<\/a><\/p>\nNa maior parte do mundo, a posse de terras conferia rendas, status social e direitos pol\u00edticos \u00e0queles que as possu\u00edam, at\u00e9 que o conhecimento passou a desafiar o papel econ\u00f4mico das terras. (Geoffrey Blainey)<\/i><\/b><\/p>\n
O mundo, \u00e0 medida que se civilizava, ia aprendendo a lidar com dois tipos de imp\u00e9rios: o f\u00edsico que englobava a posse das riquezas terrenas e o outro, bem mais fr\u00e1gil e lento, que era o imp\u00e9rio das ideias. N\u00e3o podemos dizer que, no que tange ao imp\u00e9rio f\u00edsico, as coisas tenham mudado de modo a promover a equidade nos dias de hoje. Mas em rela\u00e7\u00e3o ao imp\u00e9rio das ideias, as mudan\u00e7as foram abruptas ao longo dos anos. Ora em favor da humanidade ora contra. Mas o saldo acabou por ser positivo a ela.<\/p>\n
Em v\u00e1rias partes do globo, onde a posse de terras e riquezas conferia uma posi\u00e7\u00e3o privilegiada aos possuidores, o conhecimento ia fincando p\u00e9 e delimitando um novo espa\u00e7o. Por volta de 1900, o mundo aprendeu, dentre muitas outras coisas, que os povos que viviam pr\u00f3ximos \u00e0 natureza, tinham tamb\u00e9m as suas virtudes, a sua sabedoria emp\u00edrica. E que muito tinha a aprender com eles e com a natureza.<\/p>\n
O conhecimento do profano passou a se misturar com o religioso, aumentando o n\u00famero de ideias vigentes. Muitos pa\u00edses passaram a lutar contra o analfabetismo, valorizando o conhecimento, espalhando jovens cultos pelo mundo. As na\u00e7\u00f5es passaram a ser analisadas atrav\u00e9s do grau de conhecimento que detinham, como se fora um selo de qualidade, com o saber desafiando o papel econ\u00f4mico da posse de terras, outrora imbat\u00edvel. Os especialistas come\u00e7aram a surgir em cada campo do conhecimento. A especializa\u00e7\u00e3o passou a ser perseguida pelas grandes na\u00e7\u00f5es, embora ainda fosse muito fechada para o populacho.<\/p>\n
O mundo n\u00e3o mais podia se privar das sementes do conhecimento, embora algumas na\u00e7\u00f5es tentassem esconder suas descobertas. Os port\u00f5es foram se abrindo para o saber. O avan\u00e7o do imp\u00e9rio do conhecimento tamb\u00e9m acirrou a guerra entre na\u00e7\u00f5es e imp\u00e9rios, com a descoberta do poder de fogo de armas mais modernas e confi\u00e1veis. N\u00e3o nos surpreendamos se, com o avan\u00e7o veloz de novas tecnologias, uma grande na\u00e7\u00e3o vier a controlar o mundo inteiro, por consentimento ou for\u00e7a.<\/p>\n
A globaliza\u00e7\u00e3o vem encolhendo o globo, as dist\u00e2ncias est\u00e3o diminuindo, e a internet traz o mundo para dentro de nossas casas. Cabe a n\u00f3s, cidad\u00e3os do s\u00e9culo XXI, a dire\u00e7\u00e3o a ser dada a tantos conhecimentos que nos chegam desde os mais remotos tempos da humanidade. Temos que saber dosar a nossa autoconfian\u00e7a, nascida das conquistas da ci\u00eancia e da tecnologia, optando por um mundo mais equ\u00e2nime e humanizado. Se assim n\u00e3o for, tudo ser\u00e1 botado a perder.<\/p>\n
Nota:<\/span> Imagem copiada de http:\/\/noticias.uol.com.br<\/a><\/p>\nViews: 0<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho Na maior parte do mundo, a posse de terras conferia rendas, status social e direitos pol\u00edticos \u00e0queles que as possu\u00edam, at\u00e9 que o conhecimento passou a desafiar o papel econ\u00f4mico das terras. (Geoffrey Blainey) O mundo, \u00e0 medida que se civilizava, ia aprendendo a lidar com dois tipos de imp\u00e9rios: […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[9],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1282"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1282"}],"version-history":[{"count":8,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1282\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":45579,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1282\/revisions\/45579"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1282"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1282"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1282"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}