Jackson Pollock – Nº 5, 1948

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Autoria de Lu Dias Carvalho

polock

No chão encontro-me mais à vontade. Sinto-me mais perto e mais próximo da pintura, pois desta forma posso caminhar ao seu redor, trabalhar dos quatros lados e estar literalmente dentro da pintura. (Jackson Pollock)

Foi o primeiro pintor estadunidense a inovar com uma linguagem gestual, intuitiva, auto-expressiva e abstrata que abriu as portas para outros membros da Escola de Nova York que se seguiram. (David Gariff)

O pintor estadunidense Jackson Pollock (1912-1956) que figura como um dos mais importantes artistas dentro do expressionismo abstrato. Foi aluno de Thomas Hart Benton e trabalhou para o Projeto Federal de Artes da WPA. Durante os anos 30 foi influenciado pelos muralistas mexicanos. Em 1947 ele passou a usar a técnica do “dripping” (gotejamento). Morreu num acidente de automóvel aos 44 anos de idade.

Pollock, com suas pintura de salpicos, é responsável por uma das obras mais caras no mercado das artes – Nº 5, 1948. Esta pintura encontra entre as 50 mais famosas do mundo, sobretudo pela astronômica quantia pela qual foi vendida (140 milhões de dólares) em 2006, para um colecionador, entrando na lista dos quadros mais caros da história da arte.

A gigantesca tela ao ser pintada não foi colocada sobre cavaletes, mas sobre o chão do estúdio do artista, o que lhe permitiu andar em torno dela numa profunda interação com sua obra,  expressando suas mais profundas emoções. Para criar sua composição, feita sem nenhum esboço, desenho ou qualquer outro tipo de preparação anterior, Pollock salpicou tinta sobre a tela. Ao escorrerem, os pingos foram formando traços harmoniosos e entrelaçamentos sobre a superfície. O artista tampouco fez uso de pinceis, mas tão somente de instrumentos incomuns como paus, facas e espátulas. Também usou latas furadas com tinta industrial utilizada na indústria automotiva, escorrendo sobre a tela.

Ainda que se trate de uma obra abstrata, ao mirá-la, o observador tenta dar sentido, ou seja, encontrar algo concreto nessa profusão de cores, linhas e pontos. Embora a maior parte da pintura tenha sido feita ao acaso, há partes que mostram que o pintor trabalhou, buscando certa harmonia. Não existe um ponto focal na pintura, podendo ser olhada de todos os ângulos e, como o artista dizia, não contém “início ou fim”. Pollock não tinha a preocupação de ilustrar o que quer que fosse, mas apenas o desejo de expressar suas emoções, dando vazão ao inconsciente.

Jackson Pollock usava uma técnica conhecida como “dripping” (gotejamento) para criar suas obras. Ela consistia em respingar tintas sobre gigantescas telas. Ele foi um dos pioneiros do movimento artístico chamado expressionismo abstrato, surgido nos Estados Unidos, na década de 1940.

Ficha técnica
Ano: 1948
Técnica: óleo sobre cartão de fibra
Dimensões: 240 x 120 cm
Localização: coleção particular, Nova Iorque, EUA

Fontes de pesquisa
https://digartdigmedia.wordpress.com/…/no-5-1948-de-jackson-pollock/
http://obviousmag.org/archives/2011/01/quanto_vale_uma_obra_de_arte.html

2 comentaram em “Jackson Pollock – Nº 5, 1948

  1. Márcio Almeida

    Assisti a um filme sobre este pintor norte-americano, fiz curso de desenho entre 1996 e 1999 (3 anos). Estudei desenho artístico/publicitário, projetista. Vasculhava coleções (enciclopédias de arte). Meu artista plástico predileto é Bosch (principalmente por causa do “Jardim das Delicias” – parte III – Inferno, nesta obra dele tem de tudo misturado: sagrado,profano) como o teatro ou o Jazz. Ainda mais que sou obcecado por Heavy Metal.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Márcio

      Você é mesmo uma pessoa totalmente voltada para as artes. Também gosto muito do Bosch. Vou lhe enviar uns links de trabalhos dele. Agradeço a sua visita e comentário. Volte mais vezes.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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