Autoria de LuDiasBH 
Só mente!
Só mente!
Só mente!
Você sempre diz me amar,
mas nunca me deu uma flor,
estou tão amarga e tristinha,
perdidinha por seu amor.
Cê mente!
Cê mente!
Cê mente!
Você me falou de ternura
e eu, panaca, acreditei. Ora,
colho um buquê de mentira.
Como cê mente, criatura!
Sê mente!
Sê mente!
Sê mente!
A paixão debilita o corpo,
porém, enriquece a alma.
Ainda duvido da questão:
sê mente ou coração.
Semente!
Semente!
Semente!
O que aqui se planta, colhe,
já diz um provérbio popular.
Cuidado com suas palavras,
pois a semente irá brotar.
Somente!
Somente!
Somente!
Somente, ó frágil semente,
prefira a razão ao filosofar.
Se cê mente pra si mesma,
acaba em lenha de rachar.
Sê mente!
Semente!
Cê mente!
Somente!
Só mente!
Viva o dia da mentira!
Laralilalá
Nossa Lu, que mente! Torna sensível até um demente, como eu!
Recado do Hely Pamplona
Oi, Lu, adorei, que gracinha!
Beijos
Oi, Rose!
Que bom que você gostou!
Beijos,
Lu
Lu
Você soube trabalhar bem o jogo de palavras!
Muito bom!
Lu Dias
Ouro dia tu brincaste com as palavras. O que tu achas disso?
A implosão da mentira
Mentiram-me. Mentiram-me ontem
e hoje mentem novamente. Mentem
de corpo e alma, completamente.
E mentem de maneira tão pungente
que acho que mentem sinceramente.
Mentem, sobretudo, impune/mente.
Não mentem tristes. Alegremente
mentem. Mentem tão nacional/mente
que acham que mentindo história afora
vão enganar a morte eterna/mente.
Mentem. Mentem e calam. Mas suas frases
falam. E desfilam de tal modo nuas
que mesmo um cego pode ver
a verdade em trapos pelas ruas.
Sei que a verdade é difícil
e para alguns é cara e escura.
Mas não se chega à verdade
pela mentira, nem à democracia
pela ditadura.
Fragmento 2
Evidente/mente a crer
nos que me mentem
uma flor nasceu em Hiroshima
e em Auschwitz havia um circo
permanente.
Mentem. Mentem caricaturalmente.
Mentem como a careca
mente ao pente,
mentem como a dentadura
mente ao dente,
mentem como a carroça
à besta em frente,
mentem como a doença
ao doente,
mentem clara/mente
como o espelho transparente.
Mentem deslavadamente,
como nenhuma lavadeira mente
ao ver a nódoa sobre o linho. Mentem
com a cara limpa e nas mãos
o sangue quente. Mentem
ardente/mente como um doente
em seus instantes de febre. Mentem
fabulosa/mente como o caçador que quer passar
gato por lebre. E nessa trilha de mentiras
a caça é que caça o caçador
com a armadilha.
E assim cada qual
mente industrial/mente,
mente partidária/mente,
mente incivil/mente,
mente tropical/mente,
mente incontinente/mente,
mente hereditária/mente,
mente, mente, mente.
E de tanto mentir tão brava/mente
constroem um país
de mentira
diária/mente.
De: Affonso Romano de Sant’Anna (publicado no GGN)
Mário
O Afonso Romano tem toda a razão.
A mentira permeia a humanidade, em todas áreas e em todos os campos e em todo o mundo. Em uns lugares mais do que outros, é verdade.
Abraços,
Lu
Ei Lu!
Um poema divertido onde semente, cê mente e se mente e somente mentira.
Lindo
Beijos
Pat
Haja mentira neste mundo velho de meu Deus.
Vixe Maria!
Beijos,
Lu
Linda! Saudades prima!
Beijos,
Reini
Reini
Também estou com saudades de seus sábios comentários.
Beijos,
Lu
Você é mesmo uma flor. Qual flor seria? Pode escolher.
Hila
Eu amo todas elas, mas tenho paixão pelas florzinhas do campo.
São pequeninhas, mas resistentes.
Abraços,
Lu
Lu Dias
Brincou bem com as palavras e o Sen Ti Men To… heim?
Parabéns
Mário Mendonça
Mário
É preciso alegrar o primeiro de abril num país onde inexiste mentira.
Pega na mentira!… risos
Abraços,
Lu
Oi, Lu!
Que gracinha de poema! Adoro tudo que você escreve.
Beijinhos carinhosos
Ana Beatriz
Cê mente? Tomara que não!
Jure dizer somente a verdade, nada mais que a verdade.
E adoro sua presença aqui.
Obrigada pelo carinho,
Lu
Gosto porque gosto deste singelo blog, gosto porque gosto de você Lu Dias, que sem nem se dar conta, faz o meu dia mais feliz…
Beijo no seu coração,
Analuz
Ana
Hoje estou com medo de ouvir coisas tão lindas.
Será que estou sonhando?
Ou estão se vingando de minha mentira?
Que alegria saber que posso tornar o dia de alguém mais feliz.
Este é o presente mais valioso que já recebi.
Continue aqui, neste cantinho, pois ele já é parte de sua casa.
Beijos,
Lu
Depois deste poema, minha deusa, nunca mais me chame de seu guru: as nossas posições estão invertidas.
Minha guru, seu poema, pela simplicidade (que inveja!), pela profundidade (que me mostrou o fundo do fundo) e pela plasticidade (que me levou a espaços que jamais habitei e foi meu cicerone, minha luz) também me conduziu ao imponderável.
Sutileza no jogo de palavras. Compreensão do senso dos contrastes. Posicionamento do parco ao sublime. Eis tudo de que o poeta carece e aí há em excesso.
Obrigado, querida, pelo poema.
PP
Ainda bem que se comemora hoje o dia da mentira, pois jamais poderia ser isso tudo que você falou, meu mestre. Cê mente! Cê mente! Cê mente! Está se vingando de minha mentira.
Por favor, amanhã, diga-me que é verdade, somente, somente, somente verdade!
Beijo grande,
Lu
Puxa, que criatividade!
Só mesmo da cabeça de poeta poderia brotar tão bem-humorado presente.
Abração da
Matê
MaTê
Nada como uma brincadeirinha no dia 1º de abril.
Beijos,
Lu
Adoro este blog! 🙂
Rogério
E este blog adora a sua presença aqui.
Como é bom saber que nossos leitores amam este cantinho.
Ou cê mente?… risos
Abraços,
Lu
Que delicinha de poema! (é verdade, fia!) 🙂
Grande beijo,
Cris
Cris
Cê mente!
Somente fiz uma brincadeira no dia da mentira… risos.
Beijos,
Lu