Paisagem: Meio-Dia<\/em>, o quadro de Constable n\u00e3o foi recebido com admira\u00e7\u00e3o pelos cr\u00edticos ingleses, que n\u00e3o viram nada de interessante ao se dar destaque ao trabalho do campo. Achavam que o pintor deveria se ater ao modo convencional dos antigos mestres e que suas paisagens eram sem gra\u00e7a. Quando a obra foi premiada em Paris, eles ficaram muito surpresos.<\/p>\nNa composi\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel observar a luz do sol, filtrada pelas nuvens e \u00e1rvores, espalhar-se pelos campos mais distantes, iluminados por uma luz dourada, num casamento entre luz e sombras. Nuvens escuras tamb\u00e9m est\u00e3o se formando, anunciando a mudan\u00e7a do tempo. Tamb\u00e9m se pode identificar v\u00e1rios mesclados de tinta branca, que tanto indicam a incid\u00eancia de luz, como a textura das partes molhadas.<\/p>\n
A carro\u00e7a de madeira encontra-se no meio de um vau, sendo puxada por duas parelhas de cavalos e conduzida por dois homens. Ela \u00e9 a parte central da composi\u00e7\u00e3o. Os cavalos levam prote\u00e7\u00e3o de cor vermelha nos ombros a fim de que os arreios n\u00e3o os machuquem. Mesclas de vermelho podem ser encontradas em outras partes da composi\u00e7\u00e3o, dando mais destaque ao verde dos campos e da folhagem das \u00e1rvores.<\/p>\n
Na margem esquerda do riacho, um c\u00e3ozinho observa a travessia, enquanto um dos homens presentes, dentro da carro\u00e7a, acena para ele. O mesmo animal est\u00e1 presente em outras obras do pintor. Mais adiante, uma mulher acocorada num estrado, ligado \u00e0 casa, parece lavar roupa no riacho ou apanhar \u00e1gua. Detr\u00e1s dela, encontra-se um jarro de barro. Da chamin\u00e9 da casa sai fuma\u00e7a, lembrando que existe algu\u00e9m ali. \u00c0 direita, em meio \u00e0 vegeta\u00e7\u00e3o, um pescador com seu len\u00e7o vermelho conduz um barco, enquanto patinhos nadam pr\u00f3ximo.<\/p>\n
Ao longe, em meio \u00e0s \u00e1rvores, pequeninas manchas brancas, vermelhas e marrons retratam os trabalhadores na colheita do feno. H\u00e1 por perto outra carro\u00e7a carregada de feno. Aposto que o leitor ser\u00e1 capaz de encontr\u00e1-la, clicando na imagem para ampli\u00e1-la.<\/p>\n
Na sua paisagem, Constable capta as transforma\u00e7\u00f5es no tempo. O artista transmite com grande per\u00edcia os efeitos de cor, sombra, umidade, forma\u00e7\u00e3o de nuvens e as condi\u00e7\u00f5es atmosf\u00e9ricas. Ao artista interessa apenas captar a natureza como ela se apresenta, mantendo-se fiel ao que v\u00ea. A Carro\u00e7a de Feno<\/em> retrata a casa do fazendeiro Willy Lott, que nasceu e viveu junto ao rio Stour por mais de 80 anos. Ela \u00e9 vista em v\u00e1rias pinturas de Constable.<\/p>\nFicha t\u00e9cnica<\/span>
\nAno: c. 1821
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 130,2 x 185,4
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: National Gallery, Londres, Reino Unido<\/p>\nFontes de pesquisa<\/span>
\nOs pintores mais influentes do mundo\/ Editora Girassol
\nA hist\u00f3ria da arte\/ E.H. Gombrich
\nGrandes Pinturas\/ Publifolha<\/p>\nViews: 101<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho A verdade nos atinge de imediato… esta paisagem deliciosa… \u00e9 o verdadeiro espelho da natureza. (Stendhal) Com a composi\u00e7\u00e3o A Carro\u00e7a de Feno, representando uma simples cena rural, John Constable foi premiado no Sal\u00e3o de Paris, em 1824, com a Medalha de Ouro. Trata-se, portanto, de uma de suas obras […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12638"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=12638"}],"version-history":[{"count":8,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12638\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46205,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12638\/revisions\/46205"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=12638"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=12638"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=12638"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}