QUAL É O SEU QI?

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Quem não se lembra dos famosos testes de QI (Quociente Intelectual) que tanto podiam colocar um candidato a um bom emprego no ápice da glória, como jogá-lo no submundo da desesperança? Pois é, isso agora faz parte do século passado. A inteligência humana não pode ser medida através de simples testes, pois se comprovou que ela é a soma de inúmeros fatores emocionais, afetivos, instintivos, corporais, etc, como comprova a neurociência, área que vem revolucionando o conhecimento sobre o funcionamento do cérebro humano.

Atualmente, sabe-se que não adianta o responsável por um cargo alto, onde terá que lidar com pessoas, ser dono de uma capacidade racional de fazer inveja, mas que seja pouco dotado de inteligência emocional. Certamente o resultado de seu trabalho será desastroso. Não adianta cognição sem emoção. Para medir a inteligência de alguém se torna necessária a aplicação de vários e detalhados testes, englobando as mais diferentes áreas. Muitas empresas davam com os burros n’água, ao escolherem seus altos funcionários apenas com base no antigo teste de QI, sem levar em conta a capacidade de se comunicar, dentre outras.

Sabe-se hoje que a inteligência é a mistura de uma gama de capacidades como saber gerenciar as próprias emoções, controlar os impulsos, trabalhar os estados da alma, motivar a si mesmo, ser empático, ou seja, saber se colocar no lugar do outro, etc. Capacidades essas negligenciadas no antigo teste de QI.

O psicólogo norte-americano, Howard Gardner, criou a teoria das inteligências múltiplas, identificando-as como:

  • linguística – habilidade para usar a linguagem no trato com outrem, estimulando ou transmitindo ideias;
  • lógica-matemática – habilidade para lidar com o raciocínio, reconhecendo e resolvendo problemas;
  • espacial – capacidade para compreender o mundo visual e espacialmente;
  • corporal-cinestésica – habilidade para solucionar problemas, ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo;
  • interpessoal – habilidade para conviver com as pessoas, entendendo e respondendo adequadamente a seus humores, temperamentos, motivações e desafios.
  • intrapessoal – habilidade de conviver bem consigo mesmo, acessando os próprios sentimentos, sonhos e ideias, e usando-os na solução de problemas pessoais;
  • música.

Segundo Gardner, as pessoas possuem graus diferentes de cada uma dessas formas de inteligência e, também, maneiras diferentes de interação entre elas, levando em contar a genética de cada uma, assim como seus substratos neuroanatômicos. E, embora tais formas de inteligência sejam, até certo ponto, interdependentes entre si, raramente agem isoladamente.

Por que os testes de QI caíram em desuso? Porque as inteligências são muitas, sendo a interação entre elas o que torna uma pessoa inteligente. O mais importante é que elas podem ser expandidas se “treinadas”, pois, quanto mais se pratica, mais nossas habilidades potencializam-se. Nossa mente possui poderes praticamente ilimitados e todo o seu potencial continua desconhecido, sendo usada apenas uma ínfima parte dela.

Fonte de pesquisa
http://www.brasil247.com/ Oásis

(*) Imagem copiada de www.portaldosal.com.br

12 comentaram em “QUAL É O SEU QI?

  1. patrícia

    Lembro-me bem destes testes de QI. Como as pessoas eram discriminadas.
    Viva a evolução e o bom senso.

    Bjos.

    Responder
  2. Edward Chaddad

    LuDias

    Somos um todo.
    Isoladamente, o teste de QI é apenas um indício do que somos.
    Por vezes, alto QIs não levam a nada, mesmo porque não há determinação. E essa qualidade é essencial para fazer valer a inteligência, o que nos leva a entender que vencer, ser alguém na vida, ter mesmo um relativo sucesso, irá depender da nossa vontade, dela sendo dirigida pela nossa massa cinzenta para o objetivo determinado.

    Conheci pessoas super-inteligentes, imaginei-as gênios, porém nada acrescentaram ao mundo a não ser suas presenças existenciais, sem integrarem a massa do progresso, sem se constituírem um pedaço de vida que contribui para que o mundo fosse melhor, para que a humanidade tivesse uma elevação de vida. Fizeram seu trabalho modesto, nem tentaram rumos mais altos. Cumpriram tabela. Trabalharam modestamente, comeram, dormiram, gozaram dos prazeres da vida, viveram seus dias quase que ignorados pela falta total de vontade de serem pessoas mais importantes para o mundo.

    Seu texto está excelente e nos leva, assim, a uma reflexão mais intensa sobre este tema. Não basta ser inteligente. Temos que ter conhecimento. Não basta ter conhecimentos, temos que participar, compartilhar, aprender e ensinar, todos juntos para que possamos ter um mundo melhor e um lugar especial, muito especial para todos nós.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Ed

      Também acredito que a nossa força de vontade faz toda a diferença.
      Não adianta ter um dom para isso ou aquilo e dele não fazer uso.
      Os obstáculos são são vencidos quando há empenho.
      Concordo plenamente com você.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  3. Glaucia M. S. Pinheiro

    Oi, Lu.
    A neurociência vem realmente fazendo várias descobertas importantes sobre o cérebro, mas o que realmente importa é a nossa capacidade de pensar e mudar. O grande embuste dos testes de QI é pensar o ser humano em habilidades específicas e decodificáveis. Somos muito mais do que isso.
    Pertencemos a uma família com uma história que nos completa e que faz parte da nossa formação como pessoas inteiras e não como partes de um conjunto de habilidades quantificadas e bem rotuladas.

    A ciência só tem sentido se for humanizada e nossos sentimentos não podem ser catalogados para verificação. O cérebro é muito mais que massa encefálica, exatamente por isso, a vida é interessante.

    Pensar em números ou numa ciência exata sobre seres humanos pode trazer um certo alívio, pois nos dá a falsa impressão de controle. É uma falácia, a história da humanidade tem demonstrado isso.

    Bjs

    , Glaucia.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Gláucia

      Fico aqui pensando no número de injustiçados com o tal teste de QI.
      Realmente, nós somos o resultado de uma soma bem complexa.
      E muitos desses elementos não dizem respeito ao nosso querer.
      Eles nos são impostos pela genética, pela cultura, etc.

      Excelente o seu comentário.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  4. Matê

    Grande verdade, Lu.Conheço dois exemplos.Pessoas
    brilhantes, super dotadas.Mas “intratáveis”no campo
    da atuação.Pelo temperamento forte,não conseguem
    agregar as pessoas menos “brilhantes” ao seu redor.
    São desajustados.Uma pena, lhes falta algo além do
    brilho acadêmico.
    Beijos
    Matê

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Matê

      Não resta dúvida de que as pessoas que possuem capacidade de empatia são as que mais agregam outras, além de possuírem maior rendimento no que fazem.
      O teste do QI era mesmo um embuste.

      Beijos,

      Lu

      Responder

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