Rubens – PAISAGEM COM ARCO-ÍRIS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição Paisagem com Arco-Íris é uma obra do pintor flamengo Peter Paul Rubens, um dos mestres do estilo barroco que em seu trabalho dava ênfase ao movimento, à cor e à sensualidade. Este tipo de representação era muito comum na cidade de Antuérpia durante a infância do pintor, estando ele familiarizado com tal gênero, sem falar no seu trabalho com Jan Bruegel, — denominado “Bruegel dos Veludos” — um dos mais importantes paisagistas da época.

A paisagem retrata uma tarde de fim de verão na propriedade do artista, estando aí presentes inúmeros elementos. À direita em primeiro plano vê-se um grupo de patos que se refresca no riacho. Um pouco mais adiante, também em primeiro plano, algumas reses estão sendo direcionadas para casa, provavelmente pelo homem que se encontra entre as duas mulheres na estrada. Ele se dirige à leiteira que usa uma vestimenta branca e azul, carrega um cântaro na cabeça e um balaio no braço. Ao seu lado está outra mulher, usando blusa vermelha e saia branca, que conversa com o homem que segue em direção contrária, levando uma carroça. Próximo ao grupo um rapaz pesca no riacho, mas com a cabeça voltada para o observador.

À esquerda, debaixo de duas compridas árvores, camponeses trabalham com três montes de feno, sendo que uma escada leva-os ao cimo. Uma carroça já se encontra carregada. Um imenso arco-íris ocupa grande extensão da parte superior do quadro, unindo o lado direito ao esquerdo. Um bosque escuro estende-se à direita, enquanto uma amplidão de terras iluminadas pelo sol poente espalha-se à esquerda. Para os que viveram na Europa do século XVII, o arco-íris possui uma simbologia religiosa: representava a aliança firmada entre Deus e a espécie humana após o dilúvio, senso que a colheita simbolizava a recompensa aos que usavam as mãos para executar o trabalho. Mas será que o artista estava pensando nisso?

Rubens pintou esta paisagem após comprar o castelo de Het Steen, situado entre Bruxelas e Antuérpia. Trata-se de uma reconstrução artística imaginária de sua propriedade, vista como um lugar idílico. Suas paisagens tardias aproximam-no do espírito de Ticiano. Esta  pintura faz parte das obras do final de sua vida.

Ficha técnica
Ano: c. 1636
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 945 x 125 cm
Localização: Pinacoteca de Munique, Alemanha

 Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Könemannhttp://www.wga.hu/html_m/r/rubens/5landsca/16landsc.html

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