Mestres da Pintura – JEAN-FRANÇOIS MILLET

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor realista francês Jean-François Millet (1814 – 1875) era filho de uma próspera família rural da Normandia. Teve suas primeiras aulas sobre pintura em 1834, ainda adolescente, no estúdio dos pintores Paul Dumouchel, Jérome Langlois e Chevreville em Cherbourg. Através de uma bolsa de estudos foi estudar em Paris a orientação do pintor Paul Delaroche. Permaneceu dois anos na Escola de Belas-Artes daquela cidade, estudando os grandes nomes presentes no Louvre. No início de sua carreira o artista fez retratos e pinturas históricas e mitológicas, vindo a trabalhar posteriormente com o tema camponês, retratando a vida diária das pessoas que trabalhavam no campo, para onde se mudou sob a influência dos pintores Théodore Rousseau e Constant Troyon.

Millet foi um dos fundadores da Escola de Barbizon (movimento artístico, acontecido entre os anos de 1830 e 1870, sendo integrado por um grupo de pintores realistas que se fixaram junto ao povoado de Barbizon, numa atitude de oposição ao sistema que vigorava em Paris). O grupo pintava em estilo realístico e criava principalmente paisagens. Através de temas simples e aguçada atenção aos detalhes, os artistas imprimiam realismo às suas obras. Millet, ao lado de Courbet, é tido como um dos principais representantes do realismo europeu, surgido em meados do século XIX em razão de suas pinturas representativas dos trabalhadores rurais. Jean-Baptiste Camille Corot e Charles-François Daubgny também faziam parte do grupo. Juntos compartilharam muitos de seus ideais.

O contato com o campo foi a principal inspiração do artista para as suas inúmeras pinturas rurais. Morando no vilarejo de Barbizon, próximo a Fontainebleau, e após a Revolução de 1848, a sua pintura passou a ter um sentido social e político — aquilo que tanto admirava na obra de Daumier, um exímio desenhista, cujas pinturas foram pouco conhecidas durante sua vida. No ano de 1840, Millet teve um dos seus trabalhos aceito pelos críticos do Salão de Paris. Em 1948 teve sua tela “As Respigadeiras” (ou Os Catadores) também exposta, sendo sua primeira cena camponesa.

Millet casou-se em 1841 com sua primeira mulher Pauline-Virginie Ono, que faleceu poucos anos depois. Em razão da grande família que tinha para sustentar, passou grande parte de sua carreira lutando financeiramente. No final de sua vida, porém, seu talento foi reconhecido, recebendo muitas honras, inclusive foi nomeado membro da Legião de Honra de 1868. Morreu muito jovem, aos 61 anos de idade. Sua pintura alcançou grande popularidade após a sua morte, hoje reconhecido como o precursor do realismo pelas suas representações de trabalhadores rurais.

O artista compôs pinturas memoráveis sobre camponeses em seus trabalhos diários, dentre elas estão: “O Semeador”, “Os Catadores” e “Angelus”. Destacou-se, portanto, por suas imagens realistas nas quais inseria o trabalho rural. Suas obras foram admiradas pelos artistas realistas e pelo ainda jovem Vincent van Gogh, como mostram as primeiras pinturas desse que viria a ser um dos grandes nomes da pintura.

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

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