Figuras negras singram o deserto,
escanchadas em seus fiéis camelos.
Deixam de fora as mãos ressecadas,
e os olhos negros perdidos na areia.
As dunas encobertas pela luz do sol,
São as bailarinas da paisagem quente.
Dançam mudando de passo, lá longe,
bem além do horizonte que fascina.
A cáfila de dóceis e bons navegantes,
segue serena sem mudar sua cadência,
pisando firme sobre o tapume de areia,
numa submissão útil e sem urgência.
Os paredões de poeira, vez ou outra,
erguem-se rudes, revoltos e afobados,
fazendo descontinuar a obediente nau,
no exaustivo e poeirento traslado.
Poucos homens conhecem aquela rota.
Só os destemidos timoneiros do deserto,
navegam espertos em meio à areia seca,
reverberando seu amparo à frota.
Veem-se bem ao longe agulhas verdes,
perdidas na vasta imensidão sem trégua,
onde os viajores e os camelos sedentos
procuram por um oásis à cata de água.
A noite chega com seu véu de negrume.
O céu fica salpicado de iriantes estrelas.
A temperatura cai cruelmente no deserto.
Tuaregues e camelos repousam na areia.
LuDias
Lindos versos, mostrando a sobrevivência e força de viver deste homens do deserto.
Também fiz uma poesia, inspirada em outro texto de sua autoria feito em prosa, sobre os Tuaregues.
Mais para frente, vou publicá-la.
Abraços
Ed
Estarei aguardando.
Abraços,
Lu
Lu,como você lindamente descreve no seu poema, a vida dos tuaregues não é fácil. Ora vivem sob o rigor do calor do deserto, ora sob o rigor das baixíssimas temperaturas. Gente corajosa.
Beijos
Moacyr
Moá
Os tuaregues são povos muito corajosos, para viverem numa região tão inóspita.
E o pior é que vem perdendo suas terras, que se situam em vários países, para o capital.
Nas cidades, eles não sabem o que fazer.
Abraços,
Lu