Boccioni – DINAMISMO DE UM CICLISTA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Umberto Boccioni (1882 – 1916) mudou-se para Roma onde estudou o básico da pintura, ali trabalhando como pintor de cartazes. Juntamente com Gino Severini estudou com o pintor pontilhista Giacomo Balla. Após viajar para Paris e Rússia voltou para Veneza, onde fez aulas de desenho. Conheceu em Milão Filippo Tommaso Marinetti e outros participantes do movimento Futurista, transformando-se no principal teórico do grupo. Também trabalhou com a escultura cubista. Alistou-se para servir a Itália na Primeira Guerra Mundial, morrendo um ano depois, após cair do cavalo durante um treinamento militar.

A pintura intitulada Dinamismo de um Ciclista é obra de Boccioni que tinha por objetivo, como futurista, repassar a noção de velocidade a suas criações. Isso só foi possível após conhecer os planos fragmentados do Cubismo analítico, quando sua obra atingiu uma grande sensação de dinâmica.

Esta composição é parte de uma série de pinturas dedicadas ao “dinamismo”, criadas em 1913 pelo artista. Ao primeiro olhar o quadro parece abstrato, mas aos poucos é possível descobrir o vulto de um homem e de uma bicicleta. A obra também repassa a sensação de que o ciclista encontra-se em alta velocidade.

Uma faixa verde e um traço curvo cor-de-rosa são vistos à esquerda, próximos à borda superior, sugerindo uma paisagem montanhosa, indicativa do passeio do ciclista — uma estrada na montanha. Elas, portanto, dão indícios do panorama topográfico da obra. O artista justapõe as cores: roxo, azul, vermelho, amarelo, laranja e verde. Ao usar cores complementares tão vivas, acaba repassando à composição uma sensação de modernidade e uma noção de luz artificial forte.

O quadro da bicicleta é composto por formas cônicas alongadas em laranja e a linha escura mais fina em ângulos retos. Atrás da bicicleta também são vistas linhas semelhantes, traçadas de maneira mais solta. A roda e seus raios girando velozmente são representados por traços brancos, curtos e circulares, misturados com cinza e índigo. As linhas diagonais criam o ritmo através de padrões e repetições.

A cabeça do ciclista tem a forma de uma curva cônica preta e aponta para a esquerda, oferecendo ao observador uma noção clara de direção. O deslocamento de planos de cor e contrastes estruturais, faz com que a figura se misture com o seu entorno, repassando a ideia de um ciclista movendo-se no espaço e no tempo.

Ficha técnica
Ano: 1913
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 70 cm x 95 cm
Localização: Acervo particular

Fonte de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante

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