Filme – MEIA-NOITE EM PARIS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Apesar de ter muitos de seus filmes passados em Nova York (Estados Unidos), o cineasta Wood Allen que já filmou na Inglaterra (Match Point, Sonho de Cassandra…) e na Espanha (Vicky Cristina Barcelona), agora elegeu como cenário a Cidade Luz – Paris (França).

Meia-Noite em Paris (2011), rodado inteiramente em Paris, é um belíssimo filme de comédia romântica e fantasiosa que enche literalmente os olhos com seu cenário. Embora tenha sido indicado ao Oscar em quatro categorias: melhor direção, melhor filme, melhor direção de arte e melhor roteiro original, o filme acabou levando apenas um Oscar pela última indicação.

A trama conta a história de Gil (Owen Wilson), escritor e roteirista de Hollywood, que venera os grandes escritores americanos e cujo sonho é ser um deles. Apesar de ganhar bem na profissão de roteirista, não se sente realizado. Viaja então para Paris, cidade que ama, com sua noiva Inez (Rachel Mc Adams) e seus pais riquíssimos, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). O futuro sogro vai à cidade para fechar um negócio e não se constrange em mostrar a sua desaprovação pelo futuro marido da filha. Além disso, enquanto Gil cai de amores pela cidade, o trio debocha de tudo, num comportamento bizarro de milionários sem cultura. E, como não poderia deixar de ser, o sensível Gil encontra-se cada vez mais descontente em meio àquela ridícula família. E é ali que seu sonho de se tornar um escritor famoso volta à tona com intensidade.

O mais interessante acontece quando, numa certa noite, após ouvir as doze badaladas de um sino de uma igreja, aproxima-se dele um automóvel antigo. Gil entra e é levado para a Paris dos anos 20, quando ali viviam os escritores Ernest Hemingway (Corey Stoll) e F. Scott Fitzgerald (Tom Hinddestlon) e o compositor Cole Porter (Yves Heck). E a partir desse momento, Gil passa a conhecer diversos pontos da cidade, encontrando os mais diferentes artistas, tais como: Gertrude Stein (Kathy Bates), poeta e escritora, que se oferece para ler o manuscrito de seu romance, Salvador Dalí (Adrien Brody), pintor surrealista, Luis Buñuel (Adrien de Van), cineasta, a quem Gil aventa um roteiro para um filme, Picasso (Marcial di Fonzo Bo) pintor cubista, dono de um mau-humor espantoso, Zelda Fitzgerald (Alison Pill), escritora, Josephine Baker (Sonia Rolland), cantora e dançarina, Paul Guguin (Olivier Rabourdin), pintor, Edgar Degas (François Rostain), entre outros. E, nesses encontros entre artistas, o nosso personagem acaba se apaixonando pela imaginária Adriana (Marion Cotillard), que tinha sido amante dos pintores Modigliani e Braque.

Gil, que até então se encontrava terrivelmente entediado com a presença de sua noiva e os pais dela, agora se vê encantado por se encontrar no meio de tanta gente intelectual e talentosa, pois, todos os dias, à meia-noite, o passeio repete-se, circulando por ateliês e cafés e da cidade. Ele está vivendo na época que mais admira, anos 20, sendo recebido com muito carinho por aquelas pessoas, que o acolhem como se fosse um deles.

A sedutora Adriana acha tudo normal. Para ela, a belle époque, anos 1890, foi a era de ouro de Paris, com seus pintores impressionistas, onde se encontram Edgar Degas e Gauguin, que por sua vez acham que a melhor época foi a Renascença. Ali estão os grandes mestres da história da literatura, das artes plásticas e da música.

O filme mostra que a Idade de Ouro nunca é aquela em que se vive.

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