Corpo Hiperc\u00fabico<\/em>, \u00e9 mais uma das belas obras do artista Salvador Dal\u00ed, onde ele une a sua vis\u00e3o nuclear e o misticismo religioso, ap\u00f3s sua volta \u00e0 religi\u00e3o cat\u00f3lica, como se quisesse mostrar que ci\u00eancia e f\u00e9 religiosa podem conviver muito bem. Antes de pint\u00e1-la, Dal\u00ed anunciou aos jornalistas que seria uma “explos\u00e3o de Cristo, nucleares e hiperc\u00fabicos”.<\/p>\nO pintor espanhol comp\u00f4s uma enorme cruz de cubos (octaedro). O cubo central traz agregados em suas seis faces in\u00fameros cubos. S\u00e3o ao todo oito cubos grandes e quatro pequeninos. Nenhum deles est\u00e1 ligado ao outro, assim como o \u00e1tomo. \u00c0 frente do hipercubo est\u00e1 suspenso o corpo de Cristo, usando apenas uma delicada tanga. Seus bra\u00e7o esquerdo, parte do tronco e cabe\u00e7a est\u00e3o mais distantes dos cubos. Sua sombra \u00e9 vista na cruz, uma prova de que seu corpo est\u00e1 levitando. Tr\u00eas pequenos cubos levitam sobre seu corpo, enquanto o quarto localiza-se \u00e0 direita de sua figura.<\/p>\n
Cristo tem um porte belo e atl\u00e9tico, mas seu corpo mostra tens\u00e3o. Sua cabe\u00e7a, virada para a sua direita, est\u00e1 dobrada para tr\u00e1s, impedindo a vis\u00e3o de seu rosto. N\u00e3o h\u00e1 sangue e nem marcas em seu corpo jovem. Sua anatomia \u00e9 perfeita, sendo poss\u00edvel observar seus m\u00fasculos, ossos e veias. As unhas dos p\u00e9s est\u00e3o crescidas. Maria Madalena, tendo Gala como modelo, e sendo retratada em frente \u00e0 ba\u00eda de Port Lligat, est\u00e1 pr\u00f3xima \u00e0 cruz. Ela est\u00e1 envolvida por mantos brancos e dourados, com os olhos fixos no Salvador.<\/p>\n
\u00a0O fundo escuro da tela ressalta Cristo na Cruz, trazendo um clima de tragicidade. O manto dourado de Maria Madalena tem a mesma cor de parte da cruz. Ao fundo, em segundo plano, uma paisagem descortina-se. Para muitos cr\u00edticos esta composi\u00e7\u00e3o faz parte das mais importantes obras-primas da hist\u00f3ria da arte. E, segundo o pintor, Corpo Hiperc\u00fabico<\/em>\u00a0 foi uma das telas mais dif\u00edceis que fez, quando uniu a pintura acad\u00eamica \u00e0 moderna, usando o g\u00eanero religioso. Cristo e a cruz parecem flutuar na imensid\u00e3o do espa\u00e7o.<\/p>\nFicha t\u00e9cnica:<\/span>
\nAno: 1954
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 194,3 x 123,8 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: The Metropolitan Museum of Art, Nova York, EUA<\/p>\nFonte de pesquisa:<\/span>
\nDal\u00ed\/ Abril Cole\u00e7\u00f5es
\nDal\u00ed\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha<\/p>\nViews: 69<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho Pintei uma cruz hiperc\u00fabica na qual o corpo de Cristo torna-se metafisicamente o nono cubo. (Dal\u00ed) Crucifica\u00e7\u00e3o, tamb\u00e9m conhecida como Corpo Hiperc\u00fabico, \u00e9 mais uma das belas obras do artista Salvador Dal\u00ed, onde ele une a sua vis\u00e3o nuclear e o misticismo religioso, ap\u00f3s sua volta \u00e0 religi\u00e3o cat\u00f3lica, como […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12879"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=12879"}],"version-history":[{"count":9,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12879\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46181,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12879\/revisions\/46181"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=12879"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=12879"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=12879"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}