{"id":12598,"date":"2014-06-06T00:05:22","date_gmt":"2014-06-06T03:05:22","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=12598"},"modified":"2022-08-06T18:49:35","modified_gmt":"2022-08-06T21:49:35","slug":"ingres-a-banhista-de-valpincon","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/ingres-a-banhista-de-valpincon\/","title":{"rendered":"Ingres \u2013 A BANHISTA DE VALPIN\u00c7ON"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/b><\/strong>\"ingres12\"<\/a><\/p>\n

O pr\u00f3prio Rembrandt teria invejado a cor \u00e2mbar deste torso p\u00e1lido. ( Jules Goncourt)<\/strong><\/em><\/p>\n

A superf\u00edcie da tinta deve ser t\u00e3o suave como uma cebola. (Ingres)<\/strong><\/em><\/p>\n

A Banhista de Valpin\u00e7on<\/em>, composi\u00e7\u00e3o do artista franc\u00eas Jean-Auguste-Dominique Ingres, \u00e9 tida como uma das maiores e mais belas imagens sobre costas da hist\u00f3ria da arte, em todo o mundo. “Valpin\u00e7on” \u00e9 o nome do primeiro propriet\u00e1rio da obra, de quem o Louvre comprou em 1879. O seu nome original era apenas Mulher Santada<\/em>.<\/p>\n

A banhista nua, sentada de costas para o observador, mostra a suavidade e a beleza de sua pele dourada. Embora o neocl\u00e1ssico Ingres privilegiasse o desenho em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 cor, muitas de suas obras possuem efeitos de cor deslumbrantes, como \u00e9 o caso de A Banhista de Valpin\u00e7on<\/em>.<\/p>\n

Muito pouco do rosto da banhista \u00e9 percept\u00edvel, o que torna seu turbante branco de listras vermelhas ainda mais vis\u00edvel. O uso de tal pe\u00e7a remete ao orientalismo, muito comum \u00e0 \u00e9poca, tendo sido usada em v\u00e1rios pa\u00edses europeus, principalmente na Fran\u00e7a.<\/p>\n

Os que se opunham ao trabalho de Ingres diziam que os modelos representados em suas obras n\u00e3o possu\u00edam ossos. O que n\u00e3o deixa de ser verdade, pois o pintor neocl\u00e1ssico idealizava suas figuras, criando o corpo feminino de acordo com seus conceitos filos\u00f3ficos. A exemplo da pintura acima, esta n\u00e3o possui protuber\u00e2ncia de ossos e tend\u00f5es ou qualquer tipo de irregularidades no corpo, com suas formas sutilmente arredondas. Ela parece n\u00e3o ter ancas.<\/p>\n

A banhista traz em volta do cotovelo esquerdo um pano branco, que apresenta dobras muito bem elaboradas. A sua presen\u00e7a na composi\u00e7\u00e3o, possivelmente, obedece a raz\u00f5es pict\u00f3ricas, ou seja, o pintor usou-o como uma maneira de suavizar o contorno do cotovelo, que assim se mostra mais delicado, al\u00e9m de contrastar com a pele delicada da mulher.<\/p>\n

Tudo na composi\u00e7\u00e3o remete \u00e0 calma e \u00e0 falta de movimento, excetuando uma pequena cabe\u00e7a de le\u00e3o, parte do ornamento da banheira, pr\u00f3xima \u00e0 perna esquerda da mulher, \u00e0 esquerda da tela, e de cuja boca jorra um pequeno jato de \u00e1gua, com a finalidade ench\u00ea-la para o esperado banho. Como a banheira encontra-se abaixo do n\u00edvel do piso, presume-se que se trata de uma casa de banho.<\/p>\n

Um dos p\u00e9s descal\u00e7o mostra a detalhada renda do chinelo vermelho. As roupas que cobrem a cama s\u00e3o maravilhosamente trabalhadas. Outro ponto que chama a aten\u00e7\u00e3o \u00e9 a forma como o artista pintou a cortina escura com suas dobras profundas, arrematada por uma delicada fita floral. Sua cor escura e as dobras contrastam com a pele clara e lisa da banhista. Abaixo da cortina, na extrema esquerda da composi\u00e7\u00e3o, Ingres assinou e datou sua tela, uma obra da juventude do pintor.<\/p>\n

Ficha t\u00e9cnica<\/span>
\nAno: 1808
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 146 x 97 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Louvre, Paris, Fran\u00e7a<\/p>\n

Fontes de pesquisa:<\/span>
\nGrandes pinturas\/ Publifolha
\nA hist\u00f3ria da arte\/ E.H. Gombrich<\/p>\n

Views: 44<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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