<\/a><\/p>\nAh! Desgra\u00e7ados!<\/i><\/b><\/p>\n
Um irm\u00e3o \u00e9 maltratado e voc\u00eas olham para o outro lado?
\nGrita de dor o ferido e voc\u00eas ficam calados?
\nA viol\u00eancia faz a ronda e escolhe a v\u00edtima,
\ne voc\u00eas dizem: “a mim ela est\u00e1 poupando, vamos fingir que n\u00e3o estamos olhando”.
\nMas que cidade?
\nQue esp\u00e9cie de gente \u00e9 essa?
\nQuando campeia em uma cidade a injusti\u00e7a,
\n\u00e9 necess\u00e1rio que algu\u00e9m se levante.
\nN\u00e3o havendo quem se levante,
\n\u00e9 prefer\u00edvel que em um grande inc\u00eandio,
\ntoda cidade desapare\u00e7a,
\nantes que a noite des\u00e7a. (Bertolt Brecht)<\/i><\/b><\/p>\n
A data de hoje nenhum significado ter\u00e1 se n\u00e3o servir de reflex\u00e3o para homens e mulheres livres em todo o mundo civilizado, quanto \u00e0 vida de tantas outras mulheres nos mais diversos cantos do planeta, totalmente subordinadas a um sistema de escravid\u00e3o e sem ningu\u00e9m que olhe por elas ou que lhes ofere\u00e7a um gr\u00e3o de esperan\u00e7a.<\/p>\n
\u00c9 sabido que \u2013 mesmo em muitas partes do chamado mundo civilizado \u2013 mulheres ainda ocupam um papel subalterno dentro da sociedade, sendo reprimidas por seus companheiros, preteridas em v\u00e1rios empregos, fazendo o mesmo trabalho, mas ganhando bem menos que o homem. Contudo, nada \u00e9 t\u00e3o gritante como o que se v\u00ea em certas culturas orientais, onde o \u00f3dio \u00e0 mulher \u00e9 escancarado, como se ela representasse toda a malignidade da esp\u00e9cie humana. Onde \u00e9 vista num patamar inferior a um cachorro.<\/p>\n
Em muitas culturas, a f\u00eamea \u00e9 indesejada e mutilada sob o pretexto de n\u00e3o sentir prazer, a fim de n\u00e3o desviar o macho das sendas da pureza. Tais mulheres vivem em casamentos for\u00e7ados, sem direito \u00e0 instru\u00e7\u00e3o e ao pr\u00f3prio corpo, sendo que certos ciclos naturais de seu corpo s\u00e3o tidos como prova de sua impureza. S\u00e3o humilhadas, espancadas e mortas, sem que vozes se levantem em sua defesa. S\u00e3o policiadas tanto pelas fam\u00edlias, quanto pelo Estado, numa mis\u00e9ria humana que parece n\u00e3o ter fim \u2013 unicamente pelo fato de ser MULHER.<\/p>\n
O mundo dito civilizado observa o cativeiro dessas mulheres num mutismo hip\u00f3crita.\u00a0 Assim, muitos pa\u00edses \u2013 sob o pretexto de respeitarem culturas diferentes \u2013 numa atitude repleta de farisa\u00edsmo, principalmente quando tem neg\u00f3cios com os pa\u00edses que castram a liberdade feminina, admitem que imigrantes continuem a humilhar, tiranizar, brutalizar e matar suas mulheres, como se elas estivessem no seu pa\u00eds de origem \u2013 tudo em nome de um Estado laico e democr\u00e1tico. Fazem ouvidos moucos ao sofrimento das mulheres.<\/p>\n
Nenhum pa\u00eds civilizado pode permitir que \u2013 quando sob a sua tutela \u2013 mulheres sejam submetidas \u00e0s mesmas barb\u00e1ries sofridas nos pa\u00edses de onde vieram. Seria a nega\u00e7\u00e3o absoluta dos direitos humanos, direitos esses que o torna diferenciado dos pa\u00edses inimigos das mulheres. Valorizar a vida na Terra \u00e9 dar aos indiv\u00edduos \u2013 homens e mulheres \u2013 direitos e liberdades iguais, protegidos por um Estado que n\u00e3o aceita a subordina\u00e7\u00e3o, a viol\u00eancia e a crueldade sob o teto de suas leis e que n\u00e3o tem medo de ser acusado de racista.<\/p>\n
H\u00e1 que se respeitar as diferen\u00e7as culturais, mas onde os valores da cultura n\u00e3o preservem a pobreza, a tirania e a corrup\u00e7\u00e3o moral contra a vida. Os governantes ocidentais n\u00e3o podem continuar fingindo que as viola\u00e7\u00f5es das mulheres de certas culturas cessam quando elas deixam seus pa\u00edses origin\u00e1rios. Sabemos que isso n\u00e3o \u00e9 verdade, mesmo em pa\u00edses como a Holanda e a Fran\u00e7a. Faz-se necess\u00e1rio proteger as mulheres imigrantes.<\/p>\n
Todas n\u00f3s, mulheres, temos que lutar pela liberdade de express\u00e3o, pelo direito de pensar e explicitar o nosso pensamento. Este \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico da liberdade que nos livra do cativeiro e da submiss\u00e3o, vistos em outras partes do planeta. Este \u00e9 o pilar que sustenta uma sociedade democr\u00e1tica, onde homens e mulheres tornam-se iguais. Sobretudo, n\u00e3o deixemos de clamar liberdade e respeito por todas as mulheres cativas \u2013 em quaisquer lugares em que se encontrem \u2013 mesmo que nos acusem de contar hist\u00f3rias tristes e cansativas.<\/p>\n
Nota:<\/span> Imagem copiada de http:\/\/myrianrios.com.br\/blog\/dia-internacional-da-mulher\/<\/i><\/p>\nViews: 1<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho Ah! Desgra\u00e7ados! Um irm\u00e3o \u00e9 maltratado e voc\u00eas olham para o outro lado? Grita de dor o ferido e voc\u00eas ficam calados? A viol\u00eancia faz a ronda e escolhe a v\u00edtima, e voc\u00eas dizem: “a mim ela est\u00e1 poupando, vamos fingir que n\u00e3o estamos olhando”. Mas que cidade? Que esp\u00e9cie […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[9],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1227"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1227"}],"version-history":[{"count":6,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1227\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47725,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1227\/revisions\/47725"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1227"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1227"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1227"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}