<\/a>
\nAt\u00e9 ent\u00e3o, a pintora Tarsila do Amaral era dona de uma invej\u00e1vel situa\u00e7\u00e3o financeira, mas em 1930, com a crise mundial de 1929, ela se viu numa situa\u00e7\u00e3o prec\u00e1ria. Nessa \u00e9poca, vivia com o psiquiatra Os\u00f3rio C\u00e9sar. Foi nesse per\u00edodo que conheceu o socialismo de perto, ao fazer uma viagem \u00e0 Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica. Ao regressar, foi presa por um per\u00edodo de um m\u00eas, por participar de reuni\u00f5es de esquerda e por ter feito uma viagem a um pa\u00eds comunista. Para se manter, a artista recebeu encomendas de retratos, fez ilustra\u00e7\u00f5es e come\u00e7ou a escrever para jornais.<\/p>\nA ida \u00e0 Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica e o contato com a esquerda despertou em Tarsila, que sempre fizera parte da elite do pa\u00eds, preocupa\u00e7\u00f5es sociais. Foi nessa \u00e9poca que realizou duas importantes obras: Segunda Classe<\/em> e Oper\u00e1rios<\/em>.<\/p>\nNessa fase, chamada de Fase Social<\/em>, Tarsila passou a questionar os problemas advindos da industrializa\u00e7\u00e3o e do capitalismo, que geram riquezas, mas n\u00e3o para aqueles que trabalham, pois esses continuam pobres e desesperan\u00e7ados, sem acesso aos bens e \u00e0 educa\u00e7\u00e3o.<\/p>\nNa sua composi\u00e7\u00e3o Segunda Classe<\/em>, a artista mostra o \u00eaxodo rural que se segue, quando as fam\u00edlias deixam o interior em busca de emprego na cidade grande. Elas v\u00eam de v\u00e1rias regi\u00f5es do interior do pa\u00eds, trazendo o sonho de emprego, mas tamb\u00e9m a tristeza dos parentes e amigos deixados para tr\u00e1s e a incerteza de que possam vir a ter uma vida melhor.<\/p>\nNa composi\u00e7\u00e3o Segunda Classe<\/em> est\u00e3o presentes 14 figuras, sendo seis crian\u00e7as, tr\u00eas homens e cinco mulheres. Todos se mostram tristes e desesperan\u00e7ados. Numa das janelas est\u00e1 uma mulher com um beb\u00ea e na outra um homem mais idoso, de barba.<\/p>\nAtr\u00e1s da fam\u00edlia, j\u00e1 fora do trem, composta por 11 personagens, est\u00e1 o vag\u00e3o de segunda classe que a trouxe. Com exce\u00e7\u00e3o daquela que parece a mais velha da fam\u00edlia, que se encontra no meio do grupo, segurando uma crian\u00e7a vestida de branco, as demais mulheres parecem querer se esconder atr\u00e1s dos homens. As crian\u00e7as, por sua vez, mostram-se t\u00edmidas e amedrontadas. Todos parecem se perguntar sobre o que a vida lhes aguarda nesse novo mundo, t\u00e3o diferente daquilo que viveram at\u00e9 ent\u00e3o.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica: 1933<\/span>
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 110 x 151 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: cole\u00e7\u00e3o particular, S\u00e3o Paulo, Brasil<\/p>\n\u00a0Fonte de pesquisa<\/span>
\nTarsila do Amaral\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha<\/p>\nViews: 6<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho At\u00e9 ent\u00e3o, a pintora Tarsila do Amaral era dona de uma invej\u00e1vel situa\u00e7\u00e3o financeira, mas em 1930, com a crise mundial de 1929, ela se viu numa situa\u00e7\u00e3o prec\u00e1ria. Nessa \u00e9poca, vivia com o psiquiatra Os\u00f3rio C\u00e9sar. Foi nesse per\u00edodo que conheceu o socialismo de perto, ao fazer uma viagem […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[28],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14343"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=14343"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14343\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":48903,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14343\/revisions\/48903"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=14343"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=14343"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=14343"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}