![\"Ru\"](\"http:\/\/virusdaarte.net\/wp-content\/uploads\/2014\/02\/Ru.png\")
<\/a><\/p>\nA composi\u00e7\u00e3o O Jardim do Amor, <\/i>obra do pintor Peter Paul Rubens, reflete a sua felicidade depois de, aos 53 anos de idade, vi\u00favo, casar-se com uma garota de 16 anos. N\u00e3o \u00e9 \u00e0 toa que tantos querubins esvoa\u00e7am pela tela, pintada logo ap\u00f3s o casamento do artista franc\u00eas. Ao contr\u00e1rio da maioria das obras de Rubens O Jardim do Amor <\/i>que tamb\u00e9m foi conhecida como A Corte dos Prazeres de V\u00eanus,<\/i> n\u00e3o foi feita sob encomenda, mas para o deleite do pr\u00f3prio pintor que recupera a sua alegria existencial ao lado de sua nova e graciosa mulher.<\/p>\n
A composi\u00e7\u00e3o retrata o modo de viver dos ricos da \u00e9poca. A cena \u00e9 ambientada num jardim. \u00c0 esquerda da tela um mancebo enla\u00e7a sua companheira loira pela cintura, tentando convenc\u00ea-la de algo ou est\u00e3o a dan\u00e7ar. E \u00e0 direita um casal suntuosamente vestido desce as escadas em dire\u00e7\u00e3o ao grupo de amigos. No centro do quadro um grupo animado de quatro mulheres \u2014 tamb\u00e9m ricamente vestidas \u2014 ouve as can\u00e7\u00f5es do tocador de ala\u00fade. Para alguns Helene, a nova esposa de Rubens, \u00e9 a mulher de azul que se abaixa levemente, tentando tocar o querubim.<\/p>\n
As mulheres est\u00e3o vestidas de acordo com a moda francesa da \u00e9poca: vestidos longos e rodados, com amplos decotes que deixam \u00e0 vista grande parte dos ombros e do colo. A presen\u00e7a de espadas na composi\u00e7\u00e3o indica que os personagens pertencem \u00e0 nobreza ou \u00e0 aristocracia. In\u00fameros querubins \u2014 todos nus \u2014 nas mais diferentes posi\u00e7\u00f5es adejam em volta do grupo. Um deles empurra um casal; outro se encontra no colo de uma mulher; outro espalha flores; outros parecem participar da conversa; e muitos deles voam numa imensa alegria.<\/p>\n
De acordo com os historiadores todos os personagens femininos presentes na composi\u00e7\u00e3o s\u00e3o parecidos com a nova esposa do pintor: nariz reto, olhos meio protuberantes e cabelos aloirados. O que leva a crer que o artista pintou sua esposa na companhia de suas irm\u00e3s. Os personagens masculinos tamb\u00e9m s\u00e3o muito parecidos e trazem as mesmas caracter\u00edsticas do artista, ou seja, na composi\u00e7\u00e3o Rubens faz uma homenagem a si e a sua esposa, embora \u00e0 \u00e9poca, ele se mostrasse bem mais velho do que aparenta na pintura.<\/p>\n
No canto superior direito h\u00e1 uma fonte, sendo que a \u00e1gua desce do peito da deusa V\u00eanus que por sua vez encontra-se montada num golfinho. Ela \u00e9 o s\u00edmbolo da fertilidade e o animal simboliza os jogos de amor incans\u00e1veis. O escudo visto na varanda tamb\u00e9m simboliza V\u00eanus e os anjos \u2014 tidos como irm\u00e3os de Cupido \u2014 s\u00e3o tamb\u00e9m filhos da deusa.<\/p>\n
Certos historiadores acreditam que na composi\u00e7\u00e3o O Jardim do Amor<\/i>, o pintor mostra a transforma\u00e7\u00e3o de sua esposa Helene de menina para noiva, esposa e m\u00e3e. Baseando-se nessa suposi\u00e7\u00e3o, eles deduzem que assim se desenrola o ciclo das mudan\u00e7as:<\/p>\n Acreditam tamb\u00e9m que as tr\u00eas mulheres no centro do quadro seriam uma representa\u00e7\u00e3o das tr\u00eas formas de amor: o apaixonado, o sereno e o maternal que \u00e9 aquele que traz o Cupido no colo.<\/p>\n O argumento de que a composi\u00e7\u00e3o baseia-se numa ode ao amor est\u00e1: na presen\u00e7a dos anjinhos com pombos que simbolizam o amor conjugal; a tocha de Himenau que \u00e9 o deus do casamento; as flores nupciais; a presen\u00e7a do c\u00e3ozinho ao lado do casal que desce as escadas e que simboliza a fidelidade; e o pav\u00e3o (do qual s\u00f3 se v\u00ea s\u00f3 o pesco\u00e7o, logo acima do personagem com capa vermelha) que simboliza a deusa Juno \u2014 protetora do casamento.<\/p>\n Curiosidades: Os jardins eram muito importantes no s\u00e9culo XVII, pois refletiam o status social de seus propriet\u00e1rios. Havia quatro tipos de jardins, de acordo com a classe social do dono:<\/p>\n As pessoas consideravam bela e atraente apenas a natureza domesticada, por isso, os jardins eram repletos de fontes, balaustradas, est\u00e1tuas e grutas artificiais. Ali as pessoas passavam grande parte de seu tempo, principalmente os enamorados \u2014 ocasi\u00e3o em que podiam ter mais privacidade. Os jardins tamb\u00e9m eram palcos para os piqueniques, serenatas e jogos pastorais.<\/p>\n Ficha t\u00e9cnica Fontes de pesquisa Views: 38<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Autoria de Lu Dias Carvalho A composi\u00e7\u00e3o O Jardim do Amor, obra do pintor Peter Paul Rubens, reflete a sua felicidade depois de, aos 53 anos de idade, vi\u00favo, casar-se com uma garota de 16 anos. N\u00e3o \u00e9 \u00e0 toa que tantos querubins esvoa\u00e7am pela tela, pintada logo ap\u00f3s o casamento do artista franc\u00eas. Ao […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/10669"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=10669"}],"version-history":[{"count":11,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/10669\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46070,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/10669\/revisions\/46070"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=10669"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=10669"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=10669"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}\n
\n<\/span>Na \u00e9poca em que este quadro foi pintado, o ideal feminino exigia que as mulheres fossem gordas, ou seja, tivessem formas arredondadas, um pesco\u00e7o forte, peitos bem avantajados, m\u00e3os brancas, cabelos abundantes e encaracolados, sendo o loiro cinza a cor preferida das madeixas. Mostrar os ossos n\u00e3o era de bom tom.<\/p>\n\n
\n<\/span>Ano: 1632\/1634
\nDimens\u00f5es: 198 x 283 cm
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu do Prado, Madri, Espanha<\/p>\n
\n<\/span>Enciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador
\nLos secretos de las obras de arte\/ Taschen
\nRubens\/ Abril Cole\u00e7\u00f5es<\/p>\n