Adam Galinsky<\/span>, Ph.D. em psicologia social pela renomada Universidade de Princeton, diz que o poder<\/i>, na maioria das vezes, torna as pessoas mais corruptas, gananciosas, mesquinhas e hip\u00f3critas e, em geral, muda-as para pior.<\/p>\nA experi\u00eancia foi aplicada em forma de testes comportamentais a volunt\u00e1rios. Os pesquisadores observaram que, nos testes aplicados, \u201cos poderosos n\u00e3o s\u00f3 trapaceavam mais, como se mostravam mais hip\u00f3critas, ao se desculparem por atitudes que condenavam nos outros.<\/i>\u201d Como acontece na vida real, tais sujeitos julgavam-se acima do bem e do mal, como se certas regras comportamentais n\u00e3o dissessem respeito a eles.<\/p>\n
Portanto, meus queridos leitores, abram os olhos, pois o poder corrompe sim<\/i>. E n\u00e3o pensem que \u00e9 s\u00f3 o poder<\/i> de grande porte. Alguns indiv\u00edduos h\u00e1, que mesmo no posto de gerentes de departamentos, representantes de comunidades, diretores de escolas, assessores de pol\u00edticos, s\u00edndicos de pr\u00e9dios, dirigentes de clubes, chefes em \u00a0institui\u00e7\u00f5es p\u00fablicas, portadores de diplomas de curso superior, etc., adotam uma postura de seres especiais, de uma esp\u00e9cie humana diferenciada da comum. E pior, aqueles que ousam question\u00e1-los para maior compreens\u00e3o de determinado assunto, usando os meios legais, s\u00e3o tidos como desrespeitosos, desequilibrados e arrogantes. Sendo at\u00e9 mesmo intimidados por processos judiciais, por estarem “duvidando da honra alheia” ou os “desrespeitando” no exerc\u00edcio de suas fun\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Diz a pesquisa que embora os \u201cnot\u00e1veis mais not\u00e1veis\u201d saibam que o poder <\/i>os deixa no centro das aten\u00e7\u00f5es pelo cargo ocupado, psicologicamente sentem-se invis\u00edveis e inacess\u00edveis \u00e0 qualquer forma de puni\u00e7\u00e3o. Coisa que n\u00e3o acontece \u00e0s pessoas ditas comuns, que s\u00e3o sempre penalizadas. Em muitos pa\u00edses, a impot\u00eancia, as firulas ou a morosidade da justi\u00e7a acabam refor\u00e7ando esse comportamento imoral dos \u201cpoderosos\u201d, deixando-os \u201cinvis\u00edveis\u201d, para agirem impunemente.<\/p>\n
Segundo o pesquisador Adam Galinsky, a melhor maneira de testar a identidade moral de um indiv\u00edduo \u00e9 dar poder <\/i>a ele, pois j\u00e1 se pode afirmar com absoluta certeza que o uso do poder<\/i> provoca mudan\u00e7as comportamentais nos indiv\u00edduos. E pior, a maior transforma\u00e7\u00e3o \u00e9 aquela que os torna mesquinhos, corruptos e hip\u00f3critas. De modo que tais figuras come\u00e7am com pequenos deslizes e v\u00e3o afrouxando seus padr\u00f5es \u00e9ticos, ante a falta de cobran\u00e7a e puni\u00e7\u00e3o. Da\u00ed, para se transformarem em “deuses do Olimpo”, \u00e9 um pulo. E voltamos ao polite\u00edsmo!<\/p>\n
Quem pensa que os \u201cdominantes\u201d quando flagrados em seus delitos mostram-se envergonhados e arrependidos est\u00e1 redondamente enganado. Primeiro, porque eles j\u00e1 cometeram muitas irregularidades que n\u00e3o lhes trouxeram puni\u00e7\u00e3o alguma e, segundo, porque se julgam no direito de t\u00ea-las cometido, pois n\u00e3o se veem como cidad\u00e3os comuns, a quem cabe os rigores da lei. \u00c9 o tal do \u201cVoc\u00ea sabe com quem est\u00e1 falando?<\/i>\u201d.<\/p>\n
A maioria das pessoas, quando fora do poder,<\/i> possui um tipo de comportamento, mas assim que se v\u00ea imbu\u00edda de uma fa\u00edsca de autoridade, muda a conduta (Quem n\u00e3o conhece algu\u00e9m assim?). Essa maioria n\u00e3o apenas assume postura imoral, como se torna ditadora e hip\u00f3crita, defendendo padr\u00f5es r\u00edgidos de comportamentos para os outros, mas que nunca dizem respeito a si. Vemos, na verdade, que tais indiv\u00edduos trabalham, n\u00e3o pelo bem da coletividade, mas pelo bem de si mesmos.<\/p>\n
Adam Galinsky diz que a melhor sa\u00edda para conter essa tend\u00eancia humana de agir mal, quando se encontra no poder, <\/i>\u00e9 fazer com que os \u201cpoderosos\u201d tenham de prestar contas. De modo que o combate \u00e0 falta de \u00e9tica, \u00e0 imoralidade e \u00e0 arrog\u00e2ncia do poder<\/i> seja constante, exigindo-se processos decis\u00f3rios transparentes das pessoas, em qualquer que seja a fun\u00e7\u00e3o que exer\u00e7am, em nome de uma coletividade ou de um povo.<\/p>\n
O pesquisador faz uma compara\u00e7\u00e3o com a hist\u00f3ria de O Senhor dos An\u00e9is<\/i>. Assim que ele coloca o anel no dedo, torna-se invis\u00edvel e passa a agir mal.<\/p>\n
Diz ele: \u201cO poder \u00e9 este anel<\/i>.\u201d.<\/p>\n
O poder, no entanto, caros leitores, pode se transformar numa armadilha cruel para o ambicioso e da qual ele n\u00e3o conseguir\u00e1 escapar, pois n\u00e3o resta d\u00favida de que a vida \u00e9 regida por for\u00e7as opostas, num vai e vem cont\u00ednuo. O que hoje traz alegria ao ambicioso, poder\u00e1 ser amanh\u00e3 motivo de sua pr\u00f3pria desgra\u00e7a, pois toda a\u00e7\u00e3o produz uma rea\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho Estranhem o que n\u00e3o for estranho. Tomem por inexplic\u00e1vel o habitual. Sintam-se perplexos ante o cotidiano. Tratem de achar um rem\u00e9dio para o abuso. Mas n\u00e3o se esque\u00e7am de que o abuso \u00e9 sempre a regra. (Bertolt Brecht) N\u00e3o h\u00e1 quem n\u00e3o conhe\u00e7a o prov\u00e9rbio popular que diz que \u201co […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[9],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1221"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1221"}],"version-history":[{"count":10,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1221\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46671,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1221\/revisions\/46671"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1221"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1221"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1221"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}