{"id":1208,"date":"2013-02-27T15:39:37","date_gmt":"2013-02-27T18:39:37","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=1208"},"modified":"2022-07-26T14:52:13","modified_gmt":"2022-07-26T17:52:13","slug":"como-surgiu-o-casamento","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/como-surgiu-o-casamento\/","title":{"rendered":"COMO SURGIU O CASAMENTO"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/strong>
\n<\/b><\/p>\n

\"fami\"<\/a><\/p>\n

Chega a ser ris\u00edvel saber que o casamento, na forma como o conhecemos hoje, nasceu do desejo do macho de dispor de escravos baratos e de impedir que suas propriedades fossem parar nas m\u00e3os de outros filhos que a mulher pudesse ter com outros homens. N\u00e3o foi o desejo f\u00edsico ou o toque de pele que criou o casamento, mas sim motivos meramente econ\u00f4micos. Trocando em mi\u00fados, o cas\u00f3rio surgiu para sustentar o poder ambicionado pelo brucutu, pois, al\u00e9m de o macho dispor de uma escrava reconhecida legalmente, ainda tinha a seu lado um monte de escravinhos que o ajudariam no ac\u00famulo de mais riquezas. Mas at\u00e9 chegar aqui, a humanidade passou por um longo per\u00edodo de poligamia<\/i>, em raz\u00e3o de diversos fatores:<\/p>\n

1- O n\u00famero de f\u00eameas sempre superava o de machos, em raz\u00e3o das constantes guerras e da ferocidade das ca\u00e7adas. Portanto, nada melhor que viver o ecumenismo. Nada era de ningu\u00e9m e tudo era de todos.<\/p>\n

2- O celibato n\u00e3o era admiss\u00edvel entre os povos, pois enfraquecia a sociedade, de modo que uma mulher sem filhos era menosprezada. E, quantos mais filhos ela parisse, maior seria a sua aceita\u00e7\u00e3o social. Ela tinha que parir de qualquer maneira, pouco importando de quem fosse a semente plantada. O importante era que a sementinha vingasse, principalmente se se tratasse de um rebento masculino.<\/p>\n

3- A chamada esp\u00e9cie humana gostava de variar em seus relacionamentos. O sentimento de posse era praticamente desconhecido, de modo que os experimentos eram constantes, tanto de uma parte quanto da outra.<\/p>\n

7- Ser monog\u00e2mico era sinal de status baixo, coisa de pobre. Um homem solteiro<\/i> era considerado meio homem. A virilidade era a maior das virtudes, coisa que ainda vemos em certas culturas.<\/p>\n

8- Os touros human\u00f3ides, quanto mais vacas prenhes deixassem, mais importantes se tornavam, dentro da vis\u00e3o da sociedade da \u00e9poca. A prosperidade do s\u00eamen e do poder machista caminhavam juntas.<\/p>\n

9- Era comum o fato de os homens buscarem companheiras novas, uma vez que nas sociedades primitivas as mulheres envelheciam rapidamente, em raz\u00e3o do excesso de trabalho e da pari\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

10 – As pr\u00f3prias mulheres estimulavam a poligamia<\/i>, para que pudessem amamentar os filhos em paz, por um per\u00edodo maior, aumentando o per\u00edodo entre uma gravidez e outra, sem mexer no brio do macho. N\u00e3o era moleza aguentar aqueles homens, que chegavam f\u00e9tidos das ca\u00e7adas e que em casa nada faziam, a n\u00e3o ser comer, arrotar, dormir, soltar puns e ter rela\u00e7\u00f5es sexuais. Pobres mulheres de antigamente! O mais triste \u00e9 saber que muitos pa\u00edses ainda continuam em priscas eras.<\/p>\n

11- Quando o trabalho era excessivo, a primeira mulher ajudava o marido a encontrar outra, para dividir o fardo<\/i>. Al\u00e9m do trabalho feito, a nova v\u00edtima ajudava a aumentar o n\u00famero de filhos (futuros escravos), o que significava vida de rei para o brucutu.<\/p>\n

O casamento n\u00e3o era em si, um documento para permitir o acasalamento dos envolvidos, mas apenas uma coopera\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica que deveria dar lucro. Por isso, n\u00e3o havia busca pela beleza ou pelo toque de pele, mas sim por uma mulher troncuda que desse mais lucro do que despesa. Vemos isso ainda nos pa\u00edses em que vigora o dote.<\/p>\n

Com o nascimento do desejo de posse, o macho passou a olhar a vida com outros olhos, de modo que a troca de acasalamento tornou-se perigosa, pois induzia \u00e0 reparti\u00e7\u00e3o. Fez-se necess\u00e1rio separar a principal da outra ou das outras, pois s\u00f3 aos filhos da primeira cabia a heran\u00e7a. E, quando o Cristianismo chegou, refor\u00e7ou ainda mais a monogamia.<\/p>\n

Hoje, na maioria das culturas n\u00e3o existe mais a poligamia<\/i>. O que h\u00e1 \u00e9 o adult\u00e9rio<\/i>. Bastou apenas mudar a palavra, para torn\u00e1-la aceit\u00e1vel \u00e0 nossa \u00e9poca. S\u00f3 que no adult\u00e9rio, os rebentos nascidos de tal brincadeira n\u00e3o geram mais escravos, mas um monte de boquinhas esganadas, para deixar a plumagem do p\u00e1ssaro garanh\u00e3o desbotada. Em muitos casos, ele vai mesmo \u00e9 para a gaiola, se n\u00e3o pagar a pens\u00e3o aliment\u00edcia. Esta \u00e9 a vingan\u00e7a da f\u00eamea moderna!<\/p>\n

Nota:<\/span>\u00a0 <\/strong>Artesanato do Vale do Jequitinhonha<\/p>\n

Views: 1<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho Chega a ser ris\u00edvel saber que o casamento, na forma como o conhecemos hoje, nasceu do desejo do macho de dispor de escravos baratos e de impedir que suas propriedades fossem parar nas m\u00e3os de outros filhos que a mulher pudesse ter com outros homens. N\u00e3o foi o desejo f\u00edsico […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[35],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1208"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1208"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1208\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":45583,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1208\/revisions\/45583"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1208"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1208"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1208"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}