{"id":1157,"date":"2013-02-26T15:59:18","date_gmt":"2013-02-26T18:59:18","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=1157"},"modified":"2022-07-26T12:17:12","modified_gmt":"2022-07-26T15:17:12","slug":"a-internet-transforma-o-mundo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/a-internet-transforma-o-mundo\/","title":{"rendered":"A INTERNET TRANSFORMA O MUNDO"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/strong>
\n<\/b><\/p>\n

\"plater\"<\/a><\/i><\/b><\/p>\n

Os jovens, al\u00e9m de numerosos, s\u00e3o a gera\u00e7\u00e3o mais bem instru\u00edda da hist\u00f3ria, e a tecnologia lhes permite saber o que est\u00e1 acontecendo, distribuir informa\u00e7\u00e3o e organizar respostas coletivas<\/i><\/b>. A falta de emprego para os jovens de hoje pode jogar o mundo numa radicaliza\u00e7\u00e3o parecida como a que agitou a d\u00e9cada de 60<\/i>. (Don Tapscott).<\/i><\/b><\/p>\n

A exist\u00eancia da rede Avaaz<\/i> \u00e9 uma prova inquestion\u00e1vel de que a internet \u00e9 a maior respons\u00e1vel pela colabora\u00e7\u00e3o entre as pessoas das mais diversas partes do planeta, numa rapidez impens\u00e1vel, imposs\u00edvel de ser imaginada at\u00e9 h\u00e1 pouco tempo atr\u00e1s.<\/p>\n

Para quem n\u00e3o sabe, a comunidade Avaaz <\/i>(que significa \u201cvoz\u201d e \u201ccan\u00e7\u00e3o\u201d em v\u00e1rias l\u00ednguas) \u00e9 composta por pessoas comuns, sendo tamb\u00e9m financiada por elas. N\u00e3o aceita financiamento de governos ou empresas. \u00c9 uma rede de campanhas globais, mobilizada para garantir que os valores e vis\u00f5es da sociedade civil global influenciem pol\u00edticas internacionais. Ser\u00e1 que sem a exist\u00eancia da internet<\/i>, comunidades como a Avaaz poderiam existir? Presumo que sim, mas sem garantir o sucesso de sua empreitada, que mobiliza o planeta em quest\u00e3o de horas.<\/p>\n

O escritor canadense Don Tapscott<\/i> atinge a ess\u00eancia da nova tecnologia ao dizer que n\u00e3o vivemos na era da informa\u00e7\u00e3o, mas na era da colabora\u00e7\u00e3o e da intelig\u00eancia conectada, fun\u00e7\u00e3o principal da rede que vem revolucionando a hist\u00f3ria humana, numa velocidade imposs\u00edvel de ser prevista. \u00c9 poss\u00edvel ver isso, ainda que numa escala menor, na hist\u00f3ria da inven\u00e7\u00e3o da prensa m\u00f3vel de Gutenberg que fez com que o conhecimento, antes privil\u00e9gio dos oligop\u00f3lios, fosse democratizado. Acontecimento que mexeu com a estrutura da Igreja Cat\u00f3lica, monarquias e outros poderes da \u00e9poca.<\/p>\n

Antes da prensa m\u00f3vel de Gutenberg, muito conhecimento j\u00e1 havia sido produzido e registrado, mas era privil\u00e9gio de uma minoria. A imprensa chega e d\u00e1 as chaves do acesso a ele. A internet<\/i>, por\u00e9m, faz muito mais do que isso, pois al\u00e9m de nos transformar em editores, ela nos d\u00e1 acesso ao conhecimento fresquinho, contido na mente de outras pessoas, n\u00e3o importando que l\u00edngua \u00a0elas falem ou em que parte do mundo estejam. Esta \u00e9 a mais fant\u00e1stica de todas as revolu\u00e7\u00f5es vividas pela humanidade at\u00e9 os dias de hoje.<\/p>\n

A caracter\u00edstica central da sociedade industrial, diz Don Tapscott<\/i>, \u00e9 que as coisas come\u00e7am sempre com um<\/i> (aquele que domina o saber) e chega aos outros<\/i> (que n\u00e3o disp\u00f5em do saber). Tudo \u00e9 feito para a massa, mas sem a participa\u00e7\u00e3o dela. A matem\u00e1tica usada \u00e9 de um para o resto. Aquele que tem conhecimento faz e repassa para os outros que n\u00e3o t\u00eam. O professor tem conhecimento e repassa para os alunos que n\u00e3o o t\u00eam. O m\u00e9dico tem o conhecimento e os outros s\u00e3o pacientes porque n\u00e3o o t\u00eam. Os eleitores votam, mas apenas o seu escolhido governa, e assim por diante, com o fluxo sempre partindo de um<\/i> para muitos<\/i>.<\/p>\n

Na sociedade p\u00f3s-industrial, o conhecimento passa a ser transmitido de um para um<\/i> ou de muitos para muitos<\/i>. A massa n\u00e3o \u00e9 mais passiva, ela interage, colabora e constr\u00f3i, usando como ve\u00edculo a intelig\u00eancia da rede. O esp\u00edrito capitalista, no qual as pessoas est\u00e3o voltadas apenas para si, vai sendo minado com a internet<\/i> que est\u00e1 demolindo o custo da colabora\u00e7\u00e3o, de modo a permitir que as pessoas colaborem umas com as outras com facilidade e sem \u00f4nus, derrubando o sistema tradicional de hierarquias. A Wikip\u00e9dia<\/em> \u00e9 um exemplo das transforma\u00e7\u00f5es que est\u00e3o acontecendo no mundo. Ela n\u00e3o tem dono e \u00e9 feita por um milh\u00e3o de pessoas e traduzida em 190 l\u00ednguas.<\/p>\n

Segundo Don Tapscott<\/i>, s\u00e3o cinco os princ\u00edpios da nova economia: colabora\u00e7\u00e3o, abertura, compartilhamento de propriedade intelectual, interdepend\u00eancia e integridade. O que vem derrubar o modelo antigo em que a concentra\u00e7\u00e3o de conhecimento e informa\u00e7\u00e3o dava poder a uma pessoa sobre outras. No novo modelo p\u00f3s-industrial, o poder \u00e9 criado na intera\u00e7\u00e3o entre as pessoas. E, com a colabora\u00e7\u00e3o em massa, as pessoas ser\u00e3o melhores eleitores, cidad\u00e3os ou consumidores, n\u00e3o resta d\u00favida.<\/p>\n

Uma prova do poder da internet <\/i>s\u00e3o as revolu\u00e7\u00f5es ocorridas recentemente no Oriente M\u00e9dio, que modificaram o modelo de verticalidade, onde havia um l\u00edder e uma vanguarda. Agora, atrav\u00e9s da rede (principalmente das redes sociais), as pessoas unem-se horizontal e repentinamente, lutando por um mundo melhor e salvando vidas. E quando os regimes totalit\u00e1rios tentam impedir tal articula\u00e7\u00e3o, topam com o efeito colateral, que atinge seus pr\u00f3prios interesses. A \u00cdndia, por ser mais aberta e ter uma sociedade participativa tende a ultrapassar a China, por exemplo.<\/p>\n

Nos dias de hoje, os jovens s\u00e3o maioria no planeta e vivem numa economia de desemprego, enquanto t\u00eam acesso a uma tecnologia de primeira. A jun\u00e7\u00e3o de tais fatores diz-nos claramente que estamos caminhando para um choque de gera\u00e7\u00f5es. N\u00e3o resta a menor d\u00favida de que a intelig\u00eancia est\u00e1 na rede e que as mudan\u00e7as ser\u00e3o cada vez mais profundas, sepultando modelos individualistas e arcaicos. A era da intelig\u00eancia conectada repartir\u00e1 responsabilidades, e dar\u00e1 oportunidade a todas as pessoas de se expressarem e lutarem por um mundo melhor. Agora, a omiss\u00e3o n\u00e3o ter\u00e1 mais desculpas, pois aumentando os nossos direitos, bem maiores ser\u00e3o os nossos deveres.<\/p>\n

Nota:<\/span> Imagem copiada de http:\/\/www.123rf.com\/photo_<\/i><\/p>\n

Fonte de pesquisa:
\n<\/span>Revista Veja\/ 13 de abril, 2011<\/p>\n

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