Comentários sobre: A POESIA CAIPIRA https://virusdaarte.net/a-poesia-caipira/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-poesia-caipira Site brasileiro especializado em arte e cultura Thu, 11 Jan 2018 00:22:01 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.5 Por: Edward Chaddad https://virusdaarte.net/a-poesia-caipira/#comment-37240 Wed, 04 Feb 2015 14:00:11 +0000 http://virusdaarte.net/?p=12228#comment-37240 Querida irmã

Essa nossa infância e adolescência – nossa incrível e maravilhosa família – foi marcada por muito amor, que saltava aos nossos olhos. A família era tudo. E assim eram toda a população. Amavam pais e avós e esses seus filhos, seus netos. Uma união extraordinária, que fazia a vida muito melhor do que é hoje. O avô João foi sinônimo de amor – e era também assim a vó Guiomar. Ele fazia questão de levar-me a passear pelas ruas de Rio Claro – onde moravam – e visitava as casas de amigos e parentes. Tinham orgulho de mostrar-me, seu neto.

O vô J. Triste – embora sem as cordas vocais, que perdeu em virtude de um tumor – conseguia falar com ajuda de todos os demais órgãos do aparelho fonador que lhe restaram, ou seja, os brônquios que expelem o ar, depois a glote – o primeiro obstáculo que o ar encontra, que restou na parte da laringe que lhe restou. Era difícil, mas conseguiu fazer se entender, mesmo com essa deficiência. Falava pela parte que sobrou da faringe. Pelo menos era essa a explicação que me deram na época. Também usava a boca, máxime a língua ao pronunciar, por exemplo, batata, uma das primeiras palavras que conseguiu se expressar. Eu o admirava demais, porque mesmo com essas deficiências conseguia se expressar. Suas palavras eram de muito carinho. Exalava seu espírito. Ele era querido por onde ia. E escrevia poesias e crônicas – estas curtas – onde extravasava todo seu potencial espiritual, tudo aqui que vinha ao seu coração.

Esse texto me foi inspirado pelo que o avô J. Triste representou em minha vida. Ele marcou demais minha existência com momentos de extrema felicidade. Estar ao seu lado, para mim, foram momentos inesquecíveis. Com ele, tomei conhecimento da poesia caipira – declamada e muito em teatros na época, feita com muito carinho e afeto. Esses valores – muito ricos – foram marcantes na vida de todos os seus netos.

Obrigado pelo seu comentário.

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Por: Eliana Pulini https://virusdaarte.net/a-poesia-caipira/#comment-37225 Tue, 03 Feb 2015 19:10:25 +0000 http://virusdaarte.net/?p=12228#comment-37225 Meu querido irmão

Ao ler o seu lindo e precioso texto, veio-me na memória maravilhosas lembranças de minha e da nossa querida infância cheia de alegria e encantamentos! Assim como você bem escreveu em seu texto, que a poesia caipira foi feita basicamente para ser declamada em teatro, festas juninas e até escolares e nela comparece muita beleza, encantando a quem se dirige, que ri, acha engraçado e, às vezes, conforme suas letras, até chora. Em síntese, um potencial artístico maravilhoso… Daí ao reler essa poesia “O Marvado”, de autoria do nosso querido avô João, lembrei-me de quantas vezes a nossa mãe Ruth gostava de declamá-la para nós, com muito orgulho e com aquele jeitinho peculiar, só dela mesmo! Quantas saudades isso me traz e me comove, mas é tão bom, pois esses tempos tão queridos se achegam mais perto de nossos corações e percebo que ainda estou viva e agradeço a você, meu irmão, por isso.

Na simplicidade dos versos de nosso querido avô, e na leitura de seu texto tão lindo… chorei! Admiro-o muito, mesmo! Lembranças a todos meu irmão. Bjos

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Por: Edward Chaddad https://virusdaarte.net/a-poesia-caipira/#comment-34750 Fri, 09 May 2014 20:31:59 +0000 http://virusdaarte.net/?p=12228#comment-34750 Sandra
Esse tipo de poesia era declamado em teatro e até em circo. O ator o fazia, com vestes de caipiras, aqueles que todos conhecemos, com cigarro de palha na boca, chapéu de palha, sapatão velho, roupa rústica. Era pura arte e divertia todos que assistiam à declamação. Tempos lindos que ficaram lá longe, mas ainda muito perto do coração.

Agradeço e muito sua leitura e presença aqui. Gostaria que nos trouxesse textos seus, pois sempre a admirei.

Um forte abraço

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Por: Sandra Aguiar https://virusdaarte.net/a-poesia-caipira/#comment-34743 Fri, 09 May 2014 00:49:34 +0000 http://virusdaarte.net/?p=12228#comment-34743 Edward

Na simplicidade dos versos o recado foi dado.
Arrepender-se em tempo é também coisa de “marvado”.

Grande abraço,

Sandra Aguiar

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Por: Edward Chaddad https://virusdaarte.net/a-poesia-caipira/#comment-34737 Thu, 08 May 2014 22:37:37 +0000 http://virusdaarte.net/?p=12228#comment-34737 Em resposta a Maria Lúcia da Silva Capeli.

Lúcia
Meu avô está tão próximo de mim, como minha alma, meu coração e os sentimentos mais íntimos. Eu o amo, mesmo nesta saudade que me sufoca. Parece que ele não se foi, continua aqui, bem pertinho, tão próximo que posso até vê-lo, sentadinho, ora fazendo poesias em sua máquina de escrever, ora assistindo aos programas de calouros, uma forma simples e singela de se divertir. É muito bom. Minha família, eu os amo todos. Tenho por todos um apego gostoso. Bom mesmo.

Não sou um poeta. Gosto de escrever, amo espalhar palavras que podem construir um mundo melhor, menos violento, com mais compaixão e solidariedade.
Muito obrigado.

Um forte abraço

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