

          Beijos,

          Lu

  174. Allan

    Boa-noite, Lu!
    Passando para dizer que continuo acompanhando seu blog e mandando energias positivas para você e para as pessoas que aqui postam.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Allan

      Fiquei preocupada com sua ausência. No seu penúltimo comentário, você escreveu: “Se não se importar, gostaria de ir relatando aqui minhas melhoras e pioras pelo efeito da abstinência do remédio”. Isso foi em 10/09 deste ano, mas repentinamente sumiu. Não deu mais notícias. Saber que se encontra bem deixou-me bem tranquila.

      Abraços,

      Lu

      1. Allan

        Boa-tarde, Lu!

        Peço que desculpe a ausência dos meus relatos sobre o efeito de abstinência do Alprazolam. Achei que tentando esquecer que havia passado por essa fase, a melhora seria mais rápida. De certa forma, devo confessar que, desde meu último comentário, no dia 10/09, minhas melhoras foram significativas, ainda mais pelo fato de que, nesta data, faziam apenas 9 dias que eu estava sem tomar o “Bendito”. De lá pra cá, alguns efeitos psicólogos foram desaparecendo um por um, como por exemplo a insônia. Hoje consigo dormir uma noite inteira de sono sem precisar de medicamento algum, nem mesmo a Valeriana, que tanto me ajudou nos primeiros dias após deixar o remédio.

        Aquele sonolência que sentia durante o dia, como se estivesse extremamente dopado, diminuiu quase que por completo. Ela só me incomoda mesmo em determinados horários (depois do almoço e jantar). O sono é tanto que se faz necessário fechar os olhos por 30 minutos. Nunca tinha sentido isso antes. Tinha aquela “preguicinha” gostosa depois do almoço, que logo passava, e me deixava terminar o resto do dia bem, mas, agora eu não consigo ficar com olhos abertos. Às vezes sinto dores e formigamentos nos membros, principalmente nos pés, mas nada que não seja tolerável.

        Notei também que meu organismo ficou bem intolerante ao álcool. Depois de muito tempo, hoje resolvi tomar uma lata de cerveja que estava na geladeira, o que não foi uma boa ideia. Minutos depois, tive uma crise que me obrigou a ir me deitar por uma duas horas, mas agora já estou bem, cansado (quando a crise vem, parece que corri quilômetros sem beber água), mas bem.

        O fato é que, depois de 2 meses sem remédio, a Síndrome do Pânico, não me deixou por completo. Ao menos uma vez por semana, todos aqueles horríveis sintomas voltam a me assombrar. Duram menos tempo e têm menor intensidade. Acredito eu que logo eles sumirão por completo, afinal, à cada dia que passa me sinto melhor. Mesmo passando por uma fase de estresse (provas finais da faculdade, cachorrinha bem doente e etc), venho levando o dia da melhor forma possível e consigo me deitar à noite com aquele sentimento de “dever do dia cumprido” e fazer planos para o futuro.

        Continuo indo ao Psicoterapeuta a cada 15 dias. Gosto de ir lá. Conversar com alguém imparcial, que não te julga, é muito bom. No mais, o resumo desse tempo todo que não postei é que, dando tempo ao tempo, tudo melhorou. Não me recuperei 100 % no prazo que eu achei que fosse acontecer, mas eu tenho certeza que nos próximos meses isso acontecerá gradualmente.

        Continuo acompanhando o seu blog Lu, que além do tópico “Saúde Mental” tem tantos outros interessantes também. Sempre que leio a mensagem de alguém que posta aqui, com as mesmas dúvidas e aflições que eu tinha lá atrás, fico meio que “feliz”, porque aqui, eles serão bem recebidos por você.

        Obrigado Lu!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Allan

          Estou muito feliz com as boas notícias que me traz. Maravilha! Agora você é super POP! Seu depoimento servirá de incentivo a muitos leitores. Adoro sentir essa positividade nas pessoas. Os otimistas estão sempre um passo à frente dos demais.

          Amiguinho, você parou de usar o medicamento após fazer uso dele por quanto tempo? Foi por orientação médica? Foi orientado no que fazer para passar pelo desmame? Estou lhe perguntando porque fala em “abstinência” e não em “desmame”.

          Você escreveu: “O fato é que, depois de 2 meses sem remédio, a Síndrome do Pânico, não me deixou por completo. Ao menos uma vez por semana, todos aqueles horríveis sintomas voltam a me assombrar. Duram menos tempo e têm menor intensidade.”.

          Allan, não era para estar lidando mais com a SP, após deixar a medicação. Muitas vezes a pessoa para antes do tempo necessário, tendo que voltar ao tratamento. Essas crises também podem ser em razão do período estressante que está vivendo. Mas, de qualquer forma, fique atento, se começar a senti-las com mais intensidade e constância, não deixe de procurar seu psiquiatra. Pode ser que seu organismo exija mais um pouco de tempo em relação ao tratamento. Sou chata, não?

          Amiguinho, essa sonolência depois do almoço é levada a sério em muitos países, com a tradicional “sesta”. E estendê-la ao jantar também faz bem à saúde. Ajuda na digestão. Como é bom dormir! Quanto ao álcool, aguarde um tempo maior para voltar a experimentá-lo. Não force seu organismo.

          Agradeço o seu carinho para comigo e o meu blog. Leia também a categoria ARTE DE VIVER, que é muito especial. Melhoras para a sua cachorrinha. Também estive com meu gatinho Luan (vulgo Lulu) hospitalizado por oito dias, mas ele já se encontra ótimo, aprontando todas. E boas provas.

          Um grande abraço,

          Lu

      2. Maria

        Oi, Lu!

        Voltei ao psiquiatra, pois tomei oxalato de escitalopram dois dias e me senti muito mal: palpitações, formigamento nas mãos e tremor. Foi horrível. Ele disse que não entendia porque eu senti isso, se os outros pacientes se davam bem. No consultório encontrei uma moça animada que conversou muito comigo e usa esse remédio. O médico suspendeu o remédio e passou fluoxetina, mas com outro nome, daforin, acho que é esse. Tomar 5 gotinhas até chegar em 20. Tenho síndrome de pânico e depressão. O médico falou que era TAG.

        Lu, o problema é que o meu marido tem muito preconceito. Fui ao médico na terça e até agora não comprei o medicamento. Meu marido me crítica, não quer saber desse assunto. Marcou consulta com ginecologista pra amanhã, pra saber se a fluoxetina pode causar confronto, caso eu tome junto com o ácido fólico. Nós iremos tentar outro bebê. Eu me culpo, pois meu bebê teve má formação por causa dos remédios que tomei até descobrir. Aquele caso que te contei da médica mercenária.

        Lu, amo muito meu marido, mas estou quase me separando. Eu não tenho frescura e nem é coisa da minha cabeça. Só queria ficar boa e poder ser feliz sem ter medo. Nas minhas crises de pânico, os lados da cabeça tremem. Dá um tremor nos dois lados acima das orelhas. É horrível. Não desejo a ninguém. Hoje fomos fazer caminhada ele e eu. Tem momentos que dou risada, fico alegre, mas sempre com a cisma de ter a crise. Acho que por não sacudir pedras e comer cocô, ele pensa que estou bem. Pois me vê arrumar, sair, caminhar. Eu luto e só Deus sabe como, para fazer as mínimas coisas: sair, tomar banho, dormir, fazer as coisas em casa. Mas sempre com o medo de ter uma crise, da cabeça tremer. No fim do dia bate uma tristeza; aos domingos também. E o pior é que agora me sinto menosprezada pela pessoa que mais amo, pois sequer procura me compreender. Não leva a sério minha doença. Se fosse ele a estar assim, Lu, eu compreenderia. Eu iria falar com os médicos, perguntar como poderia ajudar, me informaria sobre o problema.

        Lu, escrevo essas coisas e choro, pois não me sinto amada. Eu me sinto muito sozinha e acho que ninguém me enxerga e nem procura saber como estou. O médico passou fluoxetina, mas tenho medo que não resolva os tremores. Será que só esse oxalato de escitalopram resolveria? Mas me senti mal com ele. E agora? Lu, só tomei esse remédio dois dias e um deles à noite. A colega que fiz no consultório disse que fiz errado. Que esses remédios se toma pela manhã. No consultório, o médico também falou que, se eu tentar engravidar devo desmamar, pois até os 3 meses não poderia tomar. Contei ao meu marido e ele disse: então melhor nem começar a tomar, pois vamos tentar. Estou tão desesperada. Estou quase pondo um fim em meu casamento.

        Ajude-me, Lu, por favor!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria

          Minha doce, meiga e chorosa amiguinha, antes de mais nada quero que respire bem fundo, cada vez mais lentamente, durante 10 vezes. Tente pensar num céu azulzinho, apenas… Repita o exercício!

          Amiguinha, saiba que com calma, sabedoria e paciência tudo se resolve. O que fazemos precipitadamente faz com que nos arrependamos mais tarde. Portanto, esse é o caminho a ser trilhado, como reza a filosofia Budista. O célebre “Caminho do Meio” é sempre o que nos traz menor perigo, pois não nos leva para a ribanceira à direita e nem à esquerda. Qualquer passo em falso permite-nos retornar com segurança ao caminho do equilíbrio. Com essa compreensão, partimos para estudar o problema que ora nos apresenta, sob os mais variados ângulos possíveis, para que tenhamos sabedoria para enfrentá-lo.

          Maria, todo antidepressivo traz efeitos adversos. Apenas uns poucos agraciados não os têm. Lendo os comentários aqui, você verá quantas pessoas passam por isso. Portanto, nada de anormal aí. Tudo o que citou são efeitos ruins que acontecem no início do tratamento, mas que vão sumindo aos poucos, em torno de duas a três semanas, normalmente. Se ler a bula do remédio, verá que ela alerta para isso. Penso que seu médico não se expressou bem, pois ele sabe que os efeitos adversos podem existir até que o organismo passe a aceitar a droga usada. Eu já fiz uso muito tempo da fluoxetina, com a qual me dei muito bem, até que a danadinha deixou de fazer efeito. Foi quando passei a tomar o oxalato de escitalopram, do qual faço uso até hoje. Quanto ao horário de tomá-lo , tanto pode ser de manhã ou à noite. Quem estabelece o horário é o médico. Se a pessoa fica muito sonolenta, é costume tomar à noite, mas se isso não acontece, poderá tomá-lo de manhã. Siga a prescrição de seu médico. Nunca mude sem o seu consentimento.

          Maria, o fato de seu médico ter dito que era TAG, considere normal esse engano, pois os transtornos mentais são difíceis de serem identificados, pois eles se parecem muito. É preciso mais tempo para avaliá-los com mais clareza. Outra coisa, alguns medicamentos não devem ser tomados quando a mulher quer engravidar ou quando se encontra grávida. É preciso conversar com o médico sobre isso, para saber qual você deverá usar, já que quer um filho. Quanto ao fato de ter gerado um bebê com má formação, não é culpa sua. Com mulheres sadias, que não fazem uso de nenhum medicamento, isso também costuma acontecer. Esqueça o passado, nada de ficar se culpando e toque a vida para frente.

          Maria, falemos agora de seu marido. Há muitos pontos que você deve levar em consideração: 1- Nossa sociedade é machista; 2- Os transtornos mentais são ainda desconhecidos para a maioria das pessoas, embora muitas delas tenham algum tipo deles; 3- Muita gente ainda os liga à loucura, como acontecia no tempo dos sanatórios e manicômios, quando não havia remédios para o tratamento mental; 4- A presença dos antidepressivos no mercado ainda é muito recente, propiciando o desconhecimento; 5- Não são poucos os que acreditam que o cérebro não adoece; 6- Como são as mulheres as maiores vítimas dos transtornos mentais, muitos homens nada sabem sobre eles; 7- Alguns homens não aceitam, por ignorância e preconceito, falar que alguém de sua família faça tratamento mental, etc. Só o tempo poderá mudar isso.

          Amiguinha, não significa que seu marido não a ame. Se assim fosse, não estaria com você. Ele simplesmente recusa a aceitar que sua mulher possa precisar de tratamento para o cérebro. A negação é uma saída para seu preconceito. Ele ainda não está preparado para aceitar isso. Como você poderá ajudá-lo? Levando-o ao psiquiatra consigo. Dando-lhe livros e revistas sobre o assunto, para ler. Ou até mesmo convidando-o para ler os comentários de outras pessoas aqui no nosso site. Nós, mulheres, somos muito mais sensíveis e receptivas às mudanças, mas os homens, em sua maioria, são turrões. Pensam que o simples fato de negar acaba por eliminar o problema. E isso não acontece apenas com seu marido. Poderá ver isso em alguns comentários. Portanto, não é motivo nenhum para uma separação. Convença-o com calma, sem agressividade. Não há nada que o diálogo não resolva. Marque uma consulta com seu médico, para que esse converse com ele sobre o seu problema. Nem é preciso que vá junto. Eu sei que se estivesse no lugar dele faria tudo diferente. As mulheres são mais compreensivas, mais abertas e aptas às mudanças. Isso faz parte de nossa essência.

          Maria, você é muito amada, sim. A negação de seu marido em relação à sua doença é, no fundo, um jeito de querer que você não se encontre doente, como se tivesse poderes para impedir. Ele está mentindo para si mesmo, mas irá acordar. Não perca a paciência e não abra mão de seu companheiro. Outra coisa, eu também já tive SP (Síndrome do Pânico), aliás, foi ela o abre-alas para a minha depressão. É uma coisa terrível, indescritível. Mas com o uso de antidepressivo, nunca mais a tive. Quando o medicamento começa a perder o efeito, sinto um prenúncio de que a SP quer voltar a visitar-me, mas logo procuro meu médico. E o “medo do medo de ter a crise” ainda é mais pavoroso. Mas logo você estará ótima! Falo-lhe por experiência própria. Irei passar-lhe uns links para ler sobre o assunto.

          Maria, saiba que nós a amamos como uma irmãzinha de luta. Jamais se sinta só, você tem a todos nós que trilhamos seus mesmos caminhos. Venha aqui quando quiser e quantas vezes precisar. Venha e desabafe… Saberemos compreendê-la, pois estamos no mesmo barco.

          Um grande abraço,

          Lu

  175. Paula Autor do post

    Lu, bom-dia!

    Desde os meus 20 anos, que sei que o que tenho é depressão. Mas de um ano pra cá, tenho a impressão que estou com pânico, porque, como te informei anteriormente, tenho pavor da doença glaucoma. E li e leio o tempo todos várias coisas na internet informando que o uso prolongado de antidepressivos pode causar glaucoma, que o efeito colateral de alguns psicotrópicos pode desencadear um glaucoma. Li o caso de uma mulher contada por um suposto médico que chegou ao hospital com fortes dores na vista e, quando foram medir a pressão intra ocular dela estava muito alta, e ela estava em tratamento com o escitalopram que é o medicamento que nós tomamos. O medico informou que o glaucoma foi causado pelo escitalopram. Li também o caso de uma pessoa perguntando a um médico sobre mitos e verdades. A pergunta da pessoa foi: Antidepressivos dão glaucoma? E o médico respondeu que sim. Essas coisas me deixam com muito medo, porque eu não tenho glaucoma, mas não quero ter por causa de um remédio. Acho inaceitável que a depressão é uma doença que nos prejudicar em outras coisas, termos outras doenças porque temos que tratar uma depressão. Sera possível que a medicina tão avançada não consegue fazer medicamentos de uso continuo para tratar depressão sem causar outras doenças? Isso parece pré- histórico. Sabe Lu, na internet tem vários textos comparando os efeitos ruins pra vista dos antidepressivos com os corticoides. E os corticoides são medicamentos que realmente causam glaucoma, isso os médicos afirmam. E fica na minha cabeça, Lu, a pergunta será que também o antidepressivo não causa? Eu já fui a mais de 5 psiquiatras, mais de 5 neurologistas, já fui a oftalmologistas e meu esposo foi ate em clínica especializada em glaucoma tirar essa dúvida. Todos os médicos afirmaram que antidepressivos não causam glaucoma. Que o alerta é para quem já tem a doença, que nesse caso pode prejudicar.

    Lu somos usuárias crônicas de antidepressivos e por nós te peço um enorme favor: na sua próxima consulta com o seu psiquiatra ou oftalmologista, faz a ele essa pergunta. Quem não tem glaucoma e nenhuma característica de glaucoma pode ter pelo uso do antidepressivo? Espero que tenha uma resposta positiva dos médicos e por favor me repasse essa resposta, pois preciso disso para sobreviver a esse medo. Minha avó por parte de pai teve um glaucoma por causa de uma catarata muito grande que não tratou. E entrou em depressão profunda e morreu em apenas um mês. Após ficar cega a vida dela acabou, não quero isso pra mim, não quero isso pra gente, para nós usuários crônicos. Desculpa o desabafo e conto com sua ajuda e pode contar comigo também.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paula

      Este seu comentário é importante, porque pode servir para outras pessoas, que carregam esse mesmo medo infundado que você.

      Amiguinha, você ficou traumatizada com a cegueira de sua avó, fator que mexeu intensamente com seu sistema emocional. E, em contrapartida, esse seu medo incontrolável vem sendo repassado para a sua saúde mental, trazendo-lhe vários problemas, inclusive no uso de antidepressivos para tratar sua depressão. Portanto, faz-se necessário que você trate esse trauma, recorrendo à terapia. Não pode deixar que ele crie mais raízes e seja fortalecido, a ponto de interferir tanto em sua vida. Se não tratar agora, ele irá se ramificar, trazendo-lhe problemas ainda mais sérios. Converse com seu psiquiatra, abra-se com ele, fale abertamente desse trauma com o qual está vivendo, e peça-lhe para indicar-lhe um bom terapeuta, uma vez que não está dando conta de resolvê-lo sozinha.

      Paula, a terapia irá ser de suma importância para você e será o único caminho para ajudá-la, uma vez que já foi a inúmeros psiquiatras, neurologistas e oftamologistas, sem acreditar em nenhum deles. Qualquer coisa que eu lhe diga também não será aceita. Não porque você não queira, mas pelo fato de estar passando por um momento traumático que exige de um acompanhamento mais sério. No momento, você está propensa a acreditar somente nas informações da internet, abrindo mão das explicações de profissionais sérios com os quais têm consultado, mesmo sabendo que 80% do que se lê na internet não merece crédito, e que não se pode trocar a presença de um médico pela consulta do Dr. Google. O seu problema vem se agravando, seu medo vem se transformando em pânico. É preciso conter isso antes que atinja um grau que será impossível suportar, tendo que partir para a internação. Ponha um ponto final nessas leituras, sem nenhum fundo científico, que você nem sabe quem as escreveu e que não citam fontes. Saiba que a internet é um território livre, onde cada um escreve o que bem quer. Não existe ainda qualquer cerceamento para as muitas mentiras que nela são expostas. Consulte apenas sites que tenham credibilidade.

      Paula, tomo antidepressivo desde a minha adolescência, faça consulta oftalmológica todo ano (uso óculos para perto) e nunca tive abolutamente nada. Minha pressão ocular é normal. Minha mãe usou antidepressivo até os 89 anos, quando faleceu, fazia exame de vista anualmente, e jamais teve glaucoma. Também conversei com meu psiquiatra sobre seu caso e ele me disse que nunca ouvira falar sobre isso. Ainda relatou o que eu já lhe disse: “Os laboratórios são obrigados a colocar na bula do medicamento qualquer efeito colateral já acontecido, ainda que seja insignificante, sob o risco de pagar pesada multa, ser tirado do mercado e ressarcir as vítimas pelos danos não constantes na bula”. Veja o caso de um medicamento chamado “talidomida”. Outra coisa muito importante, que você precisa saber: os antidepressivos não possuem corticóides. Mais uma vez: os antidepressivos não possuem corticóides. Veja neste link para que servem os corticóides: https://www.tuasaude.com/corticoides/

      As pessoas que possuem glaucoma devem fazer o acompanhamento, sim, independente do medicamento usado, principalmente colírios com corticóides. E mesmo quem não tem esse problema deve fazer anualmente uma consulta oftalmológica, principalmente se for idoso e diabético.

      Paula, gostaria que você acesse o link abaixo do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), onde poderá ver que não existe nenuma alusão aos antidepressivos em relação ao glaucoma, e olhe que se trata de um dos principais órgãos sobre o assunto, no Brasil.

      http://www.cbo.net.br/novo/publico-geral/tudosobreoglaucoma.php

      Amiguinha, vença esse seu medo infundando, acredite nas pessoas sérias com quem consulta, e tome seu antidepressivo sem nenhum medo. Faça isso por você mesma. Espero tê-la ajudado. Mantenha-se em contato comigo, para dizer como anda sua saúde.

      Abraços,

      Lu

      1. Paula

        Oi, Lu!
        Na verdade a morte da minha avó não foi um trauma pra mim. Não éramos tão ligadas. Minha avó faleceu faz 13 anos. Passei dez anos da minha vida bem, nunca pensei em glaucoma, nunca li bula. Só que de um ano pra cá, que fui ler a bula do antidepressivo que tomava, o Anafranil, que troquei pelo Reconter por esse motivo. Li na bula do Anafranil que em casos raros causa glaucoma. A partir daí comecei a procurar na Internet sobre relação de antidepressivos com glaucoma, e achei várias coisas que me deixaram assustada. O que me assustou não foi o falecimento da minha avó, e sim me imaginar cega como ela. Como te falei minha avó, que teve glaucoma, nunca usou antidepressivos.

        Referente ao antidepressivo não ter corticoide, sei que não tem. O que diz na Internet é o antidepressivo e o corticoide causam mal à vista. Mas vou seguir seus conselhos e parar de ver o dr Google. Já fui a vários médicos e todos falaram que não causa. Referente a pre-disposição ao glaucoma, perguntei isso ao oftalmologista. Ele me informou que seria uma pessoa que tem o ângulo da vista fechado, geralmente são ocidentais e também pessoas que já tem a pressão intraocular alta.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Paula

          Pensei que você tivesse uma ligação muito próxima com sua avó, para que esse medo tomasse conta de você tão fortemente. O que a traumatizou foi o fato de ela ter ficado cega. Tomei Anafranil durante anos. Dava-me muito bem com o medicamento.

          Amiguinha, você realmente precisa parar de ficar consultando o Dr. Google, pois isso está lhe trazendo uma grande aflição, desequilibrando o seu emocional. Sem falar que nada acrescenta à sua vida. Seus médicos são as pessoas mais aptas para informá-la. Siga a orientação deles. Caso contrário isso acabará gerando uma paranóia em sua cabecinha, capaz de levá-la à internação hospitalar. Você precisa aprender confiar em fontes seguras, para que sua vida possa fluir. Certo?

          Abraços,

          Lu

    2. Debora

      Lu
      Espero que não seja verdade. Muitas pessoas que amo dependem deste medicamento. Você leu só sobre o esc? Algum outro antidepressivo ambém “pode” causar glaucoma? Eu tomei o esc por 6 meses e parei. Sempre relatei aqui que sou do tipo da deprimida letárgica, sem ânimo e vontade pra nada (iniciei o esc porque me deu depressão pós parto: filho prematuro, foi pra uti, não amamentei, etc. Tudo isto me frustrou e frusta até hoje). Depois de ficar 3 meses sem remédio algum, o que só me piorou, recebi o diagnóstico de autismo para meu filho. Não deu outra, desmoronei mais ainda. Me sinto um lixo inútil, como mãe! Procurei um psiquiatra espírita. Gostei de conversar com ele e amei o remédio q ele me passou: cloridrato de buprobiona. Me sinto menos letárgica, mas a culpa, quanto ao meu filho, não passa.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Débora

        Já estava com saudades suas, menina!

        Lindinha, você leu que a nossa amiguinha foi a cinco psiquiatras, cinco neurologistas e oftalmologistas. E todos negaram a veracidade de tal fato. O problema é que ela se encontra traumatizada com a perda da avó, e transferiu para o remédio a responsabilidade, trata-se de um tipo de negação da morte. Absolutamente nada a ver com o medicamento. Conversei com meu psiquiatra que negou tal efeito. Além do mais, o oxalato de escitalopram é dos antidepressivos mais vendidos no Brasil e no mundo. Você não tem noção como é difícil para o sistema de saúde estadunidense aprovar um medicamento. Portanto, não pense mais nisso!

        Débora, há vários graus de autismo. Tenho uma grande amiga que tem um irmão autista. E deve haver muita gente em minha família com tal problema, mas que não foi diagnosticado. Muitas vezes, você convive com um autista sem perceber. Quando meu primo ganhou um bebê com a Síndrome de Down, ele ficou triste, até que uma enfermeira deu-lhe os parabéns por “ter um anjo em sua vida”. Hoje é o único filho que tem ao lado, já com 18 anos, os demais tomaram seu rumo e não dão a mínima para a família. Portanto, minha amiga, há sempre janelas a serem abertas, em qualquer que seja a situação, basta apenas que o coração esteja cheio de amor e todo o resto ajeita-se.

        Amiga, achar que a culpa de seu filho ter nascido com autismo é sua, não passa de prepotência de sua parte. Ou seja, trata-se de uma vaidade boba, como se você tivesse controle sobre a vida. Poderia estar assim, se de alguma forma tivesse contribuído para isso, como as mães que bebem bebidas alcóolicas e fumam durante a gravidez, trazendo muitos problemas para seus bebês. Mas tenho a certeza de que foi uma futura mamãe muito responsável. Portanto, levante sua autoestima e ame muito seu filho. Trata-se de um anjinho em sua vida. A sua tristeza, o seu desgosto e inaceitação atingem-no, pois a relação entre mãe e filho é umbilical. Crie um ambiente de muito amor para ele. Aceite… Aceite… Aceite… Assim os outros farão o mesmo. Lembre-se que, ao se culpar, estará criando uma barreira emocional entre você e seu filho. E ele só precisa de ser amado. Jogue essa culpa fora, preencha o lugar com carinho, amor, compreensão e zelo. Tenho a certeza de que você é uma pessoa inteligente.

        Lindinha, conte sempre comigo. Não se sinta só. Venha conversar conosco.

        Abraços,

        Lu

        1. Debora

          Luzinha, agradeço a Deus por ter você nos auxiliando. Suas colocações são certeiras! O grau de autismo do meu filho é leve. Eu quero que ele seja feliz e inteligente, pois assim ele saberá viver neste mundo velho. Não sei se é possível um autista ser feliz e inteligente mas, agora, cabe a mim e a ele descobrir.

          Beijos

        2. LuDiasBH Autor do post

          Débora

          Minha amiga, esta é a postura correta que deverá ter. É claro que ele poderá ser feliz. Sabia que muitos autistas trabalham, sem que seus colegas saibam que o são. Portanto, minha querida, faça o que tem de ser feito, permita que ele e você sejam felizes.

          Beijos,

          Lu

  176. Allan

    Boa Tarde Lu!

    Seu blog, para mim, funciona como “terapia”. Além dos tópicos relacionados à saúde mental, tem outros tantos que nos ajudam a distrair e pensar positivo. Acessar seu blog já virou uma espécia de hábito saudável para mim.

    Em relação a minha descontinuação do Alprazolam 2 mg continua em lento progresso. Os efeitos físicos quase não sinto, porém os psicológicos ainda insistem em permanecer. Estou nesses últimos dias na fase do “medo”.Sinto medo de tudo. Medo de dormir e não acordar mais, medo de ficar tonto e desmaiar, medo de perder meus familiares, medo de ficar doente e até mesmo medo do medo. Incrível o que cérebro pode fazer, não?!

    Fico meio triste em saber que certos médicos tratam distúrbio mentais de uma forma tão leviana e desapontado por estar passando por essa fase tão difícil pelo simples fato dos médicos não acreditarem em mim, ao relatar pela a primeira vez os sintomas que sentia. Acredito que, por mais semelhantes que os casos se apresentem em si, cada caso deve ser analisado de forma individual e com todo cuidado nos medicamentos prescritos.

    No mais, tento deixar esses pensamentos de lado e continuar sendo POP em todos os momentos dos meus dias. Se não se importar, gostaria de ir relatando aqui minhas melhoras e pioras pelo efeito da abstinência do remédio.

    Bom final de semana, Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Allan

      Meu terno amiguinho, eu agradeço muito suas palavras generosas relativas ao blog. Elas me dão um grande incentivo para continuar pesquisando e procurando trazer artigos relativos à saúde e outros que acrescentem conhecimento às pessoas que aqui chegam. Saber que você tem o hábito de acessá-lo diariamente é um motivo de muita satisfação para mim. Muito obrigada!

      Allan, ainda que o progresso seja lento, o importante é que ele está acontecendo. Cada organismo tem o seu tempo. Não se preocupe com isso. Siga tomando o chá de camomila, o banho tépido e o leite morno. Quanto a certos médicos, meu amiguinho, é realmente lamentável que ponham o resultado financeiro em primeiro plano, usando um tempo diminuto para a consulta, e esquecendo-se do juramento que fizeram durante a formatura. Mas incompetentes e insensíveis existem em todas as profissões. Benditos sejam aqueles que fogem dessa ganância desenfreada, pois são eles que tornam o mundo melhor. Os incompetentes e dinheiristas jamais sentirão o que é ser feliz na profissão abraçada. Merecem pena! O importante é que você se encontra em tratamento, caminhando para uma vida com qualidade, ciente de que não se encontra só nessa caminhada. Estamos todos juntos. E daremos nossas mãos, sempre!

      Amiguinho, o “medo”, quando dentro dos parâmetros da normalidade, é bem-vindo, pois age como uma emoção protetora diante daquilo que aparenta perigo. Ele só passa a ser nocivo quando extrapola a realidade, como se vivêssemos num filme de ficção (Alien). Quando chega a isso, precisamos botar um cabresto nele, de modo que não tome as rédeas de nossa vida. Quando isso me passa pela cabeça, ainda que seja como um relâmpago, eu digo: “Vamos parar por aí! Não venha, pois não encontrará campo fértil em meu cérebro, pois quem tem o comando dele sou eu!”. E não é que essa emoção boba (quando nos maltrata) vira éter!

      Allan, eu tenho dito que o antidepressivo faz 50% do trabalho, mas a outra parte cabe a nós. Mas como? Racionalizando! Quando esse “medo” tentar habitar seu cérebro, simplesmente desligue o canal, como faz com a TV, e sintonize em outro. Relembre um passeio que fez, um bom filme a que assistiu, uma namorada que teve, uma aula inesquecível, as coisas boas que fez no dia (até aquele momento), um jogo do seu time, etc. É você quem tem o comando, meu querido. Não o repasse para uma ficção inoportuna. Saiba que todos os seres humanos possuem pensamentos ruins, nos quais questionam a vida e a morte. A diferença está no modo como lidam com eles.

      Meu amigo, faça um joguinho com esse “senhor indesejável”. Troque o “medo de dormir” pela felicidade de estar na sua cama aconchegante, cheirosa (jogo colônia na minha, antes de dormir), rodeado pelas coisas de que gosta. Imagine como será o novo dia: chuvoso, ensolarado, nublado… E sinta-se feliz por aguardá-lo. Procure ficar tonto, e até mesmo desmaiar, mas de alegria, ao ouvir suas músicas prediletas, ao ver um bom filme, ao fazer algo interessante, ao relembrar uma conversa legal que teve durante o dia… Troque o “medo de perder seus familiares”, pela alegria de listá-los (mentalmente), começando pelos que são mais importantes em sua vida. Pense em como poderá dizer-lhes o quanto significam para você. Enumere também as pessoas especiais que encontrou durante o dia. Troque o “ter medo de ficar doente” pela alegria de ter um corpo perfeito, apesar das limitações inerentes a nós, mortais comuns. Agradeça a cada parte de seu corpo pelo trabalho executado naquele dia. E transforme o “medo do medo” em coisa à toa, sem nenhuma significância, dando-lhe um olé, um xô. Pense em como é maravilhoso viver um dia de cada vez! Agradeça, agradeça, agradeça!

      Meu doce amigo POP, este cantinho é seu. Será um prazer acompanhá-lo nesta caminhada. Quero que todos vocês, leitores deste espaço, usem-no para expressarem-se como e quando quiserem. Certo? Releia OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

      Um grande abraço,

      Lu

  177. Allan

    Boa tarde, Luh!

    Passei pelo psiquiatra na sexta feira e, graças a Deus, ele me pediu para deixar de tomar o Alprazolam 2 mg. Mesmo ele não tendo me pedido para fazer o “desmame”, me senti mais aliviado. Esse remédio estava me fazendo muito mal. A síndrome de abstinência começou logo no sábado, com todos aqueles sintomas desagradáveis. O meu fim de semana foi bastante difícil. Noites em claro (insônia), e hospital, durante o dia, tomando soro.

    Hoje parece que os efeitos diminuíram significamente. Consegui comer e até mesmo dirigir. Tenho fé que dentro de umas duas semanas os sintomas tenham desaparecido por completo, principalmente a insônia. Sinto que meu corpo está precisando de uma boa noite de sono para se recuperar, mas está difícil. O único medicamento que eu estou fazendo uso, é a Valeriana, que me ajuda, mesmo que pouco, a ter alguns minutos de sono por noite.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Allan

      O organismo humano é muito complexo. Embora sejamos aparentemente iguais, a reação aos medicamentos pode ser a mais diversa possível. É por isso que se faz necessário acompanhar com atenção os efeitos que um remédio causa em nós. Não é porque A tomou e deu certo que B irá sentir a mesma coisa. Nisso reside o perigo da automedicação. Se as reações adversas perduram mais do que o esperado, é preciso que o médico dê o seu parecer, baseando-se nas queixas do paciente e, se necessário, mudando a dosagem ou até mesmo o medicamento, pois muitas vezes ele possui hipersensibilidade a uma das substâncias constantes no remédio.

      Amiguinho, imagino como foi o seu fim de semana, com a parada abrupta do tranquilizante. A tendência dos efeitos ruins é diminuírem cada vez mais. Tome bastante líquido para eliminar qualquer vestígio do remédio. E assim que começar a dormir bem, tudo voltará ao normal. A Valeriana é um ótimo fitoterápico.

      Allan, antes de deitar-se tome um banho tépido e um copo de leite morno. Ponha uma musiquinha bem baixinho, de preferência clássica, durma a meia-luz ou no escuro. Outra coisa, não veja tevê ou leia uma hora antes de deitar-se, evitando qualquer coisa que o deixe aceso. E durante o dia tome, pelo menos, seis xícaras de chá de camomila.

      Quero notícias suas amanhã. Uma boa noite de sono para você, meu amiguinho.

      Abraços,

      Lu

      1. Allan

        Boa tarde, Lu!

        Quero agradecer pelos conselhos. Nessas duas últimas noites, segui a risca o que me recomendou e me ajudou bastante. Dormi melhor e por mais horas seguidas. Sinto que estou melhorando a cada dia. Ontem senti um pouco de ansiedade no período da tarde, mas logo controlei mudando o pensamento de lugar. Como eu moro em um sítio, tem bastante coisa para fazer no terreno, que acabam por me distrair.

        Tenho um pouco de dificuldade em ficar no computador. Parece que a claridade da tela me incomoda um tanto que me deixa um pouco zonzo. O mesmo acontece quando estou na faculdade olhando no Data Show. Comparado aos primeiros dias, estou bem melhor agora. Segunda feira tenho outra consulta com uma psicóloga. Fui lá essa semana e me senti muito bem conversando com ela. Semana que vem voltarei ao trabalho. Estou animado com isso.

        No mais, continuo com fé em Deus que essa abstinência logo passará por completo, e vejo que essa fase da minha vida, por mais difícil que possa ter sido, me serviu de aprendizado.

        Obrigado, Lu!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Allan

          Que notícias maravilhosas! Doravante só virão melhoras. É isso mesmo, amiguinho, tudo que nos acontece, quando somos sábios, transformamos em aprendizado. O primeiro passo é olhar com normalidade os nossos problemas mentais. Eles terão a dimensão que dermos a eles. O otimismo é o melhor dos tônicos, quando aliado ao tratamento médico, ou seja, a consciência de que precisamos ser medicados. O antidepressivo faz a sua parte, mas cabe a nós fazer a nossa (ver texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA), pois não existe medicamento mágico. Sinto que você é uma pessoa muito inteligente e responsável, e isso não será um problema. Continue sendo POP.

          Amiguinho, gostaria muito que conhecesse outras partes do meu blog (ver ÍNDICE GERAL). Para o problema da claridade da tela há uma maneira de torná-la menos intensa, se precisar de ajuda, diga-me. Que tal conhecer um pouco mais sobre uma categoria chamada ARTE DE VIVER? Você irá gostar muito.

          Outra coisa, danadinho, não vá me abandonar, pois é o que mais acontece quando as pessoas veem-se melhores, pois poderá consultar outras 32 categorias. E é claro que fica uma saudade grande dos que por aqui passaram e sumiram, pois todos tornam parte de minha vida.

          Abraços,

          Lu

  178. Maria Flor

    Lu
    Nunca tinha visitado um blog tão bacana!
    Adorei o espaço e pude ver que não sou “maluca” e que existem muitas pessoas que também sofrem com crises de ansiedade. Tomei valdoxan por 5 meses, melhorei e parei aos poucos… Comecei a sentir tudo de novo, pensando em retomar o tratamento. Fico triste por não ter controle, por sentir medo do medo, por ter medo de pensamentos negativos. Eita mal da vida agitada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Flor

      É um prazer recebê-la junto a nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, não são poucas as pessoas que estão em constante luta contra os problemas mentais, e isso em todas as faixas de idade. Mas a notícia boa é que a Ciência avança cada vez mais nesse campo, trazendo para o mercado bons medicamentos, capazes de oferecerem-nos uma vida com melhor qualidade. Vivemos uma época bem diferente daquela em que viveram nossos antepassados.

      Florzinha, penso que a TAG (Síndrome da Ansiedade Generalizada) é um dos problemas mais levantados aqui neste espaço. São inúmeras as pessoas em tratatamento. Portanto, você não é “maluca” e tampouco encontra-se só. Existem alguns casos em que o tratamento precisa ser mais demorado, como me parece ser o seu. Ao voltar ao medicamento, tudo irá melhorar. A função do antidepressivo é equilibrar o nosso organismo, botar para fora esse medo desenfreado e sem motivo que toma conta de nossa vida, eliminar os nossos bobos pensamentos negativos, fruto de nossa mente em desequilíbrio. E para isso é preciso que você seja POP (paciente, otimista e persistente).

      Linda Flor, aconselho-a a retornar a seu psiquiatra (jamais tome remédio por conta própria), para que retome o tratamento o mais rápido possível. Seria bom que também lesse os comentários aqui para ver como a nossa família é grande. Para mim é uma grande alegria que tenha se sentido bem neste espaço, pois ele existe para vocês colocarem para fora seus sentimentos, quaisquer que sejam eles. Podem interagir com os colegas, etc. Aqui não existe censura, mas muito amor para ser doado. Aguardo seu retorno, Maria Flor. Fale de nosso espaço para outras pessoas que também estejam precisando.

      Abraços,

      Lu

  179. Antonio Paulo Trevizan

    Tenho 72 anos, desde os 20 anos convivo com sintomas caracteríscos da síndrome do pânico. Não concordo com o diagnóstico, pois difere em muito dos relatados com frequência. Gostaria, se possível, relatar com mais detalhes este aprisionamento de 52 anos.

    Atenciosamente,

    Antonio Paulo Trevizan

    1. LuDiasBH Autor do post

      Antônio Paulo

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, será um prazer receber o seu relato, depois de tantos anos de experiência sei que tem muito a dizer-nos. Também sofri com essa síndrome, mas depois de estar tomando oxalato de escitalopram, nunca mais a tive, e isso há cerca de cinco anos. Aguardo seu relato.

      Abraços,

      Lu

  180. Ricardo

    Boa noite, Lu!
    Novamente volto ao seu fascinante blog para lhe pedir alguns conselhos, se possível. Eu iniciei o tratamento com o Escitalopram 10 mg há 27 dias e no início senti todos aqueles efeitos colaterais indesejados, mas que aos poucos foram diminuindo. No entanto, passados 20 dias da medicação, senti que ainda estava tendo incômodos relacionados à ansiedade e ao pânico, especialmente no começo da noite, sintomas esses que se estendiam até a madrugada, de modo que, para conseguir dormir, passei a tomar o Alprazolam 0,5mg todas as noites. Diante desse quadro, resolvi voltar ao psiquiatra e ele disse que aumentou a dose do remédio para 15 mg e, conjuntamente, tomar metade de um comprimido de Alprazolam durante o dia e outro comprimido inteiro a noite. Hoje faz 04 dias que comecei a tomar essa nova dose, porém tenho sentido muitos incômodos, principalmente falta de ar e aperto no peito, o que faz com que eu fique mais ansioso ainda e tenha que tomar o calmante para conseguir ficar bem. Confesso que tenho muita resistência em ficar tomando calmante e acho que, por isso, esse período de adaptação tem sido tão difícil para mim. Queria saber se, quando você iniciou o tratamento, logo encontrou a dose certa ou precisou fazer algum ajuste? E tem como saber se o corpo está ou não se adaptando bem à medicação?

    Obrigado e um grande abraço!!

    Ricardo

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ricardo

      Eu já passei por inúmeros antidepressivos. Com alguns não me adaptei, com outros tive que aumentar a dosagem, após um tempo de uso, e com outros acertei em cheio. O que está acontecendo consigo é perfeitamente normal. É o acompanhamento dos sintomas do paciente que permite ao médico avaliar o seu tratamento, pois não existem exames específicos. Por isso é tão difícil no início, até acertar no remédio e na dosagem corretos. Se os incômodos ainda o estavam aborrecendo, significa que a dosagem estava baixa. O psiquiatra agiu corretamente ao aumentá-la. E, muitas pessoas, ao ter a dosagem aumentada, voltam a passar pelos efeitos adversos, durante algum tempo, mas logo elas se livram deles. O uso do ansiolítico nessa fase é importante, porque ajuda a diminuir os efeitos colaterais. Assim que estiver bem, ele poderá ser retirado. Também tomei ansiolítico. E sempre mantenho uma caixa comigo, para tomar quando se fizer necessário. Para saber se o corpo está se adaptando à medicação é preciso aguardar um tempo, até que os efeitos adversos passem. Continue POP (otimista, persistente e paciente). Logo estará ótimo. Procure ficar tranquilo, pois essa fase ruim já está passando. Continue em contato conosco.

      Abraços,

      Lu

      1. Ricardo

        Muito obrigado, Lu, novamente suas palavras trazem um conforto para a alma.
        Um grande abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Nada a agradecer, amiguinho. Volte sempre para dar-me notícias suas.

          Abraços,

          Lu

    2. Raíssa

      Olá, pessoal!

      Estou precisando de uma ajuda de vocês! Há aproximadamente duas semanas não consigo dormir direito. Fui ao clínico geral, e ele me receitou fluoxetina 20g de manhã e 1 comprimido de calmante à noite. Não estava conseguindo dormir da mesma forma, mesmo tomando inúmeros chás. Fui então ao psiquiatra. Ela me receitou aprazolan 5mg, também acho que não está adiantando muito. Contudo, penso ser ansiedade e depressão. Perante isso, estou com dúvidas em retomar a fluoxetina que tomei apenas uns cinco dias, mas tenho medo que ela tenha perdido o efeito.

      Desde já, obrigada, pessoal!
      Abraços,

      Raíssa.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Raíssa

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

        Amiguinha, a primeira coisa que os médicos pelos quais passou deveriam ter lhe dito é que o antidepressivo precisa de um tempo para fazer efeito. E que nas semanas iniciais a pessoa fica pior do que estava antes de começar o tratamento, pois aparecem os efeitos adversos. Mas esses efeitos duram cerca de duas a três semanas, e depois começam a aparecer os resultados positivos. E também que a pessoa precisa ser POP (paciente, otimista e persistente). Não há mágicas no tratamento. Não funciona como tomar um comprimido para dor.

        O que pude deduzir de seu comentário é que não está deixando o medicamento agir. Mas a culpa não é sua, mas dos profissionais que não explicam nada ao paciente. Portanto, minha querida, você se encontra na fase brava do tratamento, mas ela irá passar e os bons efeitos vão aparecer. Deverá seguir direitinho a prescrição médica. Não se automedique.

        A leitura dos comentários poderá ajudá-la. Volte para dizer-me com está indo.

        Abraços,

        Lu

        1. Raíssa

          Obrigada, Lu!
          Tenho mais uma dúvida. Os meus olhos, todo o meu corpo não para de palpitar, parecendo que se mexe sozinho. Isso começou depois que comecei a tomar os medicamentos, inclusive os chás. Não entendo, pois a médica disse ser stress e isso acontece quando estou usando tais medicamentos. Isso é normal? Costuma passar?

          Obrigada, Lu!
          Abraços

        2. LuDiasBH Autor do post

          Raíssa

          Se isso começou após iniciar o tratamento com o antidepressivo, pode ser que seja sintomas adversos do remédio, mas que passam depois de um determinado tempo de uso do mesmo. Fique observando como está, se achar que só estão piorando, volte à sua médica. Dê uma olhada na bula e veja se tais sintomas podem aparecer como efeitos adversos. Leia também os textos que lhe indiquei. Quanto aos chás, se forem naturais, não ocasionam nada disso. Procure ficar tranquila. Volte para dizer-me se melhorou.

          Abraços,

          Lu

  181. Carlos Dilinski

    Olá, Lu!
    Meu nome é Carlos e também sou mais um a tomar medicamentos para SP. Tomo desde 2003 uma fórmula ao dia e outra à noite. Neste ano de 2016 começou a voltar os sintomas, mesmo tomando os remédios. Aí meu psiquiatra aumentou a dose de fluoxetina para 17 mg e acrescentou o Escitalopram com 5 mg. Vamos ver se terei bons resultados.

    Adorei este canal.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carlos

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, a SP parece alastrar-se mais e mais. Não são poucas as pessoas que a possuem. Ainda bem que a Ciência vem evoluindo cada vez mais neste campo, possibilitando-nos melhor qualidade de vida.

      Carlos, depois de um tempo, o nosso organismo acostuma-se com o medicamento, sendo necessário aumentar a dosagem ou mudar para outro. Antes de tomar o oxalato de escitalopram, eu tomei fluoxetina durante muitos anos, até ela deixar de fazer efeito, quando passei a sentir os sitomas de antes. Agora encontro-me bem.

      Você terá bons resultados, sim. E eu adorei a sua participação. Conheça também outras categorias do blog. Volte para me dar notícias.

      Abraços,

      Lu

      1. Carlos Dilinski

        Oi, Lu,
        Você colocou em uma resposta, que não se misturam fluoxetina com escitalopram. Será que vou me sentir bem sem grandes efeitos colaterais?
        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Carlos

          Quando eu mudei da fluoxetina para o oxalato de escitalopram, meu psiquiatra exigiu que eu ficasse 15 dias sem tomar o segundo, para que o meu organismo eliminasse a fluoxetina. Contudo, venho me surpreendendo ao ver os dois receitados concomitantemente. Talvez iniciando um deles com a dosagem bem baixa não haja problemas. Ainda assim, gostaria que você conversasse com seu médico, perguntando-lhe se não há incompatibilidade entre os dois medicamentos. Inclusive, penso eu, que basta tomar apenas um deles, pois o efeito é similar.

          Pesquisando na internet, encontrei uma pergunta de uma pessoa, possivelmente depressiva, e a resposta de um profissional, referente ao assunto em questão, que repasso:

          Pergunta:
          “Estou fazendo tratamento com o medicamento Exodus (oxalato de escitalopram), há mais de 4 semanas, tomo de manhã, como sempre faço. Só que hoje estou me sentindo bem pra baixo, pior que nos outros dias, será que posso tomar um comprimido de fluoxetina agora? O psiquiatra não me receitou, mas tenho em casa. Ou isso pode me causar algum problema por já ter tomado o escitalopram? Obrigada.”

          Resposta
          “Não pode de forma alguma. Se você toma dois antidepressivos da mesma classe farmacológica (fluoxetina e escitalopram) que recaptura serotonina, pode lhe gerar um problema chamado síndrome serotoninérgica, que dá palpitações no coração, náusea, vômito, inquietação, altera sua pressão arterial e outros problemas. Não use fluoxetina junto com escitalopram! Se você está para baixo, avalie se algo aconteceu que a deixou triste (se sim, logo passa), ou volte ao consultório para reavaliar a dose do escitalopram.”. (Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question)

          Aguardo resposta sua após conversar com seu médico.

          Abraços,

          Lu

      2. Cláudia S. Pinheiro

        Lu, amiguinha!
        Só uma dúvida, podem ser administrados os dois (Fluoxetina + oxalato de escitalopram)?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cláudia

          Como respondi ao Carlos, quando eu mudei da fluoxetina para o oxalato de escitalopram, meu psiquiatra exigiu que eu ficasse 15 dias sem tomar o segundo, para que o meu organismo eliminasse a fluoxetina. Contudo, venho me surpreendendo ao ver os dois receitados concomitantemente. Sugiro que se pergunte ao psiquiatra se não há risco ao tomar os dois juntos.

          Pesquisando na internet, encontrei uma pergunta de uma pessoa, possivelmente depressiva, e a resposta de um profissional, referente ao assunto em questão, que repasso:

          Pergunta:
          “Estou fazendo tratamento com o medicamento Exodus (oxalato de escitalopram), há mais de 4 semanas, tomo de manhã, como sempre faço. Só que hoje estou me sentindo bem pra baixo, pior que nos outros dias, será que posso tomar um comprimido de fluoxetina agora? O psiquiatra não me receitou, mas tenho em casa. Ou isso pode me causar algum problema por já ter tomado o escitalopram? Obrigada.”

          Resposta
          “Não pode de forma alguma. Se você toma dois antidepressivos da mesma classe farmacológica (fluoxetina e escitalopram) que recaptura serotonina, pode lhe gerar um problema chamado síndrome serotoninérgica, que dá palpitações no coração, náusea, vômito, inquietação, altera sua pressão arterial e outros problemas. Não use fluoxetina junto com escitalopram! Se você está para baixo, avalie se algo aconteceu que a deixou triste (se sim, logo passa), ou volte ao consultório para reavaliar a dose do escitalopram.”. (Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question)

  182. Jéssica

    Olá, Lu!
    Achei seu blog em uma busca por melhores informações sobre oxalato de escitalopram, e acabei me encaminhando para este texto. Minha luta se iniciou em 2013, quando, grávida, comecei com alguns sintomas que foram titulados por SP, e de lá pra cá venho tratando. Busquei médico de várias especialidades, acreditando que eu tinha, ou tenho um problema sério de saúde, que vou morrer a qualquer momento. Fiz vários exames principalmente cardiológicos e nada constou, apenas descobri que tenho esofagite eosinofílica algo assim.

    Desde então não consegui mais trabalhar, não consegui curtir minha gestação, minha vida social se remiu e os pânicos cada vez mais fortes e protagonistas em meu dia a dia, lembrando que tudo se inciou com dores fortes no peito. Toda vez que saio é um tormento, então evito, pois começo a sentir me mal e o medo se apodera de mim. Acho que meu subconsciente não aceita isso e ainda acredita que tenho algo orgânico, fisiológico que a qualquer momento vai tirar minha vida

    Faço utilização do oxalato de escitalopram, iniciei agora e por conta própria tomo clonazepam 2mg, quando a crise ataca. Bom, espero retornar aqui e dizer o quanto melhorei ou fui curada.
    ótimo site parabéns!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jéssica

      Seja bem-vinda a este espaço. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a SP é realmente terrível. Somente quem já passou, ou ainda passa por isso sabe o tormento que é. O meu debute no rol dos doentes mentais, ainda na adolescência, deu-se com a visita dessa senhora indesejável, que nem pediu licença para entrar. Imagine o que é uma adolescente passando por isso! Um verdadeiro horror! Contudo, os nossos maravilhosos pesquisadores vêm colocando no mercado remédios cada vez mais modernos que, se não acabam totalmente com a síndrome, colocam-na no cabresto. E a vida tem sido cada vez melhor para nós, portadores de transtorno mentais. Benditos sejam eles!

      Antes de tomar o oxalato de escitalopram, eu tomava fluoxetina. Vi que estava perdendo o efeito, quando tive ameaça da SP. O meu médico então fez a mudança para um mais novo (oxalato de escitalopram), com o qual me dou muito bem. Há mais de quatro anos que não tenho uma crise de pânico. Você irá se dar muito bem com ele. Mas tenha paciência, pois é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente).

      As pessoas vitimadas pela SP do pânico começam o tratamento pelo cardiologista… risos. Também passei pelo mesmo, como tantas outras aqui. A gente acha que está nas últimas e que possui uma doença gravíssima. Sei de gente que até fez testamento… risos. O maior sofrimento é para aquelas, ao que me parece você se encontra no rol, que não acreditam que o problema é meramente mental, e ficam criando uma porção de doenças imaginárias.

      O medo que você sente, ao sair, é normal, pois ninguém merece uma crise de pânico. Também sentia o mesmo. Era um caramujo. O excesso de ansiedade, com medo de ter uma crise, redundava numa, como num efeito cascata. O bromazepam era a minha muleta. Hoje estou “boazuda”, viajo para toda parte, muitas vezes sozinha. Só faço uso do ansiolítico esporadicamente, princialmente quando a insônia bate ou algum acontecimento deixa-me angustiada.

      Jéssica, o primeiro passo é aceitar que o problema é unicamente mental. O segundo é buscar ajuda. O terceiro é tomar direitinho o antidepressivo, com alegria, mantendo contato com o psiquiatra no início do tratamento. E jamais pare por conta própria, pois as crises tendem a piorar. Saiba também que, no início do tratamento, você poderá se sentir pior ainda, mas depois de duas a três semanas, os efeitos adversos vão desaparecendo e os bons surgindo. E será uma nova pessoa. Continue em contato conosco.

      Beijos,

      Lu

      1. Jéssica Gomes

        Lu
        Obrigada por ter respondido. Em breve retorno aqui nos comentários pra contar como tem sido esta minha nova fase com o oxalato de escitalopram e minha adaptação com a SP sem recorrências, quem sabe.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Jéssica

          Nada a agradecer, minha querida. Não suma!

          Abraços,

          Lu

  183. Anelise

    Olá! Adorei o blog.
    Queria saber se o uso do Escitalopram 10 mg causa sono excessivo a alguém de vocês?! Estou tomando por cerca de um ano, e o sono que sinto é absurdo! Além do mais, o ‘desmame’ é muito complicado? Tentei parar no começo deste ano, alternando dia sim e dia não, entretanto, após uns 15 dias, tive uma crise de ansiedade durante uma prova da faculdade 🙁 não me sinto a mesma, não consigo sair sem ter um rivotril na bolsa, é triste isso 🙁

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anelise

      Seja bem-vinda a este espaço. Sinta-se em família.

      Amiguinha, os antidepressivos não agem igualmente para todas as pessoas. O oxalato de escitalopram traz uma soneira danada para certas pessoas e insônia para outras. Você não diz o horário que toma a medicação. Se for de manhã, converse com seu médico para mudá-lo para a noite. Mas não faça isso por conta própria, para não tomar uma dosagem muito grande. Ao mudar o horário, faz-se necessário ficar um dia sem tomar o remédio, recomeçando no dia seguinte, no horário definido.

      Você não deve parar o tratamento sem uma avaliação médica. Somente o profissional deverá lhe dizer quando e como parar. Caso contrário poderá ter suas crises ainda mais agressivas, como lhe aconteceu. Ao que me parece, também tem (ou teve) crise de pânico, pois é ela que nos deixa amedrontados, sempre temendo que ela possa voltar.

      Vou lhe passar uns links de assuntos para ajudá-la a compreender melhor o que lhe acontece.

      Beijos,

      Lu

      1. Anelise

        Olá, Lu!
        Meu horário é após o almoço, ali pelas 12:30hs. O sono realmente é excessivo, o que me levou a pedir ao médico para diminuir. Quando comecei o desmame foi por orientação dele mesmo, não parei por conta própria. Mas, caso sentisse algo, deveria voltar a tomar todos os dias, como acabei voltando a fazer. A crise “forte” que tive, foi há uns 15, 20 dias, após começar a alternar os dias de tomar a medicação. Voltei a tomar todos os dias, entretanto, as “sequelas” permaneceram por longos dias. O medo de tudo e de todos, medo de sair, medo de passar mal e tudo mais…

        No momento estou bem, tenho lido bastante sobre o assunto, acho que entender o que acontece com o nosso corpo e a mente nos ajuda a lidar com o “problema”. Ficarei feliz em ver os links! Continue com o blog, teu trabalho é incrível e com certeza ajuda muita gente!
        Beijo 🙂

        1. LuDiasBH Autor do post

          Anelise

          Agora que você retomou a medicação irá ficar tudo bem. A crise que sentiu era indicativa de que ainda não estava na hora de parar. Nâo mais precisa sentir medo. O conhecimento é mesmo muito importante. Continue sempre POP.

          Beijos,

          Lu

  184. Cintia Daniela

    Sofro com a SP faz 18 anos. Eu me tratei no início com fluoxetina e frontal. Agora as crises ficaram mais fortes, ainda mais com a perda da minha mãe, que teve infarto. Hoje a psiquiatra passou espran e ansitec para controlar. Essa é a terceira semana, comecei a sentir melhoras. Mas como é difícil aguentar essas crises. Tenho ainda medos absurdos que me rondam. Queria muito que os sintomas sumissem pra sempre.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cíntia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      A Síndrome do Pânico acaba com a paz de qualquer um. Por isso é necessário mantê-la sempre sobre controle. Quem toma antidepressivo tem que estar preparado para mudar, quando o medicamento passa a não mais fazer efeito. Como você, eu também sofro da SP há muitos anos. Já passei por muitos antidepressivos. O penúltimo foi a fluoxetina. Agora tomo o oxalato de escitalopram, com o qual estou me dando muito bem, que é um nome fantasia da mesma substância. Tem sido um dos remédios mais receitados pelos médicos. Desde que comecei a tomá-lo, há cerca de quatro anos, nunca mais tive crises. O mesmo irá acontecer com você. Fique tranquila, pois os sintomas irão desaparecer. Vou lhe passar uns links com textos sobre o assunto, que irão ajudá-la. Volte sempre para me dizer como está.

      Abraços,

      Lu

  185. Claudia

    Olá, Lu!
    Bom um cantinho assim para a troca de experiências, e sabermos que não estamos sozinhos. Fui diagnosticada com a SP há 1 ano, iniciei logo o tratamento com escitalopram e terapia. No início foram desconfortáveis as reações, mas logo deram lugar ao alívio. Em um prazo de 4 meses, ja não sentia mais nada. Há aproximadamente 1 mês, voltei a ter as sensações da SP. Estou fazendo uso da fluoxetina desta vez, sem efeitos desagradáveis, mas ainda não me livrei dos desconfortos (físicos e psicológicos). Sinto-me depressiva, mas sigo firme, já que sabemos que o efeito chega sim com o tempo.
    Abraços, Lu, e obrigada pela atenção.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cláudia

      É um prazer recebê-la neste cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a SP é um aviso de que a nossa ansiedade está em descontrole. Tive minhas primeiras crises na adolescência. Passei por vários antidepressivos, pois à medida que o organismo acostumava-se, era necessário mudar para outro. O penúltimo tomado foi a fluoxetina, com a qual me dei muito bem. Depois começou a não fazer efeito. Então passei a ser medicada com o oxalato de escitalopram, que é muito eficiente.

      Claudia, os desconfortos irão passar. Fique tranquila. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). E jamais pare sem o consentimento médico, pois as crises tendem a ficar piores. Continue nos dando notícias de sua saúde.

      Abraços,

      Lu

  186. TATI

    Olá, Lu!
    Encontrei o blog quando estava a procura pelos sintomas causados pelo uso do Lexapro. Em 2011 tive uma leve síndrome do pânico causada pelo estresse do trabalho, tratei por 4 meses com lexapro de 10 mg e logo nas primeiras semanas já obtive melhoras. Fui diminuindo a dose de acordo com a orientação médica até que me vi completamente livre da medicação e dessa doença que nos aprisiona dentro de nós mesmos.

    No final de 2015 voltei a ter pequenas crises de pânico novamente. No começo conseguia controlar sozinha sem o uso de medicação, mas passei por diversos momentos de estresse intenso e a síndrome do pânico se instalou de vez em minha vida. Comecei a ter crises quase todos os dias, independente do dia, local ou hora em que estava. O psiquiatra me receitou escilex 10 mg de manhã e à noite rivotril de 0,5 mg. Não tive nenhum efeito colateral e percebi melhoras nas duas primeiras semanas, mas passados 02 meses do uso do escilex junto com rivotril tive uma crise dentro do cinema. Mantive o escilex e retornei ao psiquiatra que então decidiu trocar o escilex pelo Lexapro de 10 mg e suspendeu o uso do Rivotril.

    Após o início do uso do Lexapro tive alguns sintomas como sede em excesso, cansaço, fadiga, diarreia, batimento cardíacos alterados, já com o uso do Lexapro de 10 mg tive três crises, mas os efeitos colaterais dimunuiram; retornei ao psiquiatra que aumentou a dose de 10 mg de Lexapro para 15 mg, e recomendou tratamento com psicólogo para maior eficácia. Com o aumento da dose os efeitos colaterais retornaram, com muita dor na panturrilha, boca seca, cansaço, fadiga, desânimo, batimentos cardíacos alterados, mas apesar desses efeitos colaterais me sinto bem, estou no terceiro dia do aumento da dose, tenho avaliação com o psicólogo dia 16/05 e volto aqui para relatar outros sintomas e como me sinto com a medicação.

    Acho importante compartilhar tudo isso que sentimos, para que juntos possamos buscar viver melhor e vencer esse mal que tanto nos maltrata.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Tati

      Seja bem-vinda! Sinta-se em casa.

      Amiguinha, a síndrome do pânico costuma ser recorrente. Desaparece por um tempo e depois retorna. Muitas vezes é necessário um tratamento mais prolongado. O importante quando ela começa é procurar tratamento médico, para que as crises não fiquem cada vez mais sérias. A troca de medicamento é muito comum, pois cada organismo pode ter uma reação diferente. O aumento da dose costuma retomar os efeitos colaterais, mas que logo irão passar (com muita dor na panturrilha, boca seca, cansaço, fadiga, desânimo, batimentos cardíacos alterados). Fique tranquila. Aguardamos sua presença aqui, para contar como andam as coisas.

      Beijos,

      Lu

    2. Jackson Rocha

      Olá, Lu!
      Tenho 18 anos e estou tratando de SP há um mês e um pouquinho. Estou encarando a SP com bastante receio, evito falar sobre ou demonstrar essa minha fragilidade. Estou fazendo uso de um ansiolítico e indo me consultar com uma psicóloga. Comecei a ter ataques de pânico no trabalho no final de dezembro 2015, e só procurei ajuda agora, quando não conseguia viver mais. Eu vi este site no Google e entrei pra olhar o que você falava sobre a síndrome do pânico. Li os comentários das outras pessoas e me vi em muitas situações compartilhadas aqui.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Jackson

        Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

        Amiguinho, eu tive as minhas primeiras crises de pânico tão nova quanto você. Realmente não é fácil lidar com algo totalmente desconhecido para nós. Contudo, você se encontra numa posição melhor do que a minha, à época, quando os medicamentos inerentes aos problemas mentais ainda eram muito escassos. Hoje, a ciência avança cada vez mais neste campo. Todo ano chegam novos remédios ao mercado, possibilitando-nos uma vida imensamente melhor. Portanto, não se preocupe. Tive a minha última crise há cerca de cinco anos, quando o antidepressivo que tomava começou a não mais fazer efeito. Hoje me encontro ótima, totalmente livre da companhia dessa senhora desagradável.

        O ideal é buscar tratamento assim que a SP mostra as caras. Ela é o resultado de uma intensa ansiedade que precisa ser tratada. O ansiolítico não é suficiente para tratar a SP. Faz-se necessário a ajuda de antidepressivos, portanto, aconselho-o a buscar um psiquiatra. A psicoterapia não resolve o problema, pois esse descontrole mental não é de origem traumática. Imagino que ela tenha aparecido em sua vida sem motivo algum aparente. O problema é químico, pois está no funcionamento dos neurônios. Somente será resolvido com medicamentos específicos, receitados pelo psiquiatra ou neurologista. E quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhor, caso contrário as crises tendem a ficar cada vez mais fortes e constantes.

        Jackson, não pense que a SP é uma coisa do outro mundo. Ela, apesar de terrível, é mais comum do que você imagina. O antidepressivo irá livrá-lo desse mal-estar, oferecendo-lhe tranquilidade, ao eliminar o medo de ter uma nova crise. Outra coisa, ela não mata. Quando tiver crises, não ofereça resistência. Respire fundo e deixe que ela passe. Quanto maior for a luta, mais forte é a crise. E não se esqueça de marcar um psiquiatra, pois a psicóloga não resolverá o problema. Espero que me traga mais notícias.

        Abraços,

        Lu

        1. Jackson Rocha

          Olá, Lu!
          Eu fui ao psiquiatra e ele me passou o ansiolítico. Na primeira consulta eu estava muito nervoso por estar vivendo isso, sem entender. E posso ter deixado algumas informações passar. Agora estou mais calmo e na próxima consulta irei me comunicar melhor e ter um entendimento melhor. Passo aqui às vezes, desde que conheci o site, e leio alguns comentários, e tento entender melhor sobre isso.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Jackson

          Fico feliz que esteja melhor. Quando retornar ao psiquiatra, fale tudo direitinho sobre o que sente. Talvez seja apenas uma fase passageira. O importante é que continue sendo medicado. Quanto mais se informar, melhor, pois o conhecimento liberta-nos, e impede-nos de ficar imaginando coisas inexistentes.

          Dê-me sempre notícias suas.

          Abraços,

          Lu

  187. Ariane

    Bom dia!
    Estava procurando na internet relatos de que tem ansiedadee achei este blog muito bom. Eu já tive algumas crises de ansiedade, mas por preconceito não queria ir ao médico. Fui há 9 anos atrás, tomei fluoxetina e melhorei, mas agora que estou pensando em casar e construir nossa casa, não estou me sentindo bem. Hoje será o terceiro dia de meio comprimido, e parece que tudo vai piorar. Espero relatar melhorias aqui no blog.
    Até mais!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ariane

      Seja bem vinda a este cantininho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, você pode estar ansiosa em relação à nova vida que irá levar. Essa ansiedade pode ser passageira. Acalme-se. Você não me disse qual é o antidepressivo que está tomando e qual é a dosagem. Aguardo mais informações.

      Beijos,

      Lu

      Beijos,

      Lu

      1. Ariane

        Oi, Lu!
        Estou tomando ROXETIN, meio comprimido, mas parece que pioraram as sensações… Às vezes fica tudo bem, mas àss vezes não.
        Sempre que tenho que tomar uma decisão, ou tenho algum desafio acontece isso.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ariane

          Os momentos de tomada de decisão são difíceis para todos nós. O Roxetin (paroxetina) é um antidepressivo e, como os os outros, também traz efeitos adversos. É preciso ter garra para esperar que esses efeitos ruins passem e os bons cheguem. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Sei também que é uma guerreira, assim como nós outros. Força, minha amiguinha!

          Beijos,

          Lu

  188. Ana Rosa

    Oi, Lu!
    Pesquisando sobre a síndrome do pânico achei você. Há três anos estou em tratamento com fluoxetina 30 mg e 0,50 d alprazolam. Minha médica é uma neurologista que consulto desde o começo das crises. Às vezes me sinto bem às vezes não, acho que devo procurar um psiquiatra? Pois só vou na neurologista pra pegar a receita.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Rosa

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, a psiquiatria é uma parte da medicina que trata especificamente os problemas mentais. Acho que seria bom consultar um, pelo menos para ter uma visão diferente de seu problema. Eu já tomei a fluoxetina durante muito tempo. Agora faço uso do oxalato de escitalopram, com o qual tenho me dado muito bem. Meu médico é um psiquiatra. Há muitos anos não tenho síndrome do pânico. Que sintomas sente, quando não se encontra “muito bem”?

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Ana Rosa

        Oi, Lu!
        Não tenho mais crises de pânico desde que comecei o tratamento, mas tem dias que sinto dores no peito, desânimo, dor de cabeca e é uma luta pra levantar da cama. Não sou a mesma pessoa de antes das crises. Sinto falta de mim; era social, gostava de estar com amigos tomar uma cerveja. Hoje não tenho mais prazer nisso. Gosto de ficar em casa, evito as pessoas. Somente pessoas mais chegadas como marido, filha.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ana Rosa

          Assim que o antidepressivo for fazendo efeito, tudo isso irá passando, e sua vida melhorará sensivelmente. Tenha paciência. Não desanime. Tudo tem seu tempo. Você irá se encontrar.

          Um grande abraço,

          Lu

  189. Pérola

    Olá!
    Sem dúvidas o texto trata realmente da grande questão: “O medo de sentir medo.” Infelizmente para mim essa frase é marcante, pois já atrapalha minha vida há 10 anos. Atenção: não quero com esse dado desencorajar ninguém, afinal cada caso é um caso, e cada guerreiro sabe o tamanho de sua força. A frase esteve na minha vida assim como por muitas vezes consegui superá-la e viver momentos maravilhosos! Fazia uso de outros medicamentos, mas agora estou na junção de Escitalopram 15mg + Clo 25 mg e na expectativa de tirar para sempre a palavra “medo” da minha vida!!

    Beijos Guerreiros!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pérola

      Estava sumida, menina! Apesar da imensa quantidade de pessoas que passam por aqui, lembro-me com muito carinho de todos vocês. Fico feliz que tenha aparecido. E, como sempre, a mesma guerreira!. Pessoas como você não são desencorajadas nunca. A junção que agora permeia sua vida parece boa. Eu gosto muito do oxalato de escitalopram. Continue nos informando como anda sua saúde.

      Um beijo no coração, sem “medo” de ser feliz!

      Lu

  190. Deby

    Também passo por isso, medo do medo, medo de sentir tudo aquilo novamente. Hoje tomo exodos faz dois meses, mas ainda sinto medo de sentir aquelas sensações que eu sentia quando a noite ia chegando.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Deby

      Devemos eliminar a palavra “medo” de nossa vida, pois ela é muito negativa. Para viver é preciso coragem e seguir sempre adiante.

      Beijos,

      Lu

      1. Deby

        Bom dia, Lu!
        Ainda tomo o exodos, agora 15 mg… Mas ainda não me sinto a Débora de antes de começar tudo isso…

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Deby

          Acalme-se, minha lindinha, tudo tem seu tempo. Também trate de fazer a sua parte. Releia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Beijos,

          Lu

        2. Tati

          Olá, Lu e amigos!

          Estou de volta …. Da última vez passei aqui para compartilhar minha história e a medicação que tomo. Ainda estou tomando lexapro de 15mg eestou bem, Ele é o mais caro do princípio ativo, mas todos dizem que é o melhor, então continuo. Não tive mais nenhum ataque de pânico, as reações ao medicamento passaram um pouco não sinto tanta dores nas pernas, os batimentos cardíacos estão menos acelerados e a sede em excesso sumiu. Consigo fazer coisas que antes me trariam um ataque, mas tento ao máximo controlar a mente para que situações normais não me deixem mal. Estou fazendo terapia e isso tem me ajudado muito, desabafar sobre as situações que me causam medo e tentar identificar porque tenho os ataques é essencial para tentar evitá-los ao máximo. Ainda temo medo de ter medo, mas desvio os meus pensamentos para coisas que me alegram para tentar levar uma vida normal. Não tenho mais vergonha de dizer para as pessoas que tenho síndrome do pânico e que faço acompanhamento com o psiquiatra e terapia. Muitos ainda não entendem e acham isso uma frescura, fraqueza ou ainda loucura, mas isso não me importa, quero estar bem comigo, e é fácil julgar sem entender realmente ao fundo a doença, mas não escondo mais. As pessoas precisam ser menos preconceituosas.

          Não percam a esperança, amigos, tenham fé, acreditem no medicamento, mas acima de tudo acreditem em si mesmo. Cada um é dono de seus pensamentos, procurem fazer atividades que desviem e atenção para coisas boas, como exercícios físicos, caridades, alguma religião, ir a palestras motivacionais, etc. É difícil, mas podemos aprender a conviver e a vencer essa doença terrível que nos atormenta.

          Vamos em frente, FÉ SEMPRE!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Tati

          Que notícias maravilhosas! É muito bom saber que você se encontra cada vez melhor. Suas palavras são também um incentivo para os companheiros de luta. Gosto muito quando alguém volta aqui para falar de seu progresso. Outro ponto importante é dizer que venceu a barreira de falar o que está sentindo, contribuindo assim para que o estigam da doença mental caia por terra. Parabéns!

          Amiguinha, como digo no meu texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, o antidepressivo faz apenas 50% do tratamento, o resto fica por conta do usuário. Quanto ao Lexapro, esse é realmente o mais caro, e é, digamos assim, o original. Eu, particularmente, não acredito que seja diferente de outros produzidos em bons laboratórios. O mesmo aconteceu com a fluoxetina, quando era produzida com o nome de Prozac. Os médicos exigiam que somente o Prozac fosse comprado. Hoje, eles receitam qualquer um com seu nome fantasia. No início eu tomei o Lexapro, depois passei a tomar o que se encontra com o melhor preço no mercado. Não sinto diferença alguma. Além do mais, sei que existe uma máfia entre certos médicos e certos laboratórios.

          Agradecemos o seu retorno e suas palavras de estímulo.

          Abraços,

          Lu

  191. HADILTON

    Estou já no terceiro mês fazendo uso do ESC, e me sinto tão bem que penso em parar ou baixar a dose para 10 mg. Tenho retorno com minha médica dia 18/04 e estou ansioso com o que ela vai dizer a respeito.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hadilton

      Alegra-me muito o fato de encontrar-se tão bem. Valeu o sofrimento pelo qual passou. Contudo, em hipótes alguma pare por conta própria, pois a volta seria ainda mais sofrida e os sintomas mais agressivos. Siga direitinho o que a médica disser.

      Abraços,

      Lu

      1. Hadilton

        Oi Lu,
        Nao a conheço, mas você me parece uma pessoa extremamente simpática e agradável.

        Voltei à médica e a orientação é não desmamar já. Vou continuar com ESC 10 mg e aos poucos vamos diminuindo a dose. Vou seguir corretamente as orientações.

        Obrigado, querida.

        Hadilton

        1. LuDiasBH Autor do post

          Hadilton

          Sou eu quem tem o prazer de receber leitores e comentaristas simpáticos, educados e sensíveis. Sou tratada sempre com muito carinho. Portanto, a privilegiada sou eu.

          Ótimo, continue seguindo as prescrições médicas. Ela mais do que ninguém sabe como o seu organismo está se comportando com o antidepressivo. Confie! E não suma!

          Abraços,

          Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Liziane

      Não é moleza, mesmo! É preciso ser duro na queda… risos. Mas à medida que se toma conhecimento das causas, a gente passa a dominar a síndrome do pânico com menos amedrontamento.

      Beijos,

      Lu

  192. Rosava

    Lu, texto maravilhoso e verdadeiro.
    A primeira vez que tive SP, eu estava para completar uma idade fechada, próxima aos 30. Do nada, eu comecei a passar mal, sentada na mesa da empresa; depois a situação só piorou. Na época, não se falava tanto em depressão e SP, então não sabia o que era. Tudo o que eu queria era correr pra casa quando tinha crises. Como não era tão “popular”, ninguém me disse que deveria ir ao psiquiatra. Tomei remédios homeopáticos, fiz ioga, lutei durante uns 3 anos. Melhorei. Mas ainda tinha sintomas fracos. Perto de completar idade fechada, outra vez, aos 48 anos, tive outra crise violentíssima. Aí, com mais informações, fui ao psiquiatra, tomei vários antidepressivos, até acertar com o Exodus, o qual parei de tomar há um ano. Ainda tenho medo de voltar, mas parece que a “bruxa” está sob controle.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rosava

      Imagino o seu sofrimento, ao vivenciar algo totalmente desconhecido, sem saber que rumo tomar. Segundo o Prof. Hermógenes, em seu livro “Ioga para nervosos”, as pessoas procuravam-no, dizendo que sentiam uma “coisa”. Por muito tempo a SP foi chamada de “coisa”.

      Amiguinha, a gente nunca sabe quando essa abusada irá atacar. Ela é traiçoeira como uma naja. É mesmo uma “bruxa” da pior qualidade, pois volta cada vez mais endiabrada… risos. Qualquer coisa, oxalato de escitalopram nela!

      Muito obrigada por sua visita e comentário.

      Abraços,

      Lu

  193. Bê Amador

    Lu

    Texto perfeito e maravilhoso. Cansei de procurar o motivo das minhas crises. Já que sempre fui uma pessoa destemida. Não compreendia o motivo da minha grande fragilidade. Até que convidei a danada SP em suas visitas inesperadas a sentar e conversar comigo. Percebi que todas as vezes que tentava enfrentá-la e mandá-la embora, ela me vencia e com isso a frustração de mais uma vez ter perdido para ela, me deixava mais com medo ainda.Tomo hoje apenas 15 mg de Esc. E não tomo há anos nenhum ansiolítico. Posso lhe dizer que mesmo com ela sob os meus pés, às vezes a danada resolve, muito suavemente, dar o ar da graça… E aí convido-a novamente pra se achegar… E não sei porque ela simplesmente desaparece… Enfrentar a danada, só lhe dá forças para que retorne cada vez mais forte! Nao dê bola… Mude o foco e o pensamento para as coisas da vida que você mais gosta. Nao tenha medo de você mesmo. O voltar para dentro de si mesmo é a sua própria libertação… E lembre-se você está sozinho, não porque as coisas ou as pessoas que gostaria de ter lhe faz sentir impotente. É porque você está sentindo medo e falta de conhecer e estar com a melhor pessoa do mundo: você!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa!

      Querida, você, em seu comentário de extrema lucidez, atinge o cerne da questão ao dizer:

      “Percebi que todas as vezes que tentava enfrentá-la e mandá-la embora, ela me vencia e com isso a frustração de mais uma vez ter perdido para ela, deixava-me mais com medo ainda.”.

      Quanto mais resistência colocamos no enfentamento com a crise de pânico, mais ela se fortalece, alimentando-se de nosso medo. E, consequentemente, tornamo-nos mais fragilizados e impotentes. Quanto mais revoltosa ela chegar, mais suave deve ser a nossa acolhida. Envergonhada, ela bota o rabinho entre as pernas e cai fora. Outro comportamento interessante é “mudar o foco”, como dito por você. Assim, sem lhe dar atenção, ela vai se dissipando, “como nuvem passageira”.

      Bê, você diz que “… voltar para dentro de si mesmo é a própria libertação.”. É verdade! Temos que começar levantando a nossa autoestima, sentindo bem na nossa própria companhia, pois cada um de nós é a pessoa mais importante do mundo, para si mesma. Essa valorização do “eu”, sem resvalar para o egocentrismo, é muito importante para fazer de nós pessoas felizes com aquilo que somos e temos, aqui e agora, vivendo da melhor maneira possível, um dia de cada vez. Essa é, sem dúvida, a maneira mais sábia no enfrentamento dos reveses da vida.

      Lindinha, senti imensa alegria ao receber o seu comentário. Será um grande prazer contar sempre com a sua presença querida e suas sábias palavras.

      Um beijo no coração,

      Lu

  194. HADILTON

    Estou tomando o ESC, o efeito começa a surgir a partir da segunda semana. Muitos desistem do tratamento, porque não alcançam resultado imediato. Fiquei em casa por 10 dias, sufocamento, suor, tremedeira, medo e tristeza. Já voltei ao trabalho e me sinto muito bem. Outra coisa: caminhadas, exercícios físicos e muita fé. ESPERO TER AJUDADO.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hadilton

      Hoje só estou recebendo boas notícias. A sua é a terceira.
      Os que desistem, porque procuram resultados imediatos, voltam com crises mais agudas. É preciso ter paciência, persistência e otimismo para seguir à frente. Parabéns pela caminhada. E volte sempre para trazer ânimo para os que ainda se encontram no início da jornada.

      Abraços,

      Lu

    2. Debora

      Eu estou tomando o esc. Ele me acalma, mas meu problema é depressão pós parto, frustrações devido a muitos problemas que eu e meu filho passamos: prematuridade, não amamentar, cálculos renais, dor física e psicológica. Sou a depressiva letárgica, parece que com o esc fico mais letárgica ainda. Alguém conhece e já fez uso de algum medicamento que deixe mais animada? Amo este cantinho.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Débora

        Ao que me parece, a sua depressão é traumática. Em casos assim faz-se necessário, além da medicação, uma psicoterapia para ajudá-la a lidar com tais problemas. É fundamental que mude a sua maneira de olhar a vida, atendo-se ao fato de que existem problemas bem maiores do que o seu, e que a sua saúde emocional é fundamental para o seu bem-estar e convivência com a família. Não estaria você vitimizando demais a situação? Não está na hora de dar a volta por cima e dar sentido à vida? Se fica apática, prostrada, ao tomar o antidepressivo, converse com seu médico, pois pode ser que a dosagem esteja alta. Existem, sim, medicamentos que dão mais vitalidade, mas somente seu médico poderá lhe receitar. Mas o importante mesmo é mudar a sua maneira de lidar com os problemas, não os agigantando. Leia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

        Amiguinha, o Dr. Telmo escreveu um ótimo texto, postado aqui no blog, que se chama NA VIDA TUDO PASSA! TUDO MUDA! Leia-o, pois lhe fará muito bem. Espero notícias, pois eu também adoro a sua presença e comentários.

        Beijos,

        Lu

        1. Debora

          Queria poder ter você como terapeuta… rsrsrs. Eu não admito errar ou falhar! E por eu ter “falhado” como mãe, ao menos ao meu ver deturpado, eu fico me sentindo um lixo. Eu preciso mudar, preciso mesmo, é urgente. Amo este cantinho. Obrigada.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Débora

          Todos nós trabalhamos com erros e acertos na vida. É assim que aprendemos. Não existe uma cartilha de comportamento. Muitas coisas só aprendemos ao senti-las na pele. Não aceitar nossas próprias falhas é negar nossa humanidade e, portanto, falta de humildade. À medida que envelhecemos, nossos acertos vão superando nossos erros. Assim é a vida para todo ser humano. Não há como negar isso. Portanto, apele pela sua humildade, aceite aquilo em que ache que falhou, retome-o e faça tudo diferente. Lembre-se também que a depressão é responsável por ampliar “n” vezes nossos desacertos. Ela tolda a nossa visão é não nos permite enxergar a vida com sabedoria. Não deixe que ela guie seus passos. Se você não fosse uma mãe maravilhosa, não estaria questionando a sua suposta “falha”. Nossa vida é o presente. O passado não nos pertence mais e o futuro ainda está por vir. Vivendo bem o presente, você já está preparando seu porvir. Apegar-se ao passado é, na verdade, um meio de não buscar mudanças. Não aceite isso. Comece a sua vida hoje, agora…

          Eu sou a sua terapeuta virtual… risos. Este cantinho é de todos vocês que aqui vêm. Procure também conhecer outras partes deste blog. Há coisas lindas. Indico-lhe a categoria que se chama ARTE DE VIVER.

          Um grande abraço,

          Lu

  195. Debora

    Minha irmã sofre este tormento desde os 10 anos. Eu nunca compreendi a gravidade, até passar e estar enfrentando a depressão pós parto. Ela tem crises horríveis, batimentos acelerados (170) e acha que vai morrer, sente falta de ar… É horrível. Ouvi falar que terapia ajuda mais que remédios neste caso. Obrigada pelo post.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Débora

      Sua irmã já procurou tratamento médico? A terapia também ajuda, mas, penso eu, que ela deve ser feita juntamente com o uso do antidepressivo, até que as crises desapareçam, pois podem redundar em problemas maiores. Gostaria que acessasse os link abaixo do texto, que trazem toda a explicação médica necessária.

      Abraços,

      Lu

      1. Debora

        Oi, Lu!
        Minha irmã tomava citalopram e agora está tomando o esc, mesmo que eu, e estamos melhorando. O remédio deu super certo para minha deprê.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Débora

          Que bom saber que vocês duas estão se dando bem com o antidepressivo. Maravilha!

          Beijos,

          Lu

      2. Goreth Santos

        Olá, Lu!
        Faz 10 anos que tenho crises de pânico, horríveis. O coração acelera muito, sinto uma forte quentura no corpo, falta de ar, penso que vou apagar. Resolvi procurar um cardiologista, fiz os exames, deram normais, e ele me passou para o psiquiatra, que me receitou oxalato. Estou hoje com 8 dias de uso do medicamento. Nos 6 primeiros, eu tomei uma banda de 10 mg e agora estou tomando de 10 mg. As crises nos 6 primeiros dias eram constantes e horríveis. Pensei que eu iria morrer, mas agora no 8º dia já estou sentindo melhora, confio em Deus que vai dar tudo certo!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Goreth

          É um prazer recebê-la aqui neste cantinho. Sinta-se em casa!

          Amiguinha, não sei como você aguentou ficar 10 anos sem tratamento. Deve ter sofrido horrores. O importante é que agora está medicada, já se encontrando bem melhor. A Síndrome do Pânico é realmente um terror. Só quem a tem sabe realmente o que é. E cada vez mais aumenta o número de pessoas com a SP. Ainda bem que já existem muitos remédios no mercado, para conter essa senhora malcriada.

          Goreth, eu vou lhe repassar uns link, por e-mail, para que conheça melhor esta síndrome e o antidepressivo que está tomando. Não deixe de ler. O conhecimento torna mais fácil nosso tratamento.

          Venha sempre aqui para contar-nos como vai o seu tratamento. Vai dar tudo certo, sim. E você passará a ter uma vida com mais qualidade.

          Abraços,

          Lu

        2. Hadiltom

          Ok, Lu,
          É importante os médicos sempre deixar claro aos pacientes que o remédio nao tem efeito imediato. Muita gente desiste achando que é igual a aspirina, tomou passou a dor de cabeça. No meu caso o efeito começou efetivamente após 12 dias.
          Beijos

        3. LuDiasBH Autor do post

          Hadilton

          É verdade! Você está certíssimo. A explicação deve ser completa, inclusive quanto aos efeitos adversos e aos problemas de abistinência, caso se pare sem levar em conta o desmame. São informações muito necessárias, que o profissional não deveria deixar de dar.

          Abraços,

          Lu

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