Turner – VAPOR NUMA TEMPESTADE DE NEVE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Em Turner, a natureza reflete e expressa sempre as emoções do homem. Sentimo-nos pequenos e esmagados em face dos poderes que não podemos controlar, e somos compelidos a admirar o artista que tinha as forças da natureza sob seu domínio. (E.H. Gombrich)

A composição Vapor numa Tempestade é tida como uma das mais ousadas pinturas de Turner, onde ele apresenta um vapor em meio a uma violenta tempestade de neve, representando a luta do homem diante das forças da natureza, bem superiores às dele.

É impossível ter uma ideia de como é o vapor de Turner. Só o que podemos captar dele é que possui um casco escuro e traz uma bandeira, agitando-se no elevado mastro. Temos a sensação de que ele luta desesperadamente, para não soçobrar ante as forças gigantescas da natureza, numa luta desigual, contra um mar enraivecido e uma borrasca sinistra.

O observador não é seduzido por detalhes, ou tragado por uma luz ofuscante e pelas densas sombras da nuvem da tempestade. Sua atenção está direta na batalha que se trava. É quase possível sentir o barulho do vento e a trombada das ondas sobre a embarcação.

Ficha técnica
Ano: 1842
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 91,5 x 122 cm
Localização: Tate Gallery, Londres, Grã-Bretanha

Fontes de pesquisa
A história da arte/ E.H. Gombrich

2 comentaram em “Turner – VAPOR NUMA TEMPESTADE DE NEVE

  1. Juliano

    Eu vejo como uma tempestade interna. Algum momento muito complicado em que Turner estava passando. E ao ver algo relacionado ao que ele sentia no momento, Turner se identificou e resolveu pintar não o que ele via, mas sim o que se passava dentro de si. O casco escuro das dificuldades e a vela clara da esperança.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliano

      Que análise comovente. Pressinto que você é uma pessoa extremamente sensível. Não resta dúvida de que o pintor coloca em sua arte aquilo que lhe aflora os entimentos. Se muitos usam a palavra oral para um desabafo, o pintor usa seus pincéis para botar para fora suas tempestades interna, ou seja, “o casco escuro das dificuldades e a vela clara da esperança.”.

      Amiguinho, sua análise comoveu-me profundamente. Volte mais vezes para falar de arte. Você é especial. Agradeço seu comentário e visita.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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