Mestres da Pintura – PIET MONDRIAN

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Após a Primeira Guerra Mundial, muitos artistas, incluindo Piet Mondrian, acreditaram que a arte abstrata poderia contribuir para com uma sociedade mais harmoniosa, comunicando em uma linguagem universal, visual. (The Art Institute  of Chicago)

O artista Piet Mondrian (1872-1944) nasceu em Amersfoort, uma vila holandesa próxima à cidade de Utrecht. Embora seu pai fosse professor calvinista, dono de costumes austeros, não impôs dificuldades para que o filho ingressasse no mundo da arte. Sua exigência era que ele se diplomasse como professor de desenho. Mondrian passou a estudar em Amsterdam, na Academia de Belas-Artes, onde aprendeu sobre os grandes mestres, visitando museus, sobretudo o Rijkmuseum.

Naquela época, não se tinha a pintura como profissão, assim sendo, durante algum tempo, o artista demonstrou interesse pela teologia e teosofia. Mas tendo concluído seus estudos na Academia de Belas-Artes, passou a pintar incansavelmente.  Sua pintura era clássica, antibarroca e urbana.  Ao visitar a Espanha, não se entusiasmou pelo tipo de pintura que ali encontrou. Contudo, ao visitar Flandres, na Bélgica, situada no norte da Europa, compreendeu que ali se encontravam suas raízes. A cidade medieval de Brabante encantou-o com sua paisagem cheia de misticismo e apuro estético.

Mondrian, aos 37 anos de idade, apresentou suas primeiras obras no Museu Municipal de Amsterdam. A crítica oficial destratou seu trabalho e negou seu talento, excetuando Conrad Kickert, um importante crítico, que preconizou que ele era uma grande figura da arte europeia, saída da Holanda. E ao apoiar o artista, inclusive comprando algumas de suas telas, Kichert ajudou a projetar seu nome como uma contribuição à pintura holandesa, como o foram Rembrandt, Hals e Vermeer. Juntamente com Mondrian, Toorop e Sluyters, Kichert criou o “Comitê Diretor do Círculo de Arte Moderna”, fundado em Amsterdam e, que tinha como objetivo organizar exposições, projetando artistas e movimentos de vanguarda de todo o continente europeu. Por ali passaram nomes como Cézanne, Braque, Gauguin, Léger, etc.

Em 1911, Mondrian foi morar em Paris, período em que travou contato com os cubistas e envolveu-se com o cubismo. Ao visitar o pai, enfermo na Holanda, foi obrigado a ali permanecer, surpreendido com a eclosão da Primeira Guerra Mundial. Continuou pintando e buscando a ansiada “abstração pura”. O fato de continuar interessado pela teosofia fez com que alguns críticos acreditassem que o termo “neoplasticismo”, criado por ele para denominar sua pintura, tivesse origem na concepção místico-religiosa dos teosofistas, que ele tanto apreciava. Durante o período da guerra, Mondrian travou amizade com o crítico Theo van Doesburg, com quem, juntamente com outros artistas, fundou a revista “De Stijl” (O Estilo). Mas rompeu com o grupo após a inclusão da diagonal, o que para ele fazia perder a imutabilidade estática, conseguida através de verticais e horizontais estáveis.

Ao retornar a Paris, o artista, para superar as dificuldades financeiras, pintou flores em quadros fotograficamente figurativos, sem deixar de lado sua teoria – o neoplasticismo, que passou a ganhar espaço cada vez maior. Em razão dos perigos de uma nova guerra, ele partiu para a Inglaterra e, dois anos depois, foi para os Estados Unidos, de onde jamais sairia. Avesso a exposições individuais, Mondrian concordou em fazer uma mostra na Galeria Valentim Dudensing, em Nova York, em 1942.

No início de sua carreira, o artista começou a pintar paisagens pastorais, bem simples, originárias de seu país, mas suas pinturas foram evoluindo, a partir dessas ideias artísticas, até encontrar a mais completa abstração. Ele foi membro do movimento holandês “De Stijl” desde o seu início, em 1917. No início da década de 1920, em conformidade com a prática desse movimento, o artista limitou suas composições por linhas horizontais e verticais pretas, muitas vezes dividindo blocos subsidiários de cores primárias individuais.

Piet Mondrian morreu em 1944, vitimado por uma pneumonia mal curada. O seu sepultamento foi presenciando por grandes nomes da arte.

Fontes de pesquisa
Gênios da pintura/ Abril Cultural
https://www.guggenheim.org/artwork/3052
http://www.artic.edu/aic/collections/artwork/65821

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