Dispam alguns homens
das medalhas e insígnias,
que lhes enfeitam o peito.
Retirem-lhes seus ternos
elegantes e vistosos, que
os torna tão “perfeitos”.
Distanciem esses seres
do meio daqueles, que
bajulam os tais eleitos.
Deixem-lhes no peito só
o coração bem à mostra,
sempre forte e soberbo.
Extraiam-lhes quaisquer
conhecimentos que lhes
encalacram o intelecto.
Façam uma radiografia
dos arrogantes sujeitos,
tirando-lhes a quixotice.
E, com os olhos da alma,
deem a esses homúnculos
um diagnóstico perfeito.
E haverão de encontrar,
inda em pleno século XXI, o
homem nu de priscas eras,
enrolado em couros crus,
nas suas fétidas cavernas,
sem um laivo de piedade,
com os animais e coa Terra,
embrutecidos e acuados,
apenas feras…
Nota: imagem do filme 2001, Uma Odisseia no Espaço