Chagall – EU E A MINHA ALDEIA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Haverá sempre crianças que amarão a pureza, apesar do inferno criado pelos
homens. (Chagall)

Linhas, ângulos, triângulos e quadros levaram-me longe por horizontes encantadores.  (Chagall)

Para os cubistas, a pintura era uma superfície coberta com formas em uma determinada ordem. Para mim, a pintura é uma superfície coberta com representações das coisas… Em que a lógica e a ilustração não tem nenhuma importância. (Chagall)

Um gênio dividido como um pêssego. (Blaise Cendrars sobre Chagall)

A composição denominada Eu e Minha Aldeia é uma obra do pintor russo e surrealista Marc Chagall, em que se nota as influências cubistas e flauvistas recebidas por ele. Além de ser a tela mais famosa do artista, é também uma das 50 pinturas mais famosas do mundo e de toda a história da arte. O pintor era um homem sonhador e lírico, sendo suas obras carregadas de magia. Nesta tela, ele adiciona o moderno e o figurativo, com um leve toque de magia.

Chagal tomou um ponto central na tela e, a partir dele, construiu raias, que usou para estruturar sua pintura, sequenciando lembranças de sua vida. Assim estão divididas:

1º – Parte de uma face masculina em perfil, provavelmente representando o pintor, trazendo um colar de contas, com um crucifixo no pescoço. A face verde está em primeiro plano, ocupando grande parte da margem esquerda da composição. Uma linha reta liga seu olho ao da ovelha, em cuja cabeça vê-se uma mulher ordenhando uma ovelha.

2º – Um colorido conjunto de casas ocupa o segundo plano, onde também se encontra uma igreja ortodoxa (o artista era judeu). Duas das casas, uma vermelha e outra verde, estão de ponta cabeça. Uma mulher, também de cabeça para baixo, parece tocar um violino. Já o lavrador, com uma foice no ombro direito, parece caminhar pelos campos russos, pátria do pintor, sempre lembrada em suas pinturas.

Uma árvore, representada por um ramo florido, simboliza a árvore da vida. Os animais também são vistos como uma ligação entre o homem, a natureza e o universo. As formas circulares vistas na pintura lembram o sol,  a lua em eclipse (situada no canto inferior esquerdo) e a Terra.

Nesta composição, que foi pintada um ano após a chegada do artista a Paris, ele traz à tona as lembranças de sua aldeia nativa na Rússia, Vitebsk, onde viveu ao lado de camponeses e animais, como mostra a conexão entre o olho do rosto verde do homem e o da ovelha (ou vaca). Sua pintura é como um conto de fadas rural, onde tudo se mistura, e todos os detalhes são retirados de sua memória.

Ficha técnica
Ano:1911
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 191 x 150,5 cm
Localização: The Museum of Modern Art, Nova Iorque, EUA

Fontes de pesquisa
Chagall/ Taschen
http://www.arquivojudaicope.org.br/2012/images/stories/artigos-publicados/vida_e_obra_de_marc_chagall.pdf
http://www.theartstory.org/artist-chagall-marc.htm
https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.moma.org/collection/works/78984&prev=search

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