A Banhista de Valpin\u00e7on<\/em>.<\/p>\nMuito pouco do rosto da banhista \u00e9 percept\u00edvel, o que torna seu turbante branco de listras vermelhas ainda mais vis\u00edvel. O uso de tal pe\u00e7a remete ao orientalismo, muito comum \u00e0 \u00e9poca, tendo sido usada em v\u00e1rios pa\u00edses europeus, principalmente na Fran\u00e7a.<\/p>\n
Os que se opunham ao trabalho de Ingres diziam que os modelos representados em suas obras n\u00e3o possu\u00edam ossos. O que n\u00e3o deixa de ser verdade, pois o pintor neocl\u00e1ssico idealizava suas figuras, criando o corpo feminino de acordo com seus conceitos filos\u00f3ficos. A exemplo da pintura acima, esta n\u00e3o possui protuber\u00e2ncia de ossos e tend\u00f5es ou qualquer tipo de irregularidades no corpo, com suas formas sutilmente arredondas. Ela parece n\u00e3o ter ancas.<\/p>\n
A banhista traz em volta do cotovelo esquerdo um pano branco, que apresenta dobras muito bem elaboradas. A sua presen\u00e7a na composi\u00e7\u00e3o, possivelmente, obedece a raz\u00f5es pict\u00f3ricas, ou seja, o pintor usou-o como uma maneira de suavizar o contorno do cotovelo, que assim se mostra mais delicado, al\u00e9m de contrastar com a pele delicada da mulher.<\/p>\n
Tudo na composi\u00e7\u00e3o remete \u00e0 calma e \u00e0 falta de movimento, excetuando uma pequena cabe\u00e7a de le\u00e3o, parte do ornamento da banheira, pr\u00f3xima \u00e0 perna esquerda da mulher, \u00e0 esquerda da tela, e de cuja boca jorra um pequeno jato de \u00e1gua, com a finalidade ench\u00ea-la para o esperado banho. Como a banheira encontra-se abaixo do n\u00edvel do piso, presume-se que se trata de uma casa de banho.<\/p>\n
Um dos p\u00e9s descal\u00e7o mostra a detalhada renda do chinelo vermelho. As roupas que cobrem a cama s\u00e3o maravilhosamente trabalhadas. Outro ponto que chama a aten\u00e7\u00e3o \u00e9 a forma como o artista pintou a cortina escura com suas dobras profundas, arrematada por uma delicada fita floral. Sua cor escura e as dobras contrastam com a pele clara e lisa da banhista. Abaixo da cortina, na extrema esquerda da composi\u00e7\u00e3o, Ingres assinou e datou sua tela, uma obra da juventude do pintor.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica<\/span>
\nAno: 1808
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 146 x 97 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Louvre, Paris, Fran\u00e7a<\/p>\nFontes de pesquisa:<\/span>
\nGrandes pinturas\/ Publifolha
\nA hist\u00f3ria da arte\/ E.H. Gombrich<\/p>\nViews: 44<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho O pr\u00f3prio Rembrandt teria invejado a cor \u00e2mbar deste torso p\u00e1lido. ( Jules Goncourt) A superf\u00edcie da tinta deve ser t\u00e3o suave como uma cebola. (Ingres) A Banhista de Valpin\u00e7on, composi\u00e7\u00e3o do artista franc\u00eas Jean-Auguste-Dominique Ingres, \u00e9 tida como uma das maiores e mais belas imagens sobre costas da hist\u00f3ria […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12598"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=12598"}],"version-history":[{"count":6,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12598\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46183,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12598\/revisions\/46183"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=12598"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=12598"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=12598"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}