{"id":1229,"date":"2014-07-22T14:00:51","date_gmt":"2014-07-22T17:00:51","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=1229"},"modified":"2022-08-08T19:07:09","modified_gmt":"2022-08-08T22:07:09","slug":"divergencias-e-midia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/divergencias-e-midia\/","title":{"rendered":"DIVERG\u00caNCIAS E M\u00cdDIA"},"content":{"rendered":"

Autoria de<\/b><\/b> Lu Dias Carvalho<\/strong>
\n<\/b><\/p>\n

\"vermen\"<\/a><\/p>\n

\u00c9 indiscut\u00edvel que as pessoas diferem em suas habilidades e capacidades. Contudo, n\u00e3o se pode aceitar que elas divirjam quanto \u00e0 \u00e9tica, que jamais se contrap\u00f5e \u00e0 diversidade de opini\u00e3o. N\u00e3o nos enganemos com aqueles que a ignoram, tomando por base a justificativa de que n\u00e3o existe a imparcialidade, pois mesmo a parcialidade \u00e9 aceita pela \u00e9tica, quando \u00e9 parte sadia de um todo.<\/p>\n

Tomemos como exemplo um julgamento no STF, em que n\u00e3o haja unanimidade na vota\u00e7\u00e3o, ou um pleito eleitoral, quando a totalidade da popula\u00e7\u00e3o divide-se, n\u00e3o igualitariamente, e elege um candidato. Em ambos os casos n\u00e3o houve falta de \u00e9tica. A parcialidade \u00e9 danosa, quando n\u00e3o julga ou n\u00e3o opina com isen\u00e7\u00e3o e, mesmo consciente da injusti\u00e7a praticada, d\u00e1 trelas \u00e0 mal\u00e9vola inten\u00e7\u00e3o, cujo resultado, ainda que in\u00edquo, traz vantagens a terceiros.<\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 a conformidade ou a similaridade de opini\u00e3o que torna a m\u00eddia imparcial. Mas sim, a consci\u00eancia \u00e9tica de que se est\u00e1 lidando, o mais perto poss\u00edvel, com a verdade. Ou o sentimento de se ter passado o mais correto para o seu p\u00fablico, oferecendo-lhe caminhos para fazer a sua pr\u00f3pria escolha. Ou a certeza de n\u00e3o se ter trabalhado com meios escusos, trai\u00e7oeiros e mesquinhos, de modo a prejudicar outrem, propositadamente. A imparcialidade est\u00e1 na busca da verdade, mesmo quando as vis\u00f5es s\u00e3o antag\u00f4nicas. At\u00e9 que, a posteriori, seja encontrado um denominador comum. \u00c0 m\u00eddia cabe dar igualdade de tratamento \u00e0 busca da verdade. O que implicar\u00e1 num resultado final equ\u00e2nime. A m\u00eddia, grande poder existente dentro do pa\u00eds, deve dar o bom exemplo, para que outros \u00f3rg\u00e3os sigam-na.<\/p>\n

\u00a0As diverg\u00eancias podem e devem coexistir. Enriquecem o debate, democratizam o pa\u00eds. O que n\u00e3o se pode esperar \u00e9 que uma ou outra corrente abra m\u00e3o da \u00e9tica, pois o interesse n\u00e3o pode, em fun\u00e7\u00e3o de sua paix\u00e3o, transformar em verdade aquilo em que lhe \u00e9 vantajoso acreditar, afirmar, induzir, convencer, quer lhe traga vantagem pessoal ou a pequenos grupos. Quando se trata do interesse coletivo, principalmente, as varia\u00e7\u00f5es de opini\u00e3o n\u00e3o podem ficar submissas \u00e0s varia\u00e7\u00f5es do favorecimento pr\u00f3prio. E \u00e9 exatamente isso que n\u00e3o podemos esperar da m\u00eddia.<\/p>\n

Nota:<\/span> Imagem copiada de http:\/\/jaelmattos.blogspot.com.br<\/i><\/p>\n

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