TRANSTORNOS MENTAIS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Inúmeras são as palavras usadas para referir-se aos problemas mentais: transtorno, distúrbio, disfunção, perturbação, enfermidade, alienação ou doença, combinadas aos termos: mental, psíquico e psiquiátrico. Tem-se evitado a palavra “doença”, pois são pouquíssimos os casos clínicos mentais, que podem ser diagnosticados como tal, apresentando todas as características relativas a uma doença, no sentido exato do termo. No entanto, pouca gente sabe que, no intuito de padronizar a denominação das enfermidades psíquicas em geral, a Câmara Federal aprovou, em 17/03/2009, o termo “transtorno mental”, em caráter conclusivo. O projeto determina que “transtorno mental” é o termo adequado para designar o gênero “enfermidade mental”, e substitui termos pesados como “alienação mental” e outros equivalentes, diminuindo o preconceito por parte das pessoas.

Segundo o Dr. Galeno Alvarenga, médico formado em psiquiatria e neurociência, os transtornos mentais são condições de anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou cognitiva. Dentre os fatores desencadeantes de tais transtornos, ele elenca a genética, a química cerebral e o estilo de vida. Acrescenta também que a mente pode ser afetada por doenças de outras partes do corpo, e vice-versa, ou seja, os transtornos mentais também podem provocar doenças em outras partes do corpo, produzindo os chamados “sintomas somáticos”.

O Dr. Galeno Alvarenga lista aqueles tidos como os principais transtornos mentais:

  1. Abuso de drogas: (dependência química e psicológica): Alcoolismo, Alucinógenos, Cocaína, Maconha e Tranquilizantes.
    1. Transtornos Alimentares: Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa.
  1. Transtornos de Ansiedade: Agorafobia, Fobia Específica, Fobia Social, Síndrome do Pânico, Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno Estresse Agudo, Transtorno de Estresse Pós-traumático e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
  1. Transtornos de Personalidade: Transtorno de Personalidade Antissocial, Transtorno de Personalidade Boderline, Transtorno de Personalidade Esquizoide, Transtorno de Personalidade Narcisista e Transtorno de Personalidade Paranoide.
  1. Transtornos Delirantes: Equizofrenia e Transtorno Esquizotípico
  1. Transtornos Dissociativos: Amnésia Dissociativa, Síndrome de Despersonalização-Desrealização, Transtorno da Fuga e Transtorno de Personalidade Múltipla.
  1. Transtornos do Sono: Hipersonia, Insônia, Pesadelos, Sonambulismo e Terror Noturno.
  1. Transtornos dos Hábitos e dos Impulsos: Cleptomania, Jogo Patológico, Piromania, Transtorno Explosivo Intermitente e Tricotilomania.
  1. Transtornos Emocionais (de Humor): Depressão, Distimia, Manias, Transtorno Bipolar e Transtorno Depressivo Recorrente.
  1. Transtornos Sexuais: Aversão Sexual, Compulsão Sexual, Dispareunia, Ejaculação Precoce, Exibicionismo, Fetichismo, Fetichismo Transvéstico, Frotteurismo, Masoquismo, Orientação Sexual Egodistônica, Pedofilia, Sadismo, Transexualismo, Transtorno da Maturação Sexual, Transtorno de Identidade Sexual na Infância, Vaginismo, Voyerismo.
  1. Transtornos Somatoformes: Hipocondria, Neurastenia e Transtorno de Somatização.

Nota: quem quiser a explicação para cada tipo de transtorno mental deverá buscar o site do Dr. Galeno Alvarenga: http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais

Ilustração: obra do artista Edvard Munch

10 comentaram em “TRANSTORNOS MENTAIS

    1. LuDiasBH Autor do post

      Sandra

      Minha gentil amiga, eu lhe agradeço por sua generosidade.
      Você anda sumida! Como vai a sua saúde? Dê-me notícias.

      Beijos,

      Lu

      Responder
  1. Mário Mendonça

    Prezada Lu Dias

    Creio que podemos incluir uma doença do esgotamento profissional: Síndrome de Burnout!

    Abração

    Mário Mendonça

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      Com certeza! E não é fácil chegar nessa doença, pois seu diagnóstico é muito difícil, por parecer com muitos outros.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  2. Celina Telma Hohmann

    Se há algo que me desperta as mais confusas sensações, é saber que ainda, mesmo com todo conhecimento médico que existe, farmacológico e terapias hoje utilizadas, há uma grande confusão quando tratamos dos transtornos mentais, que, conforme exposto,são inúmeros e têm origem diversas. Com o aparecimento do homem surgiu a loucura. Com exceção dos cachorros loucos, todo o restante dos transtornos mentais, ainda esbarra no estigma do “melhor não contar, esconder, fingir que não existe”, tal qual no início. Sou absurdamente apaixonada por essa maravilhosa, complexa e curiosa condição em que alguns, por algum tempo, motivo ou desgaste, desenvolvem.

    Os termos sempre foram pejorativos e o portador do hoje celebrado transtorno mental, foi deixado à deriva, não por profissionais, que mesmo imbuídos da melhor das intenções, ainda não detinham o conhecimento necessário para tratar um paciente com algum dos transtornos citados. E, sabemos, ainda hoje isso não é fácil de diagnosticar. Pela experiência dos profissionais, esclareceu-se muito do que antes era uma nuvem pesada, escura, quase intransponível. Sempre gostei do tema, e, confesso, dentro dos transtornos citados, acho que me enquadro em pelo menos a metade. Isso é real, pois, conforme comentou a doce Nise da Silveira, psiquiatra alagoana que se deitou sobre o tema, e entregou-se de corpo e alma para que a psiquiatria fosse vista, aceita e respeitada,disse: “gente curada demais é gente chata”. Concordo!

    A grande referência ao tratar o paciente vítima de transtorno mental, considero, com certeza, o trabalho da Doutora Nise! Pequenininha, presa política, passou por tantas que deveria, como é esperado hoje, entrar em parafuso. Não o fez! Lutou, lutou e lutou e implantou o que acho e tenho certeza, foi o melhor dentro do tratamento para os pacientes: a Terapia Ocupacional! Poucos a conhecem profundamente e familiares de quem esteja em crise, jamais saberão o valor que isso tem na vida dessas criaturas! Antes dela, o tratamento era terrível ao que se sabe. O contraditório método Cerletti-Bini – o temível eletrochoque, ou Terapia Eletroconvulsiva – era o horror dos horrores aos olhos de quem não conhecia como era aplicado. Mas que reste claro, ainda há aceitação, mesmo que velada, pois os efeitos são notados, mesmo que à sociedade seja uma tortura! Volto à Doutora Nise e sua arraigada intenção em mostrar que ocupar mãos transformava e transforma mentes! Casos gravíssimos de esquizofrenia, que creio, seja o mais complexo e temido por todos tinha uma resposta muito favorável quando se inclui a atividade recreativa e produtiva nos internos! Não há o que se questionar e nem dou direitos legais a que o façam, pois aí, com certeza, a discussão será extensa e acirrada!

    Fugindo do que cita com muito conhecimento o Doutor Galeno, encontrei espaço para expor ideias do que vejo como péssima solução para os portadores dos distúrbios mentais. Em primeiro lugar, a família Tal qual nos horrendos sanatórios de séculos passados, ainda não compreendem nem aceitam seus entes em seu meio familiar. Melhor tê-los ao largo! Se há exceções? Sim e muitas! Mas nesse muito ainda é pouco! Tal qual em presídios femininos, onde não se vê considerável quantidade de homens em visitas, com o paciente acometido pelo distúrbio, também não há cooperação dos que deveriam lutar por ele.São tão poucos os que os visitam, tão poucos os que os entendem! Raros, cito com conhecimento de causa. Não fui interna, mas fui Terapeuta Ocupacional em hospital psiquiátrico e o maior sofrimento não era ver pessoas em plena crise. Era vê-las deixadas de lado por quem, por amor ou obrigação, deveriam demonstrar que elas têm o mesmo valor que os acometidos por doenças , onde, a presença de pessoas amadas, pode não curar, mas faz um bem danado! É o bálsamo, mesmo que parece não surtir efeito Isso é o escapismo dos que deixam ou deixavam seus familiares em confinamento e os esqueciam por completo!

    Enfim, doutor Galeno, de grande valia sua ilustração e amei tê-lo descoberto, mas estamos caminhando para um já visível aumento dos portadores dos distúrbios mentais. O mundo, com suas mirabolantes novas possibilidades, aumenta a cobrança do ser humano e este, quando não preparado -se é que um dia estará – continuará desafiando a medicina e os nossos limites. E nesta, vamos de psicotrópicos,hoje substituindo as dosagens malucas da insulina usadas lá no passado, do eletrochoque que sugere suplício, e damos aos laboratórios uma grande contribuição financeira, pois sempre descobrem um novo remedinho que nos entorpece e nos faz esquecer do patrão chato, do trânsito maluco, dos juros abusivos, dos casamentos desfeitos, da morte dos que amamos, dos filhos que se drogam com drogas que causam danos, sofrimentos, crimes, da falta de condição financeira para darmos aos filhos o melhor, ou seja, aquele último modelo de celular que hoje , qual pragas, se propagam diariamente e citemos, custam caro e nesse caro nossa expectativa de fazermos os filhos felizes nos fazem ansiosos, incapacitados, insones e por aí vai… Num resumo, pois já fui longe demais: parabéns pelas explicações e vou à cata do seu site, que vislumbro, seja magnífico!

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Miss Celi

      O seu comentário faz toda a diferença, como sempre. Interessou-me muito o seu depoimento sobre os doentes com transtornos mentais e a família. Quando tiver um tempinho, que tal brindar-nos com um texto sobre esse assunto tão importante? E o melhor é que você vivenciou tal situação no seu papel de terapeuta ocupacional. Faça isso quando tiver um tempinho de sobra.

      Abraços,

      Lu

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Márcio

      Este ditado é realmente muito conhecido. E é está cheio de razão. Infelizmente, por falta de conhecimento, o estigma ainda é muito forte em países não muito desenvolvidos. Isso vem da época dos manicômios e sanatórios, instituições que deixaram marcas profundas tanto nas vítimas de transtornos mentais quanto em suas famílias.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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