Géricault – RETRATO DE NEGRO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O sensível pintor francês Jean-Louis-André Théodore Géricault (1791 – 1824), filho do advogado e comerciante Georges Nicolas e de Louise Jean-Marie Carruel, foi um dos mais famosos, autênticos e expressivos artistas do estilo romântico em seu início, na França. Sua mãe era uma mulher inteligente e culta. Desde a infância Géricault demonstrava interesse pelos desenhos e cavalos. A família mudou-se para Paris e sua mãe faleceu quando ele tinha dez anos, deixando-lhe uma renda anual. Na capital francesa o futuro artista tornou-se esportista, elegante e educado, frequentando os ambientes mais sofisticados. Embora seu pai não aprovasse a sua opção pela pintura, um tio materno resolveu o impasse, ao chamar o sobrinho para trabalhar com ele no comércio, mas lhe deixando um bom tempo livre para dedicar-se à pintura.

A composição intitulada Retrato de Negro é também uma das obras do artista que nutria grande solidariedade, preocupação racial e simpatia pelo movimento abolicionista. No período de 1822 a 1823 – dois anos antes de sua morte – ele pintou inúmeros retratos de negros. Pretendia criar uma grande tela evidenciando o tráfico negreiro, voltando o seu foco de pintor humanista para os dramas desses personagens, mas sua morte prematura, aos 32 anos, frustrou seus sonhos.

Géricault, neste retrato – iria fazer parte de sua ambicionada tela sobre o tráfico negreiro –, faz com que, através de suas pinceladas, os olhos do personagem falem. Neles estão contidos suas saudades e o sonho nostálgico, ainda que sem esperança, de um dia saborear a liberdade. A composição repassa uma grande simpatia do pintor pelo retratado.

Ficha técnica
Ano: 1822/1823
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 45 x 37 cm
Localização: Museu Drenon, Châlon-sur-Saône, França

Fontes de pesquisa
Gênios da pintura/ Abril Cultural
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann

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