Ticiano – DIANA E CALISTO 2

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor Ticiano Vecellio (1490 – 1576), também conhecido como Tiziano, Titian ou ainda como Titien, encontra-se entre os grandes nomes da pintura italiana. Ainda pequeno, retirava suco de flores para desenhar toalhas e lençóis. O pai, Capitão Conte Vecellio, reconhecendo o pendor artístico do filho, envia-o para Veneza, acompanhado do irmão mais velho. Ali é apresentado por um tio aos mais importantes pintores venezianos da época.  Passa pelas mãos de Gentile Bellini e depois nas de Giorgione que o acolhe com entusiasmo. Sorve com tanto interesse os ensinamentos de Giorgione que, com 20 anos incompletos, tem uma de suas pinturas confundida com a obra do mestre, oportunidade em que o aluno percebe que não existe mais nada a ser aprendido com ele e passa a caminhar por conta própria.

A composição mitológica intitulada Diana e Calisto é uma obra do artista e faz parte de um conjunto de telas célebres do pintor (Poesies), baseadas nas Metamorfoses de Ovídio. Retrata o momento em que a gravidez de Calisto é revelada à deusa Diana que se encontra sob um dossel vermelho, próxima a uma fonte, com os olhos voltados para a ninfa que perdera a virgindade com Júpiter, o deus dos deuses. Na verdade trata-se de uma réplica de outra obra do pintor com o mesmo nome, porém, muitos detalhes foram alterados durante sua execução.

A ninfa Calisto está sendo obrigada por três companheiras a tirar as vestes diante de Diana, para que essa tome conhecimento de sua gravidez. A deusa encontra-se de pé, apoiada no mastro de seu dossel, com o braço direito estendido, apontado o dedo indicador para Calisto, acusando-a de ter perdido a virgindade. Diana é a maior do grupo, o que a identifica como a figura principal. A composição divide-se em dois grupos separados por um chafariz que traz uma figura clássica no alto e de cujo corpo jorra água.

O séquito de Diana é composto por oito ninfas, um grande cão de caça e um cãozinho. A ninfa, com vestimenta verde-claro, segura o arco da deusa caçadora; a que se encontra virada para ela traz uma flecha apontada para o alto; a ninfa de vestido vinho traz a aljava pendurada no corpo e uma quarta ninfa, sentada de costas para o observador, apoia-se numa enorme flecha.

Conta o mito que a ninfa Calisto havia jurado amor eterno à deusa Diana, mas Júpiter sentiu-se seduzido por sua beleza. Para aproximar-se dela, o deus dos deuses tomou a forma da deusa que ela venerava, possuiu-a e engravidou-a. Mesmo tendo ela sido violentada por Júpiter que usou sua capacidade de metamorfosear-se, Diana não aceitou o acontecido, expulsando-a de seu séquito. Ela foi depois transformada por Juno (esposa de Júpiter) numa ursa, sendo quase morta por seu filho que não a reconheceu e elevada até às estrelas por Júpiter, compadecido com seu sofrimento.

Ficha técnica
Ano: c.1568
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 183 x 200 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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