Michelangelo – A BARCA DE CARONTE

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

Autoria de Lu Dias Carvalho

abarcaront

A composição denominada A Barca de Caronte é um pormenor da pintura Juízo Final, obra do pintor italiano Michelangelo Buonarroti.

Na pintura, o barqueiro Caronte, enfurecido e ajudado por seres diabólicos, expulsa as almas não capacitadas para a travessia, com o seu remo. Elas são jogadas à porta do mundo infernal, onde se encontra Minos, o Juiz dos Mortos, responsável por ouvir suas confissões. Ele traz uma serpente enrolada ao corpo. É possível observar o horror estampado no rosto das  almas.

Segundo a mitologia grega, Caronte, filho de Nix, a Noite, era o barqueiro de Hades (Plutão), deus do mundo inferior e dos mortos, cujo reino situava-se nas profundezas da Terra, sendo também conhecido por Hades.

Tal tarefa nada lisonjeira de levar as almas dos que morriam em seu barco para atravessar o rio Estige e o Aqueronte, responsáveis por separar o mundo dos vivos do mundo dos mortos, coube ao barqueiro, em razão de um castigo que lhe foi aplicado por Zeus, quando ele tentou afanar a Caixa de Pandora.

Apesar de velho e macilento, Caronte possuía uma energia inimaginável. Sua barca estava sempre cheia, com ele sozinho ao remo, conduzindo as almas. Carregava desde mortais comuns a heróis. Era também quem determinava os que deveriam embarcar ou não. As escolhidas eram as almas que passaram pelos ritos fúnebres. E aos infelizes, que não tinham como pagar sua passagem, ou cujos corpos não foram enterrados (mortos em tempestades, por exemplo), cabia a triste sina de perambular, durante cem anos, pelas margens de tais rios. Havia uma tradição na Grécia antiga que era a de colocar na boca do morto uma moeda, para pagar ao barqueiro a travessia.

Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *